segunda-feira, 5 de julho de 2010

PHD em intercâmbio

Toda vez que Marina Motta escutar o placar 3 a 0, ela vai se lembrar da fatídica tarde de 12 de julho de 1998 e da derrota do Brasil na final da Copa do Mundo. Ela assistiu ao jogo contra a França, em um bar... na França! Recém-chegada, ela foi vítima de gozações durante os seis meses em que morou na pequena cidade de La Rochelle.

Então com 16 anos, ela já estava no seu quarto intercâmbio, mas o primeiro de longa duração. Anteriormente, já tinha passado dois meses na Inglaterra e um na Austrália. Antes de se formar, ela ainda foi para Alemanha, duas vezes, Canadá e Estados Unidos, alcançando a marca de 11 intercâmbios.


Com tanta experiência, Marina resolveu contar no livro "Intercâmbio de A a Z" tudo o que o futuro intercambista precisa saber: desde como controlar a ansiedade da viagem até o que levar na mala, o modelo do programa e a escolha do lugar. Para ela, quem está na primeira experiência deve preferir períodos menores de permanência:

- Quando você nunca foi para o exterior, o tempo menor dá mais segurança. Comigo foi assim. Quando passei mais tempo, já estava mais segura - diz a autora.

Marina, que hoje comanda a loja de uma empresa de intercâmbio em Recife, conta que, por ser filha única, seus pais achavam importante que ela aprendesse a se virar sozinha. Além das lembranças, ela guarda contato com algumas famílias que a receberam, especialmente a francesa, que já veio ao Brasil visitá-la mais de uma vez e se tornou parada quase obrigatória nas viagens de Marina pela Europa.

Para a autora, existem muitas lendas sobre as casas de família. Em sete experiências, ela nunca teve problema, embora reconheça que nem todos são tão calorosos como os brasileiros:

- É importante que o estudante aprenda a conviver com as diferenças. A pessoa precisa viajar sabendo que é uma via de mão dupla, é preciso cooperação para dar certo.

Fonte: O Globo