terça-feira, 31 de maio de 2011

Correspondente Internacional

Por Thamyres Dias

Muitos estudantes de jornalismo e até profissionais já formados sonham com uma carreira no exterior, como correspondentes internacionais. Mas como vivem esses profissionais que vão em busca da notícia em outros cantos do mundo? Para Bruno Garcez, um dos palestrantes do 5º Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji, a rotina de um correspondente exige dedicação, jogo de cintura e "poucas horas de sono". Ex-repórter da Folha de São Paulo, Bruno passou a integrar a equipe da BBC Brasil em 2001. Cinco anos depois, tornou-se correspondente da empresa em Washington e, dali, viajou para vários países, como o Haiti e Honduras - logo após a deposição do presidente Manuel Zelaya.



Além de apurar e entrevistar, o correspondente de hoje precisa saber produzir conteúdos multimídia e estar afinado com as novas ferramentas da internet. Para desempenhar bem a tarefa, cursos de especialização e experiência acadêmica no exterior ajudam muito. Entretanto, o que pode diferenciar um profissional, segundo Bruno, é algo bem mais simples: organização.

De volta ao país de origem, o jornalista coordena, atualmente, o Mural Brasil, projeto multimídia que está compilando textos e vídeos produzidos por jovens da periferia de São Paulo. Esses "correspondentes comunitários" recebem uma formação básica para que sejam produtores de conteúdo sobre suas próprias vivências.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O humor na imprensa

É verdade que a vida não anda nada fácil. Sorte que os problemas sempre inspiraram parte da imprensa, que resolveu tratar dos entraves políticos, econômicos e sociais com muito humor.

Quem nunca ouviu falar do Pasquim, por exemplo, perdeu a chance de enxergar o mundo com mais coragem. O riso pode até não eliminar o medo, como disse Umberto Eco, mas a capacidade de provocar o riso desperta no amedrontado um jeito todo especial para lidar com aqueles que o amedrontam.

Com o humor em alta surgiram vários programas de TV que mesclam notícias com bom humor. Essa estratégia é muito eficaz para chamar a atenção o telespectador, principalmente, os mais jovens, para questões políticas, como é o caso do Programa CQC, da Band.

Formado em sua maioria por pessoas ligadas ao humor, o CQC consolidou seu sucesso e influência nas redes sociais. Temas polêmicos abordados às segundas costumam ser discutidos durante toda a semana pelos internautas. Como grande parte do seu público-alvo está na internet, foi criado ainda o CQC 3.0 onde ao final de cada programa, os apresentadores interagem com os internautas discutindo os temas abordados no programa.




Uma ideia que surgiu na internet e devido ao seu grande sucesso, foi parar também na TV foi o do jornal Sensacionalista. Com um formato jornalístico notícias absurdas eram publicadas no site, e houve até quem acreditasse nelas a princípio. O canal de TV a cabo, Multishow apostou na ideia e deu um espaço para o jornal ter sua versão para TV. Assista abaixo o segundo episódio do Jornal Sensacionalista: o seu jornal isento de verdade.




A MTV também ganhou muito investindo no formato telejornal humorístico, o Furo MTV conquistou uma das maiores audiências da MTV Brasil em 2010.
O casal de apresentadores Dani Calabresa e Bento Ribeiro fazem o que o Casseta Planeta nos seus bons tempos chamaria de “jornalismo mentira, humorismo verdade”, mostrando que piadas inteligentes e ágeis podem revelar as vezes mais sobre a política e o cotidiano do que algumas notícias. E que você pode rir muito e ao mesmo tempo se informar um pouco.




Numa grande homenagem aos humoristas brasileiros, a Ediouro lançou Entre sem Bater! O Humor na Imprensa Brasileira, do jornalista e escritor Luís Pimentel, que trabalhou nas revistas Mad, Bundas, O Pasquim e há anos faz parte de uma turma da pesada que dá à imprensa brasileira uma imprescindível dose de humor.


Saiba mais:
- Declaração de Jair Bolsonaro sobre racismo no CQC causa polêmica no Twitter.
- Mais Monet: programa O Sensacionalista garante jornalismo debochado.
- O humor verdade do Furo MTV.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dicas Culturais do Fim de Semana - 27 a 29 de maio

CINEMA



Estrada para Ythaca [Brasil, 2010], de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti (Vitrine). Gênero: aventura. Elenco: Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti. Sinopse: Quatro amigos em luto decidem, após uma noite de bebedeira, fazer uma viagem até a cidade natal do amigo falecido. Duração: 70 min. Classificação: 12 anos.




Inversão [Brasil, 2009], de Edu Felistoque (Dist. própria). Gênero: suspense. Elenco: Gisele Itié, Marisol Ribeiro, Rodrigo Brassolotto, Wander Wildner. Sinopse: Uma radiografia das várias facetas que o crime assume no Brasil. Duração: 90 min. Classificação: nd. São Paulo




Minhas tardes com Margueritte [La tête en friche, França, 2010], de Jean Becker (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Gérard Depardieu, Casadesus Gisèle. Sinopse: A vida do semi-analfabeto Germain muda quando ele conhece, no parque onde vai todos os dias, uma velhinha que começa a ler para ele em voz alta. Duração: 122 min




Um novo despertar [The Beaver, EUA, 2010], de Jodie Foster (Paris). Gênero: comédia. Elenco: Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin. Sinopse: A história de um homem que entra em crise de meia idade e encontra esperança em um fantoche de castor. Duração: 100 min. Classificação: 12 anos.




O poder e a lei [The Lincoln Lawyer, EUA, 2011], de Brad Furman (Imagem). Gênero: drama. Elenco: Matthew McConaughey, Marisa Tomei, John Leguizamo. Sinopse: Um advogado trabalha no banco de trás de seu automóvel Lincoln. Abertura nos EUA: US$ 13,4 milhões (em 18/3/2011) Acumulado nos EUA: US$ 56 milhões Duração: 118 min. Classificação: 14 anos.




Se beber, não case! 2 [The Hangover 2, EUA, 2011], de Todd Phillips (Warner). Gênero: comédia. Elenco: Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Heather Graham. Sinopse: Continuação de Se beber, não case. Duração: 120 min.


Rio de Janeiro

SHOW

Exaltasamba
27, 28 e 29 de maio



Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sex. 22h; Sab. 20h; Dom. 18h.
Preço: Os ingressos variam de R$30 a R$200
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


TEATRO

Um violinista no telhado
De 20 de maio a 18 de setembro



Local: Teatro Oi Casa Grande
Endereço: Av. Afrânio de Mello Franco, 290 – Leblon - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quintas e sextas, às 21h. Sábados, às 17h30 e 21h30. Domingos, às 19h
Duração: 130 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Preço: Os ingressos variam de R$40 a R$150
Bilheteria: Terça e quarta das 15h às 20h, quinta e sexta 15h às 21h, sábados 12h às 21h30, domingos 12h às 19h.
Classificação: 5 anos


EXPOSIÇÃO

Power Pixels
De 17 de maio a 3 de julho


Um dos pioneiros da arte virtual e digital, o francês Miguel Chevalier apresenta suas obras pela primeira vez no Rio de Janeiro. No Oi Futuro Flamengo, criará duas instalações: “Fractal Flowers 2011” é uma nova geração de jardim virtual, composto de flores fractais gigantes evolutivas nas fronteiras do universo mineral, animal e robótico. “La Vague Binaire 2011”, obra de realidade virtual generativa e interativa, lembra o mar e a costa do Rio, embalada pelo fluxo e refluxo cotidiano das ondas que dão ritmo à vida carioca.

Local: Oi Futuro Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo – Rio de Janeiro - RJ
Horário: De terça a domingo, das 11h às 20h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma sala de imprensa 2.0

o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) acaba de entrar nas redes sociais e resolveram inovar: criaram uma Sala de Imprensa no Facebook. Com um design bonito e aproveitando todos os recursos disponíveis na rede social, a sala de imprensa traz desde releases a fotos e vídeos institucionais.

Os releases são disponibilizados, como em toda Fan Page, através das atualizações de status, mas tudo de uma forma dinâmica e funcional, típica das redes sociais. O banco divulgou um release sobre a iniciativa, onde a gerente executiva de imprensa do BNB, Angélica Paiva, falou sobre a estratégia: “Resolvemos criar uma fan page no Facebook para integrar as demais mídias sociais, ou seja, essa página será o principal ponto de convergência dos canais de presença web, mas também vamos interagir a partir dos perfis no Twitter, YouTube, Flickr e Slideshare”.

Fonte: Retirado do Blog da Flaviane Paiva.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dicas Culturais do Fim de Semana - 20 a 22 de maio

CINEMA



O homem ao lado [El hombre de al lado, Argentina, 2009], de Mariano Cohn, Gastón Duprat (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Rafael Spregelburd, Daniel Aráoz, Eugenia Alonso. Sinopse: Leonardo é um designer industrial que vive com a família numa luxuosa casa em Buenos Aires. Ele tem sua rotina alterada quando um vizinho resolve construir uma casa em que uma das janelas possui vista para a sua. Duração: 100 min.




Piratas do Caribe - Navegando em águas misteriosas [Pirates of the Caribbean - On Stranger Tides, EUA, 2011], de Rob Marshall (Disney). Gênero: aventura. Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Penélope Cruz. Sinopse: Jack Sparrow parte em busca da Fonte da Juventude. Com exibição em 3D. Duração: 141 min.




Santa paciência [The Infidel, Reino Unido, 2010], de Josh Appignanesi (Imagem). Gênero: comédia. Elenco: Yigal Naor, Steward Scudamore. Sinopse: Mahmud Nasir, muçulmano convicto, é um bem sucedido empresário que descobre que é adotado e tem origem judia. Duração: 100 min.




Transcendendo Lynch [Brasil, 2009], de Marcos Andrade. (Espaço Filmes). Gênero: documentário. Sinopse: O documentário segue o diretor norte-americano David Lynch durante sua passagem pelo Brasil, onde ofereceu uma série de palestras. Duração: 83 min. São Paulo e Rio de Janeiro.




O último voo do flamingo [Moçambique/Portugal/Brasil, 2010], de João Ribeiro. (Videofilmes). Gênero: drama. Elenco: Carlo D’Ursi, Claudia Semedo, Adriana Alves. Sinopse: Um oficial das Nações Unidas investiga uma série de explosões que mataram soldados da Missão de Paz em Moçambique. Baseado no livro de Mia Couto. Duração: 86 min.

RIO DE JANEIRO

Esse fim de semana será agitado para o povo carioca, nos dias 20, 21 e 22 de maio acontece a 3ª edição Viradão Carioca. Confira a programação.

E para os que curtem um programinhas mais tranquilo, segue também nossas dicas:

EXPOSIÇÃO

Mariko Mori – Oneness
De 10 de maio a 10 de julho


Pela primeira vez no Brasil, uma mostra ampla e abrangente da artista japonesa contemporânea Mariko Mori. Design e a arte de vanguarda para compor elementos de engenharia de ponta, interativos e de forte impacto físico e visual. Entre os trabalhos, provenientes de acervos da Europa, Estados Unidos e Japão, estão: Wave Ufo, um objeto híbrido de grande escala, máquina e escultura ao mesmo tempo, que funde, em tempo real, computação gráfica, ondas cerebrais, som e uma engenharia arquitetônica para criar uma experiência interativa dinâmica; Oneness, círculo de seis figuras confeccionadas em technogel (material novo, que fica entre o sólido e o líquido), medindo 1,35m, que interagem ao toque do visitante; e Transcircle, um anel de nove pedras de vidro coloridas e brilhantes, controlado interativamente, numa fantástica reinterpretação dos círculos de monólitos pré-históricos.

Atenção: as obras Wave UFO e Oneness permitem, além da contemplação, a experimentação do público. Porém, considerando as características técnicas das referidas obras, essa interação é limitada e será controlada mediante retirada de senhas na bilheteria.

Local: CCBB-RJ
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre*
*Proibida a entrada de menores de 6 anos na obra Wave UFO.


TEATRO

A Estupidez
De 16 de abril a 29 de maio


Comédia ácida que faz uma reflexão sobre a estupidez presente na vida cotidiana e na sociedade. Além de divertida, a peça trata de questões pertinentes ao mundo contemporâneo, assolado pela superficialidade e pela ignorância e cada vez mais afastado de valores como integridade e honestidade.

Texto: Rafael Spregeburd.
Elenco: Alcemar Vieira, Cristina Flores, José Karini, Letícia Isnard e Saulo Rodrigues.
Direção: Ivan Sugahara.

Local: Teatro II CCBB-RJ
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Quinta a domingo, às 19h30
Duração: 120 min.
Preço: R$ 10 (inteira) | R$ 5 (meia entrada para estudantes, professores, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)
Classificação: 14 anos


SHOW

Beth Carvalho
20 de maio



Afastada há um ano e meio dos palcos, Beth Carvalho vem ao Vivo Rio para a alegria dos fãs. No próximo dia 20 de maio, a “Madrinha do Samba” faz única apresentação no VIVO RIO. Beth vai comandar uma grande roda de samba acompanhada de experientes músicos. A cantora voltou oficialmente ao trabalho no último dia 19 de fevereiro, numa apresentação memorável no Rio de Janeiro que rendeu inúmeros elogios do público e da crítica especializada.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$20 a R$140
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como é produzido um jornal?

O setor de produção faz o trabalho pesado. Nestes departamentos há especialistas que operam e fazem a manutenção das prensas, fotocompositoras, digitalizadores de imagens e máquinas de impressão fotográfica. Alguns funcionários trabalham no turno diurno, enquanto outros no noturno.

Com início em torno de 1970, os setores de produção de jornal iniciaram um movimento histórico longe da tecnologia de trabalho intenso das máquinas fotocompositoras Linotype e outras "de última geração" usadas em impressão em relevo. Esta foi a mesma técnica usada por Johannes Gutenberg no século XIV: imprimir uma página de papel diretamente em um bloco. A invenção da fotocomposição, baseada em processos fotográficos, acelerou a produção e reduziu os altos custos de despesas gerais da impressão em relevo. Além disso, a fotocomposição funcionava melhor com as novas prensas em offset que estavam começando a ser usadas.

A maioria dos jornais diários mudaram para alguma forma de impressão em offset. Este processo grava a imagem de uma página de jornal em chapas finas de alumínio (páginas com fotos ou letras coloridas precisam de mais chapas). Estas chapas, agora com a imagem positiva revelada a partir do negativo de uma página, vão para outros especialistas para colocação na prensa. Este processo é denominado offset porque as chapas de metal não encostam no papel que entra na máquina. Em vez disso, as chapas transferem a imagem feita com tinta para um rolo de borracha que imprime a página.

Embora as máquinas para impressão de jornais sejam grandes e barulhentas, são delicadas com o papel de imprensa, o papel de que é feito o jornal. Estas máquinas precisam ser delicadas pois o papel de imprensa é caro e deve passar por esses rolos enormes sem serem rasgados. Estas complexas máquinas de três andares, que podem custar mais de US$ 40 milhões, são chamadas de prensas rotativas, pois usam papel contínuo em vez de folhas individuais.

Além de colocar tinta no papel, a prensa também monta as páginas do jornal na seqüência correta. Tudo ocorre tão rápido que uma prensa em offset consegue produzir 70 mil cópias por hora na correia transportadora, que por sua vez manda as cópias para o setor de distribuição que já está aguardando.

Fonte: Como tudo funciona

quarta-feira, 18 de maio de 2011

As mídias sociais e as notícias

Tal como canais de notícias têm feito, experimentando diferentes formas de incorporar a mídia social no processo noticioso, com alguns chegando a criar suas próprias diretrizes, a American Society of News Editors (ASNE) publicou um guia com as melhores práticas para o uso da mídia social.
A publicação "10 melhores práticas para a mídia social: orientações úteis para empresas de notícias” é baseada na análise de políticas de mídias sociais dos principais veículos de comunicação.

Tais práticas são importantes, afirmou a ASNE em um comunicado, pois "as plataformas de mídia social continuam a surgir como ferramentas essenciais de coleta de notícias. Elas oferecem oportunidades estimulantes para jornalistas coletarem informações e para organizações jornalísticas ampliarem seu alcance. Mas elas também carregam desafios e riscos. O cumprimento de regras draconianas dificulta a criatividade e desestimula o espírito de abertura que floresce em redes sociais. Mas, permitir uma liberdade descontrolada para todos abre as portas a possíveis problemas e deixa as organizações vulneráveis a comentários de funcionários que tuítam antes de pensar".

Segundo o relatório, as "10 principais regras" sugeridas pela ASNE são:

1. As regras tradicionais da ética ainda se aplicam online;
2. Assuma tudo que você escreve online se tornará público;
3. Use a mídia social para interagir com os leitores, mas pautado pelo profissionalismo;
4. Dê “furos” de notícias em seu site, e não no Twitter;
5. Esteja consciente da pluralidade de opiniões na internet;
6. Investigue sempre qualquer coisa encontrada em um site de redes sociais;
7. Sempre se identifique como jornalista;
8. Lembre-se que as redes sociais são ferramentas de trabalho, não brinquedos;
9. Seja transparente e admita prontamente qualquer erro online;
10. Mantenha os assuntos internos, sem divulgá-los.

Fonte: Jornalismo nas Américas

terça-feira, 17 de maio de 2011

[Entrevista] Gay Talese: O jornalismo está se tornando preguiçoso

Truman Capote, Tom Wolfe e Norman Mailer foram alguns dos expoentes do Novo Jornalismo — no qual se investiga com os instrumentos de repórter e relata com os recursos da ficção –, mas nenhum deles brilhou tanto nesse movimento surgido nos anos 60 quanto Gay Talese. Repórter do New York Times entre 1955 e 1965, cuja história contou no clássico O Reino e o Poder (1969), Talese escreveu algumas obras-primas da reportagem entre elas Frank Sinatra Está Resfriado, que se tornou o perfil mais famoso da imprensa norte-americana.

De escrita elegante, proveniente de um exaustivo processo de apuração, Talese contabiliza hoje, aos 79 anos, 11 livros publicados, todos traduzidos em diversos países e dissecados nos cursos de jornalismo pelo mundo. E nessa extensa produção está Honra Teu Pai, lançado recentemente pela Companhia das Letras e considerado pelo autor como um de seus favoritos.Publicado em 1971, Honra Teu Pai conta a história de Joseph Bonanno, chefe de uma das mais poderosas famílias de mafiosos de Nova York, e de seu filho Salvatore “Bill” Bonanno. Para escrever esse livro, o então repórter do New York Times Gay Talese precisou se tornar amigo de Bill Bonanno e esperar cerca de cinco anos para convencer o mafioso a lhe contar sua história. E ainda assim teve de esperar mais algum tempo até que Bill o autorizasse a escrever. Contudo, o jornalista realizou um livro-reportagem fundamental para entender os meandros da máfia.

Gay Talese concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Fernando de Oliveira, do jornal gaúcho, de Santa Cruz do Sul, Diário Regional.



O senhor sempre defendeu que lugar de jornalista é na rua. O que o senhor pensa sobre o jornalismo que é praticado hoje, com a internet e as facilidades que esta tecnologia proporciona?

 
Talese – É muito limitante, muito restritivo. Em primeiro lugar, o problema é que os jornalistas de hoje ficam dentro de um lugar fechado, dentro de uma redação. E, quando saem para fora, quando caminham pelas ruas, eles estão sempre olhando para a tela de um telefone celular, ou para algum outro objeto. Eles não conseguem ver o que acontece ao redor e enxergam a vida a partir de uma tela pequena. Tudo é muito rápido e fácil, e um bom trabalho não é rápido nem fácil. Ele demora um longo tempo, mas também dura um longo tempo. Muito do jornalismo de hoje é feito a partir de um laptop, e é feito de jornalistas falando de outros jornalistas. Eles procuram informações a partir da internet. Eles não falam com muitas pessoas. Isso é muito restritivo.

Os jornalistas, hoje, não estão descobrindo nada por tentativa, ou por acidente. O que estão fazendo é muito imediatista. O jornalismo tem se tornado muito previsível. Nada é profundo, pensado ou divagado. Então o jornalismo está se tornando preguiçoso, porque os jornalistas não querem se mexer. A primeira coisa que fazem quando acordam é abrir um pequeno laptop e começar a apertar botões. Então eles leem jornais, olham fotografias, jogam games ou qualquer outra coisa e, talvez, até façam entrevistas com outras pessoas, mas são pessoas que são educadas, que sabem como usar um laptop, um smartphone ou o que quer que estejam usando. E estão perdendo todo o contexto da vida. É tudo baseado em cumprir o objetivo. Eles querem ir do ponto a para o ponto b, e querem fazer isso rápido, de maneira eficiente sem perder nenhum tempo. Bom, perder tempo é muito bom. O tempo é maravilhoso quando você o perde. Quando você perde tempo você pode pensar que é um desperdício, mas não é. Às vezes você aprende com o silêncio, ou com os momentos de indecisão. Você aprende coisas que você jamais pensou que saberia, e aprende coisas sobre as quais você nunca pensou, e que nunca iria perguntar sobre. São coisas muito valiosas para a mente intelectual, e para a curiosidade intelectual que algumas pessoas têm. A internet joga contra esta curiosidade. Ela proporciona todas as respostas de maneira fácil. Você coloca o nome de alguém no google e descobre muito sobre ela. Se é verdade ou não, você não vai saber a diferença.

Então eu acredito que a tecnologia pode poupar tempo, poupar viagens, mas faz você ficar em casa, entre quatro
paredes, perdendo o grande contexto da vida. A tela do laptop está substituindo a grande visão do mundo que você só pode conhecer explorando o mundo, viajando pelo mundo, saindo por aí, indo de um lugar para o outro, estando lá, e isso é importante. Não receber algo de segunda mão, não olhar pelas coisas a partir de terceiros. A internet é um instrumento de terceirização. Você coloca uma pergunta na internet e recebe uma resposta, mas não é a sua resposta. Você não experimentou nada.

Na nossa profissão isso se torna ainda mais perigoso…

 
Talese – Na verdade, não começou com a internet, começou com o gravador. O que aconteceu com o gravador é que os jornalistas começaram a utilizá-lo e, então, se preocuparam mais com o que as pessoas disseram na gravação do que com as pessoas que eles entrevistaram. Então as pessoas respondiam perguntas e, algumas vezes, com suas habilidades, eles mudavam as histórias, contavam não o que eles realmente acreditam, e sim o que elas gostariam de ouvir ou o que o jornalista gostaria de ouvir. Então o gravador é uma forma de mentir, mesmo que todas as palavras sejam verdadeiras. São palavras que não significam muito. São apenas sons transformados em bites. Muito do que é reportagem, hoje, são apenas sons transformados em bites. São mentiras, meias-verdades, e o repórter tem que investigar pessoalmente. O povo americano entrou em guerra contra o Iraque porque a informação estava errada. A informação nunca foi investigada pelos repórteres do New York Times. Disseram que existiam armas de destruição em massa no Iraque, o que era uma mentira. Então nós entramos em guerra, e muitas pessoas foram mortas, e o Iraque continua não sendo um bom lugar.

Faz muitos anos desde a invasão, em 2003, e nós olhamos o Iraque hoje, e todas as histórias foram mentiras contadas para os jornalistas, então os jornalistas também mentiram. Os jornalistas jamais deveriam ter acreditado nesta mentira acerca das armas de destruição em massa. Algumas vezes o jornalismo, quando mal feito, pode fazer com que as pessoas entrem em guerra, e eu acho que é isso que aconteceu no Iraque. E talvez esteja acontecendo na Líbia, porque eu acho que os jornalistas não sabem realmente quem são os rebeldes, ou quem é Kadhaffi. Os jornalistas têm que estar dentro da história e o que acontece é que eles estão sendo pautados pelos governos, seja da França, dos EUA, da Inglaterra, e de tantos outros.

Toda a história começa com a tecnologia, e toda uma revolução começou a partir da tecnologia. A internet dá às pessoas esta troca de informações, mas na maioria das vezes esta informação nem mesmo é verdadeira. E nunca nada é checado, é tudo muito rápido, então parece que fomos tomados por esta tecnologia de maneira muito rápida, e eu não sei o que é a verdade. Será que as pessoas da Líbia querem mesmo uma revolução? Eles querem mesmo eliminar o Kadhaffi? Tem muita gente que gosta dele, e muita gente que não gosta, assim como muita gente gostava e muita gente não gostava de George Bush, quando ele era presidente.

Na sua opinião, por que os jornais precisam existir?

 
Talese – Porque, quando você lê um bom jornal, como eu faço, você chega a gastar duas horas lendo apenas um jornal. Quando eu leio um jornal eu leio tudo o que está na primeira página, tudo o que está na segunda página e assim por diante. Eu leio todas as 50 páginas do jornal, e eu leio sobre coisas que eu não sabia que estava interessado, e acho-as interessantes. Então eu leio sobre política, sobre o Afeganistão, a Líbia, sobre os shows da Brodway e sobre muitos outros assuntos. Quando eu leio, tenho uma noção desta grande variedade que existe na vida. Quando você lê um jornal pela internet, você lê apenas o que você está interessado. E você encontra o que quer, mas o que acontece é que a tecnologia foi desenvolvida para lhe dar o que você quer, sem gastar muito do seu tempo. Então, se você quiser saber alguma coisa sobre São Paulo, você coloca uma pergunta no Google e descobre tudo o que você quer saber. Mas não é como descobrir São Paulo, a partir de suas próprias experiências, e não há o que substitua isso. A tecnologia pode te dizer, em dois segundos, qual é a população de São Paulo, mas o que você sabe sobre a população de São Paulo com esta resposta? Nada. Você tem que realmente ir lá, tem que estar lá. O jornalismo que eu pratico é o de estar nos lugares. Você não pode apenas puxar um botão para estar lá, porque você não vê nada.
Fonte: Sul 21

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novas formas de mostrar a notícia

Mostrar a mesma notícia sob pontos de vista diferentes tem se revelado uma fórmula de sucesso. Especialmente em programas jornalísticos com um formato mais dinâmico, como é o caso do "A Liga", da Band e "Profissão Repórter", da Globo.

Se você ainda não conhece essa nova forma de mostrar a notícia, confira abaixo os programas que abordaram o tema de jovens e álcool.

A Liga!
"Quanto mais olhos vêem, mais podem enxergar"

Para contar uma história sob a perspectiva de quem a vive só há um jeito, ir ao encontro dela. Comum seria não interferir e normal, nada sentir, não vivenciar. Mas não é isso que querem os apresentadores do programa. Eles tocam na realidade, olham de perto. Ao Participarem de um mundo do qual nunca fizeram parte, a indiferença vai embora. A cada passo, o envolvimento do repórter - assim como a do telespectador - aumenta. Entram em cena a surpresa, a indignação, a reflexão e a opinião.







Profissão Repórter
"Os bastidores da notícia"

Caco Barcellos e sua equipe de jovens repórteres vão às ruas, juntos, para mostrar diferentes ângulos do mesmo fato, da mesma notícia. Cada repórter tem sempre uma missão, um desafio a cumprir. Será que eles vão conseguir? No Profissão Repórter, você acompanha tudo. Os desafios da reportagem. Os bastidores da notícia.




Fontes:
A Liga
Profissão Repórter

Para saber mais:
Programa novo, formato velho? por Observatório da Imprensa
A Liga é o melhor programa jornalístico por Garcia Plugado
Experimentando o telejornalismo por Intercom

segunda-feira, 9 de maio de 2011

[Entrevista] Nilson Lage: A sala de aula do mundo

Via Observatório da Imprensa

Nilson Lage é jornalista e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Começou em jornal 45 anos atrás, tem larga experiência de sala de aula e levou para a universidade o compromisso com o rigor factual (e conceitual) típico das melhores redações. É testemunha ocular das transformações da imprensa e jamais foi adepto, na academia ou fora dela, da abstenção ao bom debate. Participa amiúde de encontros, palestras, comissões, seminários, colóquios, conferências e ainda acompanha alunos em graduação e pós-graduação. De certo modo, pode-se dizer que Lage sempre deu a cara a tapa e tem exercido como poucos, e com arguta radicalidade, o exercício da crítica, da polêmica e da reflexão sobre a prática e os rumos do jornalismo no Brasil.

Os cursos de Jornalismo no Brasil sabem preparar os novos profissionais da mídia informativa? Outras perguntas, na mesma: os cursos de Jornalismo são mesmo necessários para formar um jornalista? Por quê?

Nilson Lage – Invertendo as questões: o jornalismo não era profissão de nível superior quando comecei a trabalhar, na década de 50. Havia três categorias de jornalistas: os competentes, que ou escreviam bem ou entendiam de produção gráfica, raramente as duas coisas; os que traziam anúncios ou tinham contatos políticos (entre esses os jovens da elite que não se adaptavam às profissões destinadas à sua classe); e, finalmente, os que faziam o trabalho mais pesado ou menos nobre, como saber o que se passava nas delegacias de polícia ou dar plantão nos hospitais. Os salários, para os jornalistas considerados necessários, costumavam ser complementados por empregos públicos, patrocinados pelas empresas e a que não se tinha de comparecer; os demais eram às vezes remunerados pelas fontes ou podiam arrumar outras receitas – participando, por exemplo, do rateio do dinheiro tomado pela polícia das prostitutas ou dos bicheiros.

É claro que a formação superior elevou o padrão ético, trouxe dignidade ao ofício e permitiu, senão maior brilho nos grandes momentos, pelo menos padrão mínimo de qualidade na produção rotineira. Está certamente relacionada à consciência de classe da categoria, que lutou por ela meio século.

Resta saber se qualquer formação superior serviria, como regra. Não creio. Primeiro, porque é jogar fora tempo e dinheiro. Um médico, entre a faculdade e a residência médica obrigatória, consome sete a oito anos de sua vida; se decidisse ser jornalista, gastaria mais um ou dois, no mínimo, até adquirir, da experiência e por autodidatismo, novos esquemas de pensamento e alguma proficiência – assim mesmo restrita aos impressos, ou ao rádio, ou à televisão, ou à internet. Sua formação básica (como médico) poderia ser útil apenas para uma porcentagem pequena de matérias e lhe traria, por outro lado, impedimentos éticos específicos: por exemplo, ao denunciar a desonestidade de um charlatão diplomado dirigindo-se não aos conselhos regionais de medicina, mas ao público em geral. Mesmo considerando que tal pessoa fosse empregada exclusivamente para cobrir o setor de saúde, e que habilmente se livrasse dos conflitos deontológicos, a maior exatidão técnica de seu texto teria que ser compensada por uma visão social e política que não é enfatizada nos cursos médicos.

Em minha opinião, apesar desse desperdício, deveria ser dada oportunidade de formação de jornalistas em cursos de pós-graduação, desde que contemplados os conteúdos técnicos e treinamento laboratorial. No entanto, nos países onde existe, esse canal de ingresso na profissão é mais procurado por executivos da área de comunicação do que por pessoas que ambicionam o salário de repórter, redator, repórter fotográfico etc.

Gostou? Leia a entrevista na íntegra

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dicas culturais do fim de semana

CINEMA



Cinco dias sem Nora [Cinco Días Sin Nora, México, 2008], de Mariana Chenillo (Filmes do Estação). Gênero: comédia. Elenco: Fernando Lujan, Enrque Arreola, Ari Brickman. Sinopse: Dentro de uma tradicional família judaica, antes de morrer a ciumenta e conservadora, Nora elabora um plano para que José, o marido, tenha que cuidar pessoalmente de todo o velório e fazer as rezas obrigatórias pela tradição religiosa - durante cinco dias. Duração: 92 min. Classificação: 12 anos. Rio de Janeiro




Como arrasar um coração [L’arnacoeur, França/Mônaco, 2010], de Pascal Chaumeil (Imovision). Gênero: comédia romântica. Elenco: Romain Duris, Vanessa Paradis, Julie Ferrier. Sinopse: Alex e sua irmã administram um negócio projetado para romper relações e são contratados por um homem rico para acabar com o casamento de sua filha. Duração: 105 min. Classificação: nd.




Não se pode viver sem amor [Brasil, 2010], de Jorge Durán (Pandora). Gênero: drama. Elenco: Cauã Reymond, Simone Spoladore, Ângelo Antonio. Sinopse: Gabriel chega ao Rio para encontrar seu pai, que o abandonou anos atrás. Ao lado da mãe, ele atravessa a cidade encontrando personagens em situações-limite. Duração: 100 min. Classificação: 14 anos.




Reencontrando a felicidade [Rabbit Hole, EUA, 2010], de John Cameron Mitchell (Paris). Gênero: drama. Elenco: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Sandra Oh. Sinopse: A vida de um casal feliz é virada de cabeça para baixo depois que seu filho morre em um acidente. Duração: 91 min. Classificação: nd.




Velozes & furiosos 5 [Fast Five, EUA, 2011], de Justin Lin (Universal). Gênero: ação. Elenco: Vin Diesel, Dwayne Johnson, Paul Walker. Sinopse: Novo filme da série Velozes e furiosos, com cenas filmadas no Rio de Janeiro. Abertura nos EUA: US$ 83,6 mihões (em 29/4/2011). Duração: 130 min. Classificação: nd.

Rio de Janeiro

SHOWS

Sandy - "Manuscrito"
7 de maio



Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$25 a R$140
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


Maria Rita
7 de maio



Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$35 a R$130
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


EXPOSIÇÕES

Roberto Cabot – Em busca do aleph
06 de maio a 26 de junho 2011

Pinturas, desenhos, mídia digital, esculturas, arquitetura e literatura ocupam parte do terceiro andar do museu. Apesar de não se considerar “um artista tecnológico”, Cabot lança mão da mídia digital e da internet para compor sua busca pelo aleph, que “na literatura de Jorge Luis Borges é um instante gigantesco, um objeto para o qual todo o espaço-tempo converge de forma visível em um único ponto de interseção e sem superposição: a simultaneidade total de tudo”.

Acesse a exposição em tempo real.

Local: Museu de Arte Moderna
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a sexta, das 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, das 12h às 19h
Classificação: Livre


Tatiana Grinberg – Placebo
9 abril a 5 junho de 2011

A instalação multisensorial inédita é composta por Placebo, um pequeno objeto com o qual se ouve falas pré-gravadas através da vibração óssea; Apertos, um grupo de objetos dispostos no chão que reagem à nossa presença emitindo sons e palavras; e Amasso um objeto que reage a nossa presença ativando um mecanismo cinético e capta o som ambiente transmitido para seu par. Anotações, desenhos e diagramas, feitos ao longo do projeto, também estarão expostos assim como a remontagem de alguns trabalhos que dialogam com a instalação.

Local: Museu de Arte Moderna
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a sexta, das 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, das 12h às 19h
Classificação: Livre

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Técnicas de reportagem

"O extraordinário progresso experimentado pelas técnicas de comunicação de 1970 para cá, representa para a humanidade uma conquista e um desafio. Conquista, na medida em que propicia possibilidades de difusão de conhecimentos e de informações numa escala antes inimaginável. Desafio, na medida em que o avanço tecnológico impõe uma séria revisão e reestruturação dos pressupostos teóricos de tudo que se entende por comunicação."

O livro Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística de Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari expõe regras básicas de reportagem. O enfoque é, sobretudo, descritivo, utilizando textos extraídos de jornais e revistas de nosso país. E está disponível para empréstimos e consultas na Biblioteca ESPM Rio.

O vídeo abaixo apresenta de forma divertida um formato padrão de reportagem televisiva. Não que essa seja a receita de bolo para uma boa reportagem, trata-se apenas de uma sátira bem humorada sobre o assunto.



Navegando pelos blogs da rede, encontrei o do jornalista Luka Ribeiro onde ele esclarece algumas dúvidas sobre técnicas utilizadas em reportagens:

Repórter
É quem faz a matéria junto com uma equipe de externa (repórter cinematográfico e auxiliar) Não existe telejornal sem a equipe. A função do repórter é produzir a matéria. Deve preocupar-se com texto e imagem, deve casar as entrevistas com as informações disponíveis no texto, deve também preocupar-se com postura, voz e aparência, deve dividir todas as informações com a equipe para que todos saibam o objetivo da matéria.

Matéria: O mesmo que reportagem. É o que é publicado no veículo de comunicação.

Matéria bruta: fita não editada.

Retranca: Identificação da matéria. É o nome que a reportagem tem. É usado apenas internamente e destaca apenas duas palavras do VT (Ex: INFLAÇÃO/COMÉRCIO).

Cabeça da matéria ou cabeça do vt: É o lide da matéria. Quem lê é sempre o apresentador que introduz o assunto da matéria feita pelo repórter.

Stand-up: Quando o repórter faz uma gravação no local do acontecimento para transmitir informações do fato. É usado quando a notícia que o repórter tem que dar é tão importante que, mesmo sem imagem, vale a pena.

O relatório de reportagem deve ter:

Cabeça: Sempre rascunhe uma cabeça para a matéria. A primeira frase quase sempre é uma manchete, uma frase afirmativa. A segunda explica a afirmação e introduz o assunto.

Off: Texto feito pelo repórter com base nas imagens oferecidas pela equipe de reportagem.

Passagem: É o momento que o repórter aparece na matéria. É ela que dá credibilidade ao que está sendo veiculado. A passagem pode ser usada para descrever algo que não temos imagem, destacar uma informação dentre outras, unirem duas situações, destacar um entrevistado ou criar uma passagem participativa.

Atenção!
Coloque o microfone a um palmo da boca. O repórter pode gesticular com mãos na passagem, mas entre um gesto e outro deve intercalar com posições neutras.

Sonoras: São as entrevistas gravadas e para fazê-las é preciso, antes de tudo, tirar todas as dúvidas com o entrevistado. Fique alerta, pois neste momento o repórter cinematográfico irá gravar as imagens da entrevista e logo após o contra-plano (imagem do repórter fazendo perguntas para o entrevistado).
Grave na fita o nome do entrevistado e o cargo que ocupa. O repórter de televisão deve, sempre que possível, obter do entrevistado respostas curtas. Nos telejornais uma sonora com mais de trinta segundos é considerada longa.

Passagem: Gravação feita pelo repórter no local do acontecimento, com informações a serem usadas no meio da matéria. É o momento em que o repórter aparece na matéria para destacar um aspecto da matéria.

Som ambiente: Diversos sons colhidos no momento da gravação da matéria. São buzinas, chuva, execução de sentença, torcedores gritando o nome do time, informações de áudio que vão ajudar no fechamento da matéria.

Teaser: Depois de concluída a gravação da matéria faça o teaser. Este formato de notícia é uma manchete gravada pelo próprio repórter que será inserida na escalada.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Assessoria de imprensa: gerando informação para sua empresa

O assessor de imprensa é o profissional responsável por fazer a ponte entre a empresa e um veículo de comunicação. Ele não vende matérias a um jornal, tampouco coordena campanhas de marketing ou publicidade, embora as delimitações entre as profissões têm diminuído e algumas funções possam se mesclar.

Para que o trabalho tenha sucesso, é preciso que a assessoria tenha conhecimento total do cliente que está atendendo, seja uma pessoa, um evento, um produto, um serviço ou uma organização inteira. Também é fundamental conhecer os objetivos de cada um e que público pretendem atingir. Os profissionais da assessoria transformam a informação em notícia. Para isso precisam saber identificar o que é notícia no dia-a-dia de seu cliente e fazer com que ela chegue ao grande público. A assessoria de imprensa não paga pelo espaço conseguido nos meios de comunicação. Existe uma relação de trabalho e confiança entre os profissionais da assessoria e os colegas da imprensa, que avaliam se a sugestão de pauta ou nota é interessante para o veículo e seu público.

Glossário:

Press release - é como algumas pessoas chamam o material que chega à imprensa produzido por jornalistas de assessorias. Geralmente contém informações básicas sobre o que deve ser noticiado: o quê, quando, onde, por quê. Atualmente o termo caiu um pouco em desuso, já que muitas empresas de assessoria enviam matérias completas para os veículos. Usa-se também o termo sugestão de pauta.

Press kit - é o nome dado ao material distribuído aos jornalistas em uma ocasião especial, como uma coletiva com a imprensa, lançamento de um produto ou serviço ou em um evento. É também o material produzido para os clientes como divulgação de seu negócio. Geralmente contém o perfil institucional do cliente, gráficos, fotografias e outros materiais que possam servir como subsídio para matérias.

Clipagem ou Clipping - É a catalogação de tudo o que foi publicado na imprensa sobre o cliente. Pode ser feita com o material publicado nos veículos impressos ou eletrônicos. No primeiro caso, a assessoria faz diariamente a leitura dos jornais, revistas e sites de interesse e entrega uma reprodução periódica ao cliente. Algumas empresas contam com serviços de clipagem de rádio e televisão, gravando várias emissoras e selecionando depois as notícias de interesse.

Veja como é o perfil do assessor de imprensa para Carina Almeida, sócia-diretora da Textual:



Assessoria de imprensa, o que é e como funciona?


Fontes:
Primeira Via
Peixe Fresco

terça-feira, 3 de maio de 2011

Jornalismo investigativo

Dá-se o nome de Jornalismo Investigativo, à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção que podem eventualmente virar notícia. O jargão jornalístico para notícias publicadas em primeira mão é “furo”(quando uma equipe de repórteres e editores consegue apurar uma notícia, um fato ou um dado qualquer e publica esta informação sem que os veículos concorrentes tenham acesso a ela), que é muitas vezes fruto do trabalho do jornalismo investigativo.

O Jornalismo Investigativo distingue-se por divulgar informações sobre más condutas que afetam o interesse público, reconstruir acontecimentos importantes, expor injustiças, desmascarar fraudes, divulgar o que os poderes públicos querem ocultar e mostrar como funcionam esses órgãos públicos. Essas denúncias resultam do trabalho dos repórteres, e não de informações vazadas para as redações. E não se pode esquecer que o jornalismo investigativo normalmente é realizado por um repórter que trabalha sozinho. O profissional deixa a sua rotina diária para trabalhar em apenas uma matéria. É como se fosse uma “profissão perigo” temporária, claro, é necessário que ele próprio seja o editor, para evitar cortes de trechos importantes de sua matéria.

Outro fator muito importante para o jornalismo investigativo são as fontes. Não necessariamente precisa ser uma pessoa, mas também podem ser as informações públicas, os relatórios públicos, etc. Essas fontes podem também ser oficiais, regulares, ocasionais ou acidentais, documentação originais e secundárias, arquivos oficiais e privados. O repórter jamais pode desprezar qualquer tipo de fonte, principalmente no jornalismo investigativo. E não somente desprezar como também conservar essas fontes.

Assista abaixo depoimentos de especialistas no vídeo "Jornalismo Investigativo: a saga de uma reportagem", onde eles explicam melhor como se dá esse processo de jornalismo investigativo.





Conheça os limites legais para se fazer jornalismo investigativo:



Fontes:
O que é jornalismo investigativo? por Jornalismo Comparativo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Newsletter, spam ou marketing digital?

Você é daqueles que pensa que Newsletter é sinônimo de Spam? Então dê uma olhada no artigo a seguir e saiba como uma empresa pode ainda utilizar esse recurso como uma ferramenta de marketing digital.

O e-mail newsletter pode parecer arcaico em comparação com as novas mídias como o Twitter e o Facebook. No entanto, e-mail continua sendo um dos meios mais eficazes de relacionamento com clientes e vendas. “A maioria das pessoas olham para tudo em sua caixa de entrada, mesmo se é apenas linha de assunto”, diz Stefan Tornquist, o diretor de pesquisa dos EUA da Econsultancy, uma empresa londrina especializada em pesquisa de marketing on-line. “Isso não é o mesmo de um feed do Twitter.” Na verdade, newsletters, e-mail e têm experimentado um boom recente, com empresas como a Thrillist e Groupon aproveitando em grande parte da força de suas listas.

As pessoas precisam de um bom motivo para adicionar mais um e-mail para suas caixas já transbordando. Isso faz o formulário do sign-up quase tão importante como o newsletter propriamente dito. Indicar claramente quais os benefícios que os assinantes podem esperar, tais como descontos exclusivos ou dicas indústria privilegiada. Apenas certifique-se o incentivo para se inscrever é intimamente ligada ao seu negócio. “Você não deve sortear um iPad, porque as pessoas que se inscreverem, provavelmente, só se preocupam com o IPAD, e não da sua empresa”, diz Gail Goodman, diretor executivo da Constant Contact, uma empresa de Waltham, Massachusetts.

Certifique-se de incluir bastante espaço em branco para que cada elemento da sua newsletter seja fácil de encontrar, diz Tornquist. Outra dica de design: Se você incluir as imagens no seu boletim informativo, tenha em mente que muitas pessoas lêem e-mail com gráficos desligado. Se seu e-mail é composto de gráficos grandes, os leitores vão ver o espaço em branco. “Eu já vi e-mails em que a primeira coisa que você vê é a mensagem ‘cancelar’, o que não é bom”, diz Popick. “Certifique-se que há uma mistura de texto e imagens.”

Para atender aos interesses dos assinantes, você precisa saber mais sobre eles do que os seus endereços de e-mail. Mas dê um passo de cada vez. Se o formulário assinatura da newsletter inclui muitas perguntas, os visitantes serão menos propensos a se inscrever. Em vez disso, enviam novos assinantes uma nota rápida poucos dias após se inscrever. Mark Hurst, fundador da Creative Good, uma empresa de consultoria New York City, envia novos assinantes um e-mail que pergunta sobre suas carreiras e interesses. Goodman recomenda levantamento da lista de assinantes todo uma vez por ano para obter feedback sobre o conteúdo.

Se os leitores têm interesses divergentes, divida sua lista de endereços em segmentos-alvo e envie as variações do boletim para cada grupo. Algumas empresas também utilizam os dados do cliente, tais itens como recentemente visto ou comprado, para criar itens de marketing personalizado. Por exemplo, depois de reservar uma viagem de caiaque, um site de viagens com sede em Norwalk, Connecticut, a empresa envia um e-mail com um resumo de negócios em hotéis, aluguel de carros e outros serviços na cidade de destino.

Sem uma linha de assunto chamando a atenção, os assinantes não pode abrir seu e-mail. Escolha um sucinto, uma frase específica que destaque a informação mais importante no boletim. Mais assinantes abrirão um e-mail intitulado Descontos de 20% do que um título como Newsletter de Março.

Se você já publica um blog, não há necessidade de criar ainda mais conteúdo para o seu boletim. “Ter um boletim informativo em separado, um outro blog, é quase um exagero”, diz Popick. Na verdade, uma newsletter é uma ótima maneira de direcionar o tráfego para o seu blog e seu conteúdo de mídia social. Publique trechos de seus posts, com links para o conteúdo completo. Alguns serviços de e-mail marketing oferecem ferramentas que permitem compartilhem partes do email com os seus seguidores no Twitter e Facebook.

Leia o artigo completo no Jornal Empreendedor