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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A escravidão que fingimos não ver

Por Ju Almstadter para JuAlms Fotografia

"Lisa Kristine pôs o dedo na ferida de forma extraordinária: documentando a escravidão moderna, aquela que fingimos não saber que existe. A ativista está há 28 anos retratando culturas indígenas ao redor do mundo, mas foi em 2009 que ‘acordou’ para o problema da escravidão dos nossos dias. A estimativa de que existem mais de 27 milhões de pessoas escravizadas e a sua falta de conhecimento sobre o tema a envergonhavam. Assim começou sua jornada, que acabou em Modern Day Slavery, uma série cativante e ao mesmo tempo dolorosa. Seja um mineiro no Congo ou um trabalhador de olaria no Nepal, a escravidão existe e tem rostos. Lisa foi conhecê-los."





















sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 3 a 5 de agosto

CINEMA



31 minutos – O filme [Brasil, 2012], de Álvaro Díaz e Pedro Peirano (H2O Films/RioFilme). Gênero: infantil. Vozes: Mariana Ximenes, Daniel de Oliveira, Marcio Garcia. Sinopse: Juanín Juan Harry, o último de sua espécie, produtor do excêntrico noticiário “31 Minutos”, tem de fugir dos ataques de Cachirula, uma colecionadora de animais. Duração: 85 min. Classificação: livre.




Amor em pedaços [Puzzled Love, Espanha, 2011], de vários diretores (Art Films/Serendip Filmes). Gênero: romance. Elenco: Marcel Borras, Saras Gil e Artur Busquets Sinopse: 13 cineastas iniciantes narram episódios da história de amor entre dois estudantes em intercâmbio estudantil. Em um ano, Sun e Lucas terão que voltar a seus respectivos países, de modo que seu amor tem uma data de vencimento. Duração: 82 min. Classificação: 16 anos.




Ato de coragem [Act of Valor, EUA, 2012], de Mike McCoy e Scott Waugh (Imagem). Gênero: ação. Elenco: Alexander Asefa, Jeffrey Barnachea, Kenny Calderon. Sinopse: Equipe de fuzileiros norte-americanos embarca em missão secreta para resgatar agente da CIA sequestrado. Abertura nos EUA: US$ 24,5 milhões. Dif. (segundo fim de semana): -44.5% Acumulado nos EUA: US$ 68,7 milhões. Duração: 110 min. Classificação: 16 anos.




Bel Ami – O sedutor [Bel Ami, Reino Unido/Fraça/Itália, 2012], de Declan Donnellan (California). Gênero: drama. Elenco: Robert Pattinson, Christina Ricci, Uma Thurman, Kristin Scott Thomas. Sinopse: A história de um jovem que, ao manipular a mulher mais rica e influente de Paris, chega ao poder. Abertura nos EUA: US$ 38 mil (em 08/06/2012). Dif. (segundo fim de semana): -56.3%. Acumulado nos EUA: US$ 72,8 mil.Duração: 102 minutos. Classificação: 14 anos.




Juntos para sempre [Juntos para siempre, Argentina, 2011], de Pablo Solarz (Esfera). Gênero: comédia. Elenco: Malena Solda, Peto Menahem, Florência Pena, Mirna Busnelli. Sinopse: Os conflitos entre um roteirista obcecado com seu trabalho e suas relações amorosas. Duração: 98 min.




Katy Perry: Part of Me [EUA, 2012], de Dan Cutforth e Jane Lipsitz (Paramount). Gênero: documentário. Elenco: Katy Perry. Sinopse: O filme mistura videos pessoais da cantora e apresentações. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 7,1 milhões (em 6/07/2012). Dif. (segundo fim de semana): 69,8%. Acumulado nos EUA: US$ 24,1 milhões. Duração: 105 min. Classificação: livre.




Quanto mais quente melhor [Some Like It Hot, EUA, 1959], de Billy Wilder (Pandora). Gênero: comédia. Elenco: Marilyn Monroe, Jack Lemmon, Tony Curtis, Pat O’Brien, George Raft. Sinopse: Relançamento em comemoração aos 50 anos da morte de Marilyn Monroe. Dois músicos se disfarçam de mulheres para fugir da máfia de Chicago e acabam entrando para uma orquestra feminina. Duração: 119 min. Classificação: Livre.




O que esperar quando você está esperando [What To Expect When You’re Expecting, EUA, 2012], de Kirk Jones (Universal). Gênero: comédia. Elenco: Cameron Diaz, Jennifer Lopez, Rodrigo Santoro, Dennis Quaid. Sinopse: Um olhar na vida de quatro casais que estão se preparando para a chegada do primeiro filho. Abertura nos EUA: US$ 10,5 milhões (em 18/05/2012). Dif. (segundo fim de semana): -32.6%. Acumulado nos EUA: US$ 41,1 milhões. Duração: 110 min. Classificação: 12 anos.




Sagrado segredo [Brasil, 2009], de André Luiz Oliveira (Polifilmes/Asacine). Gênero: documentário. Sinopse: Cineasta protagonista do próprio documentário busca o encontro da arte com a fé, através da manifestação popular mais eloquente de Brasília, a Via Sacra de Planaltina. Duração: 75 min. Classificação: livre.




Vou rifar meu coração [Brasil, 2011], de Ana Rieper (Vitrine). Gênero: documentário. Elenco: Wando, Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Odair José, Lindomar Castilho, Nelson Ned. Sinopse: O imaginário afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música popular romântica. Duração: 78 min. Classificação: 12 anos.


Rio de Janeiro


SHOW

Circuito Cultural Banco do Brasil
até 4 de agosto





Maria Bethânia e Lulu Santos mostram suas versões para músicas de Chico Buarque, Roberto e Erasmo Carlos respectivamente, na série de shows Circuito Cultural Banco do Brasil, que já passou por várias cidades brasileiras e chega ao Rio no fim de semana de 03 a 04 de agosto.

Os clientes Ourocard podem efetuar a compra com 50% de desconte pelo telefone 4003-1212; no site; e na bilheteria da casa (seg a sáb, do meio-dia às 21h. Dom e feriados, do meio-dia às 20h). O público em geral poderá comprar seus ingressos a partir do dia 24 de julho, terça-feira, seguindo o mesmo critério.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$60 a R$140
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


TEATRO

A Partilha
até 30 de agosto de 2012



Depois de duas décadas fora do circuito, o estrondoso sucesso de Miguel Falabella reestreia hoje no Teatro Casa Grande, com as atrizes Suzana Vieira, Arlete Salles, Thereza Piffer e Patricya Travassos (no lugar de Natália do Vale) em cena. Em cena, quatro irmãs se reencontram no velório da mãe e repassam duas próprias histórias a partir do fatídico episódio.

Local: Oi Casa Grande
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, às 21h | Sexta e Sábado, às 21h30 | Domingo, às 19h
Duração: 60 min.
Preço: Os ingressos variam de R$40 a R$100
Classificação: 12 anos


EXPOSIÇÃO

Museu Histórico Nacional - 90 anos de histórias
até 14 de outubro de 2012



Em cartaz até 14 de outubro, a exposição revela a trajetória da instituição, criada em 02 de agosto de 1922 pelo Presidente Epitácio Pessoa, no âmbito da Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. Dividida em módulos temáticos, a exposição apresenta 350 peças representativas do acervo do museu, incluindo a primeira peça incorporada à coleção - uma casaca de Senador da época do Imperador D. Pedro II - e a mais recente, um uniforme de gari doado pela Comlurb.

Através da exposição, o visitante tem a oportunidade de conhecer melhor a trajetória do MHN: a formação do acervo, que hoje reúne cerca de 350 mil itens, e as iniciativas pioneiras, como a criação da primeira escola de museologia do pais e do primeiro serviço federal de proteção ao patrimônio nacional.

Com o apoio do DOCPRO, o público tem acesso ainda à Biblioteca Virtual do MHN, com todas as publicações editadas pelo Museu.

Ao longo da exposição, recursos multimídia apresentam fotografias da evolução do conjunto arquitetônico que abriga o MHN, dos circuitos de exposições de longa duração, dos funcionários que atuaram no Museu ao longo desses noventa anos e cartazes de exposições, entre outros temas.

Local: Museu Histórico Nacional
Endereço Praça Marechal Âncora, s/nº - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h.
Preço: R$ 8,00 (Aos domingos, a entrada é franca)
Classificação: Livre

quinta-feira, 5 de julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Bumba Meu Boi Bumbá



Brincadeiras de boi estão entre as expressões populares mais difundidas no Brasil. De norte a sul do país encontramos festejos envolvendo a figura de um boi em representações musicais e dramáticas exuberantes, cujos nomes e períodos de realização variam de acordo com a localidade.

No Maranhão, o bumba-meu-boi é a principal atração dos festejos juninos, estando fortemente ligado ao ciclo de homenagens aos santos Antônio, João, Pedro e Marçal. Em muitos casos, é realizado como pagamento de promessas feitas a São João, que se torna padroeiro da brincadeira.

Os brincantes – em geral músicos, bailantes, cantadores, cômicos, aos quais podem se juntar outros – se organizam, cantam, dançam e representam tramas em torno de um boi – armação de madeira coberta por tecido bordado sob a qual um “miolo” faz evoluções, dando vida ao personagem.

A brincadeira se prolonga por um extenso ciclo festivo, que pode levar meses na realização de ensaios, batizado, apresentações públicas e a morte do boi. As formas de festejar são várias, associadas a regiões e tradições culturais específicas que resultam na pluralidade de estilos ou sotaques que caracteriza o bumba-meu-boi maranhense, entre os quais os mais conhecidos são os sotaques de matraca, zabumba, baixada, orquestra e costa-de-mão.



Fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mulheres no Ensino Superior



O Censo da Educação Superior 2009 traz, pela primeira vez, informações individualizadas dos alunos do ensino superior do país. Os dados foram divulgados no dia 13/01/2011 pelo Ministerio da Educação. Até 2008, havia dados apenas sobre as matrículas.

Os novos dados mostram que o predomínio é de alunos do sexo feminino de 21 anos. A forma de ingresso mais comum é o vestibular aos 19 anos. A idade mais frequente para a conclusão ocorre aos 23 anos. A maioria estuda em escola privada e faz bacharelado. Nos cursos a distância, a maioria é do sexo feminino, tem 28 anos e faz licenciatura.

De acordo com o Censo 2009, as 2.314 instituições de ensino superior do país registraram 5,95 milhões de matrículas em 28.671 cursos de graduação, presenciais e a distância. No total, houve 6,9 milhões de inscrições para esses cursos e um total de 2,06 milhões de ingressos. Os concluintes foram 959 mil.

“A evolução dos números educação brasileira tem sido satisfatórios. Nós estamos formando quase 1 milhão de brasileiros ao ano na educação superior, o que é o dobro do que era em 2002. Tem havido uma evolução. E o mais importante disso é que a evolução está sendo feita com qualidade. Nós queremos que a expansão continue, mas continue parametrizada pelos indicadores de qualidade", disse o ministro Fernando Haddad.

Das 2.314 instituições de ensino superior no país, 710 usaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como uma das formas de ingresso. Desse total, 541 adotaram o exame como forma de seleção para mais da metade dos ingressos.

Na graduação presencial, das instituições públicas, 36.294 estudantes entraram por programa de reserva de vagas, 69% por terem estudado em escola pública e 25% por identidade “étnica”. Os portadores de deficiência são apenas 0,34% do total, 20.019 estudantes.

De cada dez matriculados nas instituições privadas, três têm bolsa de estudo. Do total de bolsistas, 82,5% são de programas reembolsáveis, como o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e 17,5% não reembolsáveis, como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

A Região Sudeste teve o maior aumento no número de instituições de ensino superior de 2008 para 2009, mostra o Censo. O crescimento foi de 21 escolas, passando de 1.069 para 1.090. O Sudeste teve a maior perda de 2007 para 2008, com 26 escolas a menos.

No geral, o Brasil registrou aumento de 2,68% no total de instituições, indo de 2.252 para 2.314. As instituições privadas passaram de 2.106 para 2.069 e as públicas foram de 236 para 245. Nordeste e Sul seguem o Sudeste no registro de maiores incrementos no número de escolas, com 16 novas instituições cada. O Sul tinha 370 e foi para 386. O Nordeste tinha 432 e passou para 448. O Norte registrou oito novas escolas, passando de 139 para 147. A Região Centro-Oeste registrou apenas uma nova escola, incremento de 0,41%, ficando com 243.

De 2007 para 2008, o país havia registrado queda de 1,27% no número de instituições, passando de 2.281 para 2.252. O Norte havia registrado perda de uma instituição. O Nordeste já havia registrado incremento de 2,37%, com dez novas instituições. Sul havia registrado queda de 1,33%, perdendo cinco escolas. No mesmo período, o Centro-Oeste registrou perda de sete instituições.

Fonte: G1

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Identidade da Marca e o Perfil do Consumidor

Por André Kaercher para o Administradores

Marcas existem há séculos. Desde o Egito Antigo, os fabricantes de tijolos colocavam símbolos em seus produtos para identificá-los. Na Europa Medieval, as associações de comércio usavam marca para assegurar ao consumidor uma qualidade consis-tente e obter proteção legal para o fabricante. Só no século XVIII, o conceito de "marca" evoluiu. Os nomes e gravuras de animais, lugares, origens e pessoas famosas assumiram, em várias situações, os nomes de produtores. O novo propósito era o de associar a marca ao nome do produto. Fabricantes desejavam tornar tanto o produto como a marca, mais fáceis de lembrar, diferenciando-os da concorrência Segundo Mauro Calixta Tavares: “As empresas começaram a investir maciçamente em propagandas para que sua marca permanecesse fixada nas mentes dos consumidores. A partir deste período, pode-se constatar o predomínio de nomes com enfoques mercadológicos muitos deles existem até hoje: Maizena, Nescafé, Toddy, Coca-Cola, Gessy, Mesbla, marcaram esta época com suas propagandas”. Em tempos de competitividade acirrada e excesso de similaridade entre empresas, produtos e serviços, e que caracteriza a necessidade de se buscar representar "algo mais" onde todo o resto é igual, o marketing de relacionamento confirma-se como forte tendência na busca por vantagens competitivas. Pela lógica, o marketing de relacionamento visa a criação de vínculo comercial e a manutenção de relacionamento através de mecanismos e recursos que favorecem a aproximação empresa-cliente, e a interação e articulação entre estes. Segundo Porter “O Marketing de Relacionamento atua como um proxy na diferenciação dos produtos. E qualquer executivo criativo de marketing poderá imaginar atratividade e facilidade que estimulem o cliente ou o consumidor a buscar sua marca em vez da marca concorrente”. Não é por acaso que alguém expressa seu sentimento com relação a uma empresa dizendo coisas como "Eu amo esta marca" ou "Eu conheço esta marca" ou, ainda, "Esta marca é perfeita para mim". Isto vem de um processo que inicia quando entendemos que relacionamento é algo que se estabelece entre pessoas, marcas e, também, da imagem que fazemos de determinado profissional. Para Marcos Cobra “A imagem da marca de um produto ou a imagem da marca para uma organização como um todo constitui-se na atualidade em importante alavanca de negócios, pois a imagem positiva da marca do fabricante acaba transferindo credibilidade e boa vontade do consumidor em relação a seus produtos”. Quanto mais um cliente percebe que a empresa sabe reconhecer suas necessidades, e lhe entrega produtos e serviços compatíveis com seu perfil e características, mais o cliente dá informações a seu respeito. E quanto mais informações a empresa dispõe, maior é sua capacidade de identificar e privilegiar seus clientes mais “alinhados” com seu público-alvo. Isto permite transformar não-cliente em cliente, permite elevar o tíquete médio (valor global de cada compra), aumentar a freqüência de compras, reduzir os pedidos de cancelamento (arrependimento) e, enfim, fazer com que um número maior de clientes seja mais rentável pelo maior período possível. Mas para isto, toda a Organização - seus colaboradores, em todos os níveis! - devem possuir um elevado grau de comprometimento com os clientes e com os serviços oferecidos, onde a busca da qualidade e da solução do “problema” do cliente deve ser um objetivo ou desafio coletivo. Também se deve pesquisar continuamente as necessidades dos consumidores, adotando-se a premissa de que o significado do sucesso é a lealdade do cliente, são as vendas repetidas, as indicações e recomendações. Além disto, o marketing de relacionamento permite oferecer um motivo concreto para o consumidor “preferir” determinada marca em prejuízo às demais. E com a vantagem (para quem o faz) de se poder monitorar o resultado financeiro e mercadológico de todo e qualquer esforço alocado. Em suma, fazer marketing de relacionamento é saber que o poder está nas mãos do consumidor, percebendo-se que, ou reconhecemos essa força e “entregamos” ao cliente aquilo que este realmente deseja, ou teremos poucas chances de vencer os desafios impostos pela competitividade do mercado, pois a concorrência é voraz o bastante para atendê-los na esperança de aproveitá-los de nós.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O que determina a influência no Twitter?

Por Ricardo de Paula

As mídias sociais são consideradas uma revolução na comunicação, isso devido ao fato de serem democráticas. Qualquer um com acesso a internet pode utilizar essas mídias e influenciar pessoas o que qualifica o marketing em mídias sociais como uma forma de boca a boca ou marketing viral. Nesse novo cenário, os modelos mercadológicos tradicionais perderam seu valor, os consumidores deixaram de ser uma estatística e passaram a ser indivíduos com preferências e atitudes.

A mídia social é o local onde se encontra um novo tipo de consumidor, que possui um papel mais ativo. É o espaço onde não só as grandes empresas têm o poder de criar conteúdo e formar opiniões, mas sim, dividem essas funções com os indivíduos presentes nesses ambientes online, onde todas as ações geradas pelas marcas são necessariamente complementadas pelas ações geradas pelos usuários, ou seja, não há controle das conversações mas é possível influenciá-las.

Os influenciadores nas mídias sociais fazem parte de uma meio onde não existem posições formais e as posições estabelecidas devem ser consolidadas diariamente, afinal as pessoas precisam de um motivo para segui-lo, caso esse motivo deixe de existir existem milhões de pessoas que estão somente a um clique de distância.

Nesse ecossistema as pessoas são vistas de acordo com o valor agregado de suas ações e mensagens, não se trata apenas de números. Muitos usuários do Twitter possuem inúmeros seguidores, porém, são poucos que conseguem ser retweetados de maneira significativa. Por outro lado existem aqueles que conseguem realmente prender a atenção das pessoas, como é o caso do @revrunwisdom, que é provavelmente uma das pessoas mais influentes do Twitter, isso devido ao fato de ele ser o usuário mais retweetado de todos os tempos. Por que ele é tão influente? O que faz as pessoas serem multiplicadoras e difusoras espontâneas de suas informações? Como podemos definir e reconhecer quem são os influenciadores nesse meio? Um grande número de seguidores não se converte em influência? Por que? Está aberta a discussão.

Fonte: Mídias Sociais

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Carnaval, um conceito antropológico


O carnaval está se aproximando, podemos ver que muitos blocos e ensaios já começaram. Hoje vamos refletir o carnaval do ponto-de-vista antropológico. Para começar, Tatiana Xerez relata um pouco da origem do carnaval.

O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.

Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.

Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles...

"Maria Isaura encaminha sua crítica à concepcão de que o carnaval é uma festa onde as desigualdades desaparecem, momento em que a sociedade se "transforma" e em que os valores e posições sociais se invertem. Seu interlocutor principal é, então, Roberto Da Matta, que discute amplamente esta questão no trabalho já clássico sobre o carnaval brasileiro "Carnavais, Malandros e Heróis". Tendo já demonstrado que a inversão nunca aconteceu no passado no nível vivido, a autora mostra de modo cuidadoso e detalhado que ela continua não acontecendo realmente. Para isso estuda os carnavais das escolas de samba (a "guerra entre as escolas, suas relações com os bicheiros, a participação das classes mais altas no desfile etc), os carnavais de rua (com a formação de grupos que têm como referência as redes de sociabilidade pré-estabelecidas em outras esferas da vida dos indivíduos e as relações destes com os patrocinadores interessados na promoção do turismo) e os carnavais de salão (onde existe uma clara divisão social dos espaços, prevalece o machismo, busca-se a projeção através da auto-promoção, fomentada pelas redes de televisão e revistas etc.) apontando inclusive a presen;ca ostensiva, em todos eles, da polícia, garantia da manutenção da ordem." (Rita Amaral.A festa como objeto e como conceito)

"Penso que o carnaval é basicamente uma inversão do mundo. Uma catástrofe. Só que uma reviravolta positiva, esperada, planificada e, por tudo isso, vista como desejada e necessária em nosso mundo social. Nele, conforme sabemos, trocamos a noite pelo dia; ou, o que é ainda mais inverossímil: fazemos uma noite em pleno dia, substituindo os movimentos da rotina diária pela dança e pelas harmonias dos movimentos coletivos que desfilam num conjunto ritmado, como uma coletividade indestrutível e corporificada na música e no canto." (Roberto da Matta)

Saiba mais: História do carnaval
Carnavais, Malandros e Heróis, de Roberto da Matta
O temporário e o permanente por Simon Schwartzman

Fontes: Estrela Guia; Água Forte