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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dicas Culturais do Feriadão - 6 a 9 de setembro

CINEMA



Abraham Lincoln: Caçador de vampiros [Abraham Lincoln: Vampire Hunter, EUA, 2012], de Timur Bekmambetov (Fox). Gênero: ação. Elenco: Mary Elizabeth Winstead, Dominic Cooper, Alan Tuyk, Rufus Sewell. Sinopse: Depois que sua mãe é morta por uma criatura sobrenatural, o presidente Lincoln passa a caçar vampiros e seus ajudantes. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 16,3 milhões (em 22/06/2012). Dif. (segundo fim de semana): -63,1%. Acumulado nos EUA: US$ 36,7 milhões. Duração: 105 min. Classificação: 14 anos.




Cara ou coroa [Brasil, 2012], de Ugo Giorgetti (Vinny Filmes). Gênero: drama. Elenco: Walmor Chagas, Otávio Augusto, Emilio de Mello, José Geraldo e Julia lanina. Sinopse: Em 1971, um trupe de jovens atores enfrenta as dificuldades em montar uma peça de Bertold Brecht. Duração: 110 minutos. Classificação: 12 anos.




Cosmópolis [Cosmopolis, França/Canadá/Portugal/Itália, 2012], de David Cronenberg (Imagem). Gênero: drama. Elenco: Robert Pattinson, Paul Giamatti, Juiliette Binoche, Jay Baruchel. Sinopse: Uma odisséia de 24 horas de um multimilionário por Manhattan. Duração: 100 min. Classificação: 16 anos.




Os infiéis [Les Infidèles, França, 2012], de vários diretores (Imovision). Gênero: comédia. Elenco: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Guillaume Canet, Aina Clotet. Sinopse: Várias pequenas histórias com o mesmo tema, infidelidade. Duração: 109 min.




O legado Bourne [The Bourne Legacy, EUA, 2012], de Tony Gilroy (Universal). Gênero: ação. Elenco: Jeremy Renner, Edward Norton, Rachel Weisz, Joan Allen. Sinopse: Nova aventura baseada nos livros de Robert Ludlum, com um novo agente da CIA no lugar de Jason Bourne. Abertura nos EUA: US$ 38,1 milhões (em 10/08/2012). Dif. (segundo fim de semana): -55,3%. Acumulado nos EUA: US$ 96,2 milhões. Duração: 135 min. Classificação: 14 anos.




ParaNorman [EUA, 2012], de Chris Butler (Universal). Gênero: animação. Elenco: Kodi Smit-McPhee, Leslie Mann, Anna Kendrick, John Goodman, Casey Affleck. Sinopse: Um garoto incompreendido que pode falar com os mortos junta-se com fantasmas e zumbis para salvar sua cidade de uma maldição de séculos. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 14 milhões (em 17/08/2012). Dif. (segundo fim de semana): -38,7%. Acumulado nos EUA: US$ 38 milhões. Duração: 92 min.




Projeto dinossauro [EUA, 2012], de Sid Bennett (Playarte). Gênero: suspense. Elenco: Natasha Loring, Matt Kane, Peter Brooke. Sinopse: Médica acompanha pai e filho que querem fazer um documentário durante uma viagem ao Congo. Lá, eles descobrem criaturas que pensavam ter sido extintas, dinossauros. Duração: 83 min.




Totalmente inocentes [Brasil, 2012], de Rodrigo Bittencourt (Downtown/Paris/RioFilme). Gênero: comédia. Elenco: Fábio Assunção, Mariana Rios, Álamo Faço, Fábio Porchat. Sinopse: O jovem Da Fé e seus amigos embarcam na missão de tornarem-se os traficantes mais poderosos do morro onde moram, só que nenhum deles tem talento para isso. Duração: 107 min. Classificação: 14 anos.


Rio de Janeiro

SHOW

Alanis Morissette
7 de setembro de 2012



Depois de passar por São Paulo e Curitiba, a canadense traz a turnê do sétimo álbum de inéditas, “Havoc and bright lights”. Com duas décadas de carreira, vencedora de sete prêmios Grammy e mais de 60 milhões de álbuns vendidos, a cantora faz apresentação única na cidade com repertório de sucessos de discos anteriores como “Ironic”, “You learn” e as novas “Guardian” e “Havoc”.
A cantora se considera um ímã de brasileiros em Los Angeles, onde vive com o marido, o rapper Mario "MC Souleye" Treadway, e o filho Ever, de dois anos. Para ela, as duas nacionalidades têm senso de humor e estilos de vida parecidos.
— Trabalho em Los Angeles com cinco brasileiras. Elas me dão CDs de música brasileira sempre. Tenho vários no camarim. Mas não decorei o nome de nenhum — lamentou, ao ser perguntada sobre seus conhecimentos de música brasileira.

Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h15
Preço: Os ingressos variam de R$200 a R$450
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


TEATRO

Deixa Solto
De 6 a 30 de setembro de 2012



Uma mistura de stand-up com esquetes, a peça reúne conceitos novos no humor, como a rapidez do Twitter e o formato cáustico e conceitual dos esquetes de Youtube.

Local: Teatro do Leblon
Endereço: Rua Conde Bernadote, 26 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, Sexta e Sábado - 21h30; Domingo - 20h
Duração: 70 min.
Preço: qui R$ 40.00; dom e sáb R$ 60.00; sex R$ 50.00
Classificação: Livre


EXPOSIÇÃO

Max, Panóptica (1973-2011)
Até 28 de setembro de 2012



O quadrinista espanhol Max, o principal de sua geração em atividade, é o tema da mostra. A retrospectiva, com curadoria de Marta Sierra, traz mais de 160 obras, em módulos que retratam os anos 70 no underground em Barcelona; os anos 80 com o personagem Peter Pank; os anos 90 com a história “El pronlogado sueño del Sr. T”; e os anos 2000 com “Bardín, o superrealista”, que ganhou o Prêmio Nacional de Quadrinhos de 2007, na Espanha. Além de HQs, há na mostra fotos, postais, revistas, cartazes e recortes de jornal, entre outros itens.

Local: Instituto Cervantes
Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 62 – Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a domingo, das 12h às 19h
Preço: Gratuito
Classificação: Livre

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 13 a 15 de julho

CINEMA

Anima Mundi 2012 — 20º Festival Internacional de Animação do Brasil
No Rio até 22 de julho e em São Paulo de 25 a 29 de julho





Em sua 20 edição, que começa hoje e segue até 22 de julho no Rio de Janeiro e de 25 a 29 de julho em São Paulo, o festival exibe 448 filmes, entre os quais 80 brasileiros, no Centro Cultural Banco do Brasil, na Praça Animada, no Centro Cultural Correios, na Casa França-Brasil, no Odeon Petrobras, no Oi Futuro e no Unibanco Arteplex 1. Os filmes estão divididos em mostras. Classificação livre para as mostras Infantis, Futuro Animador e Longas Infantis. A demais mostras não são recomendadas para menores de 14 anos. Detalhes da programação estão no site oficial do evento.



Na estrada [On The Road, Brasil/França, 2011], de Walter Salles (Playarte). Gênero: aventura. Elenco: Kristen Stewart, Sam Riley, Garrett Hedlund, Kirsten Dunst. Sinopse: Adaptação do clássico homônimo de Jack Kerouac sobre dois amigos que cruzam os Estados Unidos. Duração: 137 min.


Rio de Janeiro

SHOW

Gal Costa
De 13 jul 2012 até 14 jul 2012



No show concebido e dirigido por Caetano Veloso, Gal Costa mostra o repertório de seu último álbum, “Recanto”, o trigésimo de sua carreira. O novo disco traz músicas escritas por Caetano e co-produção de Moreno, filho dele e afilhado da cantora. Além das canções novas, “Madre Deus” e “Mansidão”, destaque para alguns clássicos como “Da maior importância”, “Divino maravilhoso”, “Folhetim”, “Barato total”, “Dom de Iludir”, “Baby”, “Vapor barato”, “Força estranha” e “Meu bem, meu mal”.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$100 a R$240
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


TEATRO

Quase Normal
até 30 de setembro de 2012



Versão brasileira do musical exibido na Broadway conta a história de uma família que pretende levar uma vida normal, mas precisa enfrentar adversidades. Com uma pegada voltada para o público jovem, assuntos como bipolaridade e depressão estão na berlinda, bem como as difíceis relações familiares.

Local: Teatro Clara Nunes
Endereço: R. Marquês de São Vicente 52 – 3º andar - Gávea - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta e Sexta, às 21h | Sábado, às 18 | Domingo, às 19h
Duração: 120 min.
Preço: Os ingressos variam de R$70 a R$90
Classificação: 14 anos


EXPOSIÇÃO

Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers
Até 9 de setembro de 2012



A exposição “Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers” irá exibir cerca de 650 obras entre tiras originais de quadrinhos, pinturas, ilustrações e livros do artista argentino do argentin Liniers.

Local: Centro Cultural Caixa Cultural
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 - Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a Domingo, das 10h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Os arquétipos

O maior valor de um roteiro é sem dúvida a sua originalidade. As noções e dicas de dramaturgia servem para auxiliar o autor, mas o que sempre deve prevalecer é a sua própria criatividade.

Muitas vezes ao assistir um filme, o público se emociona sem saber ao certo com o que. Uma cena em um filme pode não causar efeito nenhum, mas uma cena parecida em outro causa comoção. O conhecimento de dramaturgia permite que o autor manipule as sensações que o público vai sentir ao assistir o seu filme. Por outro lado, pode-se encontrar saídas inteligentes para passar informações a este público.

O primeiro passo para se chegar a este objetivos é a compreensão dos arquétipos.

Os arquétipos podem ser compreendidos como representações personificadas das feições humanas. Todos nós temos um pouco de herói e vilão, tolo e sábio, palhaço e austero. O arquétipo vem a ser a encarnação destas características.

No roteiro, uma personagem pode representar um arquétipo. Nestas histórias o vilão sempre agirá como vilão e o herói como herói. Por outro lado existem roteiros que querem dar um aspecto mais humano as suas personagens, nestes cada personagem pode apresentar ou representar diferentes aspectos no decorrer da história.

Segundo Christopher Vogler, os principais arquétipos são:

O HERÓI

A principal característica que define este arquétipo é capacidade que ele tem de se sacrificar em nome do bem estar comum. Nos filmes de ação este arquétipo é personificado, preferencialmente, pelo protagonista. É ele que vai conduzir a história aos olhos do espectador, o desenvolvimento da trama está pautado nas ações do herói perante o ambiente que lhe é apresentado e no resultado destas ações. Portanto, para um roteiro ser bem aceito pelo público é preciso que este tenha uma identificação com o herói. Quanto mais humana a feição do seu herói mais provável a identificação. É preciso que o herói tenha suas qualidades louváveis e desejadas pelo espectador e ao mesmo tempo possua fraquezas que o tornem mais humano e mais próximo.

Com o herói sendo o protagonista, o roteiro se torna um relato da aventura deste. Uma jornada, onde ele deixa o seu mundo comum e cotidiano e parte para novas descobertas e desafios. O estímulo para esta jornada é a mudança de algo em seu mundo comum, e ele parte para buscar a restauração deste mundo, ou ele está insatisfeito em seu mundo e parte para provocar uma mudança. Em ambos os casos o motivo da jornada é a falta de alguma coisa. O herói se sente incompleto e vai em busca de sua plenitude. O resultado é a transformação do próprio herói. Mesmo que o ambiente não se altere o herói não o enxerga mais da mesma forma. O sacrifício foi feito o herói do começo da história morre para dar lugar a outro.

O confronto com a morte é outra característica deste arquétipo. A morte pode ser física ou simbólica, mas está presente. Na maior parte dos casos o herói se depara com a morte eminente e triunfa sobre ela, se tornando um mártir (quando ocorre a morte física) ou renascendo a partir de sua própria destruição (quando a morte física foi apenas uma ameaça ou quando a morte é simbólica), em ambos os casos o herói triunfa.

O arquétipo do herói não é exclusivo do protagonista, muitas personagens (inclusive o vilão ou sombra) podem Ter atitudes heróicas. Da mesma forma que o herói pode Ter características de outros arquétipos. A riqueza de uma personagem é sua complexidade, a capacidade de assumir outros arquétipos, sem se esquecer do principal, dá uma dimensão humana permitindo a identificação e a credibilidade. Poucos acreditam em heróis que só praticam o bem pelo bem e em vilões que só praticam o mal pelo mal.


O MENTOR

Como a função do herói é o aprendizado, ele necessita de alguém que o guie, pelo menos até o momento que ele possa andar com seus próprios pés. O mentor pode ser um herói de uma jornada anterior, portanto, ele é uma projeção do que o herói se tornará ao fim de sua aventura. Em outros casos o mentor pode ser um herói que, no passado, falhou na sua jornada, mas mesmo assim adquiriu alguma experiência que pode ser útil ao herói.

Além dos ensinamentos o mentor pode dar ao herói algum presente que o ajude na sua jornada, ou, em certas histórias o mentor pode fazer um papel de consciência do herói.

De um modo geral a função do mentor é estimular a entrada do herói na aventura. Dando-lhe um presente ou apresentando a situação de tal maneira que o herói vença o seu medo e parta para a aventura.


O GUARDIÃO DO LIMIAR

No decorrer da aventura o herói enfrenta desafios. Estes desafios podem ser obstáculos, tentando impedir que o herói continue sua trilha ou aliados que estão ali para testa-lo. Muitas vezes um guardião depois de ser ultrapassado se torna aliado do herói ou até uma espécie de mentor.

Em algumas histórias estes guardiões são aliados do vilão que possuem poder menor que este. Para a preparação do herói é necessário que ele enfrente estes asseclas e se torne mais forte para enfrentar o vilão. Neste sentido o guardião é uma prévia da luta final. Se a história é uma luta psicológica os guardiões estão representados nas próprias limitações internas do herói.

O guardião, assim, como o mentor pode estar representado por cenários, objetos, pensamentos. Não precisam, necessariamente, ser personagens da história para se fazerem presentes.


O ARAUTO

O arauto é a primeira chama à mudança, pode ser uma personagem ou fato que traga ao herói a vontade ou decisão de lançar na aventura. Em algumas histórias o arauto representa a primeira manifestação das energias da sombra.
Quando o herói vive uma situação de desequilíbrio o arauto é a força que vai ser a gota da água. O herói parte para enfrentar o primeiro guardião de limiar.


O CAMALEÃO

A característica deste arquétipo é a mudança. Pode estar representado por uma personagem, geralmente de sexo oposto ao do herói, que aos olhos do herói e do espectador apresente uma mudança de aparência ou de espírito, de forma que não se possa prever suas ações.

A função do camaleão é acabar com a previsibilidade da história. O herói, assim como o espectador, fica em dúvida com a relação à fidelidade do camaleão. Pode ser um aliado ou aliado da sombra.

O arquétipo do camaleão pode ser assumido, momentaneamente, por personagens que representam outros arquétipos. O sombra, o herói, o mentor, o guardião, enfim todos podem apresentar as características do camaleão para atender melhor suas próprias funções. Muita vezes isto se dá quando uma personagem representativa de um arquétipo finge ser representante de outro.


O SOMBRA

A sombra é representada pelo vilão ou inimigo do herói. Seu objetivo é, geralmente, a morte ou destruição definitiva do herói. Por outro lado, o antagonista do herói pode ser um aliado que discorda das ações do herói e opta por tomar outras ações, de forma que ambos entram em uma competição para se resolver a história.

A função primordial da sombra é impor desafios ao herói, de modo que este tenha que se fortalecer para vence-los. A sombra pode ser um reflexo negativo do herói. Em uma história de luta psicológica, a sombra é representada por traumas e culpas do próprio herói.

Assim como o herói, a sombra pode se tornar mais interessante se possuir uma feição humana, ou seja, ter defeitos ou qualidades que a aproximem do espectador. Além das fraquezas mortais, a sombra pode ter um lado bom ou uma visão que justifique suas ações.


O PÍCARO

Este arquétipo pode ser representado por um palhaço ou qualquer personagem cômico, ele carrega em si o desejo de mudança da realidade.

A função deste arquétipo é acordar o herói para a realidade, denunciando a hipocrisia e o lado ridículo das situações apresentadas. Esta função também atinge o público, uma vez que este e o herói estão ligados, trazendo um alívio cômico após uma situação tensa da história.

Este arquétipo também pode aparecer ou ser assumido por personagens representativas de outros arquétipos. O herói picaresco, por exemplo, é muito comum em contos tradicionais de vários países e uma constante nos desenhos animados infantis.

Além destes arquétipos apontados por Vogler, aponto outros dois tipos de personagem que podem facilitar o trabalho do escritor.






Este vídeo é parte integrante da palestra "A Jornada do Herói - Ficção & Aprendizado" de edison Rodrigues Filho.

Fonte: Dramaturgia

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Uma nova forma de ler quadrinhos


Todo mundo já lê gibi no computador, desde que os scans se tornaram populares, mesmo que você seja daqueles conservadores que ainda prefere o formato papel de vez em quando é necessário dar uma lida em quadrinhos no formato digital, mesmo que seja pra pegar aquela edição que não saiu no Brasil ou que já esta fora de catálogo.

Atualmente as grandes editoras americanas e europeias já comercializam uma boa parte de seus títulos neste formato, com o surgimento do iPad e a onda dos tablets este mercado irá crescer mais ainda nos próximos anos. Muita gente da nova geração deverá até prescindir dos quadrinhos em papel e ler somente no PC ou tablet.

Agora é muito mais fácil organizar, catalogar, guardar e transportar seus gibis. Aquelas edições antigas que você sonha ler poderão ser compradas legalmente. E se você preferir manter uma coleção em papel, pode escanea-las para ler no formato digital também, preservando suas revistas.

As grandes marcas como Marvel e DC já têm seus próprios softwares de leitura online, com os seus títulos, mas essa opção não te dá muita liberdade — você fica preso à oferta deles e só pode usar um software específico. Ter os seus quadrinhos armazenados localmente, seja em PDF ou nos cada vez mais populares formatos CBR e CBZ, te permite fazer uma curadoria da sua própria coleção, ler em diversos softwares e plataformas diferentes e manter tudo em uma mesma coleção, não várias.

Quando o iPad foi lançado, não demorou muito para a mídia especializada em HQs explorar o potencial deste gadget para o meio, com as editoras líderes do mercado, Marvel e DC, tomando a dianteira da situação. Em suma, é um fenômeno muito similar ao que acontece com periódicos e jornais, mas como encará-lo? É apenas uma transição do papel para o digital, ou existe algo mais? Quais são os benefícios? Principalmente para o consumidor brasileiro, que consome o bizarro esquema de mixes encabeçado pela Panini Comics?

A leitura no iPad é confortável, inclusive no manuseio, preocupado com o nível de interatividade, o App propícia um dinamismo à leitura, a diagramação das páginas e a ordem dos quadrinhos é seqüenciada, o que torna a leitura mais focada e agradável, inclusive com zooms e ampliações panorâmicas, o que adiciona dramaticidade a leitura.



Fontes:
Em Quadrinho
Gizmodo
NerDevils

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dia 30 de janeiro, dia Nacional das Histórias em Quadrinhos



Em comemoração ao Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos postaremos hoje uma curiosidade retirada do Blog Quiosque Azul.

As primeiras histórias em quadrinhos datam da Pré-História, visto que os homens das cavernas já pintavam nas paredes o que lhes acontecia. No início do século XX, contudo, foi definido o conceito de histórias em quadrinhos, e sua técnica começou a ser desenvolvida.

Há vários precursores das histórias em quadrinhos, destacando-se o brasileiro Angelo Agostini, embora haja quem diga que a primeira criação surgiu com Richard Fenton Outcault, em The Yellow Kid, de 1863. Foi Outcault quem introduziu o "balão", no qual são escritas as falas dos personagens.

Nas primeiras fases das histórias em quadrinhos, os argumentos eram apresentadas aventuras de crianças e bichinhos, com muito humor. Em 1929, as histórias em quadrinhos ganharam muita popularidade; na década de 1930, o gênero "aventura" foi incorporado às histórias. A Era de Ouro, como ficou conhecida essa fase, teve seu auge com personagens como: Flash Gordon, de Alex Raymond; Dick Tracy, de Chester Gould; Tarzan, uma adaptação de Harold Foster para o personagem de E. R. Burroughs (do livro Tarzan, o filho das selvas).

Nessa nova fase, surgiu mais um gênero, tipicamente americano: o super-herói, como o Super-Homem, de Siegel e Shuster.

As histórias em quadrinhos significaram mais do que um simples divertimento. O governo americano as utilizava como armas ideológicas para elevar o moral dos soldados e do povo em época de guerra. Alguns personagens em quadrinhos se alistaram na Segunda Guerra Mundial, incentivando jovens americanos a tomar a mesma postura. O herói que mais teve presença nesse período foi o Capitão América, de Jack Kirby e Joe Simon.

Na década de 1940, foi criado o formato das revistas em quadrinhos que se conhece até hoje, e foi assim que estas chegaram ao Brasil, nesse ano.

Na década de 1950, as histórias em quadrinhos sofreram uma crise de identidade e foram duramente criticadas em razão de seu teor de indução em massa. Foi criado, então, um Código de Ética, mas nesses tempos de liberdade de criação e expressão reduzidas, os roteiros das histórias foram camuflados com textos aparentemente inofensivos que induziam nas entrelinhas.

Na década de 1960, voltou com força total o gênero dos super-heróis, como o Homem-Aranha, criado por Stan Lee e Esteve Ditko. Nessa mesma década e a partir da década de 1970, os quadrinhos underground - com temas que abordavam o subconsciente norte-americano, as crises existenciais, os auto questionamento -, criados por Robert Crumb, fizeram e ainda fazem sucesso.

No Brasil, vários cartunistas ganharam destaque pela criatividade: Henfil (personagens: Graúna e Zeferino), Ziraldo (personagens: Pererê e Menino Maluquinho), Péricles (personagem: O Amigo da Onça), Maurício de Sousa (personagens: Cebolinha, Mônica , Cascão ), Fernando Gonsales (personagem: Níquel Náusea), Angeli (personagem: Rebordosa), Millôr Fernandes, entre outros.