terça-feira, 17 de dezembro de 2013

10 tendências tecnológicas para 2014

Por InfoMoney

O ano de 2013 foi produtivo para setor tecnológico: um iPhone de baixo custo foi lançado, houve a criação de displays flexíveis e relógios inteligentes que permitem controlar smartphones.

Agora é a vez de 2014 e a Ericsson realizou uma pesquisa com mais de 100 mil pessoas em mais de 40 países com o objetivo de listar as tendências mais importantes que o mundo da tecnologia deve seguir no ano que vem. Confira:

1- Aplicativos que mudam a sociedade
A rápida aceitação mundial dos smartphones mudou completamente a forma como as pessoas se comunicam e usam a internet. Agora, a previsão é de que a sociedade entre em uma nova fase do uso desses aparelhos, onde as pessoas estão à procura de aplicativos em todos os setores, incluindo compras, educação e transporte.

2- Seu corpo é a nova senha
Depois do lançamento do iPhone 5S com leitor biométrico, 52% das pessoas querem substituir as senhas alfanuméricas pelo leitor de digital. Já 48% dos usuários de dispositivos móveis estão pensando em leitores de retina.

3- Personal training eletrônico
Pressão arterial, pulso e passos são apenas alguns exemplos de como as pessoas gostam de ser acompanhadas de perto pelos dispositivos móveis. Um total de 40% dos usuários de smartphones quer que o seu telefone registre todas as suas atividades físicas e 56% gostariam de monitorar sua pressão arterial e pulso usando um anel.

4- Internet para todos
Os usuários de dispositivos móveis estão em busca de uma melhor experiência de navegação na internet, considerando que o sinal oferecido pelas operadoras não é estável.

5- Inclusão digital
O acesso à Internet em escala global ainda é desigualmente distribuído, dando origem ao que é conhecido como fosso digital. O advento dos smartphones de baixo custo significa que os consumidores não precisam mais de produtos de computação caros para acessar serviços de internet. Além disso, 51% dos consumidores sentem que seu telefone móvel é a peça mais importante da tecnologia, sendo que para muitos está se tornando um dispositivo primário para o uso da internet.

6- Segurança digital
Como a Internet tornou-se parte importante na vida das pessoas, os riscos associados à conexão estão cada vez mais evidentes; 56% dos usuários diários de internet estão preocupados com questões de segurança e privacidade.

7- Vídeos no controle
As pessoas tendem a assistir mais vídeos recomendados por amigos do que por conta própria. Tanto que 38% das pessoas veem vídeos recomendados pelos amigos várias vezes por semana.

8- De olho na conta
Um total de 48% dos consumidores usa aplicativos para entender melhor o seu consumo de dados. Além disso, 33% querem se certificar de que são cobrados corretamente e 37% dos proprietários de smartphones usam regularmente aplicativos para testar a sua velocidade de conexão.

9- Sensores
Como os serviços de internet interativas são agora comuns, os consumidores estão esperando cada vez mais que o ambiente físico seja igualmente sensível. Até o final de 2016, cerca de 60% dos proprietários de smartphones acreditam que os sensores serão usados em tudo, como cuidados de saúde, transporte público, carros, casas e locais de trabalho.

10- Conteúdo em qualquer lugar
Os locais onde as pessoas assistem TV estão mudando, tanto que 19% do tempo de exibição de vídeos e programas de TV acontecem em smartphones e tablets. Com isso, é possível adaptar a programação à rotina diária de cada um.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

As 10 marcas mais valiosas do mundo em 2013

A Exame fez um lista com as 50 marcas mais valiosas do mundo em 2013. Confira aqui o Top 10:



1. Apple

Posição em 2013: 1
Posição em 2012: 2
Valor de Marca (US$ bilhões): 98,316
Variação do Valor de Marca em %: 28



2. Google

Posição em 2013: 2
Posição em 2012: 4
Valor de Marca (US$ bilhões): 93,291
Variação do Valor de Marca em %: 34




3. Coca-Cola

Posição em 2013: 3
Posição em 2012: 1
Valor de Marca (US$ bilhões): 79,213
Variação do Valor de Marca em %: 2



4. IBM

Posição em 2013: 4
Posição em 2012: 3
Valor de Marca (US$ bilhões): 78,808
Variação do Valor de Marca em %: 4



5 - Microsoft

Posição em 2013: 5
Posição em 2012: 5
Valor de Marca (US$ bilhões): 59,546
Variação do Valor de Marca em %: 3%



6. General Electric

Posição em 2013: 6
Posição em 2012: 6
Valor de Marca (US$ bilhões): 46,947
Variação do Valor de Marca em %: 7



7. McDonald's

Posição em 2013: 7
Posição em 2012: 7
Valor de Marca (US$ bilhões): 41,992
Variação do Valor de Marca em %: 5



8. Samsung

Posição em 2013: 8
Posição em 2012: 9
Valor de Marca (US$ bilhões): 39,610
Variação do Valor de Marca em %: 20



9. Intel

Posição em 2013: 9
Posição em 2012: 8
Valor de Marca (US$ bilhões): 37,257
Variação do Valor de Marca em %: -5



10. Toyota

Posição em 2013: 10
Posição em 2012: 10
Valor de Marca (US$ bilhões): 35,346
Variação do Valor de Marca em %: 17

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 1 a 3 de novembro

CINEMA



Amor bandido [Mud, EUA, 2013], de Jeff Nichols (California). Gênero: drama. Elenco: Matthew McConaughey, Reese Whiterspoon, Tye Sheridan, Sam Shepard, Sarah Pauson. Sinopse: Dois garotos conhecem um fugitivo e fazem um acordo para ajudá-lo a reencontrar seu grande amor. Duração: 131 min. Classificação: 14 anos.




Caleuche – O chamado do mar [Caleuche – El llamado del mar, Chile/Brasil, 2012], de Jorge Olguín (Disney). Gênero: suspense. Elenco: Giselle Itié, Eduardo Paxeco, Catalina Saavedra. Sinopse: Isabel, uma bióloga marinha que vive nos Estados Unidos e é portadora de uma estranha doença que piora com os anos, vai atrás de suas origens no Chile. No país ela enfrenta eventos sobrenaturais. Duração: 100 min. Classificação: 14 anos.




Um castelo na Itália [Un château en Italie, França, 2012], de Valeria Bruni Tedeschi (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Valeria Bruni Tedeschi, Louis Garrel, Filippo Timi, Xavier Beauvois. Sinopse: No meio de uma grande família burguesa italiana, uma mulher vive um período de transformações. Enquanto seu irmão está doente e os conflitos com a mãe aumentam, ela conhece um rapaz e se apaixona. Duração: 104 min. Classificação: 14 anos.




O mordomo da Casa Branca [The Butler, EUA, 2013], de Lee Daniels (Diamond Films). Gênero: drama. Elenco: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Cuba Gooding Jr. Sinopse: Durante três décadas, Eugene Allen foi o mordomo oficial da Casa Branca, tendo servido oito presidentes diferentes. A história conta sua vida e mostra a sua visão sobre o poder nos Estados Unidos. Abertura nos EUA: US$ 24,6 milhões. Dif. (segundo fim de semana): -33%. Acumulado nos EUA: US$ 110,2 milhões. Duração: 132 min. Classificação: 12 anos.




Uma noite de crime [The Purge, EUA, 2013], de James DeMonaco (Universal). Gênero: horror. Elenco: Ethan Hawke, Lena Headey, Adelaide Kane, Max Burkholder. Sinopse: Numa noite em que o crime não terá consequências para ninguém, família é testada. Abertura nos EUA: US$ 34 milhões (em 7/06/2013). Dif. (segundo fim de semana): -75,6%. Acumulado nos EUA: US$ 63,5 milhões. Duração: 85 min. Classificação: 14 anos.




Pedalando com Moliére [Alceste à bicyclette, França, 2011], de Philipe Le Guay (Imagem). Gênero: comédia. Elenco: Fabrice Luchini, Lambert Wilson, Maya Sansa. Sinopse: Serge Tanneur, um ator com a carreira no auge, decide abandonar tudo e viver como eremita. Mas sua paz logo acaba quando ele é procurado por Gauthier Valence, um grande ator, que lhe oferece um papel no O misantropo, de Molière. Duração: 100 min. Classificação: 12 anos.




Sobral – O homem que não tinha preço [Brasil, 2013], de Paula Fiuza (Serendip/Art Films). Gênero: documentário. Sinopse: Biografia do jurista Sobral Pinto, que enfrentou a ditadura no Brasil e se tornou um dos maiores defensores dos direitos humanos da história do país. Duração: 84 min. Classificação: livre.




Solidões [Brasil, 2013], de Oswaldo Montenegro (Dist. Própria). Gênero: drama. Elenco: Vanessa Giácomo, Oswaldo Montenegro. Sinopse: A solidão em todos os seus aspectos, em várias histórias que se ligam e se encontram. Duração: 93 min. Classificação: 14 anos.




Thor 2 – O mundo sombrio [Thor – The Dark World, EUA, 2013], de Patty Jenkins (Disney). Gênero: aventura. Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston. Sinopse: Segundo filme da franquia baseada nos quadrinhos da Marvel. Com exibição em 3D. Duração: 111 min. Classificação: 10 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Roberta Sá e Casuarina
1 de novembro de 2013



A cantora e o grupo de samba unem forças no palco da Fundição Progresso. O repertório de Roberta mistura faixas de seu quinto disco, "Segunda pele" — como "Deixa sangrar" (Caetano Veloso) e "Esquirlas" (Jorge Drexler) — com canções de seus álbuns anteriores, além de recordar marchinhas e sambas antigos.

Já os rapazes do Casuarina — Daniel Montes (violão de 7 cordas e arranjos), Gabriel Azevedo (voz e pandeiro), João Cavalcanti (voz e percussão), João Fernando (bandolim, vocais e arranjos) e Rafael Freire (cavaquinho e vocais) — mostram seu novo trabalho, "10 anos de Lapa," com músicas próprias, como "Samba de Helena" e "Dissimulata", e os clássicos "Com que roupa" (Noel Rosa) e "Lapinha" (Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro). No fim, eles apresentam juntos um repertório surpresa.

Fundição Progresso
1 nov 2013
sex 22:00



TEATRO

Conselho de Classe
até 3 de novembro de 2013



Uma reunião de professores é desestabilizada pela chegada de um novo diretor. O encontro faz eclodir dilemas éticos e pessoais. O espetáculo escrito por Jô Bilac toca em questões como poder e política. A direção é de Bel Garcia e Susana Ribeiro.

Espaço Sesc
Até 3 nov 2013
dom 20:00 | sex e sáb 21:00
R$ 20.00



EXPOSIÇÃO

Frida Baranek - Confrontos
até 5 de janeiro de 2014



Com curadoria de Catherine Bompuis, a mostra de Frida Baranek reúne trabalhos produzidos entre 1985 e 2013. Nos pilotis do museu, a escultura “Unclassified”, de 1992, com mais de quatro metros de altura e 1,5 tonelada, foi construída com partes de aviões e sucata de aço inox. Entre as obras inéditas, “Armadilha”, feita em ferro e arame galvanizado, tem 3,20m de diâmetro e 2,70m de altura.

Museu de Arte Moderna - MAM
Até 5 jan 2014
dom e sáb 11:00 até 18:00 | ter, qua, qui e sex 12:00 até 18:00
Grátis (menores de 12 anos; às quartas, a partir das 15h); R$ 12.00

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A evolução dos encartes de games durante os anos

Por POP Games

Nos últimos anos, os manuais de jogos foram diminuindo de livretos para nada mais nada menos do que meras páginas que não explicam muito além dos principais comandos do jogo - como pode ser conferido na galeria de imagens acima. Reconhecendo a mudança nos encartes, o POP Games resolveu responder, cada um com sua opinião, a pergunta que não quer calar: para onde os manuais de jogos estão indo? Confira essa reflexão e não esqueça de comentar sua opinião sobre o assunto!

Dani Rigon: eu, como bicho de livro, adoro manuais e ando sentindo muita falta deles nos últimos jogos que estou comprando (vide “Puppeteer”). Sim, eu entendo que os jogos de hoje possuem fases de tutoriais que explicam tudinho o que precisamos saber sobre os comandos e personagens (até em português!), mas será que isso realmente exclui a necessidade de um manual?

Também entendo que gastar papel não é legal (pobre Meio Ambiente) e que a criação e a impressão de manuais como os antigos, cheios de artworks e informações, não ajuda no preço de um jogo, mas vamos combinar que os preços também não abaixaram muito, não é?

Em nome de colecionadores e viciados em livros: queremos nossos manuais!

Felipe Carmello: a última vez que eu realmente parei para ler um manual de um jogo, se não me engano, foi na época do Nintendo 64 com Super Mario 64, o primeiro que joguei no console. Como, na época, eu estava absurdamente animado para o jogo, queria saber tudo sobre ele.

Hoje em dia não acho que os manuais são tão úteis quanto antigamente, pois grande parte das coisas estão sendo explicadas na experiência em si, com tutoriais e níveis de treino. Mas apesar disso, não acho que eles deveriam acabar, pois sempre alguém vai preferir o bom e velho papel.

Gabriel Manari: antigamente os manuais explicavam boa parte da lógica por trás de cada pixel do jogo. Hoje tudo isso é explicado nas primeiras horas de gameplay. Mesmo assim eu gosto da tradição, do papel, do tangível que o manual te dá.

Sempre que compro um título para PlayStation 3 eu checo o peso da embalagem. Quanto mais pesada (como a de “Metal Gear Solid 4” ou “Catherine”), mais feliz eu serei com minha nova aquisição.

Marco Rigobelli: para mim, os manuais sempre fizeram parte da experiência do jogo. São o primeiro contato que os jogadores têm com o mundo no qual acabarão imersos (ou não) e supostamente é nele que as informações importantes sobre o jogo deveriam estar. Em certos casos, como nos jogos da Rockstar, os manuais são trabalhos minuciosos que tentam emular a atmosfera do jogo. “GTA IV” e “Red Dead Redemption” tem dois dos melhores encartes que já vi nessa geração. Infelizmente, isso aos poucos foi morrendo.

“Gears of War” é uma série que funciona como exemplo disso: O primeiro tem um manual fantástico que dá detalhes das armas e da história do jogo, enquanto o segundo segue o mesmo padrão e o terceiro começa a ignorar todas essas qualidades até chegarmos em “Judgment” que não tem nenhum encarte.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 25 a 27 de outubro

CINEMA



Um castelo na Itália [Un château en Italie, França, 2012], de Valeria Bruni Tedeschi (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Valeria Bruni Tedeschi, Louis Garrel, Filippo Timi, Xavier Beauvois. Sinopse: No meio de uma grande família burguesa italiana, uma mulher vive um período de transformações. Enquanto seu irmão está doente e os conflitos com a mãe aumentam, ela conhece um rapaz e se apaixona. Duração: 104 min. Classificação: 14 anos.




O conselheiro do crime [The Counselor, EUA/Reino Unido, 2013], de Ridley Scott (Fox). Gênero: suspense. Elenco: Brad Pitt, Michael Fassbender, Javier Bardem, Cameron Diaz, Penelope Cruz. Sinopse: Advogado envolve-se com tráfico de drogas. Duração: 117 min.




Juan e Evita, uma história de amor [Juan y Evita, Argentina, 2011], de Paula de Luque (Tucumán/Mercado Cultural). Gênero: drama. Elenco: Osmar Núñez, Julieta Diaz, Alberto Ajaka, Pompeyo Audivert, Sergio Boris. Sinopse: A história de amor entre Juan Domingo Perón e Eva Duarte, origem de um movimento político que mudou a história de um país. Duração: 104 min. Classificação: 12 anos.




Meu passado me condena [Brasil, 2013], de Julia Rezende (Downtown/Paris). Gênero: comédia. Elenco: Fábio Porchat, Miá Mello. Sinopse: Com apenas um mês de namoro, Fábio e Miá resolvem se casar e passar a lua de mel em um cruzeiro até a Europa. O problema é que na viagem eles encontram seus respectivos ex-namorados, Julia e Tiago, agora casados e também em lua de mel. Duração: 100 min. Classificação: 12 anos.




Serra pelada – A lenda da montanha de ouro [Brasil, 2013], de Victor Lopes (TvZero). Gênero: documentário. Sinopse: Na década de 80, no coração da floresta amazônica, 115 mil homens extraíram 100 toneladas de ouro, carregando nas costas uma montanha de 150 metros de altura. Hoje, Serra Pelada se transformou num lago, cercado por miséria, disputas e lendas. Duração: 94 min. Classificação: 14 anos.




O verão da minha vida [Tha Way Way Back, EUA, 2013], de Nat Faxon e Jim Rash (Diamond Films). Gênero: comédia. Elenco: Steve Carrell, Toni Colette, Allison Janney. Sinopse: Durante as férias, passadas com sua mãe, seu padrasto e a filha dele, o adolescente Duncan faz amizade com Owen, um divertido gerente de um parque aquático. Duração: 103 min.



Rio de Janeiro

SHOW

Arnaldo Antunes
26 de outubro de 2013



Após excursionar por um ano e meio com seu “Acústico MTV”, o artista lança amanhã, no Circo Voador, “Disco”, seu 15º álbum solo. Entre canções pop, baladas e rocks pesados e inéditos, surgem releituras como “Medo”, de sua época no Titãs, e antigas, como “A casa é sua”. Edgard Scandurra (guitarra) e Curumin (bateria) o acompanham na empreitada. O show de abertura é do paraense Felipe Cordeiro (com quem Arnaldo compôs “Tarja preta”), que mostra as faixas de seu novo CD, “Se apaixone pela loucura do seu amor”.

Circo Voador
26 out 2013
23:00
R$ 100.00 (meia-entrada com 1kg de alimento)



TEATRO

Sonhos de um sedutor
de 25 de outubro a 15 de dezembro de 2013



A montagem brasileira da peça de Woody Allen, escrita em 1969, traz George Sauma na pele de Allan Feliz, crítico de cinema que leva um pé na bunda da namorada (Georgiana Góes). Para animá-lo, o casal Dick (Heitor Martinez) e Linda (Luana Piovanni) faz de tudo para lhe arranjar uma nova garota. Enquanto isso, ele também recebe "conselhos" de Humphrey Bogart, seu ídolo.

Teatro Ipanema
De 25 out 2013 até 15 dez 2013
qui, sex e sáb 21:00 | dom 20:00
R$ 50.00



EXPOSIÇÃO

Virei viral
até 6 de janeiro de 2014



Vídeoinstalações, obras digitais e suportes multiplataformas apresentam um recorte do compartilhamento de conteúdos nos trabalhos de artistas como o americano Jonathan Harris, o francês Sacha goldberger e os brasileiros Lucas Bambozzi e Alexandre Mury. Com curadoria da M’ Baraká Experiências, a mostra é acompanhada de palestras e shows.

Centro Cultural Banco do Brasil
Até 6 jan 2014
dom, seg, qua, qui, sex e sáb 09:00 até 21:00
Grátis

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Indústria de efeitos visuais vê futuro nos games

Por Leonardo Avila para o TechTudo



O diretor criativo da Digital Domain, Neil Huxley, conversou com o TechTudo durante o The Union, evento para estudantes e entusiastas da arte digital organizado pelas escolas Saga e Gnomon. Huxley fala sobre a nova importância dos videogames e da televisão, critica a indústria do cinema e comenta Ender’s Game, primeiro longa-metragem de grande porte a ser co-produzido por uma empresa de efeitos visuais, que chega aos cinemas no fim do ano.

Não é segredo algum que a indústria dos videogames tem investido pesado em advertisement nos últimos anos, resultando em campanhas publicitárias gigantescas, lançamentos faraônicos e propagandas no horário nobre das televisões americanas. Até espaço publicitário no famossísimo campeonato de futebol americano Super Bowl (cujo custo por 30 segundos de transmissão chegou a US$ 4 milhões no ano passado) também tem sido invadido por games.

O LA Times aponta que, este ano, grandes empresas do ramo dedicam algo entre de US$ 250 mil a US$ 500 mil por comercial, na busca de chamar a atenção de um público cada vez mais exigente e bombardeado por um crescente universo de opções.

Para tanto, EA, Activision, Ubisoft e outras gigantes do ramo apostam em know-how importado de Hollywood. É o caso, por exemplo, da californiana Digital Domain, co-fundada por James Cameron e envolvida nos efeitos especiais de produções de grande porte, como Titanic e a adaptação para os cinemas de O Senhor dos Anéis. A empresa foi responsável, entre outros, pelo trailer do game Mad Max na E3 deste ano e o comercial de Destiny (vídeo abaixo, dirigido por Jon Favreau – Homem de Ferro -, protagonizado por Giancarlo Esposito – Breaking Bad), e vê no ramo dos videogames uma alternativa para o dificultoso cenário enfrentado por estúdios de cinema, que vêm cortando gastos e enfrentam competição ferrenha de novos modelos de negócios.



Confira entrevista com Neil Huxley. Entre seus trabalhos estão diversos trailers e comerciais para promoções de jogos, como Dead Space 3, Mad Max e NBA 2K13, e filmes como Avatar.

Techtudo: 2013, talvez mais exatamente esses últimos meses, tem sido marcado por baixos ganhos em bilheterias. Círculo de Fogo e Elysium foram super produções, arcaram com riscos tremendos e, infelizmente, não vingaram. Por outro lado, você vê surgindo fenômenos avassaladores tanto nos games como na televisão, protagonizados por novos símbolos da cultura pop, como GTA 5 e Breaking Bad. Como isso afeta seu trabalho?

Neil Huxley: bem, nós trabalhamos um pouco de tudo – filmes, games, TV. Mas, para nós, é um efeito natural da indústria neste momento. Filmes estão ficando mais caros para produzir, os estúdios, claro, querem fazê-los por menos, e a maneira que eles encontraram para tal é levar equipes para o Canadá, por exemplo, onde existem incentivos governamentais; então, como isso nos afeta é que agora temos que expandir operações para países em que haja alívios tributários se quisermos manter as portas abertas. É uma pena que produções estejam migrando de Los Angeles; é parte culpa dos estúdios e parte do governo da cidade. É o que me deixa perplexo. Hollywood tem um dos piores incentivos fiscais do mundo. Você pensaria que eles iriam querer mais é manter gente trabalhando lá, mas não é o que acontece.
Vai haver um bocado de efeitos colaterais. Há também o fato de que muitos desses filmes são exageradamente inflados; sabe como é, Círculo de Fogo, Elysium – eu gostei de Círculo de Fogo, entretanto; mas no fim do ano você tem Os 47 Ronins, que custou US$ 250 milhões. Não tem como eles conseguirem essa grana toda de volta. É um filme de samurai! (risos) Você deveria estar fazendo longas desses por 10 ou 20 milhões. Por outro lado, você tem Elysium. Eu fiquei tão desapontado com o filme. Eu acho que ele era visualmente legal, mas, em termos de história, creio que eles ficaram sem saída, o script não era tão bom. E eu sei que muitas pessoas se sentiram assim.



TT: E o pessoal de Distrito 9 estava encabeçando o filme também?

NH: É, Distrito 9 foi um baita filme, Acho que o público estava esperando a mesma coisa de Elysium, e, infelizmente, a trama não chega a alcançar exatamente o mesmo nível. Uma pena, queria que o filme tivesse sido incrível.
Mas então pessoas passam a procurar entretenimento em outros lugares, televisão e videogames, por exemplo. A TV, por sinal, está virando a nova Hollywood. Astros famosos, famosos mesmo, estão correndo para pegar papéis em televisão. Produções como The Walking Dead, Game of Thrones e Breaking Bad provam que você pode realmente ter bom conteúdo na programação.



TT: E quanto a sua experiência trabalhando com videogames?

NH: Nós estamos agora co-produzindo filmes e criando comerciais para empresas de videogames, mas estamos mais envolvidos com jogos nestes últimos anos. Isso graças ao meu chefe, Rich Flier (atual presidente do setor comercial e de games da Digital Domain), que tem um vasto conhecimento da área. Desde que ele chegou, nós estivemos mudando o jeito que trabalhamos no setor de comerciais – na minha opinião, foi pra melhor. Hoje em dia não estamos mais dependendo de propaganda de carro (risos). Era tudo o que a gente fazia, mas agora estamos criando estes modelos de personagens inteiramente em computação gráfica e é tudo parte de uma mudança de ares que levou pouco mais de dois anos. É bem legal.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Conheça os 10 melhores MMORPGs de 2013

Por Rodrigo Gurgel para TechTudo



Dungeons & Dragons: Neverwinter

Neverwinter foi lançado oficialmente no dia 20 de junho, com a promessa de ser uma versão nova, melhorada e repaginada do antigo – e ainda ativo – Dungeons & Dragons Online. A promessa, infelizmente, não foi comprida.

O jogo não é ruim, mas também não é incrível. A impressão é que a equipe de desenvolvimento da Cryptic Studios apoiou-se completamente no efeito “você estará jogando na cidade de Neverwinter, em Forgotten Realms, no ambiente do RPG que você tanto gosta” e se esqueceu de realmente inovar no game.

Os gráficos são bonitos e o jogo realmente coloca o jogador no ambiente típico e familiar de uma campanha de D&D, com zumbis e missões por todos os lados. Neverwinter oferece ainda onze raças – sendo três delas (Menzoberranzan Renegade, Moon Elf e Sun Elf) disponíveis apenas quem comprar os pacotes especiais – e cinco classes: Control Wizard, Devoted Cleric, Guardian Fighter, Great Weapon Fighter e Trickster Rogue.

Uma particularidade excepcional, entretanto, é a chamada Foundry. Através desta ferramenta, qualquer jogador de nível quinze ou mais pode criar dungeons e quests que, após terminadas, são liberadas para o resto do público. Com poucas novidades para o gênero, Neverwinter não se destaca, mas é válido para fãs de D&D.





Dragon's Prophet

Dragon's Prophet, dos mesmos criadores de Runes of Magic, se passa no mundo Auratia, povoado por dragões dos mais variados tipos e formas. O jogador pode escolher dentre quatro classes – Guardians, Rangers, Oracles e Sorcerers – e capturar mais de trezentos dragões, que podem ser usados como montaria e parceiros de combate, e irão definir o “Dragon Destiny” de seu personagem, moldando o rumo que sua história tomará.

Os gráficos são bonitos, mas trazem nada de realmente novo. O combate mistura o sistema de combos e ação de outros jogos com a clássica mira-automática da maioria dos MMOs, permitindo que o jogador tenha uma experiência de combate mais realista e ao mesmo tempo simples.

Dragon's Prophet conta também um sistema interessante de guildas e de construção: líderes de Guildas podem criar pequenos reinos, com civis e milícias. Jogadores, entretanto, não precisam ser parte ou líderes de uma guilda para construírem casas, tendo total liberdade para criar e decorar as estruturas como bem entenderem.





Path of Exile

Path of Exile é um MMORPG de ação baseado em um universo medieval de fantasia sombria. Foi desenvolvido por uma equipe independente da Nova Zelândia, e é em muito parecido com Diablo: tanto no estilo gráfico – o clássico 2.5 D, como em ambientação e na câmera fixa. O jogo possui seis classes que são, infelizmente, gender-locked – significando que você não pode escolher o sexo do seu personagem.

A história de Path of Exile é interessante, colocando o personagem como um exilado de sua terra natal, enviado para Wraeclast, um continente reservado para as párias sociais que o resto do mundo simplesmente não quer.

Um destaque do jogo é seu sistema de habilidades, divididas em dois tipos: passivas e ativas. Habilidades ativas são desenvolvidas livremente por todas as classes, tendo que ser encontradas dentro do jogo na forma de Gems que devem ser alocadas em armas ou armaduras. Todas as classes têm acesso a mesma arvore de 1,350 habilidades passivas, podendo alocar pontos nela quando passam de nível.





Ragnarok Online 2

O jogo foi lançado oficialmente em maio de 2013 e conta com uma série de diferenças em relação ao primeiro Ragnarok – jogadores que esperam encontrar apenas uma versão tridimensional do jogo original serão severamente desapontados. Para começo de conversa, Alquimista e Ferreiro não são mais classes – eles foram movidos para a coluna de ‘Jobs’ na criação de personagem, que também conta com Chef e Artisan. As classes, fora isso, continuam as mesmas: Swordman, Magician, Archer, Thief e Acolyte – cada uma delas com dois tipos de evolução. Há também uma raça nova, chamada Noel, que possui classes específicas.

Os sistemas de cartas e de pets também mudaram. Cartas agora são equipadas diretamente no seu personagem, e podem ser conseguidas tanto de monstros quanto mesclando cartas diferentes em um NPC para conseguir uma versão mais forte. Além disso, para conquistar um monstro como Pet, agora é necessário coletar seu DNA.





Salem

Salem é um jogo diferente, quase que completamente baseado em sistemas de crafting. Nele, você toma o papel de um peregrino recém-chegado em uma versão gótica e estranha do Novo Mundo. Estilo sandbox, o jogo te dá muitas opções com relação ao que fazer, quando fazer, e porque fazer. A única cidade originalmente desenvolvida dentro do jogo é Boston, e todas além dela foram criadas por jogadores.

Outro aspecto interessante de Salem é o conceito de permadeath – se você morrer, você morre de vez. Sem segundas chances, sem revives, sem nada. Apesar de ser um detalhe controverso, o consenso geral é que funciona bem dentro do universo do game, obrigando os jogadores a encontrarem a força nos números, viajando em suas jornadas de descoberta sempre em companhia de outros.

O jogo é leve, com gráficos bastante únicos, revelando um design pitoresco que pode até afastar alguns jogadores. Entretanto, a pouca diversidade visual é compensada pela grande liberdade que o jogo proporciona. O sistema de criação de itens e cenários incentiva o trabalho em grupo e a exploração do mundo em contínua expansão. Uma alternativa bastante diferente da usual e uma boa opção para quem quer experimentar um MMO diferente do que normalmente se encontra por aí.





Marvel Heroes

Pense no melhor que o gameplay de Diablo tem a oferecer. Agora troque o cenário sombrio por uma série de fases coloridas , típicas do que se esperaria de um jogo de super-heróis e as classes que você conhece por heróis igualmente conhecidos…. E aí está. Marvel Heroes em três linhas.

O jogo foi oficialmente lançado em junho, e contava com poucos heróis – mas muitos outros já foram acrescentados e os desenvolvedores prometer mais e mais deles. O combate é ágil e extremamente simples, sem complicações desnecessárias. As dublagens foram muito bem feitas e a história é agradável, sendo apresentada através de mensagens que aparecem na tela – a maioria delas narrada por agentes da S.H.I.E.L.D, como se você as estivesse escutando em seu comunicador.

Marvel Heroes atende ao propósito a que veio, criando um jogo que é mais fonte de relaxamento do que desafio e apelando a todos os fãs de super-heróis. Um detalhe importante – e bom – é que você pode também alterar os uniformes de seus personagens. Prefere o Wolverine em seu uniforme preto da Força X? É só conquistar a roupa no jogo e trocar.





Rift

Rift tornou-se gratuito no dia 12 de junho e, com isso, conquistou rapidamente uma base de jogadores ainda maior do que tinha antes. O jogo chama a atenção por sua abordagem low-fantasy, que difere bastante do que é esperado em jogos do gênero.

Em Rift os jogadores podem escolher entre duas facções: Guardians ou Defiants e ainda que a criação e customização de personagens seja bastante limitada – você tem apenas três raças por facção, Rift compensa com o sistema de classes, chamadas de Souls. Durante o tutorial – simples, fácil, rápido e informativo – o jogador é levado a escolher três. O tutorial sugere algumas que possuem sinergia entre si, mas a escolha é livre. Cada Soul representa uma árvore de talentos responsável por habilidades e características. Seguindo esse sistema, Rift permite de forma funcional que os jogadores criem seus personagens da forma que preferirem.

Com a enorme quantidade de combinações possíveis, não há limites. Entretanto, para os jogadores iniciantes e que não se sentem confortáveis escolhendo as próprias habilidades antes de estarem confiantes, o jogo oferece a possibilidade de seus pontos serem distribuídos automaticamente.





Age of Wushu

Age of Wushu é facilmente definido por uma palavra: inovação. O jogo, um action MMORPG desenvolvido na China, foi oficialmente lançado 18 de julho e já conta com uma grande base de jogadores.

Em Age of Wushu o jogador é colocado no papel de um artista marcial iniciante e é livre para fazer o que quiser. A ideia de liberdade na evolução do personagem é levada a sério. Não existem níveis nem classes e se você quiser ignorar completamente o aspecto marcial e focar-se na simples vida de um ferreiro, a escolha é total e completamente sua. Baseado em uma China histórica, o jogo tem grande foco em roleplay, história e interpretação, mas não deixa de lado aspectos clássicos do gênero como PVP e quests.

O jogo é cheio de pequenos e grandes detalhes que o transformam em algo completamente novo na cena de MMOs, mas os destaques são seu sistema de progressão off-line, no qual seu personagem se torna um NPC enquanto você não estiver jogando, e um sistema de encontros randômicos, que faz com que nenhuma quest se repita.





Wizardry Online

Wizardry Online é um daqueles jogos que te assusta antes mesmo de logar. A primeira coisa que se vê quando se abre o site é o aviso: “Wizardry Online é o MMO de fantasia mais hardcore já criado. O nível de dificuldade é insano”. O jogo é gratuito e extremamente bem feito em seus detalhes. Porém a perspectiva de morte permanente é assustadora – principalmente em um mundo como o de Wizardry, em que o PvP é aberto para todos, o tempo todo. Mas não é tão simples assim.

Quando você morre, você assume a “forma de alma” e precisa vagar até as Guardians Statues para reviver. O problema é que pelo caminho você encontrará monstros, que a cada golpe acertado em seu personagem, diminuem sua chance de reviver em 10%. Então, o conselho é simples: se você morreu, corra até a Guardian Statue mais próxima o mais rápido possível e evite os fantasmas.

Outro detalhe que evita que todos os jogadores saiam se matando pelo mundo é o sistema de crimes. Matar jogadores ou roubar pertences de seus corpos pode levá-lo para a cadeia ou pior. Existe também a chance de jogadores tornarem-se alvos de mercenários ao terem prêmios oferecidos por suas cabeças. E os mercenários são outros jogadores, que irão caçá-lo pela recompensa.

O jogo conta com cinco raças: Anões, Elfos, Gnomos, Humanos e Porkul. Cada uma delas possui atributos diferentes e o próprio jogo se encarrega de avisar se uma combinação de raça/classe é uma boa ideia. As classes são Fighter, Thief, Priest e Mage. Nada de muito excepcional nesse ponto. Infelizmente o jogo ainda não está disponível para o Brasil.





TERA

TERA (The Exiled Realm of Arborea) foi chegou ao mercado em maio de 2012, mas teve seu lançamento oficial como jogo grátis em fevereiro de 2013. O jogo chama a atenção por seu design inovador e bonito, sendo facilmente um dos MMOs mais bem feitos até hoje. As sete raças disponíveis são diferentes do padrão e trazem a sensação de estar jogando algo novo, e não só mais um game genérico de fantasia medieval.

Outro aspecto importante de TERA é o sistema de combate, no qual jogadores precisam não só mirar manualmente seus golpes, como também encaixar combos nos momentos exatos e mover-se para esquivar, aparar ou bloquear golpes em tempo real. Em TERA, você pode ser obrigado a matar quinze de um mesmo monstro para concluir sua quest – mas cada um dos confrontos é percebido como diferente, obrigando o jogador a prestar atenção e estar sempre disposto a improvisar.

As classes – Archer, Berserker, Lancer, Slayer, Mystic, Priest, Warrior e Sorcerer – possuem níveis de dificuldade diferentes indicados em sua seleção e não caem na mesmice típica do jogos do gênero, mantendo estilos de combate bastante diferenciados em todas elas: jogar com um Berseker e um Slayer são experiências distintas, apesar de ambas serem classes de dano corpo a corpo.

TERA também permite que o jogador teste uma classe antes de escolhê-la definitivamentre. Neste momento, chamado de “prólogo”, o jogador controla um personagem de nível 20 e com habilidades e equipamentos apropriados. Quanto o prólogo termina, ele é direcionado para a área inicial com um personagem comum de nível um.

Apesar do pagamento não ser obrigatório, jogadores que não pagam a mensalidade e/ou não compraram o jogo tem algumas penalidades severas, como espaço do inventário drasticamente reduzido, menos experiência, menos prêmios ao terminar dungeons, menos dungeons liberadas, entre outras coisas.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Feriadão - 11 a 15 de outubro de 2013

CINEMA



Os belos dias [Le beaux jours, França, 2013], de Marion Vernoux (Imovision). Gênero: comédia. Elenco: Fanny Ardant, Laurent Lafitte, Patrick Chesnais. Sinopse: Caroline, recentemente aposentada, pensa no que fazer com seu tempo livre. Na sua busca por coisas para preencher este tempo, ela irá descobrir que o vazio existente é muito maior do que ela imaginava e uma reviravolta irá mudar o seu destino. Duração: 95 min. Classificação: 14 anos.




Corda bamba [Brasil, 2011], de Eduardo Goldenstein (Copacabana). Gênero: drama. Elenco: Gustavo Falcão, Georgiana Góes, Stela Freitas, Augusto Madeira. Sinopse: Menina criada no circo vai morar com a avó. Essa mudança a faz lembrar o que a trouxe do circo e marca a despedida da infância para o mundo adulto. Baseado no livro de Lígia Bojunga Nunes. Duração: 80 min. Classificação: livre.




É o fim [This is the End, EUA, 2013], de Evan Goldberg e Seth Rogen (Sony). Gênero: comédia. Elenco: Emma Watson, Jonah Hill, James Franco, Jason Segel, Seth Rogen. Sinopse: Durante uma festa na casa de James Franco, Seth Rogen, Jay Baruchel e outras celebridades enfrentam o apocalipse. Abertura nos EUA: US$ 13,2 milhões (em 14/06/2013). Dif. (segundo fim de semana): -35,9%. Acumulado nos EUA: US$ 85,6 milhões. Duração: 107 min. Classificação: 16 anos.




Gravidade [Gravity, EUA, 2012], de Alfonso Cuarón (Warner). Gênero: ficção científica. Elenco: Sandra Bullock, George Clooney. Sinopse: A única sobrevivente de uma missão espacial para consertar um satélite tenta desesperadamente voltar para a Terra e reencontrar a filha. Com exibição em 3D. Duração: 90 min. Classificação: 12 anos.




O inventor de sonhos [Brasil, 2012], de Ricardo Nauenberg (Europa). Gênero: drama. Elenco: Ícaro Silva, Miguel Thiré, Stênio Garcia, Ricardo Blat, Sheron Menezes. Sinopse: O Rio de Janeiro de 1808 na visão de dois garotos: um brasileiro negro, filho de uma escrava, e um jovem aventureiro europeu em busca de seu verdadeiro pai. Duração: 105 min. Classificação: 12 anos.




Riddick 3 [EUA, 2013], de David Twohy (Imagem). Gênero: ação. Elenco: Vin Diesel, Karl Urban, Dave Bautista, Katee Sackhoff. Sinopse: Deixado para morrer em um planeta distante, Riddick consegue sobreviver, mas tem que lutar contra uma raça de predadores alienígenas. Abertura nos EUA: US$ 19 milhões. Dif. (segundo fim de semana): -64%. Acumulado nos EUA: US$ 37,1 milhões. Duração: 100 min. Classificação: 16 anos.




Rota de fuga [Escape plan, EUA, 2013], de Mikael Håfström (Paris). Gênero: ação. Elenco: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, 50 Cent, Vincent D’Onofrio. Sinopse: Um arquiteto especializado em prisões de segurança máxima é condenado por um crime que não cometeu, e acaba preso em uma cadeia que ele mesmo projetou. Duração: 107 min. Classificação: 14 anos.




Salvo [Salvo, Itália/França, 2013], de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza (H2O Films). Gênero: drama. Elenco: Saleh Bakri, Luigi Lo Cascio, Sara Serraiocco. Sinopse: Assassino frio e cruel se infiltra na casa de um mafioso rival para matá-lo. Quando está prestes a cometer o crime, o assassino encontra a irmã de seu alvo no local e a sequestra. Os dois passam a ter uma relação que o criminoso deve esconder do chefe da máfia. Duração: 105 min.




Silent Hill - Revelação 3D [Silent Hill - Revelation 3D, EUA/França/Canadá, 2012], de Michael J. Basset (Playarte). Gênero: horror. Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harrington, Carrie-Anne Moss, Sean Bean, Malcolm McDowell. Sinopse: Após o desaparecimento de seu pai, Heather Mason descobre uma terrível realidade alternativa, relacionada aos pesadelos que a torturam desde a infância. Duração: 90 min. Classificação: 16 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Marisa Monte
até 13 de outubro de 2013



A turnê “Verdade uma ilusão”, do CD “O que você quer saber de verdade”, se despede dos cariocas com uma temporada no Vivo Rio. O repertório tem 21 canções, entre as quais “Ainda bem” e “Depois”, do último trabalho, e as antigas “Amor I love you”, “Gentileza”, “Diariamente”, “Beija eu” e “Velha infância”.

Vivo Rio
Até 13 out 2013
dom 20:00 | sex e sáb 22:00
R$ 110.00 (camarote C); R$ 170.00 (frisa); R$ 190.00 (setor 4); R$ 230.00 (setor 3); R$ 250.00 (setor 2); R$ 270.00 (setor 1 e camarote B); R$ 310.00 (setor vip e camarote A)



TEATRO

Quem tem medo de Virginia Woolf?
de 11 de outubro a 1º de dezembro de 2013



Após uma festa da universidade, Jorge, um professor de História, e a mulher Marta, que é filha do reitor, decidem receber em sua casa um jovem casal para tomar um drinque. O encontro se transforma numa lavação de roupa suja, cheia de jogos perversos e manipulações.

Teatro dos Quatro
De 11 out 2013 até 1 dez 2013
sex e sáb 21:00 | dom 20:00
R$ 70.00 (sex); R$ 80.00 (dom); R$ 90.00 (sáb)



EXPOSIÇÃO

Le Parc Lumière
de 12 de outubro de 2013 a 23 de fevereiro de 2014



Trinta instalações luminosas e quatro maquetes compõem a mostra “Le Parc Lumière - Obras cinéticas de Julio Le Parc", que inaugura na Casa Daros, em Botafogo. O curador Hans-Michael Herzog define o trabalho do artista como uma “grande sinfoniade luz em movimento”. Para ambientar a mostra, as paredes da instituição foram pintadas na cor preta, causando a sensação de perda da noção de tempo e espaço.

Casa Daros
De 12 out 2013 até 23 fev 2014
dom 11:00 até 18:00 | qua, qui, sex e sáb 11:00 até 19:00
Grátis

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 4 a 6 de outubro

CINEMA



Aposta máxima [Runner, Runner, EUA, 2013], de Brad Furman (Fox). Gênero: suspense. Elenco: Ben Affleck, Gemma Arterton, Justin Timberlake. Sinopse: Empresário fica preso no universo dos jogos online em alto mar. Duração: 93 min. Classificação: 14 anos.




O capital [Le capital, França, 2012], de Costa-Gavras (Paris). Gênero: drama. Elenco: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier, Celine Sallette, Lya Kebede. Sinopse: O dono de uma gigante do mercado financeiro europeu tenta desesperadamente manter o seu poder, enquanto uma companhia americana tenta comprar a empresa. Duração: 113 min.




Mato sem cachorro [Brasil, 2013], de Pedro Amorim (Imagem). Gênero: comédia. Elenco: Leandra Leal, Bruno Gagliasso, Danilo Gentili. Sinopse: As alegrias e sofrimentos de um casal amadurecendo. Duração: 122 min. Classificação: 12 anos.




Obsessão [The Paperboy, EUA, 2012], de Lee Daniels (Europa). Gênero: suspense. Elenco: Nicole Kidman, John Cusack, Matthew McConaughey, Zac Efron. Sinopse: Repórter retorna à sua cidade natal para investigar caso envolvendo um prisioneiro condenado à morte. Duração: 107 min.




Tá chovendo hambúrguer 2 [Cloudy with a Chance of Meatballs 2, EUA, 2013], de Cody Cameron e Kris Pearn (Sony). Gênero: animação. Vozes: Andy Samberg, Neil Patrick Harris, Anna Faris e James Caan. Sinopse: Continuação da animação de 2009. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 34 milhões (em 27/09/2013). Duração: 100 min. Classificação: livre.



Rio de Janeiro

SHOW

O Rappa
4 e 5 de outubro de 2013



A banda carioca sobe ao palco do Citibank Hall para o show de estreia do CD “Nunca tem fim...”, gravado este ano. Sucesso no Youtube, as músicas "Anjos (para quem tem fé)" e "Auto-reverse" puxam o set list, que, além de outras músicas novas - como "O horizonte é logo ali", "Boa noite, xangô", “Doutor, sim senhor!”, “Sequência terminal” e “Vida rasteja” - inclui, é claro, sucessos dos 20 anos de estrada do grupo de Falcão & cia.

Citibank Hall
De 4 out 2013 até 5 out 2013
sex e sáb 22:30
R$ 100.00 (pista, sexta); R$ 150.00 (poltrona); R$ 200.00 (camarote); R$ 120.00 (pista, sábado)



TEATRO

Cazuza - Pro dia nascer feliz, o Musical
de 4 de outubro a 22 de dezembro de 2013



A história do poeta, cantor e compositor é contada através de mais de 20 músicas no espetáculo de autoria de Aloísio de Abreu, com direção de João Fonseca.

Teatro Net Rio
De 4 out 2013 até 22 dez 2013
qui e sex 21:00 | dom 20:00 | sáb 18:00 , 21:30
R$ 100.00 (balcão); R$ 150.00 (frisas e plateia)



EXPOSIÇÃO

Anna Zeligowski
até 28 de outubro de 2013



Artista plástica, ilustradora e médica, a polonesa Anna Zeligowski apresenta vinte desenhos com parte de sua visão sobre multifacetado universo feminino e do mundo de animais e plantas.
Em seus desenhos, Zeligowski observa detalhes, escolhendo uma miríade de minúsculas formas. Através dessas escolhas, sua obra fala de sobre coisas simples, sobre o espaço que devemos dar a elas, sobre a dignidade da vida cotidiana. Por outro lado, a artista representa de um modo atraente, bem-humorado mas, ao mesmo tempo, preciso, as ideias complexas da genética, epigenética, neurobiologia e filosofia da mente.

Midrash Centro Cultural
Até 28 out 2013
seg, ter, qua e qui 14:00 até 22:00 | dom e sáb 16:00 até 20:00
Grátis

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

[Entrevista] Katsuhiro Harada, o produtor de Tekken

Por Fernando Mucioli para Kotaku

Ele é Katsuhiro Harada, produtor da série Tekken que trabalha na franquia desde que ela nasceu, em 1997, no PlayStation original. Ele esteve no Brasil pela primeira vez, como convidado da BGS 2012, e reservou um tempinho para conversar com o Kotaku por email sobre esse intenso mundo das lutinhas.

Até 2008, a cena de jogos de luta estava em baixa e enfrentando uma seca, mas a série Tekken parece nunca ter sido afetada por isso. Por que você acha que a franquia conseguiu se manter forte? Você acredita que houve um “renascimento” dos jogos de luta depois do lançamento de Street Fighter IV?

O Kotaku é bem analítico, para ser sincero, então talvez o pessoal do Kotaku Brasil entenda bastante de jogos de luta. Como mencionado, especialmente na segunda metade dos anos 90, analisando as unidades vendidas de consoles entre 1997 até o lançamento de Tekken 6 em 2009, ou nos arcades, entre 2004 e 2010, [a série] Tekken bateu um novo recorde como primeiro lugar entre os jogos de luta. Tekken sempre teve muito apoio, enquanto outros jogos de luta se ausentaram, desistiram dos arcades ou não lançaram sequências para os consoles.

Uma das razões para isso é como o jogo é visto entre os próprios jogadores de Tekken. Alguns o vêm como um jogo de torneio, enquanto outros o enxergam mais como um game de ação no qual podem controlar o corpo dos personagens livremente até ver as CGs dos finais. Não importa o caso, sempre criamos o jogo depois de coletar as opiniões dos fãs em vários países do mundo. Acho que os jogos continuaram por tanto tempo por causa disso.

Quanto ao “revival” de Street Fighter, acredito que ele teve um bom impacto nos games de luta. Ele foi bem recebido não só pelos jogadores que costumavam gostar da série, mas também por jogadores mais jovens. Entretanto, gostaria de ver jogos de luta sendo feitos por uma produtora fora do Japão. Não vemos esse tipo de movimento ultimamente, apesar de existirem alguns jogos de luta 2D bem limitados. Não há jogos no gênero da luta 3D. Isso é uma pena.



O quão importante é trazer novos jogadores não só para Tekken, mas para os jogos de luta como um todo? Qual você acha que é a melhor maneira de fazer isso: simplificando as mecânicas ou explicando melhor as que já existem?

Esse é um problema difícil. Eu acredito que jogos com mecânicas simplificadas também sejam necessários. Porém, só ter as mecânicas mais simples resulta em jogos que ficam chatos com facilidade. A teoria ideal é um fluxo no qual o os novos jogos de luta vão substituindo os atuais mas, na realidade, as coisas não são tão fáceis assim.

Então começa-se a discutir se os tutoriais vão dar conta, mas há muitos tutoriais tão chatos quanto aulas no colégio. Por isso adicionamos um novo modo chamado “Fight Lab” em Tekken Tag Tournament 2. Ele é estruturado em cima de uma história única e, ao completar vários minigames, os jogadores podem ir aprendendo os controles e estratégias básicas naturalmente.

Esse modo foi bem recebido e estou pensando em expandi-lo no futuro. Entretanto, o número de novos jogadores não vai necessariamente crescer muito se pararmos aí. Acho que existe um jeito melhor.

Em termos práticos, é mais importante desenvolver uma comunidade ou eventos que combinem com cada país ou território mais do que ter lutas “sérias”, como as de um torneio profissional. Para esse tipo de jogo, no qual é divertido alcançar um nível alto de técnica, é mais importante que ele tenha um bom apoio e faça muito barulho. Não dá para resolver o problema só com uma estrutura digital.



Você e sua equipe já estão trabalhando no próximo projeto, seja lá o que vier depois de Tekken Tag Tournament 2? Por quanto tempo vocês planejam dar suporte a esse jogo, oferecendo novo conteúdo?

Por enquanto estou me esforçando para dar suporte e manter Tekken Tag Tournament 2 atualizado. Mas na minha cabeça, já vou pensando no próximo projeto enquanto olho o feedback e recepção de Tekken Tag Tournament 2. Na verdade, eu não cuido só de Tekken, então estamos pensando em um novo tipo de jogo, um pouco diferente.



Como você vê o estado atual da cena de jogos de luta? Existe algo que precise mudar? Você acha que serviços como o World Tekken Federation é um passo em direção a esse futuro?

O World Tekken Federation é um passo, mas é um passo para os jogadores “hardcore”. Na minha concepção, eu acredito que devamos evoluir os jogos de luta tradicionais na direção para onde eles estão indo atualmente, ao mesmo tempo em que criamos outro caminho para o gênero. Além de seguir o legado, acredito que é necessário dar um acesso aos jogdores da nova geração.



O Yoshinori Ono, da Capcom, mencionou várias vezes como o trabalho de produtor pode ser estressante. Como você lida com esse aspecto no trabalho?

É verdade, o Ono-san menciona bastante para a mídia “como o trabalho de produtor é difícil”. Ele foi até parar no hospital logo quando voltou pra casa depois de uma viagem de trabalho comigo.

Mas deixa eu contar um dos segredos deles. Mentalmente, ele é um ser humano forte. Forte de uma maneira em que você nem consegue imaginar usando o senso comum. Ele parece que age emocionalmente, mas não é assim; ele é uma pessoa que calcula tudo de uma maneira bem calma, mesmo que as coisas estejam meio difíceis na empresa, ou que ele esteja sendo xingado por várias pessoas na internet. O Ono-san não se comove.

Falta de educação, fofocas e intrigas de trabalho não funcionam com ele. Para te dizer a verdade, a quantidade de stress que vem do trabalho é a menor. Mesmo que ele diga que está estressado, o que ele chama de stress no trabalho não é um milésimo do stress de um humano normal. Mas quando ficam sabendo disso na empresa, dizem pra ele trabalhar mais, certo? É por isso que ele fica fingindo que está estressado! Ser resistente assim ao stress é algo muito raro na nossa indústria.

Yoshinori Ono, Hiroshi Matsuyama (CyberConnect 2) e Tomonobu Itagaki (Valhalla Games, ex-Team Ninja) – para essas três pessoas, não existe stress no trabalho! Esses caras ficam falando: “O Harada é louco! O Harada é louco!” para a mídia e os fãs, mas na verdade é o contrário. Esses três são loucos MESMO. Eles não se importam com nada além do trabalho. Eles vão falar só de trabalho até os últimos minutos antes de o mundo ser destruído por um meteorito caído do espaço. Eles são muito doidos. Mesmo se alienígenas ou o Exterminador invadir o mundo, não importa para eles. É quando eles não trabalham que eles ficam estressados. Esse é um fato que só eu sei: eles são loucos varridos!

Falar desse tipo de coisa com as pessoas é o melhor jeito de me libertar do stress. Ah, é muito divertido falar com as pessoas. Enquanto houver uma garrafa de tequila e um bom jogo de luta, eu nunca vou me estressar.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Brasil Game Show

A Brasil Game Show (BGS), a Maior Feira de Jogos Eletrônicos da América Latina, conta com a presença das maiores empresas de games do mundo. Com mais de 150 empresas, a BGS tornou-se um dos principais eventos do segmento. O local foi escolhido pelos desenvolvedores, produtoras e distribuidoras para apresentar ao público os principais jogos e lançamentos do ano, incluindo a realização de coletivas e campeonatos. Em 2013, a 6ª edição do evento será realizada entre os dias 25 e 29 de outubro, no Expo Center Norte – São Paulo, e pretende reunir mais de 150 mil visitantes.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

[Entrevista] A banca e o mercado editorial

Por Luciano Martins Costa para Observatório da Imprensa

Francisco Chagas Holanda é jornaleiro, possui uma banca de jornais e revistas na Alameda Santos, esquina com a Rua Pamplona, em São Paulo, e é também jornalista. Francisco Holanda é autor, em parceria com a também jornalista Milena Shimizu, de um trabalho de pesquisa com mais de 300 páginas, sobre como as bancas de revistas e jornais influenciam as decisões do mercado editorial.

Luciano Martins Costa: - Francisco, a que conclusões vocês chegaram nesse trabalho?

Francisco Holanda: - A importância da banca para o mercado editorial é um trabalho que defende a tese de que a banca deve ser trabalhada como um espaço de divulgação e não de venda, e que o editor que colocar seu produto na banca achando que é a sobrevivência dele, ele já começa fadado ao fracasso. Esse trabalho é desenvolvido em vários capítulos, com uma pesquisa bem sólida e fundamentada, em que a gente aborda não só os editores, mas toda a distribuição. E mostra que não só as revistas, mas também os jornais têm que trabalhar o espaço da banca como um espaço de divulgação. Todos estão lá. O leitor é livre para escolher, e é dessa livre-escolha que ele tem que tirar suas conclusões.



Luciano Martins Costa: - Por isso é que há muita pressão dos departamentos de distribuição das editoras para fazer uma boa exposição das publicações?

Francisco Holanda: - Sim. Com toda razão. A gente fala que a banca é o lugar das cotoveladas, porque é lá que estão os seus pares e é lá que você tirar as conclusões mais vivas. Inclusive, a gente mostrou um trabalho da Revista Época em que ela colocou sensores de vendas em determinados pontos do Brasil inteiro, e que se aferia o horário em que a revista era vendida; a quantidade de exemplares vendidos durante a semana; quais eram os temas que chamavam mais atenção. E chegaram a algumas conclusões: Cristo, drogas, emagrecimento eram temas que sempre vendiam. Nesse sentido é que a gente mostrou também que a fragmentação de títulos, um título guarda-chuva, que cobre um monte de revistas, traz outra tendência: a revista nasce para atender um público específico e fazer análise de um determinado tema, não é mais aquela revista factual. Nem o jornal pode ir mais para o factual.



Luciano Martins Costa: - Como as características da venda, do ponto de venda, estão alterando as decisões editoriais?

Francisco Holanda: - Alteram na medida em que, ao colocar o seu produto em um ponto de venda, o editor percebe a tendência do mercado. Como a tendência é uma tendência ao mesmo tempo de análise – o leitor procura um produto que vá atender a necessidade dele, mas a necessidade com mais profundidade – e de atender uma necessidade imediata. Ou seja, não é à toa que os jornais de serviços locais vendem mais que os grandes jornais, tradicionais, de circulação nacional. O que eles trazem resolve o problema da aposentadoria, o problema do trânsito, chuva.



Luciano Martins Costa: - É a função utilitária da imprensa?

Francisco Holanda: - A função utilitária da imprensa. Ao mesmo tempo, as revistas começaram a agregar serviços, como é o caso da Veja, em que o leitor chega na banca procurando pela Vejinha, olhar na programação da Vejinha. Até esquece o tema de capa da revista. Nos outros títulos, como os de decoração, um exemplo bem prático. A Casa Cláudia lançou um monte de títulos: “Decorando só o seu quarto”; “Decorando só a cozinha”; então procura trabalhar a cozinha em todos os seus aspectos. Essa cozinha pode ser expandida para todos os outros títulos da banca.



Luciano Martins Costa: - Ou seja, a editora procura explorar cada vez mais uma marca específica, suas marcas específicas.

Francisco Holanda: - Exatamente. A marca vem da confiabilidade ou assunto tratado. A multiplicidade de títulos não quer dizer desleixo ao trabalhar os temas, pelo contrário: só se dá bem quem trabalha muito bem cada tema escolhido.



Luciano Martins Costa: - E qual é a tendência de futuro na sua opinião?

Francisco Holanda: - A tendência de futuro é exatamente essa: a banca é um ponto em que você faz a aferição dos produtos, vê qual é a tendência do mercado, corre atrás e tenta trabalhá-lo da melhor maneira possível.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 27 a 29 de setembro

CINEMA



R.I.P.D - Agentes do além [R.I.P.D, EUA, 2013], de Robert Schwentke (Universal). Gênero: ação. Elenco: Ryan Reynolds, Jeff Bridges. Sinopse: Um policial morto recentemente se junta a uma equipe de policiais mortos-vivos, que trabalha para o Departamento Descanse em Paz, para tentar encontrar o homem que o assassinou. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 12,6 milhões (em 19/07/2013). Dif. (segundo fim de semana): -52,2%. Acumulado nos EUA: US$ 25,4 milhões. Duração: 96 min. Classificação: 12 anos.




Família do bagulho [We’re the Millers, EUA, 2013], de Rawson Marshall Thurber (Warner). Gênero: comédia. Elenco: Jennifer Aniston, Emma Roberts, Jason Sudeikis e Thomas Lennon. Sinopse: Traficante de maconha precisa forjar uma família falsa para fechar um grande negócio. Abertura nos EUA: US$ 26,4 milhões (em 9/08/2013). Dif. (segundo fim de semana): -32%. Acumulado nos EUA: US$ 138 milhões. Duração: 110 min.




Preenchendo o vazio [Lemale Et Há’Halal, Israel, 2012], de Rama Burshtein (Cafco Films). Gênero: drama. Elenco: Hadas Yaron, Yiftach Klein, Irit Sheleg. Sinopse: Shira, uma jovem de 18 anos que vive em TelAviv numa família hassídica, está prestes a se casar. Entretanto com a morte de sua irmã mais velha por complicações no parto e a possibilidade do viúvo levar a criança para longe, a família decide cancelar seu casamento e arranjar um matrimonio entre ela e o cunhado. Duração: 87 min. Classificação: 10 anos.




Uma primavera com minha mãe [Quelques heures de printemps, França, 2012], de Stéphane Brizé (Tucumán). Gênero: drama. Elenco: Emmanuelle Seigner, Hélène Vincent, Vincent Lindon. Sinopse: Aos 48 anos, Alain Evrard tem que voltar a morar com sua mãe. Os dois tem uma complicada relação e a convivência não será fácil. Mas a descoberta de que a mãe está com câncer o fará repensar a relação. Duração: 93 min. Classificação: 16 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Casuarina
27 de stembro de 2013



O grupo homenageia o centenário de Cyro Monteiro com um show especial, que resgata seus sucessos. "Falsa baiana", "Se acaso você chegasse", "Doce de coco", "Escurinho" e "Beija-me" são alguns deles. O grupo é formado por João Cavalcanti (percussão e voz), Gabriel Azevedo (pandeiro e voz) - diretor musical do espetáculo -, Daniel Montes (violão de 7 cordas), João Fernando (bandolim e vocais) e Rafael Freire (cavaquinho e vocais).

Teatro Rival
27 set 2013
sex 19:30
R$ 55.00 (os 100 primeiros); R$ 70.00



TEATRO

Simplesmente eu, Clarice Lispector
até 22 de dezembro de 2013



O monólogo conta a trajetória de Clarice Lispector e procura colocar em cena o universo da escritora. Para isso, parte de depoimentos, entrevistas e correspondências, além de se utilizar de trechos dos livros "Perto do coração selvagem" e "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres", e dos contos "Amor" e "Perdoando Deus".

Teatro Fashion Mall
Até 22 dez 2013
sex e sáb 21:30 | dom 20:00
R$ 60.00 (sex); R$ 70.00 (sáb e dom)



EXPOSIÇÃO

Biografia incompleta
até 29 de setembro de 2013



Uma relação quase que familiar se revela entre o colecionador João Sattamini e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Isso porque o gigante projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 1996, foi concebido para abrigar a coleção de arte contemporânea brasileira de Sattamini (hoje com 1.200 obras). A fim de explicar parte desse vínculo, a mostra “Biografia incompleta”, com 20 peças do acervo do colecionador, é aberta amanhã, às 17h, no próprio MAC.

Museu de Arte Contemporânea de Niterói- MAC
Até 29 set 2013
ter a dom 10:00 até 18:00
R$ 6.00

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mercado editorial vai conciliar livros digitais e em papel

Por Cassiano Viana para Brasil Econômico

Não é mais uma questão de vida ou morte do livro. Ou se o livro digital irá substituir o impresso. Para editores, os dois formatos podem - e devem - ter uma convivência pacífica.

“A discussão do fim do livro está ultrapassada. Os dois mercados - de impressos e ebooks - estão crescendo no Brasil. O mais importante é que o editor ofereça o conteúdo onde quer que o leitor queira ter, comprar e ler. Uma coisa complementa a outra”, afirma Camila Cabete, da Kobo Brasil. “A coexistência é uma realidade. Acho besteira criarmos esta rivalidade”, acrescenta. Comprada em 2012 pelo terceiro maior comercio eletrônico do mundo, a Rakuten, os e-readers (leitores de livros digitais) Kobo chegaram ao Brasil em novembro do ano passado. “Temos um acervo, no mundo, de mais de 3,5 milhões de ebooks e mais de 10 milhões de usuários ativos em nossa plataforma”, conta Camila.

Para Gabriela Dias, editora, consultora digital e curadora da Alt+Tab, iniciativa dos Amigos dos Editores Digitais (AED), grupo que promove cursos e palestras sobre mercado editorial digital, a proporção dessa convivência entre os dois formatos é que deve variar, dependendo do tipo do livro (didático, ficção, não-ficção, profissional ou técnico). “Não existe uma fórmula única. Cada livro tem uma função diferente e pode ser menos ou mais propício a ser lido ou consumido em um ambiente digital”, pondera. “Quando as pessoas falam de livro digital, geralmente pensam em gêneros como ficção e literatura. Mas existem vários tipos de livros que já migraram para o formato digital e deixaram de fazer sentido no papel”, observa Gabriela.

Para ela, a tendência é que nos próximos anos a transição do livro impresso para digital no Brasil seja mais intensa, com uma maior presença do formato digital na educação. “Esse ano, o edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) referente ao ano letivo de 2015 solicitou que as editoras entregassem os livros em formato de ebook. Com isso, se essa tendência continuar, entre 2015 e 2017 toda a educação básica estaria com o livro digital”, diz. “Essa é uma informação relevante, principalmente no Brasil, o segmento [de livros didáticos] é, de longe, o maior do mercado, respondendo por 51% do faturamento e por 56% dos exemplares vendidos no país”, observa.”Talvez até, o livro digital seja um caminho para superar nosso déficit de leitura”, vislumbra.

“O digital não é um substituto, é outra mídia. Para algumas aplicações, vai roubar do papel, porque é muito mais eficiente - livros jurídicos, de medicina, guias de viagem e qualquer outro produto grosso, custoso e rapidamente desatualizável”, afirma Julio Silveira, editor e diretor da Ímã Editorial. “Já existe uma cadeia produtiva e um mercado do livro eletrônico, mas eles ainda estão calcados no papel. Ainda se acha que livro é coisa de editora, então são as editoras tradicionais que estão se adaptando para o digital”, explica.

Silveira lembra que a derrocada das gravadoras virou um alerta para as editoras. “Assim como as gravadoras insistiam em vender discos (e não música), as editoras sabem que não podem oferecer só livros, quando o público quer o texto”, afirma.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 20 a 22 de setembro

CINEMA



Anos incríveis [Télé Gaucho, França/Bélgica, 2012], de Michel Leclerc (Europa/Mares Filmes). Gênero: comédia. Elenco: Félix Moati, Eric Elmosnino, Sara Forestier, Emmanuelle Béart. Sinopse: Um grupo de jovens idealistas e revolucionários decide criar uma um canal de televisão amador em reação a mídia, que eles consideram conservadora e reacionária. Duração: 108 min. Classificação: 14 anos.




As bem-armadas [The Heat, EUA, 2013], de Paul Feig (Fox). Gênero: comédia. Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Taran Killam, Kaitlin Olson. Sinopse: Uma agente do FBI e uma policial de Boston são colocadas para trabalhar juntas, na tentativa de prender um poderoso traficante. Abertura nos EUA: US$ 39,1 milhões em 28/06/2013). Dif. (segundo fim de semana): -36,7%. Acumulado nos EUA: US$ 156,3 milhões. Duração: 117 min. Classificação: 14 anos.




Elysium [EUA, 2013], de Neill Blomkamp (Sony). Gênero: ficção científica. Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Alice Braga, Wagner Moura, Diego Luna. Sinopse: No ano 2154, os ricos vivem na exclusiva estação espacial Elysium e a Terra se tornou uma grande favela. Vítima de um acidente industrial que o deixou doente, um trabalhador tenta chegar a Elysium para se curar, usando falsa identidade. Abertura nos EUA: US$ 29,8 milhões (em 9/08/2013). Dif. (segundo fim de semana): -54,1%. Acumulado nos EUA: US$ 88,4 milhões. Duração: 109 min. Classificação: 16 anos.




A família [The Family, EUA/França, 2013], de Luc Besson (Paris). Gênero: policial. Elenco: Robert De Niro, Tommy Lee Jones, Michelle Pfeiffer, Dianna Agron. Sinopse: Família de mafiosos é mandada para a França como parte do programa de proteção de testemunhas. No entanto, a adaptação não é nada fácil, já que velhos hábitos são difíceis de esquecer. Abertura nos EUA: US$ 14 milhões. Duração: 103 min. Classificação: 16 anos.




Foxfire – Confissões de uma gangue de garotas [Foxfire, França/Canadá, 2012], de Laurent Cantet (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Raven Adamson, Katie Conseni, Madeleine Bisson, Claire Mazzerolli. Sinopse: Em um bairro de uma pequena cidade americana no ano de 1955, uma banda adolescente cria uma sociedade secreta, a Foxfire. Duração: 143 min. Classificação: 16 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Ney Matogrosso
de 20 a 21 de setembro de 2013



O artista leva novamente ao Vivo Rio o show da turnê "Atento aos sinais", que celebra seus 40 anos de carreira. O repertório tem canções de artistas admirados por ele, como Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Criolo e Lobão. Os figurinos, exuberantes, são assinados por Ocimar Versolato, e a direção musical é de Sacha Amback.
No palco, Ney é acompanhado por Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Almeida e Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).

Vivo Rio
De 20 set 2013 até 21 set 2013
sex e sáb 22:00
R$ 80.00 (balcão); R$ 100.00 (setor 4); R$ 120.00 (frisa); R$ 160.00 (setor 3 e camarote B); R$ 220.00 (setor 2); R$ 260.00 (setor 1 e camarote A)



TEATRO

Incêndios
de 21 de setembro a 22 de dezembro de 2013



Mulher árabe pede em seu testamento que o casal de filhos gêmeos encontre o pai e também um irmão perdido em seu remoto e sofrido passado.

Teatro Poeira
De 21 set 2013 até 22 dez 2013
qui, sex e sáb 21:00
R$ 70.00 (qui); R$ 90.00 (sex a dom)



EXPOSIÇÃO

Pulsar
de 21 de setembro até 24 de novembro de 2013



Com onze metros de comprimento, a instalação “Pulsar”, criada pelo artista plástico Marcos Bonisson, ocupa o foyer do Museu de Arte Moderna (MAM) a partir de amanhã, com abertura às 15h. A obra faz parte da série Polagens e é composta por 60 caixas de acrílico com colagens feitas com fotografias do tipo Polaroid. A exposição, que tem curadoria de Tania Rivera, fica em cartaz até o final de novembro.

Museu de Arte Moderna - MAM
De 21 set 2013 até 24 nov 2013
ter, qua, qui e sex 12:00 até 18:00 | dom e sáb 11:00 até 18:00
R$ 12.00

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Como vai o mercado editorial brasileiro?



A presidente do SNEL, Silvia Machado Jardim, apresenta dados de pesquisa que dão um panorama completo desse segmento no país

O Sem Censura recebe a Presidente do Sindicato Nacional do Editores de Livros (SNEL), Sônia Machado Jardim, para falar sobre a pesquisa de produção e vendas do setor editorial brasileiro.

A escritora Tatiana Levy vai falar sobre o livro "Dois Rios".

O escritor Fabrício Carpinejar comenta sobre o livro "Ai meu Deus, ai meu Jesus".

A peça "Amor confesso" é o assunto da diretora teatral Inez Viana.

O programa recebe também a escritora Stella Maris Resende para lançar o livro "A sobrinha do poeta".

Programa exibido em novembro de 2012

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mercado Editorial

Todos os anos a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) realiza, por encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”. Embora o estudo retrate o ponto de vista das editoras em relação ao seu próprio desempenho, os indicadores do Censo do Livro, como é conhecido o estudo, apontam crescimento do setor, ainda que pequeno, ano a ano.

De acordo com os resultados da última pesquisa, divulgados em julho de 2012, as editoras brasileiras registraram 469,5 milhões de livros vendidos em 2011, elevação de 7% com relação a 2010. O setor faturou R$ 4,8 bilhões em 2011, valor 7,3% superior ao do ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA no período, corresponde a um aumento real de 0,8%. As vendas ao governo ajudaram a manter positivo o crescimento no faturamento do setor, já que o crescimento nominal das vendas ao mercado (livrarias e demais canais de vendas) foi abaixo da variação do IPCA.

O número de livros editados em 2011 no Brasil cresceu 6%, com 58.192 novos títulos. Considerados pela primeira vez no estudo, os e-books equivalem a 9% dos lançamentos do mercado em 2011, com 5,2 mil títulos em formato digital. O segmento com a maior variação positiva foi o de livros científicos, técnicos e profissionais, com aumento de 38% em quantidade de exemplares e de 23% em faturamento.

As livrarias são o lugar preferido para 44% dos brasileiros comprarem livros, seguidas de distribuidores (20,5%), porta a porta (4,97%), escolas (2,8%), igrejas e templos (1,74%).

A pesquisa FIPE/SNEL/CBL é respondida por editoras enquadradas no critério Unesco: edição de pelo menos cinco títulos e produção de pelo menos cinco mil exemplares por ano. Em 2011, 178 empresas das cerca de 500 editoras desse padrão participaram do levantamento. Segundo Leda Paulani, coordenadora do estudo, a amostra responde por quase 20% das editoras e 60% do faturamento do setor.

E quem lê?

Dados da 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, lançada em 2012, realizada pelo Instituto Pró-Livro e executada pelo Ibope Inteligência, mostram que há 88,2 milhões de leitores no país, 50% da população total dos 178 milhões de brasileiros com mais de cinco anos de idade. Foram entrevistadas 5.012 pessoas em 315 municípios brasileiros entre 11 de junho e 3 de julho de 2011. Os entrevistadores classificam como leitores quem leu pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa.

O País tem autores reconhecidos internacionalmente e uma cena literária interna bem importante e efervescente. A Festa Literária de Paraty (RJ), a Jornada Literária de Passo Fundo (RS), a Bienal do Livro (SP) e a Balada Literária (SP) são grandes eventos que envolvem o mercado do livro e colocam autores e leitores lado a lado.

O escritor brasileiro mais lido no mundo é Paulo Coelho, com mais de 100 milhões de livros vendidos. Dentro da literatura latino-americana, há nomes comparáveis aos grandes Júlio Cortazar (Argentina) e Gabriel García Marquez (Colômbia), como Machado de Assis, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Clarice Lispector, Vinícius de Moraes, sem contar a cena alternativa contemporânea, os “novos escritores brasileiros”, com nomes já bem difundidos como Marcelino Freire, Xico Sá, Joca Reiners Terron e Índigo.

Na tela

Para a crítica literária Raquel Cozer, o grande debate do momento são os livros digitais, e para onde eles empurram o mercado e o gosto dos leitores. Já são 9,5 milhões de brasileiros leitores de e-books, segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2012. O público maior é o feminino, com idade entre 18 e 24 anos. Os motivos que atraem para essa inovação costumam ser preços mais acessíveis e comodidade da leitura eletrônica.

“No processo evolutivo do cenário editorial as primeiras classes em risco de extinção são os livreiros e distribuidores”, afirma Cozer. Os intermediários tendem a ser engolidos nesse novo cenário. “Meu coração de leitora, fetichista por estantes, espera que as lojas físicas durem. Que virem polos culturais, com pequenas apresentações e leituras de autores entre ilhas de livros, como especulou dia desses um editor.”

Além disso, já ocorre no Brasil o Congresso Internacional do Livro Digital, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Realizado anualmente desde 2010, o evento conta com debates sobre o impacto da era digital na cadeia produtiva do livro.

Fonte: Brasil

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Design editorial e Digital Publishing: perguntas frequentes

Por Márcio Duarte para PageLab

Para quem trabalha com projeto e produção de publicações impressas, o mundo do digital publishing pode parecer assustador, ao menos em um primeiro momento. São tantas novidades, desafios, variáveis e incertezas que é natural o surgimento de dúvidas sobre os aspectos mais práticos da atividade. Obviamente, a resposta definitiva a muitos destes questionamentos permanece em aberto, e há muitas outras perguntas dentro das respostas. Esse é um mercado em formação e as regras do jogo estão sendo definidas com a partida em andamento, mas já é possível apontar alguns caminhos profissionais seguros para quem passa os dias conferindo forma e função ao texto – e deseja manter-se assim. Pensando neste profissional e nas perguntas mais elementares que ele poderia fazer, Márcio Duarte criou uma lista de perguntas e respostas básicas sobre o assunto. Vamos a elas:



1) Ainda haverá mercado para o design de publicações impressas?

Sim, tudo indica que sempre haverá mercado para o livro impresso e para quem trabalha com ele. A questão é o tamanho e o tipo desse mercado. Ainda há profissionais trabalhando com antigo Linotipo, por exemplo, para aplicações bem específicas. O livro impresso, como veículo de informação, tem apelo e qualidades próprias que não são suplantadas pelo livro digital, isso é fato. Mas a espectativa é de que, com o tempo, o mercado de publicações digitais seja dominante, justamente pelo menor número de restrições impostas pelo meio físico (distribuição, armazenamento, preço). Importante lembrar que isso deve acontecer com maior ou menor velocidade em função das caracterísitcas do país e do nicho de mercado. Aqui no Brasil, ainda há muitas limitações a serem superadas nesse território, e isso não muda da noite para o dia. Mas a era da informação digital é uma tendência que veio para ficar, isso em todas as áreas, no mundo todo. No mínimo, não ignore esse mercado. Ele pode vir a ser sua maior fonte de trabalho – e receita.



2) O que acontece com o projeto gráfico?

O projeto gráfico vai continuar existindo e talvez um nome mais adequado no contexto do digital publishing seja projeto visual, pela ausência de ligação com os tradicionais processos gráficos. Mas a mudança não para por aí. As formas de se projetar publicações digitais são muito variadas, mas podemos dividí-las em duas grandes áreas: projeto de publicações de layout fixo (exemplos: apps e ePub de layout fixo) e de layout flúido (exemplos: ePub e Azw/Mobi). Para os tipos de publicações de layout fixo, as mudanças no projeto são menos drásticas, a liberdade de criação é preservada em boa parte. Para as de layout flúido, as mudanças são muito maiores e o projeto visual tem um outro caráter, menos impositivo, digamos assim (atualmente há tão pouca consistência da apresentação desse tipo de publicação digital que nestes casos mal podemos falar de “projeto”, mais isso é assunto para outro artigo). Nos dois tipos, a “diagramação” dos projetos é completamente diferente do habitual, onde ferramentas diversas, linguagens de marcação e programação são a base. Tudo isso sem um método de trabalho consolidado. Uma coisa é certa, sentiremos saudades do poético termo “arte-final” no digital publishing ;-)



3) Quais os principais formatos de publicações digitais?

Atualmente, os principais são o ePub, os formatos do Kindle (Mobi/AZW), o PDF (sim, ele mesmo) e as Apps (publicações em formato de aplicativos), cada um com suas características, métodos de produção e ferramentas próprias. Para os tipos de publicação com predominância de texto, como literatura, os formatos ePub e Kindle têm sido mais utilizados. As Apps vem sendo utilizadas principalmente para revistas e jornais. O PDF segue sendo o formato “base” universal. Note que com o amadurecimento do formato ePub, espera-se que esse cenário se modifique, e outros tipos de publicação possam se beneficiar do formato.

Justamente pelos diferentes conjuntos de métodos, especialidades e ferramentas necessárias à produção dos tipos de publicação, é provável que se consolide, ao menos neste primeiro momento, a especialização no design e na produção de publicações para cada formato, principalmente para os aplicativos, que são os mais caros, variados e complexos de se produzir. A curva de aprendizado deste formato para um profissional vindo do meio impresso não é lá muito animadora. Para criação visual (WYSIWYG) de publicações no formato App há diversas soluções, como o Adobe DPS, o Quark App Studio e o Woodwing Enterprise, mas não são soluções voltadas para profissionais independentes (leia-se: custo altíssimo) e têm limitações quanto à distribuição, sendo geralmente atadas a lojas virtuais. Alternativas gratuitas existem (PugPig, Appcelerator Titanium, PhoneGap, Baker Framework, Laker Compendium), mas também incluem uma boa dose de aprendizado e testes. (Update 12/10/2011: A Adobe lançou uma versão do seu DPS para freelancers e pequenos negócios, com valor mais acessível – U$ 395,00 por app – mas ainda assim é um custo relativamente alto para a produção, em comparação com o custo de se produzir um ePub).

O ePub apresenta, particularmente, muitas vantagens para os designers, pois é menos complexo de se produzir (relativamente falando), pode ser lido em diversas plataformas, está em evolução (EPUB3), não depende de ferramentas proprietárias ou frameworks para criação, pode ser colocado à venda em vários canais de distribuição e é um padrão cada vez mais adotado pelo mercado editorial. Apesar disso, os formatos de layout fixo (PDF, apps) ainda são imbatíveis quanto à consistência do design da publicação, algo ainda não resolvido no ePub – questão de tempo.



4) Por que não investir somente em eBooks no formato PDF?

Um dos motivos para a explosão do digital publishing é a popularização dos dispositivos de leitura móvel: eReaders, tablets e mesmo smartphones. Como se sabe, o conteúdo do PDF é fixo e não se adapta a cada um desses meios de forma automática. O mesmo acontece com publicações no formato app, que além disso são limitadas ao dispositivo e loja para qual foram criadas. Ponto positivo para o ePub, que tem exatamente como principal característica a flexibilidade: um só arquivo para múltiplos dispositivos, em qualquer meio de distribuição (apesar do DRM). Esse é um dos motivos pelos quais o mercado tem apostado fortemente neste formato.



5) E os formatos de eBook do Kindle, da Amazon?

Os formatos do Kindle, AZW e Mobi, são exclusivos para a plataforma de eBooks da Amazon e, apesar da sua popularidade, estão entre os mais limitados entre os todos os formatos de eBook, tanto em recursos como em possibilidades de design, mas são muito importantes nesse mercado crescente, principalmente no exterior, e como a Amazon provavelmente virá para o Brasil, quem sabe se não serão muito importantes para os profissionais daqui também. (Update 18/10/2011: A Amazon atualizou seu formato de eBooks, chamado de Kindle Format 8, ou KF8, com suporte a layouts avançados nos moldes do EPUB3 – eu diria até um pouco mais avançado –, o que torna o formato Kindle um real competidor do ePub para uma grande variedade de tipos de publicações. Mais sobre isso na página correspondente da Amazon.)



O tempo não pára

Há muitas mudanças acontecendo no terreno das publicações digitais, mas essa é uma constante para quem trabalha na área. Há 26 anos, o Desktop Publishing revolucionava o mercado editorial. Muitos profissionais tiveram que se adaptar à digitalização da produção e à nova forma de se projetar publicações, explorando novas ferramentas, termos, práticas e processos. Algumas atividades perderam importância no mercado (alguém aí do paste-up?), mas outras surgiram – e floresceram. Vivemos uma época semelhante, onde grandes obstáculos vêm acompanhados de grandes oportunidades. Como naqueles tempos, a regra é uma só: quem quiser continuar nessa onda, precisa aprender a surfar.