sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 28 a 30 de junho de 2013

CINEMA



Os amantes passageiros [Los amantes pasajeros, Espanha, 2013], de Pedro Almodóvar (Paris). Gênero: comédia. Elenco: Javier Cámara, Antonio de la Torre. Sinopse: Grupo de personagens vive uma situação de risco em um voo para a Cidade do México. O desespero diante da situação causa uma catarse generalizada, mas ela passa a ser a melhor ideia para esquecer o perigo iminente. Duração: 89 min.




Augustine [França, 2012], de Alice Winocour (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Vicent Lindon, Stéphanie Sokolinski, Chiara Mastroianni. Sinopse: Professor deseja estudar uma doença misteriosa, a histeria, e pega a jovem Augustine como cobaia. Duração: 102 minutos. Classificação: 10 anos.




A espuma dos dias [L’ecume dês jours, França, 2013], de Michel Gondry (Pandora). Gênero: drama. Elenco: Audrey Tatou, Omar Sy, Romains Duris, Gad Elmaleh. Sinopse: Chloë sofre de uma doença incomum, causada por uma flor que cresce em seus pulmões.




A filha do meu melhor amigo [The Oranges, EUA, 2011], de Julian Farino (Europa). Gênero: comédia. Elenco: Leighton Meester, Hugh Laurie, Adam Brody, Catherine Keener. Sinopse: A amizade das famílias Ostroff e Walling é posta a prova quando a filha dos Ostroff se envolve com David, chefe da família Walling. Duração: 90 min.




Guerra Mundial Z [World War Z, EUA, 2012], de Marc Forster (Paramount). Gênero: ação. Elenco: Brad Pitt, Brian Cranston, Mireille Enos. Sinopse: Dez anos depois dos estranhos acontecimentos, um representante da ONU escreve um relato, com entrevistas de sobreviventes, sobre a guerra contra os zumbis. Com exibição em 3D.




Tabu [Brasil/Portugal/Alemanha/França, 2012], de Miguel Gomes (Espaço Filmes). Gênero: drama. Elenco: Teresa Madruga, Laura Soveral, Ana Moreira, Henrique Espírito. Sinopse: Uma idosa temperamental, uma empregada cabo-verdiana e uma vizinha dedicada a causas sociais partilham o mesmo andar em um prédio em Lisboa. Quando a primeira morre, as outras duas passam a conhecer um episódio do seu passado. Duração: 110 min.




Todo mundo em pânico 5 [Scary Movie 5, EUA, 2013], de Malcom D. Lee (Imagem). Gênero: Comédia. Elenco: Sarah Hyland, Ashley Tisdale, Lindsay Lohan, Charlie Sheen, Mike Tyson. Sinopse: Quinta parte da série de paródias Todo mundo em pânico. Abertura nos EUA: US$ 14,1 milhões (em 12/04/2013). Dif. (segundo fim de semana): -56,6%. Acumulado nos EUA: US$ 31,2 milhões.



Rio de Janeiro

SHOW

Baby do Brasil
29 de junho



A cantora sobe no palco da Miranda com o show “Baby sucessos”, com o qual celebra seus 60 anos de vida e, como o nome sugere, lembra alguns dos incontáveis hits de sua carreira. Dirigida por seu filho, o guitarrista Pedro Baby, que também toca com ela, a apresentação inclui canções como “Cósmica”, “Tudo azul”, “Menino do Rio” e sucessos do quarentão álbum “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos, onde a então Baby Consuelo começou.

Local: Miranda
Endereço: Avenida Borges de Medeiros 1424, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$80 a R$180
Classificação: 18 anos.



TEATRO

O que você mentir eu acredito
até 29 de junho de 2013



Contos de Caio Fernando Abreu servem de base à peça, com Armando Babaioff e Betina Viany no elenco, sobre as desventuras do homem contemporâneo. O espetáculo tenta refletir sobre a solidão e a incomunicabilidade em plena era da comunicação.

Local: Teatro Sesi
Endereço: Av. Graça Aranha, 1 – Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: qui, sex e sáb às 19:30
Duração: 90 min.
Preço: R$ 40
Classificação: Livre



EXPOSIÇÃO

Antanas Sutkus: um olhar livre
de 25 de junho a 21 de julho de 2013



Renomado fotógrafo da antiga União Soviética, Antanas Sutkus ganha mostra com cem imagens em preto e branco, que registram pessoas simples, sua vida cotidiana e a expressão particular destas. Nascido na Lituânia, começou a fotografar construindo toda sua obra durante o regime comunista e seu trabalho contradizia a censura socialista.

Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo, das 12h às 19h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Você tem um plano C para sua vida?

Por Andrea Giardino e Murilo Ohl para Você S.A.



Desde cedo, o ítalo-suíço Maurizio Mancioli, de 40 anos, soube que tinha duas grandes vocações: as artes plásticas e a fotografia. No entanto, optou na juventude por trilhar uma carreira mais tradicional e que garantisse uma renda mais estável.

Graduou-se em administração de empresas pela Business School de Lausanne, na Suíça, onde conheceu Heitor Penteado, seu futuro sócio na Business School São Paulo (BSP), negócio que o levou a se mudar para o Brasil.

Em paralelo à carreira de gestor, Maurizio transformou a arte em atividade permanente. Em 2001, começou a fazer exposições individuais em galerias e museus no Brasil e no exterior. Atualmente trabalhando como consultor da BSP Career, unidade de transição de carreira da escola de negócios paulista, Maurizio acredita que manter duas atividades distintas é uma coisa importante para a sua vida.

“O lado executivo me faz crescer profissionalmente e oferece estabilidade, e a arte estimula o processo criativo e o autoconhecimento”, afirma, ressaltando que com a arte aprendeu a ter um novo olhar sobre as coisas, além de desenvolver senso crítico e intuitivo.

Hoje, Maurizio já consegue obter como artista um retorno financeiro maior do que como consultor. Embora seja crescente o número de profissionais que se dedicam a atividades paralelas à carreira principal, ainda existe uma certa resistência, principalmente entre os executivos.

O professor Antônio Carvalho Neto, coordenador do programa de pós-graduação em administração da PUC Minas Gerais, vem estudando o assunto há seis anos e explica que poucos são aqueles que encontram algum tipo de prazer em coisas que não estejam relacionadas ao ambiente de trabalho.

“Pesquisamos mais de 1 400 executivos ao longo desse tempo e constatamos que apenas 10% têm outras atividades, sendo que todos fazem por obrigação”, afirma. Essa realidade começa a mudar.

Muita gente passou a despertar para os benefícios de viver outras dimensões que não só as de carreira. São pessoas que descobriram o prazer de deixar as habilidades pessoais falarem mais alto fora do escritório, o que se torna uma fonte poderosa de realização e motivação.

Não se trata de buscar uma renda secundária ou de desenvolver um trabalho que substituirá a carreira atual num futuro próximo, algo como um plano B. Trata-se de uma atividade que expande os horizontes, amplia o conhecimento, combate frustrações e energiza a pessoa. Se, de quebra, a atividade se transformar em uma segunda fonte de remuneração, mesmo que pouco significativa, ótimo. Mas estamos falando de um tipo de atividade que não tem o objetivo estrito de gerar renda.

“Esse tipo de experiência é valiosa porque abre a cabeça do profissional, que passa a ter uma visão holística”, afirma Marcus Ronsoni, consultor sênior da Produtive, firma de recolocação profissional.Buscar a multiplicidade é essencial para melhorar a capacidade de aprender, defende o headhunter Alfredo Assumpção, diretor-geral da empresa de seleção de executivos Fesa, que tem uma longa carreira como músico de blues, jazz e rock, além de se arriscar como escritor — lança em setembro seu nono livro, o primeiro de ficção.

“As pessoas precisam sair de sua casta”, afirma Alfredo, que diz que a sensação de realização é importante para o crescimento pessoal. “Ela só aparece quando não se fica restrito apenas a uma atividade.”

Quebrar a rotina e promover pequenas rupturas é crucial para quem não quer se tornar refém da prisão que a modernidade trouxe aos homens. Na visão de Mario Sergio Cortella, filósofo, consultor e professor da PUC São Paulo, a extensa jornada de trabalho faz o profissional ficar restrito ao seu próprio universo, o que leva à limitação mental e ao sofrimento.

Cortella lembra que a expressão “bitolado” tem origem no significado literal da palavra “bitola”, a largura padrão que separa os trilhos em uma linha de trem. “A pessoa vai com segurança no trilho, mas é incapaz de sair dele”, diz Cortella. “Se de um lado a bitola garante a estabilidade, de outro provoca uma limitação brutal.”

Segunda carreira

Há cerca de dez anos, o gaúcho Marcelo Montenegro Jobim, de 43 anos, descobriu sua paixão por vinhos. Enquanto exercia a função de executivo de negócios da operadora Brasil Telecom (incorporada à Oi), nutria nas horas vagas seu interesse pela bebida, curiosidade que foi aumentando após participar de algumas degustações.

Um dia, matriculou-se num curso de sommelier na Universidade de Caxias do Sul. Continuou se aprofundando e passou a promover degustações para grupos de amigos. “Fazia algo de que gostava muito e ainda ampliava meu networking”, diz Marcelo.

Ao mesmo tempo, extraía o máximo de experiências que se refletiam no trabalho. “Com a segunda atividade, passei a enxergar as questões de maneira mais ampla, avaliando variáveis até então descartadas ou ignoradas”, afirma.

Num determinado momento, quando a venda da Brasil Telecom para a Oi começou a se concretizar, Marcelo passou a ver na enologia uma alternativa de carreira. Ele ficou na empresa alguns anos após a fusão até ser demitido em março do ano passado.

Juntou uma reserva de dinheiro e está finalizando os trâmites legais para abrir uma firma de representação de vinhos na cidade de Porto Alegre. “Não fiquei angustiado porque de certa forma a atividade extra me preparou para essa transição”, diz Marcelo. Para Karin Parodi, diretora da consultoria Career Center, de São Paulo, vivenciar novas possibilidades é saudável, sobretudo por acrescentar elementos externos à rotina.

Uma das vantagens, diz ela, é construir uma rede de relacionamentos rica ao mesclar interesses distintos que fogem da esfera dos negócios, como esporte, cultura ou música. “Atividades que dão prazer estimulam outras competências”, diz Karin. “Elas podem até se tornar uma segunda carreira no futuro, uma espécie de plano B”, diz.

Novo olhar

Outra função da atividade paralela é suprir a vida de um conhecimento e de satisfação que a carreira nem sempre proporciona. Há quem encontre isso no trabalho voluntário. Desde a juventude, quando colaborava com creches, o paulistano Dimas Moura, de 53 anos, gerente de marketing da Unisys para a América Latina, se identifica com projetos sociais voltados para os jovens. O voluntariado foi tomando um escopo cada vez maior em sua vida.

Quando trabalhou na HP, Dimas ingressou num programa mundial de mentoring social da empresa. Foi aos Estados Unidos conhecer o projeto de orientação a jovens de baixa renda. Ao voltar, montou um comitê no Brasil e passou a dar palestras sobre empreendedorismo em comunidades mais carentes, atividade que ainda realiza.

Nessas oportunidades, o gerente ensina maneiras de transformar atividades informais em renda e em outras ocasiões faz trabalho de coaching com jovens carentes.

“Com o trabalho social aprendi a ouvir mais antes de tomar qualquer decisão, além de ter melhorado minha habilidade de comunicação”, ressalta. Aspectos que resultaram no plano futuro de aposentadoria de Dimas. “Já defini que, ao concluir a carreira executiva, usarei metade do tempo para me dedicar ao coaching profissional e o restante para orientação de carreira gratuita a jovens das classes C e D”, revela o executivo.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

7 regras para administrar a Geração Y

Por Bárbara Ladeia para Exame



Há mais de 20 anos, o Brasil não via uma juventude tão questionadora – ou, no mínimo, barulhenta. Concordando ou não com as manifestações e protestos, não dá para negar que há algo de diferente no comportamento dessa turma - seja na política ou no cotidiano profissional.

Quem está no mundo corporativo observando o comportamento desses jovens no dia a dia do trabalho já percebeu as diferenças há algum tempo. Autoridade e legitimidade, com eles, só se for conquistada. O chefe está com os dias contados – quem manda é o líder. E se eles não se sentirem honrados pelo seu esforço, saem em direção a outra empresa sem olhar para trás.

Em tempos de mão-de-obra escassa, muitas empresas não se dão ao luxo de perder os jovens talentos. Márcia Luz, psicóloga, autora do livro “Agora é pra Valer” (DVS Editora), dá sete sugestões para reter - e um bom motivo para demitir os famosos e temidos profissionais da Geração Y da sua equipe.

1 Não diga que ele está errado

Não adianta falar para jovem que ele está errado, tampouco mostrar todos os livros e experiências lidas e relidas para provar que uma ideia ou um projeto tem potencial para não dar certo. A orientação aqui é lançar mão das técnicas de coaching e ir conduzindo o raciocínio dos liderados.

“Faça perguntas fortes, que possam colocar a proposta dele em xeque, conforme ele for respondendo, ele verá que sua ideia pode estar mal fundamentada e procurará se informar e preparar melhor”, diz Márcia. “Provocando a reflexão através das perguntas, ele vai montando um plano de ação em mente.”

E se ele responder a todas as perguntas que pudessem conduzi-lo à desistência? “Dê uma chance. Pode ser que ele tenha descoberto, sim, uma saída para algo que não vinha funcionando como previsto”, afirma Márcia.



2 Busque decisões em equipe

Cabe à liderança conduzir e tomar todas as decisões. No entanto, os métodos poderão ser debatidos com o time, incluindo os mais jovens. “O líder levanta o problema e aponta o objetivo. Abrir a possibilidade debate sobre os caminhos para chegar ao alvo é um bom meio de valorizá-los”, diz Márcia, que acredita que decisões, quando tomadas em conjunto, ajudam a valorizar o potencial criativo dos mais novos e faz com que eles se sintam ouvidos.



3 Seja coerente

Esqueça os discursos pró-forma. Os mais novos cobrarão atitudes alinhadas com o que você afirma acreditar – por isso, não adianta dizer que não concorda com a decisão do altíssimo escalão, mas que cumprirá essas ordens porque “é melhor assim”. “O perfil da chefia vai ter de mudar, pois eles cobram coerência, não aceitam desrespeito nem decisões unilaterais”, diz Márcia.



4 Seja claro nos planos de carreira

Não é uma questão apenas de transparência. Eles querem saber exatamente o que você espera deles, para que consigam galgar postos (e salários) maiores. “Explique exatamente quais as possibilidades de desenvolvimento dentro da empresa e quais as competências e habilidades que ele precisará ter e conhecer para chegar em novos postos”, afirma.



5 Reduza a ansiedade

Se perceber que sua equipe de juniores muito afoita e ansiosa pelos próximos passos, Márcia sugere calma e um discurso conciliador. Somada à um feedback, uma boa conversa é infalível. “Eles precisam ouvir sempre que todo processo tem um tempo de maturação”, diz.



6 Ofereça (e peça) feedbacks

Regra de ouro para lidar com a turma mais jovem: não abra mão de dar o bom e velho feedback. “Eles querem saber onde estão errando e onde estão acertando”, diz Márcia. Eles usarão esse conhecimento a favor do próprio desempenho e, consequentemente, a favor da empresa.



7 Evite a frustração

Mais uma regra magna para a gestão de pessoas concentrada em jovens – crie mecanismos para observar o amadurecimento desses profissionais. Márcia menciona programas de estágio e de trainee. “Com essas ferramentas você consegue ter os mais novos dentro de casa pelo tempo suficiente para conhece-los e ver se eles têm, de fato, aderência com o perfil da empresa.”



O contraponto

No entanto, não tenha medo de demitir um jovem e estar perdendo a grande oportunidade de ter um Mark Zuckerberg dentro da sua equipe. “Uma empresa não precisa se apegar e achar que tem de aguentar até as últimas consquência”, defende Márcia.

Para saber se vale a pena dispensar, observe se há postura proativa – aí ofuscada pela ansiedade e pela falta de direcionamento. Márcia afirma que, se houver essa postura, bastará fornecer mais feedbacks para que a rebeldia seja canalizada em eficiência.

No entanto, se a postura é reativa, não vale o esforço. “Se você percebe que é um jovem que reclama de tudo, com uma postura sempre reativa, você terá uma maçã podre na equipe”, diz. “Demitir é a melhor opção para que a pessoa se encontre em uma empresa com seu perfil e não prejudique o time.”

terça-feira, 25 de junho de 2013

O que você precisa saber sobre estratégia



Você não vence uma guerra sem uma boa estratégia. Isso vale também para o mundo dos negócios. O escritor e doutor em planejamento, Joel Souto-Maior, autor do livro "Planeação Estratégica e Comunicativa", explica como o pensamento militar se encontrou com o empresarial e ressalta pontos importantes que você precisa conhecer para desenvolver um bom planejamento estratégico.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

[Entrevista] A importância da estratégia

Entrevista com MARIO PERSONA, Palestrante, autor e consultor. Palestras de comunicação, vendas, inovação, segurança no trabalho (SIPAT), meio ambiente e qualidade de vida.

É mais fácil ser palestrante, consultor ou escritor? O que proporciona mais prazer, e uma atividade é conseqüência da outra?

Mario Persona - Sem dúvida alguma, a atividade que maior satisfação traz no longo prazo é ensinar, seja isso feito no meio acadêmico, através de livros ou em palestras. Gerar conhecimento é como fazer uma semeadura; sempre encontraremos frutos, e frutos dos frutos, ao longo de nossa vida. Sinto um prazer muito grande quando recebo algum e-mail de um aluno, de um leitor ou de alguém que esteve em uma palestra agradecendo pelo que aprendeu.
Particularmente considero a consultoria a atividade mais difícil, pois o consultor sempre acaba batendo de frente com o cliente ao apontar os problemas em sua empresa e as soluções que nem sempre são de fácil implementação. Todas essas atividades acabam se relacionando em vários aspectos, pois em todas elas o produto é o conhecimento e a experiência.



Estratégia não é um conceito simples de ser assimilado, porém, quando bem elaborada, geralmente é a salvação de muitas empresas. Existe uma maneira fácil de defini-la e aplicá-la?

Mario Persona - A maneira mais simples de se enxergar estratégia é pensar que a empresa está em um ponto "A" e precisa atingir um ponto "B". Estratégia é o que deve ser feito para se chegar lá, o que nem sempre é uma linha reta. Aí entra a inteligência do estrategista em analisar as muitas variáveis envolvidas no processo e escolher aquela que melhor se aplica à situação. Quem costuma velejar sabe que para ir do ponto "A" ao "B" às vezes é preciso viajar em zigue-zague para aproveitar melhor os ventos. Porém, a idéia de pontos "A" e "B" é apenas uma ilustração simples, mas nem sempre reflete a realidade. Há situações em que a melhor estratégia é não ir ao ponto "B" ou, talvez, até mesmo sair do segmento ou do mercado. Uma boa estratégia não pode partir de premissas imutáveis e deve levar em conta as possibilidades. Infelizmente muitas empresas procuram uma estratégia para negócios do tipo "Queremos vender areia no Saara" e até acabam encontrando um consultor que faça um bonito trabalho neste sentido. Sem resultado, porém.



Existe diferença entre a estratégia utilizada pelas empresas e a estratégia utilizada por profissionais liberais ou pessoas físicas?

Mario Persona - Os princípios são os mesmos, embora os objetivos possam variar. O que está acontecendo com maior freqüência, tanto para profissionais como para empresas, é que hoje somos obrigados a dirigir com um pára-brisa convexo, como uma lente que permita enxergar em 360 graus. Um olho fica no destino, mas o outro fica atento a mudanças repentinas no mercado. Antigamente fazíamos planos para vinte anos, depois para dez, depois para cinco, para três... Hoje um terrorista qualquer assume o controle de um avião e muda o mundo em questão de minutos. A melhor estratégia hoje é a estratégia da mudança contínua, ou melhor, da prontidão para a mudança.



Bom relacionamento interpessoal é sinônimo de marketing pessoal?

Mario Persona - O relacionamento interpessoal é apenas uma das facetas do marketing pessoal. O marketing pessoal tem por objetivo criar uma marca positiva por onde quer que passemos, portanto é um trabalho de "marcar" pessoas com nossas qualidades para que elas multipliquem essa percepção. O bom marketing pessoal é como um perfume, que deixamos por onde quer que passemos, quer criemos um relacionamento mais estreito com as pessoas que encontramos, quer não.



Por que muitas empresas continuam errando na estratégia, apesar de contar com os melhores profissionais do mercado?

Mario Persona - Acho que o gesso é sempre um problema para qualquer negócio. Empresas engessadas demoram a perceber que estão no caminho errado ou que demoraram demais para adotar uma nova rota. Mesmo que uma empresa apele para um bom profissional, devemos nos lembrar de que esses profissionais também são seres humanos, sujeitos a erros, a teimosias e a uma visão equivocada do mercado. Como fazemos com a saúde, nunca é demais buscar uma segunda opinião.



Por experiência própria, noto que a maioria das empresas não se preocupa com os conceitos do planejamento estratégico, missão, visão, valores, políticas e outras coisas básicas da administração moderna? A que você atribui esse ceticismo?

Mario Persona - Creio que nem sempre é uma falta de preocupação, mas uma falta de tempo para se preocupar. As empresas hoje vivem em um ritmo tão acelerado que mal podem parar para planejar. Mas é aí que muitas acabam se dando mal, pois sem planejamento fica difícil crescer ou até mesmo sobreviver nos dias de hoje. O que às vezes é preciso é um planejamento mais enxuto, mais de guerrilha, de campo de batalha, sem muitas delongas em seguir o figurino e preencher todas as etapas.



Sob o ponto de vista do marketing, que conselhos você daria aos iniciantes no mundo dos negócios para encurtar o caminho da prosperidade?

Mario Persona - Não existe prosperidade sem trabalho, sem planejamento, sem uma visão clara e inteligente dos objetivos da empresa ou do profissional. Em marketing, entendo que essa visão clara está em ter bem definido quem é nosso cliente e sua capacidade de compra. Nem sempre um bom produto ou serviço garante que minha empresa vá prosperar. Eu posso vender Ferraris, mas se quiser fazer isso para uma comunidade pobre em um país subdesenvolvido, não vou conseguir. Deve haver inteligência em qualquer negócio para avaliar todas as possibilidades.



Apesar das dificuldades para se empreender no Brasil, da falta de seriedade com as leis e da falta de apoio para os pequenos e médios empreendedores, muitos ainda prosperam. A estratégia de marketing pode contribuir para a redução da mortalidade das empresas no país?

Mario Persona - Sim, e o primeiro passo é deixar claro para o empreendedor que marketing não é propaganda, mas todo um conjunto de ações que envolvem detectar, analisar e atender de forma lucrativa as necessidades e desejos de um mercado. O que muitas vezes acontece é um problema de comunicação. Se você perguntar, a maioria das empresas dirá que está investindo em marketing porque colocou um anúncio no jornal. Quando nada acontece, o empresário acaba concluindo que nem mesmo uma estratégia de marketing foi capaz de fazer algo por sua empresa.



Se o Mario Persona tivesse o poder de mudar a estratégia de atuação do Brasil perante a comunidade internacional, qual seria a primeira providencia a ser tomada?

Mario Persona - Investir em educação e infra-estrutura, privatizar o maior número possível de empresas e explorar muito bem as áreas e os acordos de livre mercado. Outra providência seria evitar a todo custo uma atitude paternalista de proteção de mercado e barreiras contra a livre concorrência. Estamos assistindo ao nascimento de várias nações nesta virada de século. Os países da ex-União Soviética, a China, os países da região Ásia-Pacífico, todos eles são como recém-nascidos tentando se livrar da placenta e cortar o cordão umbilical com o passado. Os que estão sendo rápidos na adoção de práticas de livre iniciativa, livre concorrência e livre mercado estão se saindo melhor. O caminho é esse.



Qual é o diferencial competitivo do Mario Persona?

Mario Persona – Creio que meu diferencial competitivo está naquilo que o mercado pensa de mim. Por isso procuro ouvir bastante para tentar detectar as arestas que devem ser eliminadas, porque todos nós as temos. Outra coisa é saber que o diferencial competitivo muda rapidamente, acompanhando os tempos e a percepção do mercado. Por isso seria temerário afirmar que meu diferencial hoje é isso ou aquilo, sabendo que amanhã pode ser outro. Gosto de me lembrar que há dez anos eu era procurado por ser entendido em Internet, nas possibilidades do comércio eletrônico, na revolução que estava por acontecer. Se eu tivesse parado nisso depois que a revolução aconteceu estaria a ver navios. A maioria de meus clientes atuais nem sequer imagina que um dia meu conhecimento de Internet foi meu diferencial.



Como estrategista e palestrante, você acredita no futuro no Brasil?

Mario Persona – Creio que sim, por causa da índole de nosso povo. O mundo inteiro sabe que o brasileiro é um povo criativo, amigo e empreendedor, por isso creio que temos tudo para vencer é nisso que está nossa força como povo. Estamos vendo um mundo que muda o tempo todo e onde a prosperidade cresce mais pelo diálogo do que pela força, e o brasileiro é bom no diálogo, no relacionamento e na facilidade de se adaptar às mudanças.

Fonte: Mario Persona

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 21 a 23 de junho de 2013

CINEMA



Juan dos mortos [Juan de los muertos, Espanha/Cuba, 2011], de Alejandro Brugués (Imovision). Gênero: comédia. Elenco: Aléxis Días de Villegas, Jorge Molina, Andrea Duro. Sinopse: Dois amigos lutam contra um exército de zumbis em Cuba, enquanto o governo e a mídia retratam a epidemia como uma revolta de dissidentes. Duração: 92 min. Classificação: 14 anos.




O lugar onde tudo termina [The Place Beyond the Pines, EUA, 2012], de Derek Cianfrance (Paris). Gênero: policial. Elenco: Bradley Cooper, Ryan Gosling, Rose Byrne, Eva Mendes. Sinopse: Piloto de moto passa a assaltar bancos para poder sustentar sua mulher e filho recém-nascido. Abertura nos EUA: US$ 279,4 mil (em 29/03/2013). Dif. (segundo fim de semana): +151,7%. Acumulado nos EUA: US$ 20,6 milhões. Duração: 140 min. Classificação: 16 anos.




Minha mãe é uma peça – O filme [Brasil, 2013], de André Pellenz (Downtown/Paris). Gênero: comédia. Elenco: Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães. Sinopse: Adaptação da peça homônima, onde Dona Hermínia, uma mulher de meia-idade e recém-separada, só sabe cuidar da vida dos filhos e fofocar. Duração: 95 min. Classificação: 12 anos.




Universidade Monstros [Monsters University, EUA, 2013], de Dan Scanlon (Disney). Gênero: animação. Vozes: Billy Crystal, Steve Buscemi, John Goodman, Jennifer Tilly. Sinopse: Uma visão do relacionamento entre Mike e Sulley durante o período em que estavam na Universidade do Terror. Com exibição em 3D. Duração: 110 min. Classificação: livre.


Rio de Janeiro

SHOW

Milton Nascimento
22 de junho de 2013



Em turnê nacional, o artista, que completou 70 anos em 26 de outubro do ano passado, volta à cidade com o show “Uma travessia”, que comemora os 40 anos do histórico álbum “Clube da esquina”. O repertório se baseia no DVD “Milton Nascimento — Uma travessia”, com clássicos como “Maria, Maria”, “Nos bailes da vida”.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$80 a R$200
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.



TEATRO

A vingança do espelho: A história de Zezé Macedo
até 25 de agosto de 2013



Ela revirava os olhinhos, só pensava naquilo, tinha uma voz estridente e recebia apelidos como Carlitos De Saias. Essa é a Zezé Macedo de que todos se lembram. O que pouco se conhece é o lado pessoal da atriz recordista em participações em filmes nacionais — foram 108 longas —, que perdeu um filho, ficou sem voz por anos, e, quando a recuperou, ganhou um timbre especial.
— Fiquei meio assim de ser chamada para interpretar um ícone de feiúra, mas, quando conheci a história da Zezé, me apaixonei. Ela tinha um lado melancólico muito grande e conseguia tirar proveito de todos os seus defeitos — explica Betty.
Flávio Marinho optou por um texto em que foge da biografia linear cronológica. Usando o recurso do metateatro, o espetáculo mostra uma companhia que se prepara para encenar a vida da humorista, morta em 1999. É num clima de idas e vindas que são contadas passagens desde a infância em Silva Jardim e a perda do filho até a sua participação nas chanchadas, no teatro de revista, nos filmes e na TV. (Lívia Breves)

Local: Teatro do Leblon
Endereço: Rua Conde Bernadote, 26 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 20h
Duração: 100 min.
Preço: Os ingressos variam de R$50 a R$90
Classificação: 12 anos



EXPOSIÇÃO

América do Sul – a pop arte das contradições
de 21 de junho a 14 de agosto de 2013



Brasil e Argentina até podem ser arquiinimigos no futebol, mas, no campo das artes, os dois países driblam a rivalidade para se tornar legítimos comparsas. Focados em descortinar a produção artística de ambas as nações durante a turbulenta década de 1960, o brasileiro Paulo Herkenhoff e o argentino Rodrigo Alonso assinam a curadoria da mostra “América do Sul — A pop arte das contradições”.
Em cartaz no MAM, a partir de hoje, a compilação de mais de cem peças reúne pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, xilogravuras, fotografias, objetos, instalações, filmes, performances e documentos.
— Não se trata de arte engajada no modelo dos partidos comunistas, mas de arte como exercício experimental da liberdade — observa Herkenhoff.
Entre os medalhões brasileiros, destacam-se nomes como Antonio Dias, Cildo Meirelles, Wanda Pimentel, Carlos Vergara, Hélio Oiticica e Lygia Pape. Para a seleção argentina foram escalados León Ferrari, Eduardo Costa, Roberto Jacoby, Marta Minujín, Oscar Masotta e Sameer Makarius, entre muitos outros.
Um período de profundas transformações socioculturais, os anos 1960 foram o berço da efervescência, um solo fértil para a classe artística perseguir modernização e lutas revolucionárias. Mas, a despeito da “americanização” imposta pela hegemonia da cultura pop dos EUA, Brasil e Argentina ofereceram um olhar próprio sobre a arte na América do Sul.
— A pop arte e os novos realismos, por aqui, propuseram retomar o contexto social, após anos de abstração — considera Rodrigo Alonso.
Antes de chegar ao MAM, a mostra passou pela Fundación PROA, em Buenos Aires, pelo Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e pela Galleria D’Arte Moderna e Contemporânea, em Bergamo (Itália). (Bruno Calixto)

Local: Museu de Arte Moderna - MAM
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Flamengo - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a Sexta, das 12h às 18h | Sábado e Domingo, das 12h às 19h
Preço: R$12
Classificação: Livre

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Como montar uma estratégia de vendas nas redes sociais?

Por Rafael Farias Teixeira

Com a popularização da internet no começo da década de 2000, parecia que a última fronteira para qualquer empresa seria a criação de uma loja on-line e o início de uma estratégia de e-commerce. Só que outro fenômeno surgiu e conquistou a atenção dos usuários: as mídias sociais. Ficou provado que, mais que um instrumento, a internet é uma comunidade. E que, para conquistá-la, é preciso usar as ferramentas certas. “O conceito de mídias sociais precede a própria internet”, diz Ludovino Lopes, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). “Mas a web amplificou o seu significado, trazendo a possibilidade de interação e colaboração.”

Hoje, não basta apenas vender, é preciso vender socialmente, praticando o que ficou conhecido como social commerce. “Esse comércio é feito de usuário para usuário”, diz Thiago Nascimento, fundador do Bloompa, plataforma social de compras. “A venda é resultado dessa interação: a empresa entra apenas como estímulo.” Mídias como o Facebook e o Twitter funcionam não só para aumentar as vendas, mas também para cativar e fidelizar clientes. Segundo Lopes, o boom das redes levou muitos negócios a usarem esses canais de forma pragmática e fria, visando somente o incremento da receita. “É preciso ultrapassar essa primeira fase, agregar valor, passar um conteúdo de relevância. Essa é a mágica da mídia social. O discurso só de venda provoca uma resposta morna”, afirma.

Seja qual for o uso das redes, a verdade é que a relação mais humanizada com os usuários pode, sim, converter-se em retorno financeiro. Na opinião de Danilo Alvarenga, diretor técnico da empresa americana de soluções em e-commerce 3dcart, o uso sistemático do Twitter e do Facebook pode levar a um crescimento de até 34% no tráfego do site de vendas da empresa.

Mas não se engane com os números animadores: antes de colocar seu empreendimento nas mídias sociais, dedique algum tempo ao planejamento e à organização do conteúdo. “Quando se publica qualquer coisa nas redes sociais, a primeira impressão é a que fica. Então tenha certeza de que a casa está arrumada antes de abrir as portas”, afirma Alvarenga. Ou seja, pesquise quais mídias funcionam para seu negócio, conheça o público que você quer atingir e defina como vai interagir com ele. A seguir, boas ações de social commerce que podem ser postas em prática para aumentar as vendas.

APOSTE NO VISUAL

YOUTUBE
Ter um perfil na rede de compartilhamento de vídeos pode ser útil se a empresa tiver capital para investir nesse tipo de produção. “Os vídeos têm grande impacto sobre os usuários e podem se tornar virais facilmente”, afirma Ludovino Lopes, vice-presidente da camara-e.net. Faz parte da estratégia deixar na descrição do vídeo um link que direcione o usuário ao produto anunciado, para estimular a finalização da compra. Os posts no Youtube também servem como apresentação para o consumidor conhecer o dia a dia da empresa, humanizando mais a relação entre os dois.

FLICKR
Essa rede de compartilhamento de fotos pode ser útil para provocar o interesse dos consumidores: o método mais utilizado é postar imagens de novos produtos. Propagada pelo Twitter, a estratégia de “teaser” pode alimentar a vontade de comprar até que o lançamento seja feito. Como o Youtube, também pode ser utilizado para mostrar a rotina da empresa, aproximando o consumidor.

Fonte: PEGN

terça-feira, 18 de junho de 2013

A estratégia é o sangue de uma empresa

Por Bárbara Ladeia de Exame



“A estratégia é o sangue de uma empresa. É a força motriz de uma companhia: ela que determina o que será feito, como será feito e por que será feito.” Essas são algumas da palavras de ordem que formam o manifesto "Onde Começa a Liderança", escrito por Cinthya Montgomery, Ph.D. em administração, premiada em Harvard e autora do best-seller “O Estrategista: seja o líder de que sua empresa precisa” (Sextante, 2012).

“As empresas têm basicamente readministrado estratégias, o que está longe da liderança de fato”, diz. “Ela não pode ser uma atividade como qualquer outra. Ela é a ferramenta mais poderosa para elevação dos níveis de liderança.”

“Estratégia começa com a clareza do que queremos ser”

Mais do que pensar em como vender mais ou atingir seu cliente em cheio, Cinthya vê nos movimentos internos o primeiro passo de uma estratégia bem desenhada. “A estratégia vinha se concentrando na relação do ambiente com seus parceiros e clientes e, por alguns anos, a estratégia interna foi deixada de lado”, diz.

Por isso, antes de começar a mexer nas relações externas, Cynthia acredita é essencial ter todo o caminho muito bem pavimentado da porta da empresa para dentro. “É preciso realmente imaginar e idealizar o que queremos ser, porque isso é o que realmente importa.”

No manifesto, Cynthia não deixa dúvidas de que tudo começa com um exercício de criatividade. “Uma estratégia de sucesso começa com imaginação, propósito e uma conexão profunda dos clientes”, diz. “Isso evolui o tempo todo, e um líder ganha a responsabilidade de desenhar o caminho para que a companhia continue a ser relevante.”

“Implementação e estratégia são igualmente importantes”

O alinhamento da estratégia com os funcionários não é um mero cascatear de informações. “É preciso construir um modelo de negócios que opere respirando a estratégia”, afirma Cynthia. “Essa estratégia tem de vestir o propósito da empresa”.

Por isso a implementação de uma estratégia é crucial para que o resultado seja favorável. “Chega a ser estúpido achar que a implementação da estratégia não é tão nobre quanto a elaboração dela”, afirma.

“Os jovens são a chave do reino”

Parece uma profecia, mas Cynthia garante que os jovens já estão mudando muito a forma dos mais velhos lidarem com a estratégia interna. “Jovens não trabalham em empresas onde falta transparência ou não há uma filosofia em que de fato acreditam”, diz.

Para eles, essencial é criar significado para a empresa e para o trabalho. Com isso, perguntas como “quem somos” e “quem queremos ser” precisam ser respondidas claramente pela estratégia da companhia.

“É preciso motivar o emocional”

Dinheiro é bom e todo o mundo gosta. Mas nem só de remuneração, benefícios e compensações materiais vive uma equipe. A elaboração de um real significado para a empresa e o trabalho são fortes elementos motivadores para o lado emocional. “Por isso a transparência é importante. Os funcionários precisam saber e concordar o trajeto e o lugar onde pretendem chegar.”

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Como construir uma marca nas redes sociais?

Por PEGN

De acordo com o último levantamento do Ibope, 40,3 milhões de brasileiros mantêm perfis ativos em redes sociais. Independentemente da área de atuação, o posicionamento em plataformas como Twitter e Facebook tornou-se quase obrigatório — atualmente, 88% das empresas nacionais têm canais de atendimento em mídias sociais, segundo uma pesquisa da agência Burson-Masteller. Do estudo da audiência à gestão de crises, confira dez estratégias para engajar consumidores e ganhar credibilidade em ambientes digitais.

1. Responda com velocidade
Reclamações feitas em plataformas online podem fugir do controle em pouco tempo. Publicados por uma consumidora insatisfeita com um automóvel da Renault, os vídeos do site MeuCarroFalha levaram apenas dois meses para atingir 700 mil visualizações no YouTube. Para evitar situações como essa, Fábio Saad, diretor de mídias sociais da DM9DDB, sugere um plano de ação em três etapas:

- Ofereça uma resposta imediata para o consumidor e a sua audiência.
- Seja rápido na resolução do problema. Isso evita que a situação tome proporções maiores do que deveria.
- Crie uma política de redução de danos — manifestações em redes sociais permanecem para sempre nesses canais.

2. Descubra as suas fraquezas
Toda marca tem pontos vulneráveis. Por isso, antes de criar perfis em redes sociais, é importante levantar os temas de fricção com potencial para desencadear crises de imagem. “Por exemplo, uma rede de churrascarias tem valores conflitantes com o público vegano. O monitoramento prévio da audiência permite se antecipar a reações negativas iminentes”, diz Alessandro Barbosa Lima, CEO da E. Life, consultoria de gestão em mídias sociais. Segundo o executivo, uma boa estratégia de contingência está apoiada sobre três pilares:

Pesquisa de audiência
Mesmo que informalmente, faça um estudo sobre as comunidades impactadas — positivamente e negativamente — pelo negócio e suas impressões iniciais sobre a marca.

Unificação de perfis
É comum que funcionários e parceiros criem um perfil independente para homenagear a empresa. Isso pode confundir a audiência. Identifique esses canais e procure maneiras de incorporá-los à sua estratégia digital.

Eliminação de gargalos
Problemas em áreas críticas — como controle de qualidade — são as maiores fontes de repercussão negativa em mídias sociais. O marketing digital não deve ser intensificado até que essas questões sejam resolvidas.

3. Afine o tom da mensagem
Nas redes sociais, o atendimento ao consumidor acontece de forma pública. Desse modo, áreas como o SAC se tornaram essenciais para construir reputações. “A comunicação digital é fragmentada entre diversos perfis de clientes. A linguagem deve ser afinada de acordo com o tom do interlocutor”, afirma Martha Gabriel, professora do curso de MBA de Marketing da HSM Educação.

Resposta Esperta
Em junho do ano passado, o usuário @adtothebone tuitou que os dejetos de apenas um pombo seriam suficientes para destruir um carro do modelo Smart. Rapidamente, a empresa corrigiu a mensagem: afirmou que a quantidade necessária para dar perda total no automóvel seria de 4,5 milhões de pombos. A ação rendeu um total de 503 retuítes em apoio à postura bem-humorada da Mercedes-Benz.

4. Integre com o offline
Do anúncio na televisão ao comentário no Facebook, a identidade e os valores da marca devem permanecer os mesmos. Desse modo, a estratégia de comunicação em todos os canais — digitais e analógicos — precisa estar bem amarrada e integrada. Confira dois exemplos abaixo.

Cabides inteligentes
Para conectar a presença digital ao ponto de venda físico, a C&A compartilhou peças de uma coleção inédita com os fãs de sua página no Facebook. Quando as roupas chegaram à loja do Shopping Iguatemi, em São Paulo, vieram acompanhadas por cabides que atualizavam o número de curtidas em tempo real.

A sombra do dragão
A estreia da última temporada da série Game of Thrones foi anunciada em uma campanha mista de trailers no YouTube, jogos no Facebook e desenhos de sombras de dragão projetadas em páginas de jornais e edifícios. A estratégia multiplataforma resultou em uma audiência de 4 milhões de pessoas.

5. Envolva toda a empresa
Não basta apenas acompanhar os movimentos do público. Manifestações de colaboradores e parceiros também deixam rastros na internet. Do marketing aos recursos humanos, todos devem estar conscientes sobre os valores da empresa e seu posicionamento nas redes sociais. “Todo funcionário representa a empresa no mundo digital de alguma forma. Fortalecer essa consciência entre os colaboradores diminui as chances de crises com origem no próprio escritório”, diz Martha.

Defina uma política
A empresa deve ter uma política clara sobre a postura dos colaboradores nas redes sociais. Entre os pontos cruciais, está a permissão de responder a críticas em nome da marca.

Promova a colaboração
Informe todas as áreas sobre as ações digitais da empresa. Não adianta promover um produto se a equipe de vendas não estiver preparada para atender ao aumento de demanda.

Contrate com cuidado
Perfis pessoais e corporativos se misturam com frequência. Contratar pessoas que não se identificam com os valores básicos do negócio se tornou ainda mais arriscado.

6. Explore as redes de nicho
Embora a audiência de massa esteja em plataformas como Twitter, Facebook e Google+, redes voltadas para nichos de consumo podem trazer bons resultados para marcas. Além de reunir comunidades engajadas sobre um tema específico, algumas delas agregam um número expressivo de usuários. Confira dois exemplos abaixo.

E-Familynet
Voltado para mães de primeira viagem, o site reúne fóruns de discussão e artigos sobre gravidez. Conta com mais de 500 mil usuárias registradas.

Quora
Com cerca de 1,5 milhão de usuários, o Quora é uma plataforma de conhecimento popular entre comunidades de negócios e tecnologia.

7. Seja relevante
Algumas marcas vendem estilos de vida. Outras são focadas na funcionalidade do produto. Em ambos os casos, manter-se fiel ao propósito original é o que traz relevância para o público-alvo. “Imagine qual seria a reação das pessoas se uma pet shop compartilhasse informações sobre religião. Elas esperam encontrar dicas sobre animais e lançamento de produtos em um canal como esse”, afirma Abel Reis, presidente da AgênciaClick Isobar. “Se você for relevante dentro da sua causa, os consumidores vão se engajar naturalmente.”

Conteúdo direcionado
Com mais de 12 milhões de fãs, a página da Nike no Facebook combina o lançamento de produtos com imagens e vídeos inspiradores dos atletas patrocinados pela marca. Para aumentar a sua relevância em comunidades específicas, a empresa também aposta em perfis alternativos como o Nike Football e o Nike Women. Outra iniciativa emblemática é o Nike+, que se integra com games e redes sociais.

8. Diversifique as métricas
Retuítes, compartilhamentos, comentários e curtidas são métricas básicas para medir o engajamento da audiência. Além delas, é importante ficar de olho nos indicadores específicos para cada perfil de negócio. “Se a marca tem como objetivo principal levar pessoas para lojas físicas, a quantidade de check-ins no Foursquare pode ser mais relevante do que o volume de interações no Twitter”, diz Lima, da E. Life.

9. Não tente esconder os erros
A transparência é o melhor caminho para resolver crises de imagem. Levar a discussão para ambientes privados — como chats e mensagens diretas —, sem oferecer uma solução para o problema, costuma deixar consumidores insatisfeitos ainda mais indignados. Uma resposta clara, divulgada publicamente, mostra para toda a audiência que as reclamações estão sendo tratadas com a atenção que merecem.

Seja objetivo
Evite respostas padronizadas e evasivas. O diálogo com um cliente prejudicado pela empresa deve priorizar o direcionamento da solução do problema.

Acompanhe de perto
Faça um follow-up da situação em canais como telefone e e-mail. Isso ajuda o consumidor a se sentir mais amparado.

10. Compre visibilidade
Para quem já conquistou uma boa reputação nas redes, soluções pagas de publicidade são uma boa maneira de ampliar o alcance da audiência. Entre as opções disponíveis no mercado, existem diversas ferramentas que se adaptam aos orçamentos de pequenas e médias empresas. Conheça duas delas.

Publicações promovidas
A ferramenta do Facebook aumenta a visibilidade de posts entre os seguidores — e os amigos — de páginas corporativas. Oferece planos a partir de US$ 5.

Tuítes promovidos
A solução oferecida pelo Twitter permite estipular um orçamento diário para a promoção de tuítes. A partir daí, pequenos valores são descontados quando algum seguidor interage com o conteúdo publicado.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O que é estratégia?



Neste vídeo, o Professor Waldinar Santos aborda a definição de estratégia estabelecendo uma relação entre os ambientes de guerra e o de negócios. Faz referência à origem da palavra e exemplifica com a estratégia utilizadas por Ulisses (Odisseo), durante a Guerra de Tróia. Também utiliza exemplos contemporâneos de empresas bem sucedidas.