quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Empreendedores faturam alto com canais no YouTube





Por Rennan A. Julio para Pequenas Empresas & Grandes Negócios


Os Youtubers estão com tudo. Neste mês, a Forbes publicou uma lista com os dez criadores de conteúdo do site mais bem pagos do mundo. Em primeiro lugar, com mais de 40 milhões de assinantes, o sueco Felix Kjellberg do canal de gameplays PewDiePie faturou nada menos que US$ 12 milhões no ano passado.

Atrás do gamer, aparecem os canais de humor Fine Brothers e Smosh, que faturaram US$ 8,5 milhões no último ano. Completando os cinco primeiros estão a artista Lindsay Stirling (US$ 6 milhões) e os comediantes Rhett & Link (US$ 4,5 milhões).

Conseguir empreender na área se tornou o sonho de toda uma geração. Mas, apesar dos números, ganhar dinheiro com vídeos na internet não é uma missão simples.

Os primeiros “Youtubers” surgiram alguns anos atrás, quando fazer um vídeo na internet não tinha pretensão de ganhar com publicidade – muito menos pensar em faturamento de outras formas. Tudo que eles queriam era falar sobre o que gostavam e compartilhar isso na internet.

Mas, com o passar do tempo e o aumento da audiência, o fenômeno acabou ganhando o apoio da plataforma. Por meio de publicidade do Google, os usuários que possuíam mais visibilidade e frequência de produção começaram a ganhar dinheiro com seus canais. E foi assim que YouTuber se tornou profissão.

O interesse das pessoas neste nicho de mercado foi tamanho que dados do YouTube mostram que cerca de 400 horas de conteúdo inédito são publicadas no site por minuto. E, apesar de não divulgar o número exato, Eduardo Brandini, diretor de conteúdo da empresa no Brasil, afirma que existem milhões de canais recebendo receita com o programa de parceiros da empresa. “O YouTube é uma plataforma aberta e democrática em que qualquer criador pode subir seu conteúdo. Todo mundo gosta de ouvir e ver uma boa história. E os YouTubers bem sucedidos são grandes contadores de histórias”, afirma.


Brasil


Hoje, um dos casos de maior sucesso no Brasil é o do canal Porta dos Fundos, que conta com mais de dez milhões de assinantes. Estima-se que no seu primeiro ano a empresa tenha faturado R$ 3 milhões – mas a produtora prefere não confirmar. E quem também está faturando alto é o jovem Alfonso Rezende, de 19 anos, dono do canal de gameplaysRezendeEvil. Em entrevista à Folha de São Paulo, revelou que fatura R$ 1 milhão por ano.

Além deles, canais como Parafernalha, Galinha Pintadinha e Manual do Mundo somam mais de 13 milhões de assinantes e altos faturamentos. O que chama a atenção entre todos esses casos é um ponto em comum: todos tiveram que desenvolver um modelo de negócio sustentável. Mais do que faturar com publicidade na plataforma, abraçaram o empreendedorismo e procuraram outras formas de receita.

Produzindo conteúdos inovadores, esses profissionais se dedicam diariamente aos seus canais, trabalham com cronogramas definidos e usam as redes sociais (e a fama) ao seu favor.

Arriscando na cozinha


A história de Dani Noce, responsável pelo canal I Could Kill For Dessert, é um exemplo. Com mais de 600 mil assinantes, ela deve fechar o ano faturando na casa dos milhões. Antes de produzir vídeos com receitas de sobremesas, a garota de Brasília já se considerava empreendedora.

Há dez anos, quando tinha apenas 20 de idade, Dani já era dona de uma loja da Havaianas – antes da marca de chinelos se tornar franquia. “Desde pequena eu sempre tive claro que queria ser dona do meu próprio negócio”, afirma.

Respeitando sua própria lógica, lançou o canal de gastronomia no YouTube em 2011, no mesmo período que estudava confeitaria na Lenôtre, na França. “Comecei porque não encontrava respostas para as dúvidas que tinha sobre o preparo dos doces. Aí decidi dividir o que estava aprendendo no canal.”

Hoje, aos 31 anos, Dani Noce, ao lado do companheiro Paulo Cuenca, fez do canal de receitas uma empresa com nove funcionários. Para alcançar esses números, Dani trabalha com sete diferentes formas de receita: publicidade do YouTube, conteúdo patrocinado, product placement (usando produtos de diferentes marcas nos vídeos), campanhas publicitárias, licenciamento de produtos (livro, produtos domésticos e linha de esmaltes), programa no canal de televisão Food Network e palestras.

“A verdade é que eu nunca me imaginei não tocando minha própria empresa ou trabalhando para outra pessoa senão para mim. E viver fazendo o que eu gosto é maravilhoso”, diz.
Como dica para quem quer ingressar no YouTube ou até mesmo no meio gastronômico, Dani recomenda que a pessoa tenha “muita disposição para trabalhar”. “São muitas horas focando somente nisso. Eu não tiro férias nem tenho fim de semana há bastante tempo. Por isso, tem que gostar e se divertir fazendo. Quando eu trabalho, me divirto.”

Faça você mesmo


Assim como sua colega de profissão Dani, Iberê Thenório, criador do Manual do Mundo, oitavo canal mais assinado do Brasil, começou com o projeto como diversão. Acabou virando trabalho sério. Aos 33 anos, o jovem de Piedade, no interior paulista, tem quatro milhões de seguidores e seu canal se tornou um dos representantes do Google na campanha de vídeos pelo Brasil.

Ao lado da mulher, Mariana Fulfaro, 30, o jovem produz vídeos que fazem o maior sucesso com o público infantil. Ensinando seus seguidores a fazerem “quase tudo”, como pranchas de garrafa PET e metralhadoras de elásticos, Thenório é um fenômeno.

Mas o sucesso não veio rápido. Lançado em 2008, quando o próprio YouTube ainda não era muito acessado, o projeto demorou mais de quatro anos para se tornar um negócio. Para isso, ele e a mulher tiveram que largar seus empregos de jornalista e terapeuta ocupacional para produzir os vídeos com periodicidade – fato que consideram essencial para o sucesso.

“Exige coragem e investimento criativo. Você precisa publicar pelo menos um vídeo por semana, o que dá 52 em um ano. Nós lançamos pelo menos três, somando mais de 150 em um ano. Para isso, é necessário ter um planejamento muito grande”, afirma Mariana, quem administra a empresa.

Sem revelar quanto o canal fatura, a empreendedora afirma que a fonte de renda do Manual do Mundo vai além da publicidade. “Fazemos vídeos patrocinados, temos um livro, produzimos para programas de TV e fazemos vídeos institucionais.”

Contente com o trabalho que realizam, Mariana afirma que não se imaginaria fazendo outra coisa. “Às vezes, brincamos que, se ganhássemos na loteria, continuaríamos fazendo vídeos. De graça.”

terça-feira, 27 de outubro de 2015

6 dicas de jovens empreendedoras para estudantes que desejam ter o próprio negócio




Por Administradores.com


A última pesquisa PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que jovens são os que mais têm sofrido com o cenário de desemprego no Brasil. Enquanto a taxa geral é de 8,3% no segundo trimestre, na população de 18 a 24 anos o índice de desocupação chega a 18,6%.

O momento de instabilidade gera preocupação para quem entra agora no mercado de trabalho, mas, ao mesmo tempo, pode ser uma boa oportunidade para jovens empreendedores. Esse foi o caminho das publicitárias Marcelle Equizian (28), Nathália Palma (30) e Sarah Salum (29) quando criaram a agência ei! em 2009, no último ano da faculdade.

A seguir, as sócias reuniram as principais lições dessa jornada e como usaram a juventude a seu favor para alcançar o sucesso nos negócios. De quebra, elas contam como encontraram o nicho perfeito de atuação, atendendo marcas interessadas justamente em dialogar com o público jovem.

1. Arregace as mangas


Não tínhamos experiência profissional nem com planejamento de negócios e gestão quando começamos, mas, ainda assim, as coisas deram certo. Como? O segredo é se envolver profundamente com o negócio. É claro que para isso você vai assumir responsabilidades que jovens de 21 anos geralmente não têm, como a folha de pagamento de uma empresa, lidar com fornecedores etc, mas é compensador. Desde o começo procure acompanhar tudo de perto, e principalmente, tenha vontade de fazer acontecer. Coloque a mão na massa.

2. Orientação de confiança


Como criamos a agência antes mesmo de concluir a faculdade, usamos bastante a consultoria e orientação dos professores. Eles foram uma das principais referências. Como são fontes mais experientes e isentas, o meio acadêmico é bastante confiável para tirar dúvidas e ajudar a estruturar os objetivos da empresa. Também foi bastante útil o estudo de mercado que fizemos para o trabalho de conclusão de curso. Ele serviu como base para entendermos onde a empresa seria inserida.

3. Use desvantagens a seu favor


Aprenda a equilibrar a falta de experiência profissional e de gestão de empresas com vontade de aprender. Não se acomode. Pesquise sobre o mercado que deseja atuar, estude e o principal: busque oportunidades que sejam vantajosas para o seu negócio. No nosso caso, buscamos clientes na área da educação. Como tínhamos acabado de sair da faculdade, sabíamos melhor do que ninguém o perfil dos estudantes e como fazer campanhas inovadoras para esse público.

4. Busque referências


Não fique apenas na teoria. Eleja algumas empresas que sejam um modelo do que você gostaria para o seu negócio e tente visitá-las. Foi o que fizemos no começo, quando visitamos algumas agências. Até para saber o que seria bacana fazer igual ou quando fugir totalmente dos modelos já existentes. Se não puder agendar uma visita, ligue, teste o atendimento, observe como os funcionários tratam clientes, assim, aos poucos, você vai criar seu próprio modelo.

5. Arrisque...


Fomos muito na cara e na coragem. No começo, nos apegamos ao que cada uma tinha como experiência com cursos, estágios em outras áreas etc. Mas também fomos atrás de implementar melhorias e um sistema de gestão eficaz. O segredo é sempre buscar atualização, isso independe da idade. Como resultado, tivemos um crescimento profissional muito grande e uma visão macro do negócio que, talvez, uma pessoa trabalhando em uma empresa há sete anos não tenha.

6. ... tenha noção dos riscos


Nosso investimento no negócio foi relativamente baixo e como não deixamos uma carreira, os riscos eram bem menores caso a iniciativa não desse certo. Não foi uma decisão muito arriscada, mas hoje vemos que poderíamos ter esperado um pouco mais até que cada uma se profissionalizasse mais e aberto a agência com investimento maior. Assim, não teríamos que “quebrar” tanto a cabeça. Se possível, se planeje com antecedência, mas não desista de sua ideia.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Growth Hack: 5 empresas que usaram para o crescimento




Por Mentalidade empreendedora

O Growth Hack busca as estratégias mais eficazes e com menores custos para que a empresa tenha um crescimento de alto impacto. É uma prática muito utilizada na área de Startups. Alguns chamam de tendência, outros de buzz global, etc.

A verdade é que o “certo” para definir o Growth Hack varia, mas o denominador comum é sempre voltado para o crescimento. De acordo Aaron Ginn, um dos autores pioneiros do assunto, “Growth Hack é mentalidade de dados, criatividade e curiosidade”.

Para você ficar ainda mais por dentro, fizemos uma lista com 5 empresas que utilizaram o método em sua estratégia de crescimento e conseguiram resultados consideráveis!


Twitter: Crescimento Drástico


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O Twitter é um dos maiores exemplos de Growth Hack. Milhões de pessoas no mundo todo tem ao menos uma conta no Twitter. E quem não usa, já ouviu falar. Quando a rede social foi lançada, todo mundo fez sua inscrição, compartilhando seus perfis em seus blogs e redes sociais.

No entanto, após o “boom”, foi perdendo a graça. Quase ninguém mais usava. Ao invés de direcionar seus esforços para o “marketing tradicional”, tentando convencer os usuários a retornarem para a plataforma, a empresa decidiu melhorar o produto.

Com base em diversos testes e pesquisas, e valendo das premissas do Growth Hack, ele melhorou a experiência do usuário e descobriu que se os usuários que se cadastrassem tivessem de 5 a 10 contas a seguir, retornariam ao site para acompanhar as postagens. Que sacada! Graças a essas iniciativas, a rede social voltou a crescer drasticamente.


LinkedIn: Ranqueamento Inteligente


O LinkedIn teve um crescimento de mais 2 milhões para 200 milhões de usuários,através de uma estratégia excelente de Growth Hack, que basicamente permitiu que os usuários criassem perfis públicos. Foi uma tacada de mestre, pois garantiu que os perfis de usuário aparecessem nos resultados de busca orgânica de sites de busca, como o Google.

Sempre que alguém procura o nome de uma pessoa, empresa ou título, provavelmente um dos primeiros resultados que aparece, é de um perfil do LinkedIn. Anteriormente, ao procurar por seu próprio nome, o usuário precisava buscar uma série de outros resultados de pesquisa antes de encontrar a página realmente que procurava. O LinkedIn se valeu das táticas de Growth Hack, aliando diversos setores para fazer crescer a rede.


YouTube: O segundo Maior Site de Buscas


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Graças ao Growth Hack, o YouTube deixou de ser uma simples plataforma de compartilhamento de vídeos, para ocupar o lugar de segundo maior motor de busca da internet através de técnicas de Growth Hacking. Atualmente, só perde para seu dono, o Google.

Quando você clica em algum vídeo no YouTube, é imediatamente apresentado a um código, por meio do qual pode compartilhar o vídeo em seu site, blog ou rede social. Isso torna extremamente fácil o processo de fazer o upload de vídeos e o compartilhamento deles com o mundo.

Caso o usuário queira compartilhar algum conteúdo, é apresentado à uma lista de vídeos, que podem ser divulgados com facilidade. Essa é a ideia por trás de um “viral loop”, que é uma parte fundamental do Growth Hack.

Em suma, para definir estratégias eficientes, o profissional de Growth Hack deve conhecer, como ninguém, o mercado, os usuários do produto ou serviço, para poder encontrar cada vez mais oportunidades para fazer a empresa crescer. Essas organizações entenderam isso e geraram resultados consideráveis.

Sabia que a Mentalidade Empreendedora tem um projeto exclusivo para formar Growth Hackers? Para saber mais, basta se cadastrar no formulário abaixo.

Dropbox: Inovação Para Desbancar a Concorrência


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O Dropbox é outra história de sucesso com o Growth Hack. Apesar de hoje ter concorrentes de peso, entre eles o Microsoft e o Google, começou fazendo algo bastante inovador: sincronizar seus arquivos em diferentes computadores.

As técnicas utilizadas para o crescimento do Dropbox serviram como modelo para startups por anos, e hoje em dia ainda são muito aplicadas. Atualmente, o Dropbox pode até estar entre o senso comum, mas na época se valeram de estratégias que nenhuma outra empresa utilizava.

No ano de 2008, a empresa estava com dificuldades para conseguir novos usuários. Ainda estavam usando meios para campanha tradicionais, como anúncios pagos. Então, decidiram fazer algo diferente. O fundador da startup, Drew Houston, , criou um vídeo de 4 minutos que mostrava como o Dropbox funcionava.

O conteúdo foi especialmente pensado para a audiência. Drew queria impactar a comunidade do Digg (um site de indicação de conteúdo), e sabia exatamente os interesse do público. Então, usou o vídeo de piadas internas que foram muito bem recebidas. Você pode conferir o vídeo Dropbox aqui.

A iniciativa gerou bastante resultados em tráfego e fez com que a marca fosse de 5.000 para 75.000 usuários na lista de espera, isso em apenas uma noite.


“Tinder: Fogueira Acesa”


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A startup que idealizou o Tinder pegou o conceito de namoro online e tirou a maior parte das coisas chatas, transformando o processo quase em um jogo, que em breve conquistaria um grande número de adeptos.

No início, não era uma ideia muito original, pois sites como o HotOrNot e Facemash (um dos projetos de Mark Zuckerberg). Mas a galera se destacou a resolver um problema central dos sites de namoro tradicionais: algumas pessoas eram bombardeadas com mensagens enquanto outras quase não recebiam respostas.

O growth hack do Tinder foi bem criativo. O consenso geral entre as startups é“comece pequeno”. Eles levaram isso a sério. Apesar de permitir aos usuários se conectarem com pessoas em locais distantes, o aplicativo permite reduzir o raio de busca para pessoas muito próximas, às vezes no mesmo bairro ou prédio.

Os fundadores organizavam festas em universidades onde, para entrar, o convidado tinha que instalar o aplicativo. No evento, ele usava o aplicativo e podia conhecer outras pessoas na festa. Um jeito divertido de mostrar o que a startup fazia. Funcionou muito bem.

No dia seguinte, quem foi na festa já tinha o aplicativo em seus celulares ou tabletes e tinham visto o que ele podia fazer. Imagine o efeito que isso trouxe para o negócio apenas pelo boca a boca.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Líder ou empreendedor, é preciso diferenciar os dois conceitos para evitar confusões



Por Marcos Hashimoto para Canal do empreendedor


Frequentemente vejo descrições de líderes com muitas atribuições, dentre as quais a de empreendedor, tanto quanto vejo empreendedores sendo descritos como líderes, como se as duas palavras fossem sinônimos ou que todo líder tivesse que ser empreendedor e todo empreendedor precisasse ser líder. Na verdade, não há, necessariamente, esta relação direta. Embora alguns líderes adotem um estilo de liderança voltado para as realizações inovadoras e alguns empreendedores tenham a habilidade de mobilizar pessoas em torno de um objetivo comum, é preciso diferenciar os dois conceitos para evitar confusões.

Este mês fui aos cinemas, como parte do projeto do meu livro ’30 filmes para empreender’ e tive a oportunidade de assistir dois filmes que ainda estão em cartaz e mostram os dois perfis de forma bastante clara: A vida secreta de Walter Mitty, escrito, dirigido e protagonizado por Ben Stiller, e Ender’s Game, com os astros Harrison Ford e Ben Kingsley.

Walter Mitty tem perfil empreendedor, mas nada de líder. O filme usa o cenário dos dias finais da versão impressa da respeitadíssima revista Life para ilustrar um processo de mudança forçada em Mitty, um dos mais antigos funcionários, que cuida de todos os negativos das famosas fotos publicadas pela revista. Embora o trabalho de Mitty fosse absolutamente simples – e ultrapassado – e ele tivesse uma vida sem emoções, sempre alimentou fantasias de si próprio à frente das mais loucas aventuras.

Mitty também tem dificuldade de relacionamento com pessoas, tímido e introvertido, tem poucos amigos, trava na hora de se aproximar de uma mulher e não consegue lidar bem com autoridade. Por força da necessidade – precisa de um negativo que será a capa da última edição impressa e para isso precisa perseguir um fotógrafo pelo mundo – Mitty aprende a se arriscar, a lidar com circunstâncias adversas, improvisar diante da falta de recursos, explorar suas competências, negociar, investigar e trabalhar informações. Não podemos dizer que Mitty é um empreendedor, pois não abriu nenhum negócio nem concluiu nenhum grande projeto, mas suas vivências o transformaram e despertaram o lado empreendedor adormecido por anos de uma vida medíocre.

Ender Wiggin também está em processo de desenvolvimento de suas competências, mas em uma escola criada especialmente para formar líderes. Ele é um dos mais brilhantes alunos da Escola da Guerra, que treina crianças para combater alienígenas que querem tomar a Terra. Wiggin é exposto a diversas situações, todas propositais, para analisar suas reações diante de determinadas situações e, a partir daí, eleva-lo a níveis cada vez mais exigentes. O que torna Wiggin único é sua capacidade estratégica, uma das principais qualidades de um líder.

Ao longo das tarefas e dos exercícios, Wiggin se destaca na sua capacidade de tomar decisões, converter inimigos em aliados, estabelecer conexões pessoais, desenhar estratégias competitivas, estudar os pontos fracos do competidor, balancear as emoções com a razão, explorar todo o potencial de cada membro de sua equipe, lidar com pessoas difíceis, todas características de liderança. Por outro lado, o jovem tem dificuldade para perceber o contexto geral no qual está inserido, questiona as regras, mas se mantém disciplinado a elas, ousa, mas dentro da racionalidade da sua visão estratégica e nunca de forma inconsequente e fica incomodado em situações de incerteza. Teoricamente, Wiggin teria dificuldade de empreender.

Embora sejam situações muito restritas, afinal ambos os filmes são para entretenimento e não para o fim exclusivo de mostrar as diferenças entre os perfis de liderança e empreendedora, os exemplos podem servir como pano de fundo para discussões mais profundas sobre o tema.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Aplicativo ajuda a criar modelo de negócio


Por Débora Cronemberger para Agência Sebrae de Notícias


Quem quer empreender, mas não tem experiência, passa a contar com uma ferramenta gratuita para montar um modelo de negócios e identificar como se diferenciar e inovar no mercado. O Sebrae lança, nesta quarta-feira (21), o aplicativo Sebrae Canvas 2.0, baseado na metodologia mais utilizada atualmente em planejamento empresarial.

Criada pelo suíço Alexander Osterwalder, a metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado a partir da análise de nove blocos: segmentos de clientes, proposta de valor, canais, relacionamento com clientes, fontes de receita, recursos principais, atividades-chave, parcerias principais e estrutura de custos.

O aplicativo integra o conjunto de soluções oferecidas pelo Começar Bem, primeiro projeto criado pelo Sebrae com foco no potencial empresário. A ferramenta pode ser usada em desktop ou tablet (iOS e Android). Basta criar uma conta na página www.sebraecanvas.com, onde é possível fazer o download do aplicativo nessas opções de sistema operacional.

“Em tempos de crise, é mais importante do que nunca planejar e se capacitar antes de abrir uma empresa”, alerta o gestor do Começar Bem, Stefano Portuguez. Lançado pelo Sebrae há um ano, o projeto já atendeu mais de sete mil potenciais empresários com palestras, cursos e oficinas sobre temas como formalização, plano de negócios e análise de mercado.

O aplicativo original Sebrae Canvas foi criado pelo Sebrae no Paraná em 2014. A experiência gerou boa repercussão entre os usuários e motivou a nacionalização do aplicativo dentro do portfólio do Começar Bem. A versão nacional do aplicativo recebeu melhorias para facilitar o uso e o acesso dos usuários.

“A maior novidade é a armazenagem dos dados em nuvem. O que o usuário cria na página do Sebrae Canvas também pode ser acessado em tablet. Antes, os projetos só podiam ser salvos e acessados em um equipamento”, afirma Stefano. Outra vantagem é a possibilidade de interação entre os usuários, que podem fazer busca por palavras-chave, avaliar e compartilhar outros modelos Canvas.

Foco


Interessada em abrir uma empresa, a secretária executiva Paula Line Olaf, de 31 anos, procurou o Sebrae para se preparar antes de investir no caminho. Muitas ideias surgiram para montar um negócio, mas ela não sabia exatamente o que oferecer. Até que começou a fazer cursos da instituição e conheceu a metodologia Canvas.


“Ideias a gente tem muitas, mas é preciso dar um tratamento melhor para elas serem colocadas em prática. Foi nisso que o Canvas me ajudou – aprendi a ter foco”. Ela usou a ferramenta do Sebrae quando ainda estava em teste. “A facilidade de usar o aplicativo me fez visualizar pela primeira vez a ideia da minha empresa. A partir deste momento eu ‘vendi a ideia para mim mesma’ e descobri o público-alvo que eu devia priorizar”, afirma.


Em agosto, ela se formalizou como microempreendedora individual e criou a empresa Secretariando, com a proposta de terceirizar serviços de secretariado. A crise não a fez recuar da ideia de criar o próprio negócio. “Existem oportunidades, mesmo na crise. Acredito que pode dar certo porque é um segmento de atuação que reduz custos para outras empresas”, avalia.


Mais informações


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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Empreendedoras apostam em originalidade brasileira na SPFW


Por Murilo Cepellos para Pequenas empresas & Grandes negócios

Em um mercado onde quem dita as tendências são as grandes marcas e grifes internacionais, 24 pequenas empresas procuram maneiras de chamar a atenção dos fãs de moda com peças originais e tipicamente brasileiras. Elas participam do projeto

Contextualizar na Moda II e expõem seus produtos na 40º edição da São Paulo Fashion Week que acontece até o dia 23 de outubro na capital paulista.

A oportunidade de dividir espaço com marcas renomadas como Colcci, Osklen e Animale é vista com bons olhos pela designer de acessórios Fernanda Manço, de Goiás. “É muito interessante estar junto dessas empresas e participar desse encontro de marcas e conceitos. É um espaço importante principalmente para ampliar nossos contatos e dar visibilidade a nossas marcas”, afirma.

O projeto Contextualizar na Moda II é fruto de um convênio entre o Sebrae e o Instituto de Moda e Design, o In-Mod, e busca inserir esses empreendedores no mercado da moda. As empresas participaram de pré-seleções em 12 estados brasileiros para poder expor seus produtos na loja pop up do evento, a FFWSHOP.

Conheça três empresas participantes do projeto e saiba como elas pretendem chamar a atenção no maior evento de moda da América Latina.

Ecow



Ecow (Foto: Divulgação/Ecow)


Focada na sustentabilidade, a ECOW, Ecological Conscience on Wearing, produz roupas e acessórios para mulher brasileira das grandes cidades. “As pessoas estão muito acostumadas a olhar para o mesmo tipo de coisa. Essa repetição não chama a atenção de quem passa por uma vitrine. A nossa marca foi selecionada justamente porque foge dos acessórios que você encontra facilmente em alguma loja”, diz a empreendedora Renata Drummond.

Com estampas marcantes e bem-humoradas, as coleções são desenvolvidas a partir de matérias-primas que não agridem o meio ambiente e todo o processo de confecção e produção é feito em parceria com cooperativas de bordadeiras de Minas Gerais, incentivando o trabalho artesanal.

Tropicale


A marca mineira Tropicale leva até a SPFW lenços feitos a partir de fibras naturais, com estampas exclusivas, e que podem ser usados como vestidos, saias e diversas outras maneiras que as designers Júlia Martins, Luiza Miranda e Mariana Marrara explicam detalhadamente em vídeos que estão a um clique dos consumidores.

Na etiqueta de cada produto, é possível encontrar um QR Code, que direciona o cliente até os pequenos vídeos onde as sócias mostram as maneiras originais de utilizar os lenços. “Essa versatilidade de uso e as estampas desenvolvidas por nós três nos diferenciam das outras marcas”, diz Luiza Miranda.

Fernanda Manço Acessórios


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Colar de Fernanda Manço (Foto: Divulgação/Fernanda Manço)


Diretamente de Goiás, a designer Fernanda Manço apresenta no evento produtos com referências da fauna e flora da região. “Estar presente em um evento como esse contribui para confirmar o design como produto cultural, de alto valor agregado”, afirma.


Assim como as mineiras da Tropicale, a marca registrada dos acessórios projetados por Fernanda são as novas maneiras de uso, como os colares que vão do ombro até as costas. “A ideia é permitir o uso criativo, lúdico e variado”, afirma. Seus colares e braceletes são produzidos com couro recortado à laser e metal banhado à ouro.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

7 séries que provam que empreendedores ainda precisam de uma TV



Por Endeavor Brasil


Sim, a TV transcendeu a tela à qual estávamos acostumados, mas é certo que empreendedores ainda podem se beneficiar muito dela. Isso porque séries são uma ótima forma de aproveitar o momento de lazer para também aprender um pouco. E cada vez mais as lições dessas superproduções são sobre negócios – um ótimo sinal, nós diríamos.

Aqui, separamos 7 exemplos de séries que têm muito a ensinar sobre empreendedorismo e gestão. Então escolha a que preferir, se aconchegue no sofá e bom proveito!


Meu Start


Esse está saindo do forno: o primeiro episódio do “Meu Start” foi ao ar semana passada na Record News. O programa vai compartilhar histórias inspiradoras e aprendizados de empreendedores, de forma leve, com objetivo de estimular a ação e despertar a vontade de empreender.

É a primeira vez que empreendedorismo vai ser discutido em rede nacional com essa abordagem e destaque (o Meu Start é o único dessa lista que passa em TV aberta, infelizmente). Por isso, independente de que setor em que você está, fique ligado nas dicas e sonhe maior, sempre de terça a sexta, às 22:30 na Record News.



Shark Tank


Imagina ser jogado em um tanque de tubarões: se você não está preparado, você já era. Bom, “Shark Tank” faz isso, só que com investidores milionários formando uma pequena plateia. Empreendedores (muitas vezes principiantes) têm um tempo limitado para apresentar seu pitch e deixar claras suas intenções: quanto dinheiro precisam e o que oferecem em troca.

Tenha um produto que as pessoas realmente queiram, uma boa história, muita empolgação e algumas noções de negociação e você pode sair com um novo sócio – são grandes empresários que, com uma ou duas ligações, te colocam nas melhores prateleiras do mundo. Por outro lado, uma falta de conhecimento sobre seu próprio negócio ou uma frase mal colocada e você pode sair massacrado.

O reality show pode te ajudar a saber que números sempre ter em mente, como comunicar sua ideia e ter jogo de cintura com um investidor mais exigente. A 7ª temporada começou em setembro de 2015 e muitos episódios são disponibilizados na íntegra no youtube.



O Negócio


“Você não pode usar hoje as práticas de ontem, se quiser estar no mercado amanhã”, diz uma das protagonistas no primeiro episódio. Sim, é preciso inovar sempre, qualquer que seja sua área. Até a profissão mais antiga do mundo tinha potencial de receber uma chacoalhada. Por isso que, em “O Negócio”, três jovens prostitutas de luxo resolveram revolucionar o mercado em que atuam, aplicando conceitos de gestão e técnicas de marketing.

A série brasileira, da HBO, mostra a força da mulher empreendedora (independente de qualquer controvérsia sobre prostituição) e passa aprendizados pelas decisões estratégicas que as diferenciam de qualquer concorrente. Enquanto não é anunciada a data de estreia da terceira temporada, você pode conferir as duas primeiras no canal por assinatura HBO Go ou assistir a episódios e cenas avulsas no youtube.



Suits


Harvey Specter, sócio de um poderoso escritório de advocacia, é um personagem problemático, às vezes bastante arrogante, mas que ainda pode nos ensinar muito sobre ser empreendedor.

Para alcançar seu sucesso, a sorte teve pouca ou nenhuma participação: ele trabalha incansavelmente. Mas tão importante quanto, ele também estuda a fundo sua concorrência a cada caso, reconhece a importância de tomar riscos (inclusive toma alguns desnecessários, convenhamos), considera os mais diferentes cenários para seus argumentos e planeja com cautela cada passo de seu ataque ou defesa, o que o permite agir demonstrando sempre muita, muita confiança.

Além disso, Harvey e Mike, seu “protegido”, fazem um time altamente complementar e, assim como empreendedores, têm dias bastante turbulentos – não dá tempo de lamentar um problema, eles simplesmente o resolvem. “Suits” está agora na 5ª temporada e você pode ver as 3 primeiras no Netflix.


Silicon Valley


“Silicon Valley” é uma comédia, mas os dilemas que a permeiam, na vida real, seriam sérios: vender sua ideia de negócio por US$ 10 milhões ou receber um aporte de US$ 200 mil por 5% da empresa? Perder a chance de criar algo que possa te fazer sentir realizado ou assumir o risco de investir tempo e dinheiro por nada?

É nessa encruzilhada que se baseia o primeiro episódio da série, que se passa, claro, no Vale do Silício. Nela, acompanhamos seis jovens programadores com personalidades bem peculiares na construção de uma startup de tecnologia, tentando lidar com investidores, se entender em acordo de sociedade, testar suas hipóteses e planejar seu crescimento. “Silicon Valley” também é produzido pela HBO há duas temporadas e está disponível para assinantes da HBO Go.


Undercover Boss


Falamos bastante isso por aqui: quer saber como vai seu negócio? Saia do prédio. “Undercover Boss”, ou “Chefe disfarçado” ajuda a mostrar o quanto isso é importante.

A série convida CEOs (ou outros executivos) de grandes corporações a exercerem funções de um iniciante em sua própria empresa, sem poderem revelar suas identidades. É atendendo no balcão, lavando louça e fazendo entregas que os chefes realmente compreendem o valor do trabalho da linha de frente, avaliam se os valores do negócios estão mesmo presentes no dia-a-dia e sentem a resposta direta dos clientes. Além de trazer a relevância de “ir para a ponta” e ter a oportunidade de fazer mudanças que reduzam frustrações ou aumentem a eficiência, o reality trata também de reconhecimento. No fim das contas, tem gente muito boa fora do seu campo de visão, que pode estar salvando a pele da sua empresa e você nem sabe!

Se você é um empreendedor pequeno que sonha grande, é bom acompanhar e ir se preparando para quando seu número de funcionários for bem maior. Recentemente, o “Fantástico”, da Rede Globo, começou a produzir uma versão brasileira reduzida de “Undercover Boss”. Alguns episódios das versões estrangeiras e também dublados em português estão no Youtube.



O Sócio


Marcus Lemonis já fez ressurgir das cinzas mais de 100 empresas. Quando não está focado em seu próprio negócio, ele está atrás de oportunidades de investimento. Em “O Sócio”, é uma por episódio: Marcos oferece verba por uma parte de uma empresa que está lutando para sobreviver e então faz de tudo para salvá-la e aumentar seus lucros – mesmo que isso implique em decisões difíceis, como demitir o presidente e assumir suas funções.

As lições são incontáveis. Uma das primeiras e mais marcantes é manter sempre o equilíbrio entre pessoas, processos e produtos – os três P’s. Apenas dois P’s bem desenvolvidos não fazem o sucesso de seu negócio. No site do History Channel, há um compilado das lições da série, que vai ao ar no canal toda terça, às 22h.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Como formalizar o seu negócio para evitar problemas futuros



Por Empreendedor.com


São novos empreendedores as pessoas que enxergam oportunidades onde a maioria vê um problema. Em períodos de economia complicada, como o atual, empreender acaba se tornando uma saída para aqueles que não conseguem uma recolocação profissional. Porém, em qualquer um dos casos, a concorrência é uma das grandes dificuldades para que uma empresa se destaque no mercado. Essa mesma concorrência, por outro lado, incentiva a qualificação e a especialização. E é justamente na abertura do próprio negócio que muita gente acaba se encontrando profissionalmente. Ao encontrar um ofício que seja agradável e no qual a pessoa aposta, iniciam-se as primeiras preocupações. Como fazer para abrir a minha empresa?

De acordo com Silvinei Toffanin, diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria, há 18 anos no mercado, iniciar um negócio de maneira formal não é complicado, mas exige atenção. “A burocracia para abrir uma empresa é grande e são diversos os passos, mas trabalhar de maneira formal é o melhor caminho para evitar problemas das mais variadas ordens”, avalia o especialista. Ele oferece algumas dicas importantes para facilitar a atividade:

Procure um contador - esse profissional saberá quais são as documentações exigidas para a abertura do negócio. Além disso, o contador vai recomendar qual o melhor sistema tributário para o seu empreendimento, bem como auxiliará a montar um cronograma com os dias de pagamento dos impostos e informará o melhor dia do mês para fazer um balanço.

Alinhe-se com um advogado - esse profissional vai auxiliar o empresário a elaborar o contrato social e outros documentos da empresa.

Registre a sua marca - inicialmente você vai achar o investimento alto, mas verá que isso vai se tornar uma vantagem para a empresa a longo prazo. Também é importante considerar comprar um domínio na internet, mesmo que para a criação de um site com informações básica. Um bom site sempre faz bem à imagem do negócio.

Invista em marketing - para a criação de logo e projetos de divulgação.

Faça um plano financeiro - É recomendável ser um pouco conservador com relação ao estoque inicial, pecando pela falta e não pelo excesso. Além disso, é imprescindível ter dinheiro em caixa para pelo menos três meses sem lucro. O sucesso do negócio é fruto de um bom planejamento.

Sob a ótica da burocracia para abertura formal da empresa, Toffanin dá as seguintes orientações:

O primeiro passo para abrir uma empresa é abrir uma firma. Vá a um cartório de registro civil para registrar a sua assinatura. Leve todos os seus documentos pessoais (RG, CPF, Certidões), com cópias autenticadas.
Depois de abrir firma, vá à junta comercial do seu estado ou ao órgão de registro de empresas para registrar que sua empresa existe oficialmente. Para realizar esse procedimento, leve o Contrato Social (esse é o documento mais importante no processo de abertura da empresa, que contem informações como interesse das partes, objetivo da empresa, descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas), os documentos pessoais de cada sócio (autenticados) e a cópia do comprovante de endereço da empresa.
Na Junta Comercial, o empresário vai receber o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa). Há sempre um preço e um prazo para abertura, que varia de acordo com cada local.
Com o NIRE é possível obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e o DECA (Declaração Cadastral), ou seja, a empresa já estará apta a pagar impostos.
Ao cadastrar o CNPJ é preciso saber se o tipo de empresa faz parte do SIMPLES (Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte) para que essa classificação seja usada na tributação e na fiscalização das atividades da empresa. Antes de fazer o cadastro é importante fazer uma consulta para saber em que tipo sua empresa é classificada.
Feito isso, deve-se fazer um cadastro na prefeitura para receber o alvará de funcionamento, que é uma licença que permite o funcionamento da empresa em determinada localização. O alvará pode ser obtida pela internet ou na secretaria de finanças de sua cidade.
Para contratação de funcionários é necessário fazer um cadastro da empresa e de seus responsáveis na Previdência Social e agir corretamente de acordo com as obrigações trabalhistas. Após o funcionamento da empresa, o prazo para esse cadastro é de 30 dias.
Por fim, prepare o aparato fiscal da empresa solicitando a Impressão de Notas Fiscais e a Autenticação de Livros Fiscais. Esse procedimento se realiza na Secretaria de Estado da Fazenda.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Qual é o estágio do seu negócio (e que cuidados ele exige)?



Paulo Sérgio Dortas para Endeavor Brasil


As dores do crescimento são reais em qualquer estágio de uma empresa – mas onde focar sua atenção?

Ao identificar o estágio de “maturidade” da sua empresa, você poderá entender melhor os desafios que deverão ser enfrentados em cada fase, bem como as prioridades que deverão ser estabelecidas. A determinação destes fatores auxilia no desenvolvimento de um projeto de crescimento. O não reconhecimento deste momento pode levar os empreendedores a descrições precipitadas ou mesmo comprometer o crescimento e perpetuidade do negócio.

De uma maneira geral, existem quatro fases no desenvolvimento de uma empresa: (i) start up; (ii) emergente; (iii) em evolução e (iv) madura. A seguir, abordamos algumas das características de cada fase e os principais cuidados a serem tomados.



Startup ou empresa em estágio inicial


Empresas nesta fase têm como foco principal a sobrevivência. As decisões estão concentradas em uma ou poucas pessoas, geralmente o fundador. As metas e objetivos têm um horizonte de curto prazo. Nesta fase, um dos principais focos é a atração de talentos. A contabilidade está principalmente focada no atendimento das obrigações fiscais e tem pouca ou nenhuma conexão com a gestão do negócio. O fundador geralmente é a principal fonte de financiamento e seus bens são a principal garantia destes recursos.

Nesta fase, as principais armadilhas estão relacionadas a uma estrutura de capital e custo financeiro desalinhados com o prazo e retorno do negócio – por exemplo, fontes de financiamento caras e de curto prazo.


Emergentes ou em fase de inovação e crescimento


Superada a fase de sobrevivência, não menos do que um ano, a principal preocupação está com a estabilização do modelo de negócio e padronização dos processos de negócio. Agora há o envolvimento de clientes e fornecedores nas decisões, podendo ocorrer mudanças ou aperfeiçoamento do produto ou serviço. A gestão do negócio passa a utilizar uma ferramenta de TI, ainda que não necessariamente alinhada com os números contábeis. O horizonte já considera metas e planos de médio prazo e o foco agora é a retenção de talentos. A contabilidade agora passa a ter um alinhamento com a tesouraria e já há um acesso ao financiamento via bancos de fomento.

Talvez aqui ocorra o primeiro estresse do modelo tributário. Conforme crescem suas operações, algumas decisões equivocadas geram um volume importante de contingências e podem comprometer a perpetuidade do modelo de negócio. Entre elas, dissolver a opção do sistema de tributação pelo Simples Nacional entre vários CNPJs ou contratar grande volume de PJs para evitar encargos trabalhistas são altamente contra-indicados.



Em expansão ou estabelecidas


Neste momento, o relacionamento entre sócios e demais agentes passa a requerer uma governança corporativa, surgindo instrumentos como acordo de acionistas, de família, formação de comitês, dentre outros. Esta fase requer um plano de negócios mais elaborado, inclusive com a identificação e gestão dos riscos inerentes ao negócio. O aspecto pessoas, principalmente no que se refere ao desenvolvimento do seu potencial, adquire uma maior relevância. A visão de longo prazo e perpetuidade adquire um peso maior. Os instrumentos de financiamento se sofisticam e investidores privados, fundos de private equity ou investidor institucional passam a fazer parte do leque de opções de financiamento do crescimento.

Talvez este seja um dos momentos de maior estresse para o empreendedor que passa a ver seu empreendimento como um filho que chega à adolescência. Um erro comum é o de subestimar a capacidade de crescimento da empresa e ampliação de valor via a entrada de um investidor. Neste momento, a preparação passa a ter um peso maior. A avaliação da entrada de um investidor deve ser precedida de uma análise SWOT das principais fraquezas e oportunidades de ganho de valor antes da admissão deste novo sócio.


Maduras


O modelo de gestão e governança corporativa já se encontram consolidados. Já há um sistema de TI sofisticado e estratégico. A estratégia e plano de negócios estão bem definidos. Há um controle eficiente da operação e dos riscos. No RH, há um foco na retenção de talentos (programas de desenvolvimento). No capitulo também de governança, há a preparação da companhia para atendimento das obrigações regulatórias (balanços auditados). Nesta fase, é feita uma avaliação do acesso ao mercado de capitais.

Mesmo nesta fase há riscos associados. Independentemente do acesso ao mercado de capitais, o foco deve permanecer no crescimento e perpetuidade.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

7 dicas para criar um nome inesquecível para o seu negócio




Por Gustavo Mota para Exame.com


Tem gente que desde criança sabe o nome que vai dar para os filhos. Você já pensou e pesquisou sobre o nome da sua empresa?

De todos os elementos, documentações e decisões necessárias de uma jornada como abrir uma empresa, é provável que o nome dela ou do produto seja uma das tarefas mais difíceis de se executar. Hoje, somente no Brasil existem um pouco mais de 18.000.000 (dezoito milhões!) de empresas. Imagine criar algo que não existe?

É realmente difícil, nós sabemos, porque já vimos vários clientes sempre esbarrarem nos mesmos questionamentos para criar o nome da empresa, como: “Será que meu negócio será regional, nacional ou internacional?” ou “Coloco um nome em português ou inglês?” e até mesmo “Sigla com nome de sócios ou relacionado ao produto?”.

Mas calma, existe uma saída e um caminho para chegar até a criação do nome ideal para sua empresa ou produto e vamos te mostrar a trilha do ouro através dessas dicas! Leia com calma e bom processo criativo:


1) Tenha certeza da sua visão


Quando você decidiu criar sua empresa, com certeza você tinha um objetivo, seja ele ajudar as pessoas a comprar comida pela internet ou promover encontro de casais por aplicativos de smartphones. Por isso, a primeira dica é você definir exatamente o que sua empresa é e o que você quer entregar de valor para seu consumidor. Isso é a sua Visão: onde você quer chegar e o que você quer ser.

Toda empresa deve ter um diferencial que será refletido no nome da empresa, na identidade visual, no time e, principalmente, na mensagem que ela irá passar ao mundo.


2) Seja diferente


Sim, mesmo com 18 milhões de empresas, é possível se diferenciar. Existem algumas características do seu negócio que podem estar presentes no nome como forma de diferenciação. Alguns exemplos:

Por segmento: Nesse tipo, você utiliza algum termo relacionado ao seu business para caracterizar o negócio, podendo ser complementar ou o nome da empresa de fato. Ex: O aplicativo para pedir táxis por smartphones 99Táxis.

Por regionalização: Para as empresas que querem se diferenciar por fazer parte de um mercado local. Geralmente pequenos negócios utilizam-se dessa estratégia. Ex: Um hotel que fica em uma famosa praia da cidade e leva o nome do local, como o Hotel Praia do Forte.

Por público: Aqui você vai focar no seu público e em seu comportamento para incorporar no nome da sua empresa . Ex: Uma loja de roupas para nerds assumidos, que se chama Geek Store, ou o nome de uma loja de roupas para mães e seus filhos pequenos, como a Bebê Store.

Por produto: Nesse modelo você já vai dar a ideia exata do que é seu business ou mesmo produto no nome. Esses casos facilitam a compreensão do consumidor e geralmente são nomes mais fáceis de lembrar. Ex: Casa do Pão de Queijo – claro, direto e dá até fome né? Outro bom exemplo é da Apple, que criou uma família de produtos “I”, iPhone, iPod, iMac… Uma ótima estratégia de branding para marcar o consumidor.

Por inovação: Para as marcas que estão lançando novos produtos ou serviços inovadores no mercado, uma boa estratégia é ter um nome criativo que “fale” pela inovação. Ex: O Instagram apostou nessa estratégia. Eles queriam um nome que remetesse ao ato de “Gravar” algo “Aqui e Agora”, e pronto, um nome forte e marcante.


3) Curto e direto


As siglas e os nomes curtos são ótimas opções também, pois são mais fáceis de memorizar e até de falar! Uma boa estratégia para criar um nome curto é tentar utilizar as iniciais dos sócios ou do produto. Mesmo que você crie um nome longo, você pode criar uma marca que utilize a sigla em sua composição. Veja alguns exemplos:

GSK: GlaxoSmithKline

NASA: National Aeronautics and Space Administration

GM: General Motors

C&A: Clemens e August Brenninkmeijer (Irmãos fundadores)


4) Converse com seu público


Uma prática que instigamos sempre em nossos clientes de criação de nome é que eles busquem o público deles e apresente as opções de nomes para eles falarem! É importante perceber como seu cliente vai pronunciar o nome, e principalmente, o que ele entende que aquela empresa faz só pelo nome. Se ele responder algo similar ao que sua empresa realmente faz, pode apostar que você está no caminho certo.

Nem sempre o nome vai estar inteiramente ligado ao negócio da empresa, mas uma pronúncia forte e fácil é essencial, veja o exemplo da Red Bull, marca de energético que tem em seu nome duas palavras de pronúncia e significado forte (“Red” – Vermelho e “Bull” – Touro).

Lembre-se: a sua marca deve ser algo acessível e não algo que as pessoas lutam ou tenham vergonha de falar por não conseguirem pronunciar.


5) Pesquise muito


A pesquisa é essencial para que você chegue a um gran finale fenomenal. Faça um benchmarking de seus concorrentes diretos e indiretos, como eles se comunicam, quais cores usam e se já existem nome similares ao que você pretende usar. Outra pesquisa importante é em relação ao público que você pretende atingir. Pesquise a classe econômica deles, seus hobbies, como eles se comunicam na internet, quais marcas eles usam, assim você conseguirá ficar bem próximo e falar a “mesma língua” que eles!

Importante: se você é uma empresa que visa um crescimento internacional, é essencial que você saiba como é pronunciada e a tradução da palavra em outros países, para não dar uma mancada similar ao malfadado mecanismo de busca lançado em 2008 pela Microsoft que chamava “Cuil”, lembra? Primeiro, ninguém sabia ao certo como pronunciava e acabou por se pronunciar “Cool”, mas depois de tantas dúvidas e zoações, o mal feito já tinha sido feito.


6) Faça um brainstorming


Brainstorming é uma expressão americana que na tradução para o português significa “tempestade cerebral” ou “tempestade de ideias”: jogar várias ideias para selecionar a melhor. A nossa dica é que você marque uma reunião só para essa tarefa juntando as pessoas mais importantes para sua empresa – podem ser sócios, colaboradores e até mesmo aquele amigo criativo e mande ver!

Algumas dicas para o processo de brainstorming:

Nenhuma ideia é ruim ou errada. Não vale cortar os colegas, isso acaba inibindo e prejudicando a sugestão de novas ideias

Escreva todas as sugestões no papel, não descarte nenhuma. Somente no final, escolha as melhores e debata sobre elas.

Divirta-se! Afinal, você está criando sua empresa ou produto!



7) Está liberado para registro?


Tudo certo? Ainda não, falta um ponto principal que muita gente esquece ou nem sabe que existe. No Brasil existe um órgão que regula o registro de marcas e patentes, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). O registro oficial só é válido se for feito pelo INPI. Só assim para você e sua empresa ficarem salvos de plágios e cópias de marcas.

Acesse aqui a ferramenta ou baixe aqui o aplicativo para fazer uma Busca Prévia Grátis da disponibilidade da sua marca no INPI. Ela vai te ajudar a dar o primeiro passo no registro do nome da sua empresa.

Outro ponto, ainda se falando de registro e que não pode ficar de fora de seu estudo, é realizar a pesquisa do domínio (link do site) na internet. Até porque, imagina criar um nome incrível, uma logo perfeita, um site super tecnológico e o domínio não estar liberado?


DICA BÔNUS


Como toda startup, não podíamos andar tão na linha assim. Por isso, nossa dica bônus vai de encontro com algumas dicas anteriores e pensamentos conversadores de alguns marketeiros:

Vá contra as regras e a maré, crie um nome diferente, crie uma nova tendência, um novo mercado.

A Natura é um ótimo case nesse sentido. Quando Luis Seabra fundou a Natura em 1969, quase todos seus concorrentes adotavam nomes de origens européias, principalmente que remetesse a França. Mas Seabra tinha outro objetivo: construir uma marca e empresa que estivesse ligada ao bem estar, à natureza, às relações humanas e à melhoria da autoestima das pessoas. Mais de 40 anos depois, a Natura é considerada uma das 10 marcas mais valiosas do Brasil, segundo levantamento da consultoria de marcas BrandAnalytics.

Agora que você tem todas as dicas para o caminho da criação de um nome de empresa de sucesso, é só colocar a mão na massa e criar! Boa sorte!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

4 lições que todo empreendedor deveria aprender com os esportistas



        

Renato Santiago para Administradores.com


Costumamos admirar atletas das mais variadas áreas, geralmente, pelos resultados que eles apresentam. Mas podemos tê-los como inspiração também pelo que fazem para conseguir suas vitórias. Por trás da imagem de celebridade dos grandes campeões, há um conjunto de esforços que são cruciais para o sucesso dos esportistas. E isso pode ajudar você, empreendedor, a traçar melhores estratégias de negócios.

Em um artigo publicado no Administradores.com, o administrador e educador físico Renato Santiago cita alguns fatores do mundo dos esportistas nos quais os empreendedores podem se inspirar. Confira abaixo:


Objetivos


Tenha sempre metas e objetivos claros e muito bem definidos. "Lembra quando você conversava com seus amigos sobre uma tática ou jogada para ganhar do outro time da rua? Empreendedores sempre têm algum plano e alguma estratégia, seja em mente ou no papel (que é melhor, né?). Dificilmente entram no 'jogo' para improvisar", afirma Renato. Se você não está fazendo isso, é bom começar a fazer.


Maturidade


Perder não é fácil, mas é necessário lidar com isso, porque talvez não dê para ganhar sempre. E nada melhor que o esporte para nos ensinar a saber perder e o que fazer com a derrota. Perder e - principalmente se recompor - faz com que você adquira resiliência, força e principalmente humildade, três questões necessárias para o mundo dos negócios.

"Lembra aquele jogo que seu time perdeu por sua culpa ou quando sua equipe foi 'humilhada' pelo time adversário? Mesmo assim, lá estava você, no outro dia treinando e jogando. Empreender, bem como praticar esportes, ensina que se pode perder um dia, mas é preciso ter coragem de levantar a cabeça e continuar. Como dizem: nem todos os dias serão de sol", diz Renato.



Liderança


Saber liderar é essencial para administrar qualquer negócio. No esporte, a atividade é exercida no planejamento do trabalho em equipe, no apoio e comando técnico. Mas não é só isso. Vai bem além.

"Liderar nem sempre é ser técnico e passar a melhor tática para equipe. Liderar é mostrar ânimo, fazer o time acreditar, envolver todos na vontade de jogar. E quando aparecer uma tarefa chata - ter que ser goleiro ou jogar na zaga, por exemplo - levantar a mão e assumir aquilo com vontade, mesmo odiando aquela determinada atividade", diz Santiago.


Responsabilidade


Viver sob situações de risco é algo bem comum no mundo dos negócios. O mesmo acontece no esporte. Afinal de contas, você aguentaria a responsabilidade de cobrar um pênalti decisivo na final de uma Copa do Mundo de futebol?

"Situações de risco - onde perder ou ganhar pode estar em suas mãos, são comuns no esporte. Assumir o risco e tocar de lado pode fazer a diferença no esporte ou no empreendedorismo", diz Renato.

Portanto, "jogue o jogo, porque é isso que sabemos e adoramos fazer!", finaliza.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Empreendedores transformam networking em negócio


Por Fabiana Pires para Pequenas Empresas & Grandes Negócios

O farmacêutico Alberto Tafla passou boa parte de seus 45 anos construindo uma rede de contatos. Manter relacionamentos firmes, não só pelas redes sociais, sempre fez parte de sua personalidade – na escola, na faculdade, passando pelo time de polo aquático da Associação Hebraica de São Paulo, até os colegas de trabalho no Banco Mercedes Benz e na administradora de frotas LeasePlan.
Em junho deste ano, ele transformou o networking em negócio ao fundar a GreatLeads, que conecta empreendedores e empresas a grandes figuras do mercado.
Tudo aconteceu por intermédio de um colega de MBA, Diego Guimarães, 40 anos. Ao perceber que Tafla tinha facilidade em conectar pessoas que poderiam ter interesses em comum, ele lembrou de outro amigo com um jeito parecido, Marcio Clemente, 49 anos, que é formado em marketing.
“O Diego marcou um encontro entre nós três porque tinha uma ideia de como poderíamos usar a rede de contato que criamos ao longo da carreira para abrir uma empresa”, diz Tafla. A reunião ocorreu em fevereiro deste ano. Em junho, Tafla e Clemente abriram o negócio com um investimento de aproximadamente US$ 100 mil.
Segundo Tafla, a empresa nasceu para oferecer um serviço que foi criado quase sem querer. “Não foi algo intencional. Eu e o Marcio sempre gostamos de construir relacionamentos, conhecemos pessoas de ambientes diferentes, mas nunca pensamos que isso poderia virar um negócio para ajudar outras empresas.”
O modelo de negócios da GreatLeads é baseado em cinco faixas que dividem os oito mil contatos de Tafla e Clemente. São influenciadores de mercado, gerentes, diretores, donos de empresas até pessoas com grande exposição no meio que atuam. O valor do serviço varia de acordo com quem o cliente deseja se encontrar: vai de R$ 600 a R$ 9.600. “Em um primeiro momento, nós nos reunimos com o cliente para criar uma lista das pessoas que poderiam ajudá-lo”, diz Tafla.
Os empreendedores, então, entram em contato com essas pessoas para apresentar o cliente e o que ele gostaria de propor. “Nós só marcamos uma reunião se o executivo se mostrar interessado no que o cliente tem a dizer. Precisa ser uma via de duas mãos.”
Em três meses de operação, os empreendedores já contabilizam 79 clientes. O objetivo dos sócios é fechar esse ano com um total de 800 reuniões entre clientes e contatos. “Queremos formar uma massa crítica de promotores da boa experiência do serviço. A partir disso, vemos alguns desdobramentos para o negócio. Trabalhar em parceria com pessoas que possam se beneficiar do serviço que fazemos é um deles”, afirma Tafla.