terça-feira, 21 de maio de 2013

Usabilidade na Web: 11 Dicas para Sites

por João da Fonseca para SEOmaster

Um dos conceitos mais importantes em marketing online e geralmente ignorado, até mesmo por desconhecimento, é a usabilidade na web.

Muitas empresas, que têm consciência da importância de um bom ambiente virtual e querem fazer um bom trabalho, investem pesado para criar seus sites. Encomendam templates sob medida, colocam toda a identidade visual da empresa e o site torna-se o novo queridinho.

O problema é que é comum acabar esquecendo a experiência do usuário, uma vez que o site foi feito somente seguindo as vontades e gostos de quem planejou. Pode acontecer de o visitante entrar no site mas não conseguir chegar ao pedido de orçamento, ou não ter uma estrutura que tenha lógica de navegação.

Agora que já tivemos uma boa quantidade de teorias e definições sobre o tema, veja abaixo a lista com algumas dicas para melhorar a usabilidade.

Dicas de Usabilidade

1 - Diálogos simples e naturais

O site ideal deve apresentar exatamente a informação que o usuário precisa no momento, nem mais nem menos.

Não adianta encher a sua tela de informações para que ele efetue a compra do seu produto, se naquele momento só é importante perguntar qual a forma de envio que ele quer escolher.

Isso também vale para blogs: não encha a página de anúncios, principalmente na parte acima do texto. Isso passa uma grande insegurança para o visitante, diminuindo a credibilidade do site. Além de existir uma grande probabilidade do visitante sair sem ver seu conteúdo, porque ele não rolou a página. Seja consistente

Uma mesma interação ou comando tem que ter sempre o mesmo resultado. Se for incluir um botão de ação dentro das páginas de produtos, ele tem que ter sempre a mesma ação, como “incluir no carrinho” ou “pedir orçamento”.

Se, ao invés disso, exibir diversos botões de ação diferente para cada produto, vai confundir o visitante.

Caso seja necessário, utilize cores, formatos ou posições diferentes para comandos diferentes.

2 - Fale a linguagem do usuário

O conteúdo das páginas deve ser produzido para uma pessoa entender, e não para os robôs do Google. O visitante em primeiro lugar, sempre.

Isso já foi dito diversas vezes pela empresa, então as informações têm que ser organizadas seguindo a lógica do pensamento humano.

Organize o texto seguindo uma ordem natural, com o primeiro parágrafo introduzindo a idéia, o corpo desenvolvendo, e o último fazendo a conclusão. Utilize boas palavras-chave dentro do texto, em lugares que agregue valor ao leitor.

Esse tempo investido para aumentar a qualidade é refletida nas principais métricas de experiência do usuário, como tempo na página e taxa de rejeição.

3 -Ofereça saídas claras

É necessário que o usuário consiga sair do seu sistema ou fazer o logout a qualquer momento, de forma fácil e sem barreiras.

Não faça como muitas empresas que dificultam uma pessoa a sair ou a apagar o seu cadastro. Isso vai contra todas as boas práticas de experiência do usuário. Se ele quiser sair, mostre-o como e pergunte o porquê. Dessa forma você pode ter um feedback e melhorar. Você não coloca obstáculos para seus clientes saírem da sua loja, então também não faça isso no seu site.

4 - Não sobrecarregue a memória do usuário

O sistema tem que ser o mais intuitivo possível, para que seja fácil aprender a executar as etapas necessárias, e consiga facilmente criar um mapa mental, que irá ajudá-lo a navegar pelo site.

O melhor método para isso é deixar bem claro o caminho, o ideal seria deixar poucas e claras opções de ação.

Um bom caso de sucesso é o Twitter. É muito fácil aprender que pode digitar no máximo 144 caracteres (tem até um contador regressivo), e postar. Simples!

No entanto, na maioria das vezes isso não é possível, aí é importante que mesmo oferecendo diversas opções de atalhos, a principal deve ter um destaque para facilitar a construção do mapa mental para o usuário.

5 - Diminua os erros

Identifique quais são as principais situações de erro dentro do seu site. Vou dar a dica de uma técnica simples: faça uma lista dos 10 problemas mais comuns, começando pelo que mais se repete. Com a lista pronta, pegue os dois primeiros problemas e os resolva. Dessa forma, é provável que 80% da quantidade de problemas irá diminuir, somente por resolver os mais recorrentes. Vale sempre a pena investir nesse salto de qualidade do site.

6 - Mostre os benefícios

Seu site deve mostrar claramente quais são os benefícios que oferece ao usuário. Crie uma lista dos principais benefícios que seu site oferece, pois chama muito mais atenção do que um texto descritivo.

É melhor deixar explícito para o visitante sobre o que é o seu site, para fazê-lo ficar curioso, e querer explorar o site.

Dica: Faça o Teste dos 5 Segundos. Peça para alguém acessar o site durante 5 segundos, e responder sobre o que era o conteúdo, o que era oferecido, etc. Se ele tiver dificuldade, é hora de melhorar!

7 - Tenha atalhos de navegação

Os usuários que já conhecem seu site devem conseguir executar suas funções com rapidez. Disponibilizar atalhos, menu detalhado ou links para páginas mais visitadas são algumas sugestões. Pense no que seu site oferece e como seu usuário interage com ele, então imagine o que irá facilitar que seu usuário chegue ao seu objetivo.

8 - Dê feedback

O site é uma mídia digital com grande capacidade de interação. O usuário espera uma resposta do sistema quando passa o mouse em cima de um link, por exemplo.

É ótimo que o mouse e a cor do botão mude, pois fica claro que se clicar ali uma outra parte do site será apresentada. Destaque as funções do seu site, indicando de alguma forma onde existe interação. Só a mãozinha de link não basta. O site deve informar a todo momento ao usuário o que está acontecendo.

Diferente de um livro, que só se pode ler, seu site pode ter incontáveis interações. Aproveite essa vantagem!

9 - Crie boas mensagens de erro

Apesar de trabalhar para diminuir a quantidade de erros, infelizmente você não conseguirá eliminar todos. Então crie uma mensagem de aviso para cada erro que ocorrer, e é muito importante que cada um deva ser identificado claramente, explicando para o usuário o que aconteceu.

Não basta colocar “Erro 3″, como o Google faz no Hangout, sua ferramenta de videochat. Sua linguagem deve ser clara e sem códigos sem explicação, justamente porque devem ajudar o usuário a entender e resolver o problema. E principalmente, NUNCA culpe o usuário.

10- Página de Ajuda

Seu sistema tem que ser planejado para que seja operado de forma tão fácil que não necessita de ajuda. No entanto, essa é uma situação ideal, e por melhor que ele fique, sempre alguém vai ficar com dúvidas.

Então disponibilize uma Ajuda ao Usuário, podendo ser na página ou em um endereço independente, que deve estar facilmente acessível.

Pode até mesmo ser um chat online, com uma janelinha que fica no canto com alguém sempre à disposição para tirar dúvidas.

11 - Pós-Leitura
Utilize os Goals e Eventos do Analytics

Antes que você implemente os pontos abordadas acima, é muito importante que defina claramente o que está mudando, e quais seriam as métricas para ter um controle e saber se realmente essa alteração teve benefícios para o seu site ou não. Utilize o sistema de Goals que o Google Analytics oferece, que não é muito difícil de configurar.

Teste A/B

Se depois de ler todas as dicas, ficou confuso e várias ideias diferentes surgiram, isso é ótimo! Mas aí você se pergunta como juntar elas, ou qual seria a melhor.

Não podemos saber como nosso visitante vai reagir, pois o comportamento pode variar muito de acordo com o tipo de site, com o mercado e até mesmo com a cultura individual. Para isso é indispensável que faça um Teste A/B, para validar as suas alterações e ver se realmente melhoram a experiência do seu site.

É muito importante que sempre teste as mudanças que fizer no seu site, para ir tornando-o melhor para seu usuário. Cada investimento vale muito, pois com certeza seu visitante irá sentir diferença!