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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

As tendências de web, mobile e social em 2015

Sergio Damasceno para Meio&Mensagem

As tendências de web, mobile e social em 2015


Num portentoso estudo que tem 376 slides, a agência We Are Social, que combina mídias sociais, digital, PR e marketing, e que opera também no Brasil, revela quais são as principais tendências para este ano em três áreas que se cruzam: a internet, as redes sociais e o mobile. Assim como a pesquisa, os números são grandiosos: para uma população mundial total de 7,2 bilhões de pessoas, a densidade da internet está em 42% e chega a 3 bilhões de habitantes. Entre essas pessoas, mais de 2 bilhões têm perfis em redes sociais e serviços de mensagens, 3,6 bilhões são usuários exclusivos de celulares e 1,6 bilhão acessas as redes sociais por meio móvel.

O mobile, crescentemente, aumenta seu domínio sobre o mundo digital e isso deve se expandir durante este ano, já que o conceito de conectividade ubíqua (onipresente) deverá se intensificar em função de smartphones mais baratos e também pelo aumento de conexões de dados ao redor do mundo.

Os serviços de troca de mensagens como WhatsApp, WeChat e o Messenger do Facebook colocam as redes sociais no topo em relação ao uso de internet nas maiores economias mundiais, o que significa que o comportamento digital do usuário, em todo o planeta, converge cada vez mais para os dispositivos móveis.

Com base nessas previsões e nas respectivas expansões de cada área, o relatório da We Are Social estima que a internet atinja uma penetração de mais de 50% da população mundial até meados de 2016. E as redes sociais, que chegam a quase 30% dos usuários conectados, deverão chegar a um terço da população global ainda este ano, ou seja, pelo menos 2,1 bilhões de pessoas terão perfis.

O mundo digital cresceu expressivamente no ano passado, sobretudo a partir do segundo semestre: os usuários de mídias sociais passaram dos 2 bilhões em agosto; a teledensidade de celulares passou dos 50% em setembro; o número de internautas globais superou os 3 bilhões em novembro; e o número de conexões móveis ativas ultrapassou o total da população mundial em dezembro. Com base nesses dados, o estudo projeta os respectivos números: 115 milhões a mais de pessoas no mundo; 525 milhões a mais de usuários de internet; 222 milhões a mais de usuários de redes sociais; 185 milhões a mais de usuários móveis; e 313 milhões a mais de usuários sociais móveis.

Internet
O salto da população com acesso à internet foi grande de 2013 para 2014: passou de 35% a 42% no ano passado. Mas, diz o relatório, talvez isso se explique por conta do aumento de acesso a conexões de dados, e não a acessos móveis, simplesmente. No entanto, pontua o estudo, não há dúvida que muitos milhões de novos usuários acessaram a internet pela primeira vez nos últimos 12 meses, notadamente via celular. Importante notar que o acesso à web não é igualmente distribuído no mundo: enquanto o número de internautas de países como as Ilhas Bermudas, Bahrain e Islândia é quase equivalente à respectiva população, há outras nações como a Coréia do Norte e o Sudão do Sul em que menos de 0,1% da população tem acesso à internet.

A velocidade de conexão à internet é outro fator que varia muito de país para país e pode ir dos 25 Mbps na Coréia do Sul para os 2 Mbps na Índia. Hong Kong, Japão, Cingapura e EUA são, depois da Coréia do Sul, os cinco países que têm a conexão mais rápida, com média de 10 Mbps ante a média global de 4,5 Mbps. Finalmente, a média de permanência do usuário na internet mundial é de 4:25 horas, com os sul asiáticos (tailandeses, vietnamitas, indonésios e malaios) à frente, com 5 horas diárias de uso, com destaque para os filipinos, que gastam 6 horas por dia na internet.

Internet móvel
O tráfego mobile representou 39% de todo o tráfego da internet no ano passado e cerca de um terço de todas as páginas de internet já têm versão mobile. Aqui, como na internet fixa, também há grandes flutuações conforme o país: enquanto 89% das páginas de Papua Nova Guiné são acessadas por celular, apenas 0,1% das páginas de pequenas ilhas caribenhas o fazem por meio dos dispositivos móveis.

A Índia domina o acesso via mobile, com 72% do total de acessos móveis. Isso significa que há grande espaço para crescimento em todo o mundo e o acesso via mobile tem crescido exponencialmente. Outro ponto é que 39% das conexões mobile globais são classificadas como banda larga, ou seja, 3G e 4G.

Mídias sociais
As redes sociais continuam a crescer em todo o mundo e os usuários ativos contabilizam 29% de toda a população mundial. O usuário ativo mensal (MAU, na sigla em inglês) é o mais ativo usuário das redes e chega a mais de 2 bilhões, um crescimento de 12% na base desde janeiro do ano passado.

O estudo da We Are Social estima que a média de uso em redes sociais chegue a 2:25 horas por dia (inclui redes sociais e microblogs, como o Twitter). Lideram o tempo gasto os argentinos e filipinos, com 4 horas de uso por dia.

O Facebook mantém o domínio global do cenário de redes sociais e contabilizou 1,366 bilhão de usuários ativos este mês de janeiro, dos quais 1,133 (83% do total) acessaram a rede por meio de dispositivos móveis. Na China, é diferente:, a rede social Qzone, da Tencent, domina a população que fala o mandarim, com 629 milhões de usuários. Na Rússia, é o VKontakte, com 100 milhões de pessoas.

Os serviços de mensagens como WhatsApp, WeChat, Messenger do Facebook e Viber responderam por 100 milhões de usuários mensais nos últimos 12 meses. Esses serviços de mensagens instantâneas e chat estão entre três das Top 5 plataformas sociais.

Brasil
Segundo o estudo da We Are Social, o Brasil, com uma população de 204 milhões, tem 110 milhões de usuários de internet (penetração de 54%). Desses 110 milhões, 96 milhões (47% da população total), têm perfis em redes sociais, 276 milhões têm celular (densidade de 135%) e 78 milhões (38% do total da população) acessam seus perfis por meio de dispositivos móveis. Respectivamente, os acessos à internet devem crescer 10% este ano; as mídias sociais, 12%; os celulares, 3%; e os acessos a redes sociais por meio móvel, 15%.

O brasileiro, em média, fica 5:26 horas conectado à internet; gasta 3:47 horas com acesso móvel; gasta também 3:47 horas com acesso a redes sociais (via mobile ou fixo); e consome 2:49 horas com TV.

As redes sociais ou serviços de mensagens mais usados são o Facebook (25% do total); WhatsApp (24%); Messenger do Facebook (22%); Skype (14%); Google+ (13%); Twitter (11%); Instagram (10%); LinkedIn (9%); Pinterest (6%); e Badoo (6%).

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Como construir uma marca nas redes sociais?

Por PEGN

De acordo com o último levantamento do Ibope, 40,3 milhões de brasileiros mantêm perfis ativos em redes sociais. Independentemente da área de atuação, o posicionamento em plataformas como Twitter e Facebook tornou-se quase obrigatório — atualmente, 88% das empresas nacionais têm canais de atendimento em mídias sociais, segundo uma pesquisa da agência Burson-Masteller. Do estudo da audiência à gestão de crises, confira dez estratégias para engajar consumidores e ganhar credibilidade em ambientes digitais.

1. Responda com velocidade
Reclamações feitas em plataformas online podem fugir do controle em pouco tempo. Publicados por uma consumidora insatisfeita com um automóvel da Renault, os vídeos do site MeuCarroFalha levaram apenas dois meses para atingir 700 mil visualizações no YouTube. Para evitar situações como essa, Fábio Saad, diretor de mídias sociais da DM9DDB, sugere um plano de ação em três etapas:

- Ofereça uma resposta imediata para o consumidor e a sua audiência.
- Seja rápido na resolução do problema. Isso evita que a situação tome proporções maiores do que deveria.
- Crie uma política de redução de danos — manifestações em redes sociais permanecem para sempre nesses canais.

2. Descubra as suas fraquezas
Toda marca tem pontos vulneráveis. Por isso, antes de criar perfis em redes sociais, é importante levantar os temas de fricção com potencial para desencadear crises de imagem. “Por exemplo, uma rede de churrascarias tem valores conflitantes com o público vegano. O monitoramento prévio da audiência permite se antecipar a reações negativas iminentes”, diz Alessandro Barbosa Lima, CEO da E. Life, consultoria de gestão em mídias sociais. Segundo o executivo, uma boa estratégia de contingência está apoiada sobre três pilares:

Pesquisa de audiência
Mesmo que informalmente, faça um estudo sobre as comunidades impactadas — positivamente e negativamente — pelo negócio e suas impressões iniciais sobre a marca.

Unificação de perfis
É comum que funcionários e parceiros criem um perfil independente para homenagear a empresa. Isso pode confundir a audiência. Identifique esses canais e procure maneiras de incorporá-los à sua estratégia digital.

Eliminação de gargalos
Problemas em áreas críticas — como controle de qualidade — são as maiores fontes de repercussão negativa em mídias sociais. O marketing digital não deve ser intensificado até que essas questões sejam resolvidas.

3. Afine o tom da mensagem
Nas redes sociais, o atendimento ao consumidor acontece de forma pública. Desse modo, áreas como o SAC se tornaram essenciais para construir reputações. “A comunicação digital é fragmentada entre diversos perfis de clientes. A linguagem deve ser afinada de acordo com o tom do interlocutor”, afirma Martha Gabriel, professora do curso de MBA de Marketing da HSM Educação.

Resposta Esperta
Em junho do ano passado, o usuário @adtothebone tuitou que os dejetos de apenas um pombo seriam suficientes para destruir um carro do modelo Smart. Rapidamente, a empresa corrigiu a mensagem: afirmou que a quantidade necessária para dar perda total no automóvel seria de 4,5 milhões de pombos. A ação rendeu um total de 503 retuítes em apoio à postura bem-humorada da Mercedes-Benz.

4. Integre com o offline
Do anúncio na televisão ao comentário no Facebook, a identidade e os valores da marca devem permanecer os mesmos. Desse modo, a estratégia de comunicação em todos os canais — digitais e analógicos — precisa estar bem amarrada e integrada. Confira dois exemplos abaixo.

Cabides inteligentes
Para conectar a presença digital ao ponto de venda físico, a C&A compartilhou peças de uma coleção inédita com os fãs de sua página no Facebook. Quando as roupas chegaram à loja do Shopping Iguatemi, em São Paulo, vieram acompanhadas por cabides que atualizavam o número de curtidas em tempo real.

A sombra do dragão
A estreia da última temporada da série Game of Thrones foi anunciada em uma campanha mista de trailers no YouTube, jogos no Facebook e desenhos de sombras de dragão projetadas em páginas de jornais e edifícios. A estratégia multiplataforma resultou em uma audiência de 4 milhões de pessoas.

5. Envolva toda a empresa
Não basta apenas acompanhar os movimentos do público. Manifestações de colaboradores e parceiros também deixam rastros na internet. Do marketing aos recursos humanos, todos devem estar conscientes sobre os valores da empresa e seu posicionamento nas redes sociais. “Todo funcionário representa a empresa no mundo digital de alguma forma. Fortalecer essa consciência entre os colaboradores diminui as chances de crises com origem no próprio escritório”, diz Martha.

Defina uma política
A empresa deve ter uma política clara sobre a postura dos colaboradores nas redes sociais. Entre os pontos cruciais, está a permissão de responder a críticas em nome da marca.

Promova a colaboração
Informe todas as áreas sobre as ações digitais da empresa. Não adianta promover um produto se a equipe de vendas não estiver preparada para atender ao aumento de demanda.

Contrate com cuidado
Perfis pessoais e corporativos se misturam com frequência. Contratar pessoas que não se identificam com os valores básicos do negócio se tornou ainda mais arriscado.

6. Explore as redes de nicho
Embora a audiência de massa esteja em plataformas como Twitter, Facebook e Google+, redes voltadas para nichos de consumo podem trazer bons resultados para marcas. Além de reunir comunidades engajadas sobre um tema específico, algumas delas agregam um número expressivo de usuários. Confira dois exemplos abaixo.

E-Familynet
Voltado para mães de primeira viagem, o site reúne fóruns de discussão e artigos sobre gravidez. Conta com mais de 500 mil usuárias registradas.

Quora
Com cerca de 1,5 milhão de usuários, o Quora é uma plataforma de conhecimento popular entre comunidades de negócios e tecnologia.

7. Seja relevante
Algumas marcas vendem estilos de vida. Outras são focadas na funcionalidade do produto. Em ambos os casos, manter-se fiel ao propósito original é o que traz relevância para o público-alvo. “Imagine qual seria a reação das pessoas se uma pet shop compartilhasse informações sobre religião. Elas esperam encontrar dicas sobre animais e lançamento de produtos em um canal como esse”, afirma Abel Reis, presidente da AgênciaClick Isobar. “Se você for relevante dentro da sua causa, os consumidores vão se engajar naturalmente.”

Conteúdo direcionado
Com mais de 12 milhões de fãs, a página da Nike no Facebook combina o lançamento de produtos com imagens e vídeos inspiradores dos atletas patrocinados pela marca. Para aumentar a sua relevância em comunidades específicas, a empresa também aposta em perfis alternativos como o Nike Football e o Nike Women. Outra iniciativa emblemática é o Nike+, que se integra com games e redes sociais.

8. Diversifique as métricas
Retuítes, compartilhamentos, comentários e curtidas são métricas básicas para medir o engajamento da audiência. Além delas, é importante ficar de olho nos indicadores específicos para cada perfil de negócio. “Se a marca tem como objetivo principal levar pessoas para lojas físicas, a quantidade de check-ins no Foursquare pode ser mais relevante do que o volume de interações no Twitter”, diz Lima, da E. Life.

9. Não tente esconder os erros
A transparência é o melhor caminho para resolver crises de imagem. Levar a discussão para ambientes privados — como chats e mensagens diretas —, sem oferecer uma solução para o problema, costuma deixar consumidores insatisfeitos ainda mais indignados. Uma resposta clara, divulgada publicamente, mostra para toda a audiência que as reclamações estão sendo tratadas com a atenção que merecem.

Seja objetivo
Evite respostas padronizadas e evasivas. O diálogo com um cliente prejudicado pela empresa deve priorizar o direcionamento da solução do problema.

Acompanhe de perto
Faça um follow-up da situação em canais como telefone e e-mail. Isso ajuda o consumidor a se sentir mais amparado.

10. Compre visibilidade
Para quem já conquistou uma boa reputação nas redes, soluções pagas de publicidade são uma boa maneira de ampliar o alcance da audiência. Entre as opções disponíveis no mercado, existem diversas ferramentas que se adaptam aos orçamentos de pequenas e médias empresas. Conheça duas delas.

Publicações promovidas
A ferramenta do Facebook aumenta a visibilidade de posts entre os seguidores — e os amigos — de páginas corporativas. Oferece planos a partir de US$ 5.

Tuítes promovidos
A solução oferecida pelo Twitter permite estipular um orçamento diário para a promoção de tuítes. A partir daí, pequenos valores são descontados quando algum seguidor interage com o conteúdo publicado.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Importância da Interface Gráfica

Por Thais Maia Campos

A importância de um bom código na qualidade final de um software é indiscutível, mas a qualidade de um programa também se baseia em outro aspecto da programação que nem sempre tem a atenção merecida: a interface gráfica, ou interface de usuário.

Assim como o algoritmo, que fica por debaixo dos panos, a interface gráfica tem uma importância fundamental para o sucesso de seu sistema. São inúmeras as técnicas existentes para auxiliar a construção de excelentes softwares, como Design Patterns, POO e POA. Mas quais técnicas auxiliam na elaboração dos desenhos de interfaces gráficas? O que deve ter em mente o programador ou projetista de interface para construir uma boa interface de usuário?

A palavra chave quando falamos em interface de usuário é USABILIDADE. Interfaces gráficas não foram feitas apenas para serem visualmente agradáveis, mas também para facilitarem o trabalho de quem as utiliza. Beleza sem usabilidade pode-se comparar a uma Ferrari sem volante. É linda, porém não vai servir para o propósito ao qual foi feita.

A tarefa do projetista de interface gráfica não é fácil. São cometidos vários equívocos ao desenhar uma nova janela ou página apenas porque não se pensa como um usuário. Se colocar no lugar do usuário é uma tarefa difícil e é o segredo para o sucesso de qualquer projetista de interface. É preciso pensar com qual freqüência o recurso será utilizado, se é crítico, se a velocidade faz diferença, se é acessível via teclado ou exige o uso do mouse… São muitas perguntas, mas o objetivo é apenas um: uma boa interface gráfica é aquela que se comporta da forma como o usuário espera que ela se comporte.

Se você coloca um botão lindo com ícones em 3D, mas não deixa claro para o que ele serve, não está construindo uma interface boa para o usuário. É preciso colocar legendas claras e, se possível, hints explicativos e teclas de atalho explicitas, pois nem todo mundo gosta ou pode ficar utilizando mouse. Se o padrão do sistema operacional é que em caixas de mensagens o botão OK venha antes do Cancelar, o sistema também deve seguir desta forma. Se existe um recurso que ainda não foi implementado, não coloque o botão na janela apenas para que o usuário tenha que clicar e ver que nada acontece. Recursos incompletos são piores que a ausência total deles.

Outra característica interessante relacionada ao usuário: eles não gostam de ler. Portanto, não adianta fazer um manual extenso, explicando minuciosamente como utilizar a nova janela, pois eles não o lerão de forma alguma. Da mesma forma, não adianta escrever caixas de diálogos com textos explicativos muito grandes. Textos curtos e claros são ideais. Usuários também costumam pensar que recursos parecidos devem se comportar da mesma forma. Então, se vai construir uma janela nova, pergunte-se se não existe um padrão a ser seguido. Não inove sem critério, um aplicativo cujas interfaces gráficas têm aspectos funcionais diferentes umas das outras são difíceis de usar.

Caso tenha dúvida sobre qual melhor abordagem para um recurso, não invente. Pergunte ao usuário, faça um teste de interface com ele, observe como ele interage com os botões, menus e mensagens. É a melhor forma de descobrir.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Usabilidade na Web: 11 Dicas para Sites

por João da Fonseca para SEOmaster

Um dos conceitos mais importantes em marketing online e geralmente ignorado, até mesmo por desconhecimento, é a usabilidade na web.

Muitas empresas, que têm consciência da importância de um bom ambiente virtual e querem fazer um bom trabalho, investem pesado para criar seus sites. Encomendam templates sob medida, colocam toda a identidade visual da empresa e o site torna-se o novo queridinho.

O problema é que é comum acabar esquecendo a experiência do usuário, uma vez que o site foi feito somente seguindo as vontades e gostos de quem planejou. Pode acontecer de o visitante entrar no site mas não conseguir chegar ao pedido de orçamento, ou não ter uma estrutura que tenha lógica de navegação.

Agora que já tivemos uma boa quantidade de teorias e definições sobre o tema, veja abaixo a lista com algumas dicas para melhorar a usabilidade.

Dicas de Usabilidade

1 - Diálogos simples e naturais

O site ideal deve apresentar exatamente a informação que o usuário precisa no momento, nem mais nem menos.

Não adianta encher a sua tela de informações para que ele efetue a compra do seu produto, se naquele momento só é importante perguntar qual a forma de envio que ele quer escolher.

Isso também vale para blogs: não encha a página de anúncios, principalmente na parte acima do texto. Isso passa uma grande insegurança para o visitante, diminuindo a credibilidade do site. Além de existir uma grande probabilidade do visitante sair sem ver seu conteúdo, porque ele não rolou a página. Seja consistente

Uma mesma interação ou comando tem que ter sempre o mesmo resultado. Se for incluir um botão de ação dentro das páginas de produtos, ele tem que ter sempre a mesma ação, como “incluir no carrinho” ou “pedir orçamento”.

Se, ao invés disso, exibir diversos botões de ação diferente para cada produto, vai confundir o visitante.

Caso seja necessário, utilize cores, formatos ou posições diferentes para comandos diferentes.

2 - Fale a linguagem do usuário

O conteúdo das páginas deve ser produzido para uma pessoa entender, e não para os robôs do Google. O visitante em primeiro lugar, sempre.

Isso já foi dito diversas vezes pela empresa, então as informações têm que ser organizadas seguindo a lógica do pensamento humano.

Organize o texto seguindo uma ordem natural, com o primeiro parágrafo introduzindo a idéia, o corpo desenvolvendo, e o último fazendo a conclusão. Utilize boas palavras-chave dentro do texto, em lugares que agregue valor ao leitor.

Esse tempo investido para aumentar a qualidade é refletida nas principais métricas de experiência do usuário, como tempo na página e taxa de rejeição.

3 -Ofereça saídas claras

É necessário que o usuário consiga sair do seu sistema ou fazer o logout a qualquer momento, de forma fácil e sem barreiras.

Não faça como muitas empresas que dificultam uma pessoa a sair ou a apagar o seu cadastro. Isso vai contra todas as boas práticas de experiência do usuário. Se ele quiser sair, mostre-o como e pergunte o porquê. Dessa forma você pode ter um feedback e melhorar. Você não coloca obstáculos para seus clientes saírem da sua loja, então também não faça isso no seu site.

4 - Não sobrecarregue a memória do usuário

O sistema tem que ser o mais intuitivo possível, para que seja fácil aprender a executar as etapas necessárias, e consiga facilmente criar um mapa mental, que irá ajudá-lo a navegar pelo site.

O melhor método para isso é deixar bem claro o caminho, o ideal seria deixar poucas e claras opções de ação.

Um bom caso de sucesso é o Twitter. É muito fácil aprender que pode digitar no máximo 144 caracteres (tem até um contador regressivo), e postar. Simples!

No entanto, na maioria das vezes isso não é possível, aí é importante que mesmo oferecendo diversas opções de atalhos, a principal deve ter um destaque para facilitar a construção do mapa mental para o usuário.

5 - Diminua os erros

Identifique quais são as principais situações de erro dentro do seu site. Vou dar a dica de uma técnica simples: faça uma lista dos 10 problemas mais comuns, começando pelo que mais se repete. Com a lista pronta, pegue os dois primeiros problemas e os resolva. Dessa forma, é provável que 80% da quantidade de problemas irá diminuir, somente por resolver os mais recorrentes. Vale sempre a pena investir nesse salto de qualidade do site.

6 - Mostre os benefícios

Seu site deve mostrar claramente quais são os benefícios que oferece ao usuário. Crie uma lista dos principais benefícios que seu site oferece, pois chama muito mais atenção do que um texto descritivo.

É melhor deixar explícito para o visitante sobre o que é o seu site, para fazê-lo ficar curioso, e querer explorar o site.

Dica: Faça o Teste dos 5 Segundos. Peça para alguém acessar o site durante 5 segundos, e responder sobre o que era o conteúdo, o que era oferecido, etc. Se ele tiver dificuldade, é hora de melhorar!

7 - Tenha atalhos de navegação

Os usuários que já conhecem seu site devem conseguir executar suas funções com rapidez. Disponibilizar atalhos, menu detalhado ou links para páginas mais visitadas são algumas sugestões. Pense no que seu site oferece e como seu usuário interage com ele, então imagine o que irá facilitar que seu usuário chegue ao seu objetivo.

8 - Dê feedback

O site é uma mídia digital com grande capacidade de interação. O usuário espera uma resposta do sistema quando passa o mouse em cima de um link, por exemplo.

É ótimo que o mouse e a cor do botão mude, pois fica claro que se clicar ali uma outra parte do site será apresentada. Destaque as funções do seu site, indicando de alguma forma onde existe interação. Só a mãozinha de link não basta. O site deve informar a todo momento ao usuário o que está acontecendo.

Diferente de um livro, que só se pode ler, seu site pode ter incontáveis interações. Aproveite essa vantagem!

9 - Crie boas mensagens de erro

Apesar de trabalhar para diminuir a quantidade de erros, infelizmente você não conseguirá eliminar todos. Então crie uma mensagem de aviso para cada erro que ocorrer, e é muito importante que cada um deva ser identificado claramente, explicando para o usuário o que aconteceu.

Não basta colocar “Erro 3″, como o Google faz no Hangout, sua ferramenta de videochat. Sua linguagem deve ser clara e sem códigos sem explicação, justamente porque devem ajudar o usuário a entender e resolver o problema. E principalmente, NUNCA culpe o usuário.

10- Página de Ajuda

Seu sistema tem que ser planejado para que seja operado de forma tão fácil que não necessita de ajuda. No entanto, essa é uma situação ideal, e por melhor que ele fique, sempre alguém vai ficar com dúvidas.

Então disponibilize uma Ajuda ao Usuário, podendo ser na página ou em um endereço independente, que deve estar facilmente acessível.

Pode até mesmo ser um chat online, com uma janelinha que fica no canto com alguém sempre à disposição para tirar dúvidas.

11 - Pós-Leitura
Utilize os Goals e Eventos do Analytics

Antes que você implemente os pontos abordadas acima, é muito importante que defina claramente o que está mudando, e quais seriam as métricas para ter um controle e saber se realmente essa alteração teve benefícios para o seu site ou não. Utilize o sistema de Goals que o Google Analytics oferece, que não é muito difícil de configurar.

Teste A/B

Se depois de ler todas as dicas, ficou confuso e várias ideias diferentes surgiram, isso é ótimo! Mas aí você se pergunta como juntar elas, ou qual seria a melhor.

Não podemos saber como nosso visitante vai reagir, pois o comportamento pode variar muito de acordo com o tipo de site, com o mercado e até mesmo com a cultura individual. Para isso é indispensável que faça um Teste A/B, para validar as suas alterações e ver se realmente melhoram a experiência do seu site.

É muito importante que sempre teste as mudanças que fizer no seu site, para ir tornando-o melhor para seu usuário. Cada investimento vale muito, pois com certeza seu visitante irá sentir diferença!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Princípios gerais de usabilidade em web sites

Por Eduardo Manchón

Embora estes princípios podem parecer muito gerais, são a base da disciplina e de sua extrapolação e perfeita compreensão permite resolver qualquer casuística concreta.

1. Antecipação, o web site deve antecipar-se às necessidades do usuário.

2. Autonomia, os usuários devem ter o controle sobre o web site. Os usuários sentem que controlam um web site se conhecem sua situação em um meio abrangente, mas não infinito.

3. Há que utilizar as cores com precaução para não dificultar o acesso aos usuários com problemas de distinção de cores (aprox. um 15% do total).

4. Consistência, as aplicações devem ser consistentes com as expectativas dos usuários, ou seja, com sua aprendizagem prévia.

5. Eficiência do usuário, os web sites devem centrar-se na produtividade do usuário, não no próprio web site. Por exemplo, às vezes as tarefas com maior número de passos são mais rápidas de realizar para uma pessoa que outras tarefas com menos passos mas mais complexas.

6. Reversibilidade, um web site há de permitir desfazer as ações realizadas

7. Lei de Fitts indica que o tempo para alcançar um objetivo com o mouse está em função da distância e do tamanho do objetivo. A menor distância e maior tamanho mais facilidade para usar um mecanismo de interação.

8. Redução de tempo de latência. Torna possível otimizar o tempo de espera do usuário, permitindo a realização de outras tarefas enquanto se completa a prévia e informando ao usuário do tempo pendente para a finalização da tarefa.

9. Aprendizagem, os web sites devem requerer um mínimo processo de aprendizagem e devem poder ser utilizados desde o primeiro momento.

10. O uso adequado de metáforas facilita a aprendizagem de um web site, mas um uso inadequado destas pode dificultar enormemente a aprendizagem.

11. A proteção do trabalho dos usuários é algo prioritário, deve-se assegurar que os usuários nunca percam seu trabalho por conseqüência de um erro.

12. Legibilidade, a cor dos textos deve contrastar com a do fundo, e o tamanho de fonte deve ser suficientemente grande.

13. Continuação das ações do usuário. Conhecendo e armazenando informação sobre seu comportamento prévio deve-se permitir ao usuário realizar operações freqüentes de maneira mais rápida.

14. Interface visível. Deve-se evitar elementos invisíveis de navegação que há de ser inferidos pelos usuários, menus desdobráveis, indicações ocultas, etc.

Outros princípios para o design de web sites são:

a) Os usuários devem ser capazes de alcançar seus objetivos com um mínimo esforço e com resultados máximos.

b) Um web site não pode tratar o usuário de forma hostil. Quando o usuário comete um erro o sistema deve solucionar o problema, ou por padrão sugerir varias soluções possíveis, mas não emitir respostas que meramente informem do erro culpando o usuário.

c) Em nenhum caso um web site pode ir abaixo ou produzir um resultado inesperado. Por exemplo, não devem existir links quebrados.

d) Um web site deve se ajustar aos usuários. A liberdade no uso de uma web site é um termo perigoso, quanto maior for o número de ações que um usuário possa realizar, maior será a probabilidade que cometa um erro. Limitando o número de ações ao público objetivo facilita-se o uso de um web site.

e) Os usuários não devem sofrer sobrecarga de informação. Quando um usuário visita um web site e não sabe por onde começar a ler, existe sobrecarga de informação.

f) Um web site deve ser consistente em todos os passos do processo. Embora possa parecer apropriado que diferentes áreas tenham designs diferentes, a consistência entre os designs facilita ao usuário o uso de um site.

g) Um web site deve prover de um feedback aos usuários, de maneira que estes sempre conheçam e compreendam o que acontece em todos os passos do processo.

Fonte: Criar Web

quinta-feira, 2 de maio de 2013

terça-feira, 11 de setembro de 2012

[Entrevista] Mercado de Mobile Marketing

Agências de publicidade e empresas já entenderam que é preciso destinar generosas fatias do orçamento para campanhas de marketing. No entanto, há uma área que se mostra cada vez mais promissora: o mobile marketing que, como o nome mesmo diz, dá mobilidade ao consumidor e permite que ele interaja com empresas e marcas independente do momento e do lugar.

De acordo com um levantamento feito nos Estados Unidos e no Reino Unido pela empresa mBlox, especializada em marketing móvel, 54% dos jovens acham muito importante receber conteúdo promocional via celular e 18% preferem fazer compras por meio do dispositivo móvel ao invés de usar o computador para isso

Como uma forma de entender melhor o marketing móvel, conversamos com a jornalista e professora universitária Karla Ehrenberg, graduada pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e especialista em Jornalismo e Segmentação Editorial pela PUC-Campinas. Em 2010, Karla se tornou Mestre em Comunicação Social, também pela Umesp, com a defesa da dissertação: “Comunicação Mercadológica em celulares: um panorama do mobile marketing brasileiro”.

1) O mobile marketing se resume à publicidade via SMS?

Na verdade, o mobile marketing é uma prática que envolve várias formas de divulgação de conteúdo empresarial. A campanha via SMS é a forma mais popular, mas não é a única. Existem os games, os sites móveis, banners, aplicativos, bluetooh marketing.



2) É possível unir ações de marketing aplicadas em outras mídias a ações voltadas para mobile?

Sim. O grande conceito vigente é o de ações convergentes, ou seja, fazer uma campanha com ações que circulem por diferentes mídias. Cada ação deverá ser adaptada para o meio em que será veiculada, mas o conceito a ser mantido é o de uma campanha única.



3) Qual o maior erro que uma empresa pode cometer em ações de mobile marketing?

Não avaliar corretamente seu público e não ter um bom planejamento de campanha para esse meio. É preciso conhecer as especificidades do meio para poder atuar nele. Em outras palavras, cada empresa precisa avaliar muito bem seus objetivos, seus públicos e sua verba para poder atuar nessa área.



4) No Brasil, as projeções para o mercado de mobile marketing são positivas?

O mercado está em tendência de crescimento, tanto pelo número de pessoas que possuem celulares (especialmente smartphones, que permitem o desenvolvimento de campanhas mais sofisticadas) como pelo desenvolvimento de ações mais coordenadas, interativas e complexas por parte das agências.

Fonte: 3 Mark Business

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mobile marketing no tom certo

Por Ivan Pauletti



Há cerca de 200 milhões de telefones celulares no País, mais de um por pessoa. Acreditamos que em pouco menos de cinco anos, a telefonia fixa deverá estar enterrada juntamente com seus fios. O presente se apresenta na forma de mobilidade e o futuro já bateu na porta de todos, empresas, clientes, agências e tudo o mais. As empresas que perceberam essa mudança e já se prepararam para os novos tempos (novos?) saíram na frente. As que ainda se mantêm atreladas apenas às estratégias mais convencionais de marketing – por medo, falta de percepção ou mesmo falta de timing – ficarão ainda mais defasadas do futuro que já está aí.

Portanto, hoje, o maior desafio das agências e do mercado – e também a maior necessidade – é saber como inovar nas estratégias de marketing. Novas mídias se configuram num mercado cada vez mais acelerado e a integração dos conteúdos publicitários das mesmas é que terão de trazer o diferencial para as empresas.

A onda atual é o marketing em plataformas móveis, ideia que consiste na inserção de conteúdo em aplicativos, sites e jogos, para serem consumidos nos chamados dispositivos móveis, sejam eles iPhones, iPads, Androids, etc.

Muitas empresas já perceberam a importância de falar com seus públicos e estão utilizando essa estratégia para levar conteúdo interativo de forma sutil nos aplicativos de uso diário de seus consumidores, como, por exemplo, aplicativos de celular para controle de peso que podem ser baixados de maneira gratuita.

Mas, ao mesmo tempo em que oferecem algo gratuitamente, reservam um pequeno espaço no seu layout para abrigar uma propaganda de um shake para emagrecimento. Ou, outra possibilidade: num jogo de pegar frutas aparentemente sem nenhum patrocinador que, quando o usuário bate o recorde, recebe a informação sobre a importância da conscientização de não se desperdiçar alimentos. Essa foi uma ideia desenvolvida para a ONG Banco de Alimentos pela Brandish Ad. Parece interessante, não?

As possibilidades de usar essas novas ferramentas e estratégias tornam a propaganda mais leve, mais sutil, sem distrair nem incomodar o consumidor, muitas vezes até aliando seus interesses na hora de baixar o aplicativo com a ideia que será vendida.

A inserção de conteúdos não é o único meio de inovação nessas plataformas. Outra alternativa, mais comum e até mais simples e que vem se tornando padrão, é reunir e oferecer as informações naturais que uma empresa veicularia em peças de propaganda ou até mesmo seu site, otimizadas para serem visualizadas em gadgets (dispositivos móveis), como o simples fato de uma versão para celular.

Bancos e empresas multinacionais têm adotado essa prática com bastante sucesso, principalmente quando o foco é um público mais jovem e conectado. Um site com conteúdo otimizado para o aplicativo mobile torna o acesso mais visível e ágil nessas plataformas, além de ser um bônus para o público que procura o que comprar.

Tratando-se de marketing em plataformas móveis, há muitas formas de inovação. Pode ser com jogos direcionados para um produto, conteúdo inserido em aplicativos, ou mesmo um simples site otimizado; a grande diferença é que cada atitude tomada pelo empreendedor é, sem dúvida, um passo à frente num mundo onde a globalização e a mobilidade deixaram de ser diferenciais para se tornarem cada vez mais um padrão.

Fonte: Proxxima

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como as empresas devem adaptar seus sites para a mobilidade ?

Por Renato Melo

O avanço da mobilidade traz a tona uma nova etapa da internet. Se há dez anos as pessoas precisavam criar um site só para estar na internet e há pouco mais de um ano era obrigatório estar nas redes sociais, a bola da vez em 2012 será o site móvel.

Já são mais de 230 milhões de celulares no Brasil e cerca de 30 milhões com acesso a internet. No entanto, como as empresas devem adaptar seus sites para a mobilidade?

AGILIDADE
Em primeiro lugar o principal questionamento é que a agilidade deve ser sempre o ponto número um. Muitas vezes o contato com o consumidor final será durante a espera de um ônibus ou um sinal vermelho.
Se sua empresa for um estabelecimento com atendimento ao público, outro fator fundamental é expor de forma clara e objetiva o horário de funcionamento, o endereço, de preferência com integração com o Google Maps, e o telefone de contato. Vale lembrar que, assim como o e-mail nos websites, o telefone pode ser transformado em um link nos sites móveis, com a função de ligação direta.

CONTEÚDO REDUZIDO
O conteúdo também será peça chave e deve seguir a mesma regra de clareza e objetividade: textos curtos, pouca rolagem e imagens leves. Vale lembrar que a maioria dos dispositivos móveis não são compatíveis com o Flash.
Além disso, procure selecionar três ou no máximo quatro sessões para o seu site. Ter um menu muito grande só irá dificultar a vida de seu usuário.

APROVEITE A OPORTUNIDADE
Lembre-se: Se o consumidor acessou seu site, você já está na palma de sua mão. Por isso, dê a ele a oportunidade de baixar um conteúdo exclusivo e compartilhar o que é relevante nas redes sociais. O botão curtir logo na home pode impulsionar o seu crescimento no Facebook.

Fonte: Digitais do Marketing

terça-feira, 28 de agosto de 2012

[Entrevista] A abstinência pela tecnologia e internet

Entrevista exibida no programa Isso é Coisa da Sua Cabeça da BAND NEWS FM
Por Inês de Castro

Tá num restaurante... acessa os e-mails. Tá no meio de um encontro com a família... abre lá o celular com conexão pra a internet. Você não pode ficar sem se atualizar. Às vezes nem mesmo nós nos damos conta, mas estamos a um passo daquele vício virtual. O pior retrato parece usar os jovens como personagens, eles ficam conectados 8, 10, 12, às vezes mais horas ainda por dia, entrando em sites, passeando pelas redes sociais. Tira o computador ou o celular desses jovens, eles experimentam algo semelhante a crise de abstinência que é vivida pelos dependentes de drogas e substâncias químicas e isso é a ciência que comprova. Aquilo que veio para facilitar está se tornando uma espécie de vilão nas nossas vidas, segundo pesquisas conduzidas pelo Centro de Recuperação pra Dependências da Internet nos Estados Unidos a parcela dos viciados representa, nos vários países estudados, algo em torno de dez a quinze por cento. E para falar sobre os viciados em internet eu vou conversar hoje com a médica psiquiatra, membro da Associação Brasileira em Álcool e Outras Drogas que já foi diretora do Departamento de Dependência Química da Associação de Psiquiatria do Estado do Rio de Janeiro, Dra. Magda Vaissman.



Doutora, no momento em que estou falando sobre esse panorama, das pessoas que não conseguem largar o computador, alguns dos nossos ouvintes podem estar pensando: "ah, mas que exagero isso!”, O uso excessivo da internet configura mesmo um vício?

MAGDA VAISSMAN: Olha a gente tem visto que isso configura um vício para certas pessoa,Em que a pessoa não pode viver um minuto sem consultar, ela tá em qualquer numa situação no trânsito, dirigindo, a espera de uma consulta médica, como eu vejo, às vezes, no consultório. Em qualquer circunstância a pessoa está procurando alguma coisa na internet. Consultando e sem necessidade, quer dizer, situações em que inadvertidamente ela está procurando alguma coisa na internet onde ela deveria está mais relaxada, mais ligada em outra situação.



Naquela situação que ela está vivendo. Então talvez o vício possa se configurar na incapacidade que a pessoa tem de se afastar daquele aparelho que a conecta à internet e da frequência com que ela faz isso.

MAGDA VAISSMAN: Exatamente, exatamente. É como uma paciente minha que é dependente de internet, ela diz: "eu não posso ficar desligada da internet, eu tenho que ficar sabendo toda hora o que que está acontecendo no mundo. Eu não posso ficar vendo televisão o dia inteiro, então eu fico o dia inteiro ligada na internet, no meu computador ou então no meu celular, pra saber o que está acontecendo. Eu preciso saber o que tá acontecendo”.



Doutora Magda, a senhora falou sobre o centro de recompensa no cérebro, assim como o dependente de drogas o viciado em internet ele experimenta também uma espécie de euforia na hora em que ele está conectado, está usando o computador ou está na rede social, por exemplo?

MAGDA VAISSMAN: Ele tem uma sensação de prazer quando ele começa a fazer isso. Ele se sente, vamos dizer que ele sente uma compulsão, uma necessidade imperiosa de fazer essa consulta de ficar na internet. Há casos, inclusive, do sujeito nem se levantar, e ficar... Se alimentar ali diante do computador, fazer as necessidades fisiológicas em frente do computador. Há casos às vezes muito, pode chegar até a uma psicose, nessas circunstâncias.



E é possível, que o dependente de internet ele tenha o seu desempenho afetado em tarefas intelectuais que ele é obrigado a realizar no dia-a-dia caso ele fique desconectado. Vamos supor, por uma pessoa que é obrigado a se manter distante do computador ou distante do seu aparelho celular com acesso a internet, essa pessoa...

MAGDA VAISSMAN: Vai ter os mesmos sintomas de uma síndrome de abstinência, como nervosismo, ansiedade, distúrbio do sono, ele pode ter uma euforia, ou uma depressão, ele pode ter uma sensação de mal estar quando ele não consegue realizar o que ele precisa a compulsão, tem um mal estar, uma abstinência.



A senhora concorda que os pais podem exercer um papel determinante no desenvolvimento desse vício?

MAGDA VAISSMAN: Às vezes os pais são desinformados, às vezes os pais são muito ausentes, e ai, nesse sentido, a criança o jovem, acaba procurado mais a internet do que o diálogo com os pais. Então, você não pode dizer que depende muito em que família, como é que está estruturada essa família em que o jovem está inserido, o cenário onde ele está inserido, o contexto. Mas há famílias em que não há diálogos, não há presença dos pais. Muitas vezes não há um ideário religioso ou moral, num lar onde há muitas brigas, muitas dissenções, então a internet pode ser um refúgio. E também tem as questões ligadas a modernidade, uma vez que as famílias são diferentes das famílias do passado.



Doutora, o psiquiatra Daniel Spritzer do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas do Rio Grande do Sul, diz que como a internet faz parte do dia-a-dia dos adolescentes e o isolamento comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta esse problema antes que ele tenha fugido do controle. Eu queria que a senhora desse algumas dicas pra que os pais ficassem mais alertas com relação ao comportamento dos seus filhos.

MAGDA VAISSMAN: Como eu sempre digo, os pais têm que acompanhar o comportamento dos filhos e mesmos quando os filhos não querem muito diálogo, eu acho que os pais forçar um certo diálogo. É muito natural, é muito comum que o adolescente nessa fase entre doze, dezesseis, dezessete anos ele questione os pais por que faz parte da adolescência ai essa, entre aspas, rebeldias, no sentido em que ele rebelde, pra ele se identificar, quer dizer, ele criar sua identidade. Essa identidade passa pelo isolamento do seu quarto, mas mesmo que haja isso, eu acho que os pais têm que forçar, por que o adolescente ele precisa de norte, ele precisa de regras, não por que ele brigue com você é melhor você vê do que não ver.



Doutora Magda, vamos falar então, já que tocamos no facebook, vamos falar do facebook que tem rendido muitos comentários. Pessoas que gostam de mostrar só o lado bom da vida, postar as fotos mais bacanas. E sobre essas pessoas já falou: “ah no facebook todo mundo é lindo, magro rico, feliz”, não deixa de ser verdade. A gente os quer mostrar o lado bom, mas a minha observação é a seguinte: não é assim também na vida?

MAGDA VAISSMAN: Mas na vida pessoal você é diferente, um pouco diferente do face, no face é diferente. Você, quando está diante de uma pessoa, é muito diferente do que quando você está no virtual. Mas eu penso assim, que as pessoas procuram muito relacionamento primeiro através da internet. As pessoas procuram através desses sites de relacionamento amoroso, novas amigos, comunicação, isso ai está se tornando muito comum entre os jovens. Muito, muito comum, de reencontrar pessoas...



Fonte: Leia a entrevista na íntegra no blog da Magda Vaissman

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Segurança na internet

Reportagem: Guilherme Tagiaroli, jornalista do UOL Tecnologia e Downloads.



O canal de Tecnologia do UOL realizou uma entrevista com internautas de diferentes gerações, entre eles, Anisia Spezia, 65, coordenadora da Campanha dos Cuidadores Voluntários do Portal Terceira Idade, e fez perguntas sobre segurança na web, como qual a melhor forma de criar uma senha ou que eles citassem cuidados básicos em redes sociais. Em seguida, um especialista comentou os questionamentos dando sua opinião. O evento é uma iniciativa anual que mobiliza mais de 70 países para promover o uso seguro e responsável da internet.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Inovação mais veloz impõe “reinados” mais curtos

Por João Luiz Rosa e Bruna Cortez



Como o Facebook, que protagonizou a maior oferta pública de uma empresa de tecnologia, várias companhias já pareceram insuperáveis em algum momento de sua história. Todas viram surgir rivais que as sucederam como símbolo de inovação global.

A constatação parece óbvia: à medida que os ciclos de inovação ficam mais rápidos, os períodos de domínio tecnológico das grandes companhias ficam mais curtos. A IBM, cujas raízes remontam ao fim do século XIX, só teve uma sucessora à altura em meados da década de 80, quando a Microsoft emergiu, colocando no pedestal o software e o PC, em vez dos grandes computadores empresariais. A companhia de Bill Gates dominou o cenário por pelo menos 20 anos, até que o Google se firmasse como a empresa de internet por excelência. O interesse despertado agora pelo Facebook, criado em 2004, mesmo ano em que o Google foi à bolsa, mostra que há um novo pretendente ao trono. É menos de uma década de diferença.

Todas essas companhias continuam relevantes, mas a pergunta é por que o líder de uma fase tecnológica não consegue manter essa posição na etapa seguinte.

Ao se tornarem referências globais de tecnologia – e o aval de Wall Street é um sinal dessa capacidade –, as empresas passam a ter obrigações legais que causam uma inevitável distração. A preocupação, antes concentrada no laboratório, é dispersada entre diversos públicos – o acionista, o analista de mercado, a imprensa especializada... Não alcançar uma previsão de resultados pode ser tão ou mais destrutivo quanto lançar um produto que funciona mal.

Com milhares de funcionários e milhões de consumidores, as companhias acabam se fixando em produtos já provados no mercado. O Windows e o Office continuam sendo as armas principais da Microsoft, da mesma maneira que o mecanismo de busca é o carro-chefe do Google.

A despeito de equipes gigantescas e orçamentos generosos destinados à pesquisa, essa camisa de força acaba permitindo o surgimento de companhias menores e muito mais ágeis, que captam melhor as necessidades do público.

Não é à toa que Zuckerberg adiou o quanto pode a estreia do Facebook no mercado de capitais.

Parece cedo demais para perguntar, mas a julgar pela história, qual será e quando vai surgir o próximo Facebook?

A decisão da companhia de pagar US$ 1 bilhão pelo Instagram, em pleno período de silêncio pré-oferta, dá uma pista do rumo atual das coisas. O Instagram, um aplicativo de fotografia, tornou-se um fenômeno de popularidade na web. O próprio Zuckerberg negociou o acordo de compra antes de apresentá-lo pronto ao conselho de administração do Facebook.

O americano Kevin Systrom e o brasileiro Michel “Mike” Krieger, cofundadores do Instagram, podiam ter recusado a proposta, mas concordaram em vender o negócio, menos de dois anos depois de tê-lo criado. Outras criações populares como o Skype não resistiram. O serviço de comunicação é hoje controlado pela Microsoft.

Esse tipo de decisão não surpreende. Muitos empresários da novíssima geração – a maioria com 20 e poucos anos de idade – pensam em vender seus negócios a grandes grupos, em vez de amadurecê-los. Essa tendência vem de anos. Em 2004, o Valor perguntou a seis empresas que integravam o ranking das 29 companhias mais inovadoras do mundo, segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), quais eram suas perspectivas. Quatro delas disseram esperar ser compradas.

Zuckerberg tomou uma direção diferente. Em 2006, recusou ofertas bilionárias tanto da Viacom (US$ 1,5 bilhão) como do Yahoo (US$ 1 bilhão) para vender a companhia. E mesmo sob a oferta pública, cuidou de assegurar a si mesmo a maioria das ações com direito a voto, o que lhe dá amplos poderes na direção da empresa.

É verdade que ao rejeitar as propostas de compra, Zuckerberg correu o risco de sumir do mapa. Não fosse essa recusa, porém, o Facebook poderia ser hoje uma divisão meio esquecida nas engrenagens de algum conglomerado de tecnologia ou mídia.

Ironicamente, o surgimento do próximo Facebook pode depender da habilidade de o Facebook real – ou outro gigante tecnológico – perceber o potencial de alguma empresa de garagem, conduzida por um nerd de moletom.

Fonte: Observatório da Imprensa

quarta-feira, 9 de maio de 2012

8 ideias de negócios inovadores que o vão inspirar

Por Luciano Larrossa

Muitas vezes pensamos demais em ideias de negócios. Outras, nem sequer pensamos e limitamo-nos a copiar o que o vizinho está fazendo. Mas a verdade é esta: se o negócio for mesmo bom, ele vai ter sucesso.

Quando pensamos que já tudo foi feito, aparecem estes exemplos que nos inspiram. E nos levam a realizar questões como “Que conhecimento eu tenho que podem fazer a diferença?” ou “Será que o meu negócio é mesmo assim tão absurdo que não poderá ter sucesso?”. Estes empresários não tiveram medo de arriscar e acreditaram sempre em si. Uma atitude que você deve reter na sua mente se realmente quiser ser um freelancer de sucesso.

1. BAGNEWS – VENDER PUBLICIDADE EM SACOS



Tem um conceito bastante simples: colocam anúncios nos sacos que produzem e depois distribuem esses mesmos sacos em estabelecimentos comerciais. Isto aconteceu porque Salvatore Privitera, 70 anos, e seu sócio Adriano Afonso, de 32, perceberam a crescente preocupação das empresas em ter práticas que se preocupassem com o meio ambiente. Com o sucesso nos primeiros anos, decidiram criar uma rede de franchising. Atualmente conta com 11 franquiados, mas segundo Privitera, o objetivo é alargar para 50 até ao final do ano. A empresa aposta muito na vertente ambiente, tendo no seu blog vários exemplos de práticas amigas do ambiente. A rede BagNews planeja faturar R$ 5 milhões em 2011 e espera chegar a R$ 10 milhões até 2012.

2. 100% VIDEO – ALUGAR VIDEOS ATRAVÉS DE PEN’S DRIVES



A utilização de DVD’s para assistir a um filme está cada vez mais passando de moda. Devido a isso, a 100% Video decidiu apostar numa ideia inovadora de alugar os seus videos através de uma pen drive. O modo como funciona é bastante simples. O utilizador faz o download do filme e paga-o, ficando com uma senha de acesso para assisti-lo no seu computador ou na televisão caso esta tenha entrada USB. Para que isso seja possível, a empresa desenvolveu um software, no qual investiu 300 mil reais. Para realizar o aluguel de qualquer vídeo, o consumidor precisa apenas de um pen drive de no mínimo 4 GB. O pagamento pode ser feito através da internet. E a empresa ainda preparou outra inovação: a sua locação apenas começa a contar 24 a 48 horas depois de iniciar a exibição do filme. A 100% Vídeo possui atualmente 72 lojas em 11 estados brasileiros e faturou R$ 32 milhões em 2010.

3. TREE 2 MY DOOR – VENDER ÁRVORES NA INTERNET



A empresa vende árvores pela internet como forma de presente. Sim você leu bem: árvores pela internet. Mas a empresa não se fica apenas por aqui, vendendo rosas ou frutos. A empresa tem sempre uma preocupação sustentável, baseando-se em produtos amigos do ambiente e plantando árvores conforme as vais comercializando. Bastam duas coisas para a empresa Tree 2 My Door trabalhar: uma estufa e um website. Algo simples mas eficaz.

4. O MELHOR DA VIDA – VENDER ACORDOS



Um ano e meio na Austrália foi o suficiente para Jorge Nahas e Daniel Nahas estudarem e verem que ideias de negócios poderiam ser aplicadas no Brasil. Com isso nasceu a empresa ‘O melhor da vida‘, que vende experiências aos seus utilizadores como viagens, desporto ou passeios de mota. Para poder desfrutar das experiências basta comprar um dos kits. Já a empresa, tem um acordo com várias outras instituições, de modo a realizar descontos a quem compra o kit de ‘O Melhor da vida‘. Para Jorge Nahas, que antes de iniciar o seu negócio próprio tinha um emprego fixo, o fato de ter um salário bom e boas perspectivas de futuro não era suficiente. “Meu pai sempre me falou que a pior coisa que pode acontecer na vida é arrumar um bom emprego. A tendência é se acomodar”, refere o jovem empresário. Os irmãos Nahas querem atingir entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões de faturamento anual em 2015.

5. PATIENTS LIKE ME – A REDE SOCIAL DOS DOENTES



O conceito de redes sociais invadiu a internet nos últimos anos. A a área da saúde não é excepção. Com isso nasceu o Patients like me, que não é mais do que uma partilha entre vários usuários dos seus problemas de saúde e os tratamentos que fizeram. Mas como este site ganha dinheiro? Com a venda de medicamentos. Os usuários falam de quais medicamentos utilizaram e o site ganha com isso, vendendo-os.

6. FLATTR – PAGAR PARA LER



Este conceito não é inovador, apesar de apenas alguns sites conseguirem ter sucesso com este modelo. Funciona de um modo bastante simples. Cada usuário cadastrado no site, compra um pacote mensal e navega pelo conteúdo que é disponiblizado pelos utilizadores. Quando encontra botões do Flattr, ele clica no botão se achar o conteúdo interessante. Ao final do mês, o valor definido pelo usuário será dividido entre os sites “clicados”. Dependendo do número de cliques que você der, esse valor que paga mensalmente será dividido por todos seus cliques no botão Flattr por todos os produtores do conteúdo.

7. PAY WITH A TWEET – PAGAR PARA DIVULGAR (OU NÃO)



Um conceito bastante simples mas que pode ajudar algum produto seu como freelancer a ser bem sucedido. Imagine que publicou um ebook. Tudo o que precisa fazer á colocar um botão no seu site que diz “Pay with a tweet” e para que a pessoa possa fazer o download do seu livro, precisa apenas de fazer um tweet acerca do seu livro e ganha o direito a fazer o download. Isto levanta muitas questões como as quais “Quanto vale cada tweet que você faz?”. Apesar de o retorno financeiro ser nulo, este passa a palavra faz com que o que você criou torne-se bastante viral, levando a que tenha uma recompensa financeira a longo prazo.

8. HUMBLE BUNDLE – JOGUE E DÊ O QUE QUISER



O conceito de pagar quanto quiser começa a tomar conta de alguns negócios. E o Humble Bundle não é excepção. Neste site, poderá jogar os jogos que quiser e depois o utilizador decide se decide fazer alguma doação. Este ideia foi uma forma de a empresa divulgar os seus jogos Indie e ganhar algum dinheiro com isso. Mas talvez a palavra algum não seja a melhor que deva ser utilizar, visto que a Humble Bundle arrecadou mais de um milhão de dólares na sua primeira edição.

Fonte: Escola Freelancer

terça-feira, 3 de abril de 2012

Índia: Companhias de Internet se curvam a exigências de censura

Por Global Voices

A Índia deu um gigantesco passo para trás, ao exigir que 20 das maiores companhias de Internet, inclusive Google, Facebook e Twitter apresentem planos para filtrar material “anti-religioso” ou “anti-social” do conteúdo disponível para cidadãos indianos.

Lideranças políticas, inclusive Sonia Gandhi, o ministro das Telecomunicações Kapil Sibal e o Primeiro Ministro Manmohan Singh exigiram de companhias de Internet a remoção preventiva de material “duvidoso”, de acordo com o Governo. Material “duvidoso” inclui blasfêmias e insultos religiosos, mas grande parte do material também inclui conteúdo crítico e desabonador para muitos dos líderes políticos da Índia, inclusive Sonia Gandhi, de acordo com o blog do jornal Financial Times, beyondbrics.


"A Índia vai processar o Google por causa de material ofensivo. O Google se recusa a remover resultados de busca." Cartoon de Bryant Arnold, CartoonADay.com. Utilizada sob a licença Creative Commons 2.5 (BY-NC)

Após resistência inicial, as companhias de Internet finalmente se curvaram às demandas egoístas da Índia e concordaram em apresentar planos para filtrar “conteúdo ofensivo” até hoje, dia 21 de fevereiro de 2012. A próxima audiência ocorrerá no dia 1 de março. Regimes autoritários como os da China, Rússia e Egito fizeram exigências semelhantes, mas a Índia é a primeira democracia robusta, com uma mídia doméstica florescente, a fazer exigências tão extensivas.

A Índia está fazendo jus à posição de maior democracia do mundo? Não de acordo com os seus cidadãos. O blogueiro AdityaT cita um advogado do Google em um post no site igyaan:

"The issue relates to a constitutional issue of freedom of speech and expression, and suppressing it was not possible as the right to the freedom of speech in democratic India separates us from a totalitarian regime like China."

"A questão está relacionada a uma questão constitucional de liberdade de expressão e suprimi-la não é possível, já que o direito à liberdade de expressão na Índia democrática é o que nos separa de um regime totalitário como o da China."
 
What to do Baba considera:

"It is almost impossible to ban Google or Facebook in India. [..] I hope and believe, that the matter be settled both for the good of society as well as the web. Let us punish the guilty and not choose a scapegoat."

"É quase impossível banir o Google ou o Facebook na Índia. […] Eu espero e acredito que a questão será acertada entre ambas as partes para o bem da sociedade, bem como para o bem da Web. Culpemos os culpados, ao invés de encontrar um bode expiatório."

Talvez seja tarde demais para a indignação popular. O Google já começou a redirecionar usuários do domínio blogspot.com para o censurado blogspot.in, a versão indiana do site de blogs. Material censurado em sites indianos e versões das ferramentas de busca continuarão disponíveis fora da Índia. O Yahoo e o Facebook estão se recusando a censurar o próprio conteúdo, alegando que não têm nenhuma relação com os materiais duvisosos, de acordo com o blog Jaipur.co.

O Google possui um longo histórico de mover-se por zonas cinzas para aplacar governos irados. Fundado sob o ideal “não seja malvado”, o Google deixou de utilizar esse slogan em público, pois o bordão acabou indo para o lixo em favor do lucro, no lugar de prover serviços de interesse público.

Os gigantes da Internet Google, Facebook e Twitter possuem regras que requerem que as companhias “adiram  às leis domésticas”, o que significa remover conteúdo que viole as leis locais. As três empresas têm apontado este fato em auto-defesa, diante das acusações lançadas por defensores dos direitos humanos inúmeras vezes nos últimos anos, primeiro na China, depois no Egito e agora na Índia.

Porém, essas regras não foram criadas para permitir que governos sufoquem a circulação livre de informações. A realidade é que a Internet é um fórum ingovernável e a esfera digital tem poucas leis. Na Índia, o Google está longe de ser uma vítima, ele está permitindo que governos censurem material para evitar a perda de 121 milhões de usuários, caso o Governo bloqueie completamente o Google, além de potenciais 900 milhões de usuários mais, já que o número de usuários da Internet na Índia se multiplica a cada ano.

O Google não está se curvando à censura do Governo para viabilizar ao menos “alguma” forma de os cidadãos indianos acessarem informações, ele está com medo demais de perder milhões de usuários para a concorrência.

A manobra do Google entra diretamente em contradição com a sua retirada recente da China. Embora obviamente não seja o melhor passo nos negócios, uma das medidas mais significativas que o Google poderia tomar para combater a censura era sair da China. Timothy B. Lee escreve no blog Room for Debate, do New York Times:

"Google’s withdrawal from China has important symbolic value. Google has become one of the world’s most prestigious brands, and for the last four years it has lent undeserved legitimacy to the government’s censorship efforts."

"A retirada do Google da China foi um importante gesto simbólico. O Google se tornou uma das marcas mais prestigiosas do mundo e, nos últimos quatro anos, essa marca vinha emprestando uma legitimidade não merecida às tentativas de censura do Governo."
 
É desnorteador que esta enorme conquista do Google seja seguida pela submissão às exigências de censura da Índia.

Assim, adentramos a Primeira Guerra Digital. São os governos versus a Internet, e pior ainda: são as companhias de Internet umas contra as outras, na sua busca pelo domínio sobre a Web. As empresas de Internet prestam um enorme desserviço a seus usuários e à luta contra a corrupção na Índia, ao sucumbir às pré-condições do Governo, para que censurem ou saiam do mercado.

Claro, o Google pode perder uma porção significativa de usuários para um site de mídia social concorrente, assim como o mesmo pode acontecer com o Facebook, porém, ao tentar superar umas às outras para conquistar o reinado supremo do mundo digital, as empresas parecem estar destruindo lentamente as fundações sobre as quais foram erguidas: liberdade, empoderamento e a obrigação de “não ser malvado”. Kevin Kelleher expressa isso de maneira certeira no blog MediaFile, da Reuters, ao escrever que o slogan do Google “não seja malvado” se tornou “sejamos todos malvados”.

O Google parou de usar esse slogan publicamente. Está na hora de trazê-lo de volta.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ministério do Turismo notifica sites por associar o Brasil ao turismo sexual

Por Folha.com

O Ministério do Turismo notificou quase 2 mil sites na internet que associam marcas de programas e símbolos do país a apelo sexual e sensual.

Em um ano de trabalho, a equipe técnica encontrou 38.865 sites com marcas do ministério. Do total, 2.169 usam essas marcas de maneira imprópria, sendo que 82% deles (1.770) fazem referência ao país como roteiro sexual. Foi identificada, por exemplo, uma página que apresenta um grupo de mulheres seminuas e, ao fundo, a bandeira brasileira.

A busca englobou sites hospedados no Brasil e em outros países. Porém, o ministério não sabe informar por quem e de que locais eles são administrados. Um site pode ter o provedor em um país e o conteúdo ser administrado por uma pessoa em outra parte do planeta.

Dos mais de 2 mil sites notificados, 1.100 atenderam à solicitação do governo federal, tiveram o conteúdo ajustado ou retirado do ar. O ministério aguarda o posicionamento do restante. Para autuar os sites, o ministério usou como base a lei da Política Nacional de Turismo, de 2008, que define prevenção e combate "às atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos".

As situações com indícios de crimes contra crianças e adolescentes foram encaminhadas para investigação da Polícia Federal, segundo o ministério.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

[Entrevista] Empreendedorismo e Negócios na Internet

Por Blog Soluciona

Alberto Valle é consultor e instrutor do Curso de E-commerce consultoria especializada em treinamentos nas áreas do comércio eletrônico e marketing digital. Alberto Valle fala sobre o próspero cenário do e-commerce brasileiro e dá dicas de empreendedorismo na Internet. Dentre os diversos assuntos abordados, Valle destaca a necessidade de maior capacitação dos profissionais de e-commerce e a importância do marketing digital para os negócios online. Confira a entrevista!

BS: Por conta do grande sucesso do comércio eletrônico, muitas pessoas estão buscando empreender na internet? É possível observar essa tendência?

AV: Sem dúvida. Como trabalhamos na área de consultoria e treinamento temos um termômetro muito bom para medir a temperatura do mercado. A procura por nossos treinamentos tem batido recordes consecutivos, o que demonstra o crescente interesse por parte dos empreendedores nas oportunidades que se apresentam na Internet, já que o conhecimento sobre o mercado é o primeiro passo para quem deseja ter sucesso nessa área.
A democratização dos negócios online tem contribuído muito para esse interesse crescente. Hoje em dia o acesso à tecnologia está muito mais fácil do que era há três anos e o custo dessa tecnologia também caiu bastante. Isso torna os projetos de pequenos empreendedores economicamente viáveis e dá início ao processo de bola de neve. Uma história de sucesso incentiva outra, e outra história de sucesso acontece, incentivando muitas outras mais.


BS: Podemos observar que um grande número de lojas virtuais e sites de compras coletivas não conseguiram se estabelecer no mercado e acabaram encerrando seus serviços. Como evitar o insucesso no comércio online?

AV: O principal é perceber que no mundo digital o sucesso está intimamente ligado a seriedade com que o projeto é abordado. Soluções amadorísticas como “loja grátis” ou desenvolvida pelo “sobrinho que mexe com Internet” e administrada pela “menina da contabilidade que entende de MSN” são o caminho certo para o fracasso.
O sucesso nos negócios pela Internet passa pelos mesmos caminhos dos negócios no mundo físico, ou seja, planejamento, plano de negócios, análise SWOT e todas as outras etapas que envolvem um bom gerenciamento de projeto. Fugiu disso, o abismo fica logo na próxima curva.


BS: O e-commerce precisa estar alinhado às estratégias de marketing digital, marketing em mídias sociais, técnicas de SEO, web analytics, entre outras? Como fazer essas ferramentas funcionarem juntas de forma eficaz?

AV: Hoje em dia a diferença está toda no marketing digital. Em termos de tecnologia, estamos todos em um patamar muito próximo em função da democratização dos recursos e queda de preços tanto de hardware quanto de software. Por isso, a briga fica mesmo é na área do marketing digital, como estratégias cada vez mais sofisticadas de otimização para ferramentas de busca (SEO), links patrocinados, email marketing, redes sociais e monitoramento de todas essas ações através das ferramentas de web analytics.
Para o pequeno empreendedor, montar uma estrutura dessas, logo no início fica um pouco difícil e por isso em nossos cursos e consultorias sempre recomendamos a terceirização de algumas delas. Acho que SEO e web analytics devem ser “feitos em casa”, pois exigem um pouco mais de conhecimento da cultura da empresa. O resto, pelo menos em um primeiro momento, pode ser feito fora.


BS: Quais são as orientações que você pode dar para quem quer empreender ou já tem um negócio na Internet?

AV: Em primeiro lugar, inovar sempre. O empreendedor digital deve estar o tempo inteiro buscando aperfeiçoar o seu negócio, caso contrário corre o risco de ficar fora do mercado em muito pouco tempo. Estamos assistindo agora a revolução dos dispositivos mobile. Quem não se adaptar estará fora do mercado em menos de dois anos. A constante busca por atualização é uma função básica do empreendedor digital.
Meu segundo conselho é estar sempre atendo às demandas do público que certamente ficará cada vez mais exigente. Ouça as redes sociais e assine as Newsletters de sites e blogs especializados nacionais e internacionais para poder estar sempre a par das mais novas tendências do mercado. Nos negócios pela Internet, a informação é o subsídio mais importante para o sucesso do seu negócio.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Computação em nuvem e a educação

Por Barbara Coelho


Computação em nuvem trata-se de um modelo de computação oferecido como serviço, aos moldes de distribuição de energia elétrica. Bom este já é um ponto interessante para reflexão, visto que até o momento a rede internet, embora tenha incorporado a mesma proposta, ainda não viabilizou na prática este método de distribuição.

Contudo, a computação em nuvem possibilita a oportunidade de interligar sistemas de computação disponíveis em uma organização, criando uma rede ampla e dinâmica por possibilitar a interconexão com outros recursos digitais, a exemplo de ipad, celulares, etc. Este procedimento traz como principal objetivo maximizar com flexibilidade os
recursos informáticos, com base no conceito de virtualização, formando uma rede compartilhada, onde as informações são processadas a partir de qualquer computador em tempo real. Este é um tema que vem chamando atenção de pesquisadores e interessados nas inovações tecnológicas e que dialoga fortemente com a Web 2.0 e inclusão digital.

Algumas pesquisas vem sinalizando que a computação em nuvem pode representar uma alternativa, como um novo rumo para a educação, fundamentado-se em autores como Lynch e Bencler – estudiosos de informática e sociedade em rede – que migram o conceito para a área educacional.

O que os autores denominam de educação em nuvem, tomando por base o conceito de computação em nuvem, se difere da educação à distância graças aos menores custos com os aparatos computacionais. Já que as transferências dos pacotes de dados se dão pelos computadores disponíveis em toda a rede, ou seja, sem ficar a mercê do servidor. As transferências podem ser acessadas a partir de qualquer dispositivo, fator que realmente quebra barreiras, pois de acordo com o IBGE (2005), o número de celulares ainda supera os números de computadores na realidade brasileira.

Nessa perspectiva, a “educação em nuvem” representa mais uma oportunidade de se possibilitar o alcane à “àgora digital”, onde todos os conhecimentos estariam abertos em flutuação constante na rede, sem depender necessariamente de atrelar o acesso em ambientes físicos. Contudo, cabe pensar se este ambiente virtual já existe e se as pessoas que têm a possibilidade de usar dispositivos eletrônicos (celular, TV, videogame, etc.) terão as competências necessárias para acessar o conhecimento disponível na nuvem.

O fato desses dispositivos povoarem a realidade da maioria dos sujeitos é um
ponto positivo que com certeza agregará novas possibilidades de acesso à
informação para cada vez mais pessoas. Entretanto, cabe a reflexão do que estão chamando de “educação em nuvem”; qual a ligação desta com a escola? trata-se de educação formal ou informal? quem tem acesso e, principalmente, é necessário mediação humana para acessar? No nosso entendimento, essas são umas das questões que precisam ser observadas com certa profundidade antes, até mesmo, de se intintular mais um termo para a área da educação. Compreendemos que a interconexão sobre estes dispositivos, ou seja, a computação em nuvem corrobora como ampliação dos ambientes por onde podem circular a informação e produção de conhecimentos. Com isso percebemos um alargamento das possibilidades pedagógicas da escola, ou seja, uma coalizão das atividades educacionais aos dispositivos que a nuvem proporciona, conduzindo ao aprendizado.

Fonte: Bahia Diário

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Google e seus recursos acadêmicos

Hoje vamos explorar nosso amigo Google. Você talvez não saiba, mas ele pode ser seu grande aliado na realização de trabalhos e pesquisas acadêmicas.


Portanto, não esquece de incluir o Google em seu grupo de estudos.