Por Daniela Moreira para Exame
De carona no sucesso de iniciativas estrangeiras, empreendedores brasileiros estão se aventurando no crowdfunding, modelo que permite que indivíduos ou empresas financiem seus projetos através de doações coletivas.
A premissa é relativamente simples: o autor da ideia apresenta sua proposta em uma plataforma online e diz quanto quer captar. Através deste sistema, indivíduos que se interessem em apoiar o projeto fazem doações – cada um dá o que quer ou o que pode. Em troca, o dono do projeto oferece uma recompensa – se o projeto anunciado for um filme, por exemplo, os “investidores” podem receber uma cópia gratuita em primeira mão.
Se o projeto conseguir captar os recursos desejados, os donos da plataforma repassam a verba aos responsáveis pelo projeto, ficando com uma comissão – em geral, 5%. Se a meta de arrecadação não for atingida, o dono da ideia sai sem nada e os investidores recebem o dinheiro investido de volta - em alguns casos, não em espécie, mas em forma de crédito para investir em outros projetos.
Uma das referência mais importantes em crowdfunding, o site americano Kickstarter já permitiu que mais de 380 mil pessoas buscassem recursos para colocar suas ideias em prática – desde filmes independentes até discos produzidos e gravados em casa. Mais de 30 milhões de dólares em recursos foram solicitados por meio da plataforma, sendo que alguns projetos chegaram captar mais de 100 mil dólares.
Os sites Queremos e Vakinha indicam que o crowdfunding tem potencial para dar certo no Brasil. O primeiro permitiu que os fãs dos artistas Mike Snow e Belle & Sebastian unissem forças para trazer seus ídolos ao Brasil. Aqueles que fizeram doações através do Queremos tiveram o dinheiro revertido em ingressos uma vez que as apresentações foram viabilizadas.
Já o Vakinha permite que qualquer internauta cadastre seu objeto de desejo no site e peça doações aos amigos para poder comprá-lo. No ar desde 2009, a plataforma já teve mais de 30 mil “vaquinhas” cadastradas e permitiu que pelo menos 10% dos projetos fossem viabilizados – desde festas de casamento e churrascos até pedidos de ajuda para animais e crianças doentes, passando por operações de implante de silicone e tatuagens.
“Já tivemos um projeto de casamento que arrecadou 60 mil reais”, conta Luiz Felipe Gheller, diretor executivo e um dos fundadores do Vakinha, cujas próprias bodas motivaram o nascimento do site. “Como fomos para fora do país, presentes ou listas de casamento não faziam sentido. Aí veio a ideia de criar uma um site onde as pessoas pudessem fazer doações em dinheiro”, conta.
Mas não são só os projetos pessoais que têm vez na plataforma. Segundo Gheller, muitas bandas usam a ferramenta para financiar seus discos e blogueiros pedem ajuda para manter seus sites no ar – sinal de que o modelo tem potencial para se tornar uma fonte interessante de financiamento para os empreendedores no Brasil.
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O crowdfunding e o empreendedorismo
Por Rafael Tonon para Você S/A
Boas ideias para negócios promissores surgem o tempo todo: em um encontro de família, em uma reunião de trabalho ou até em um papo de bar. O argumento é bom, o plano de negócios viável, o sucesso é quase garantido. Só falta encontrar quem tope entrar com a parte mais importante e a mais difícil de obter: a grana. Na maioria das vezes, a falta de dinheiro (próprio ou a juro baixo) impossibilita que a ideia saia do papel.
Mas na era digital, por meio das redes sociais, viabilizar uma iniciativa ficou muito mais fácil graças ao crowdfunding, ou financiamento coletivo, na tradução para o português, um modelo de negócio recémchegado ao Brasil. O modelo funciona de forma muito simples: você cria um projeto (que pode ser um novo software ou produto), estima a quantia que precisa arrecadar e o inscreve em algum site de crowdfunding.
As pessoas que acreditam na sua ideia tornam-se patrocinadoras dela, podendo doar as quantias que desejarem em troca do produto que estão patrocinando, ou simplesmente pelo crédito de agradecimento em seu trabalho. O dono do projeto só receberá o dinheiro se a cota definida como necessária para concluir a empreitada for arrecadada dentro de um prazo estabelecido.
Para tornar o processo transparente, os valores conseguidos são atualizados em tempo real e ficam à mostra na página de cada projeto. Isso garante que o trabalho só comece quando houver o investimento inicial necessário, sem ter de parar o desenvolvimento da iniciativa. O site fica com cerca de 5% do valor arrecadado (esse montante varia de site para site) caso o projeto tenha sucesso.
Se não alcançar o valor estipulado, o patrocinador pode escolher outro projeto para investir ou solicitar seu dinheiro de volta. Tudo simples e ao alcance de alguns cliques.
Confira os sites que já estão na rede por aqui:
sensoincomum.com.br Site de financiamento coletivo com foco em projetos sociais, como o Bate Lata, de Campinas (SP), que ensina música aos jovens de 9 a 23 anos.
queremos.com.br Criado por um grupo de amigos cariocas, a rede leva ao Rio shows de artistas renomados, como a banda indie pop escocesa Belle & Sebastian.
catarse.me Maior plataforma de crowdfunding do Brasil, tem como foco financiar projetos de artes e design, como o Parangolé-Graffiti, que mistura grafite e artes cênicas. Indicado para os profissionais de criação.
Boas ideias para negócios promissores surgem o tempo todo: em um encontro de família, em uma reunião de trabalho ou até em um papo de bar. O argumento é bom, o plano de negócios viável, o sucesso é quase garantido. Só falta encontrar quem tope entrar com a parte mais importante e a mais difícil de obter: a grana. Na maioria das vezes, a falta de dinheiro (próprio ou a juro baixo) impossibilita que a ideia saia do papel.
Mas na era digital, por meio das redes sociais, viabilizar uma iniciativa ficou muito mais fácil graças ao crowdfunding, ou financiamento coletivo, na tradução para o português, um modelo de negócio recémchegado ao Brasil. O modelo funciona de forma muito simples: você cria um projeto (que pode ser um novo software ou produto), estima a quantia que precisa arrecadar e o inscreve em algum site de crowdfunding.
As pessoas que acreditam na sua ideia tornam-se patrocinadoras dela, podendo doar as quantias que desejarem em troca do produto que estão patrocinando, ou simplesmente pelo crédito de agradecimento em seu trabalho. O dono do projeto só receberá o dinheiro se a cota definida como necessária para concluir a empreitada for arrecadada dentro de um prazo estabelecido.
Para tornar o processo transparente, os valores conseguidos são atualizados em tempo real e ficam à mostra na página de cada projeto. Isso garante que o trabalho só comece quando houver o investimento inicial necessário, sem ter de parar o desenvolvimento da iniciativa. O site fica com cerca de 5% do valor arrecadado (esse montante varia de site para site) caso o projeto tenha sucesso.
Se não alcançar o valor estipulado, o patrocinador pode escolher outro projeto para investir ou solicitar seu dinheiro de volta. Tudo simples e ao alcance de alguns cliques.
Confira os sites que já estão na rede por aqui:
sensoincomum.com.br Site de financiamento coletivo com foco em projetos sociais, como o Bate Lata, de Campinas (SP), que ensina música aos jovens de 9 a 23 anos.
queremos.com.br Criado por um grupo de amigos cariocas, a rede leva ao Rio shows de artistas renomados, como a banda indie pop escocesa Belle & Sebastian.
catarse.me Maior plataforma de crowdfunding do Brasil, tem como foco financiar projetos de artes e design, como o Parangolé-Graffiti, que mistura grafite e artes cênicas. Indicado para os profissionais de criação.
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