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terça-feira, 27 de maio de 2014

Colégios põem rotina empresarial no currículo

Por Bárbara Ferreira Santos para Estadão Conteúdo

Gerenciar um negócio, fazer o briefing do produto, adaptá-lo para o público-alvo, competir no mercado e conseguir investimento. Tudo isso faz parte da rotina de empresários e também de alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio de três escolas de São Paulo - Dom Bosco (sede Santa Inês), no Horto Florestal, na zona norte da capital; COC, em Atibaia;, e Escola Viverde, em Bragança Paulista, ambas no interior.

Esses três colégios fizeram parte de um projeto-piloto de aulas de empreendedorismo e inovação, com base no Design Thinking - método colaborativo e multidisciplinar que propõe que as necessidades do consumidor sejam entendidas.

As aulas foram planejadas pelo mesmo professor que criou a disciplina de Inovação e Criatividade na Universidade Harvard, uma das principais instituições de ensino superior do mundo. Formado em Medicina e pianista profissional, John Kao tem tanta experiência em inovação que já foi chamado até de "Sr. Criatividade" pelo jornal Financial Times.

Fundador do projeto voltado para crianças, chamado de EdgeMakers, foi ele quem veio ao Brasil dar aulas nas escolas em março. A ideia é que sejam adotadas em larga escala no Brasil a partir de janeiro do ano que vem. Além do Brasil, o projeto também está sendo aplicado em Estados Unidos, China, Índia, Turquia e Colômbia.

Segundo Kao, o currículo foi adaptado para que não tenha a carga teórica pesada das aulas de negócios e use situações adaptadas à rotina dos estudantes, além de lições de criatividade na música. "EdgeMakers tem suas raízes no trabalho que eu fazia em Harvard, mas o que se exige é diferente, porque crianças de 12 anos têm habilidades diferentes de pessoas com 27, que era a média de idade das turmas em que eu dava aula no MBA", afirma. O currículo tem seis temas principais: criatividade e inovação, Design Thinking, empreendedores e startups, proficiência digital, personalidade e sustentabilidade.

Mochila e duende

Na Escola Dom Bosco, a ideia era que os alunos planejassem a mochila ideal. As ideias não precisavam ter limites - só tinham de ser criativas. Surgiram mochilas com GPS, turbo, professores portáteis e até duendes.

Mas nessa escola ocorreu um fenômeno inédito no projeto: o engajamento dos alunos foi tanto que, a pedido da direção da instituição, ele também foi usado para que os estudantes sugerissem melhorias no colégio, que havia acabado de ser inaugurado.

"O legal foi ver que as nossas sugestões, como a melhoria de sinalização no estacionamento, foram aplicadas", comenta Gabriela Godoy, de 15 anos, aluna do 1º ano. Para João Paulo Michelon, também de 15, o projeto foi importante para que os estudantes aprendessem a fazer o planejamento. "Agora a gente faz o brainstorm (a coleta geral de ideias) antes de levar o projeto das feiras culturais para os professores", completa Pedro Henrique Mira, de 16 anos.

Cuidados

Para o especialista em tecnologia na educação Dilerman Piva Jr., é preciso ter cuidado para que o ambiente não fique agressivo demais. "Se por um lado, com jogos e competições, o ensino fica mais atrativo, por outro se estimula a competição, que tem de desenvolver a colaboração."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Como se Formalizar como Empreendedor Individual

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

O que é o Empreendedor Individual?

Um MEI (Micro Empreendedor Individual) é um pouquinho mais que um Autônomo e um pouquinho menos que uma Micro Empresa. Serve muito bem para nós, fotógrafos, pois nos permite a formalização sem muita complicação. Para ser MEI é preciso ter um faturamento máximo de R$ 60.000 por ano (R$ 5.000 por mês.)

Junto com fotógrafos outras áreas também se beneficiam desta opção de formalização (como artesãos e cabeleireiros). Você pode ver a lista completa de profissões permitidas no MEI aqui. Vantagens

A maior vantagem é a facilidade para se formalizar. Não é preciso contador e você mesmo pode fazer tudo por conta. As outras vantagens todas têm ligação direta com a formalização: direito à aposentadoria, auxílio maternidade, emissão de Nota Fiscal e possibilidade de ter um funcionário registrado. Além disso teoricamente você tem direitos como qualquer outra empresa: como facilitação de empréstimos e abertura de conta como Pessoa Jurídica.

Outra vantagem é a financeira: como fotógrafo (ou seja: prestador de serviços) você paga somente R$ 36,10 por mês de INSS e ISS. É um valor fixo e não muda independente do faturamento.

Desvantagens

Nem tudo é um paraíso! Quando pesquisei sobre ser MEI descobri que muitas das vantagens (que acima citei como “teoricamente”) não existem na prática. Muitas pessoas tentaram abrir crédito, pedir empréstimo ou mesmo abrir conta como Pessoa Jurídica e não conseguiram. Por isso se esses forem seus motivos para se formalizar talvez seja melhor tomar o caminho mais complicado e abrir uma Micro Empresa em contato com seu contador.

Fechar sua “empresa” como MEI também é tão complicado quanto fechar qualquer outra empresa. Por isso lembre-se de guardar todos os documentos pertinentes e realizar os relatórios mensais e anuais para que depois não seja necessária dor de cabeça.

Serve para mim?

Acredito que se tudo que você quer é trabalhar formalizado e podendo emitir nota fiscal este é o melhor caminho. Para fotógrafos independentes de Eventos, Casamentos, Ensaios ou que possuem um pequeno estúdio com apenas um funcionário essa opção se encaixa muito bem.

Saiba mais.

terça-feira, 16 de julho de 2013

5 Dicas de Empreendedorismo para Fotógrafos

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

1. Amar o que se faz é o básico

Sim, é clichê. Mas mesmo sendo bem básico tem gente que não pega essa dica. Fotografe o que te dá prazer e satisfação. Já vi fotógrafo de Casamento que entrou na área porque está na moda mas acha o romantismo brega e bobo. Como alguém que não acredita no romantismo vai conseguir captar um momento de puro romantismo? Pra quê quem não gosta do ambiente da Publicidade vai querer entrar para essa área? E quem não se dá bem com crianças, porque vai inventar de fotografá-las?

A fotografia oferece muitas opções e áreas para explorar: decida em qual vai entrar por afinição, não por dinheiro ou moda. Dá pra fazer dinheiro em qualquer área, desde que você trabalhe com amor :)

2. Aquilo que você decidir fazer, faça com dedicação

Existe um ditado que eu simplesmente amo:

“A perfeição não consiste em fazer coisas extraordinárias, e sim em fazer coisas ordinárias extraordinariamente bem.”

O que isso quer dizer? Ao invés de ficar procurando por uma “sacada genial” para adicionar ao seu trabalho, simplesmente foque naquilo que é essencial e faça isso super bem. A sua assinatura de email tem seu telefone? As informações no seu orçamento estão bem dispostas e organizadas? Seu site está bonito e funcional? Siga o exemplo do Valdir, que dá muita atenção à higienização do seu carrinho de pipocas: ao invés de tentar inventar moda veja se você não pode fazer melhor o que já está sendo feito “nas coxas” pelos outros. Faz mais diferença do que oferecer milhões de sacadas mal acabadas.

3. Escolha um Nicho

O Valdir disse que seus concorrentes vendem, além da pipoca, salgadinhos, produtos industrializados e outros itens. Ele resolveu focar na pipoca e fazê-la super bem. Isso é uma dica essencial em qualquer guia de empreendedorismo, mas ainda é ignorada por muitos fotógrafos que insistem em fazer de tudo um pouco, sabendo somente um pouco de tudo. Ninguém é obrigado a fotografar somente um assunto (se você gosta de fotografar outras coisas e a oportunidade aparece, vá em frente) – mas tente focar o seu nome em uma área específica, canalizando os esforços em ser o melhor daquela área. Alguém consegue lembrar o nome de um fotógrafo famoso por fotografar tudo? É claro que não! Henri Cartier-Bresson é famoso pelo seu fotojornalismo, Vinícius Matos por sua fotografia de Casamentos e o Renato Miranda por seu uso do Flash Remoto. Quanto mais específico, melhor.

4. Cliente não. Freguês

Não tem nada pior do que ser tratado como um número. É só lembrar como somos tratados pelas companhias telefônicas para confirmar que ser mais um cliente em meio a milhões não é nada divertido. Cuide do seu cliente (seja empresa ou pessoa física) com carinho e pelo nome e verá que ele deixará de ser um “Cliente” para virar um “Freguês.”

5. Invista no seu Negócio

Quanto você investe no seu trabalho? Se sua fotografia já te traz algum dinheiro (ou se ela é sua ocupação principal) quanto desse dinheiro você investe de volta? Não estou falando simplesmente em equipamentos mas sim em tudo que possa melhorar a vida do seu cliente. Um curso ou workshop, um site ou blog bem feito, a decoração do seu estúdio ou até a qualidade do café que você oferece ao seu cliente durante a sessão. Separe uma parte do que você ganha para investir e, aos poucos, vá deixando o que já está bom ainda melhor :)

terça-feira, 16 de abril de 2013

Mulheres e empreendedorismo

Por Willian Mac-Cormick para Sua Carreira

Liderança ocupacional, motivação em equipe, objetividade e direção para resultados. Estas são algumas das vantagens que as mulheres em geral têm sobre os homens. O fato de as mulheres levarem em consideração as angústias, darem mais ênfase à escuta e à subjetividade de seus subordinados e colegas, além de ser uma consequência da natureza feminina é também porque as mulheres, ao contrário dos homens, não vêem no trabalho a principal fonte de realização pessoal.

Por mais que hoje as mulheres queiram ascensão profissional, liderar, influenciar e crescer na empresa, muitas ainda desejam constituir família, ter filhos e um grande companheiro ao lado, coisas simples que foram temas de seu brincar da infância e conseqüentemente de seus desejos. Para as mulheres, o significado de realização e sucesso são muito subjetivos, variando de pessoa para pessoa e variando mais ainda do homem para mulher. Uma característica da mulher contemporânea em nossa sociedade é o fato dela estar adiando cada vez mais a maternidade, em prol da estabilidade profissional, o que não é mal algum se este é realmente o seu desejo. Cada uma coloca na balança e avalia o que seria a prioridade naquele momento.

Se formos avaliar a mulher em relação ao empreendedorismo, o grande desafio para as empresas que hoje querem reter os talentos femininos é fazer com que este desenvolvimento profissional não seja um fardo, um empecilho para seus outros desejos e objetivos de vida, fazer com que a maternidade, casamento e estabelecimento familiar não se tornem concorrentes de uma ascensão e sim complementares. Mas o desafio também não é apenas da empresa, e sim da própria mulher em entender, dialogar com seu desejo, agir a altura dele. As mulheres têm uma grande capacidade de satisfazer as necessidades emocionais dos que com ela trabalham. O resultado disso é uma forma equilibrada e harmoniosa de alcançar o seu próprio crescimento, refletindo-se nos serviços prestados. Elas podem muito bem serem assertivas, enérgicas, mas sem perder a ternura e admiração do grupo. A necessidade de poder para as mulheres está relacionada ao grau de influência que elas exercem no ambiente onde trabalham e não no tamanho da sala, nas mordomias, tamanho da equipe, tamanho do salário, etc.

Por sua necessidade constante em cumprir vários papéis como o da dona de casa, mãe, esposa, profissional, a mulher desenvolveu a capacidade de adaptação às mais variadas situações. Enfim, a mulher empreendedora se motiva principalmente pela busca da realização e por conseqüência, a felicidade. Seu sucesso é tão evidente por uma simples questão, a felicidade é chegar ao seu limite de competência para melhorar sua vida e a dos outros. O que deve estar sempre bem claro, tanto para homens, como para mulheres é que o trabalho é um aspecto da vida e não “O” aspecto único. O ser humano é um ser de muitos prazeres e quando elegemos apenas um prazer como o único, poderemos ter problemas. Por isso, pode ser uma fonte de felicidade ou de anestesia.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Um negócio para cada estilo

Por Sonaira San Pedro e José Vicente Bernardo para PEGN

Em que momento da sua vida você se sentiu plenamente feliz? Foi fazendo brigadeiros, na antiga cozinha de sua avó? Trabalhando na campanha pela sua chapa na eleição da escola? Baixando a última versão do game mais comentado pelos amigos? Defendendo os direitos dos animais? Fazendo uma palestra sobre reciclagem? Encontrar sua vocação empreendedora tem tudo a ver com as memórias afetivas que compõem sua personalidade. Essa investigação íntima, que remete a seus desejos mais antigos, pode dar a pista de qual será o estilo do seu negócio. Geek, fashion, gourmet, engajada: descubra seu jeito de empreender e siga o exemplo dessas mulheres que encontraram o caminho do sucesso.

Faturamento de gente grande

Precoce na cozinha, incansável no dia a dia e ligada à família, Renata Vanzetto é chef de sucesso aos 23 anos.

QUEM É > Renata Vanzetto, 23 anos, chef de cozinha, fundadora do Marakuthai
O QUE FAZ > Cozinha contemporênea, com ingredientes brasileiros e tailandeses

Renata Vanzetto começou a cozinhar aos 9 anos. Aos 17, deixou Ilhabela, no litoral de São Paulo, para fazer estágios em cozinhas da França e da Espanha. Quando voltou, resolveu começar a faculdade de gastronomia. “Detestei. Fiquei quatro dias na aula e voltei correndo para Ilhabela”, conta. A família a ajudou a montar um restaurante na ilha. A mãe, Silvia, entrou com um fogão e a decoração, a tia cedeu o micro-ondas e o pai, René, entrou com o ponto na marina. O cardápio tinha apenas um prato principal. “Era um negócio caseiro. De repente, o restaurante explodiu e nossa fama subiu a serra.”

Em 2008, a jovem chef foi procurada por um investidor para abrir uma unidade em São Paulo. “Ele desistiu quando tudo estava pronto. Decidimos levar o projeto adiante. Investimos R$ 600 mil”, lembra. Três anos depois, a casa tem um faturamento mensal de R$ 200 mil.

Mesmo sem ter formação na área, Renata já foi indicada em importantes guias gastronômicos do mundo. Recusou convites como um estágio na cozinha do D.O.M., de Alex Atala (porque estava envolvida na inauguração de São Paulo), e até para posar para uma revista masculina.

Em julho, fez estágio no restaurante número 1 do mundo, o dinamarquês Noma, do chef René Redzepi. “Lá, retomei a relação com a natureza e a atenção aos ingredientes. E senti o desejo de, um dia, voltar definitivamente para Ilhabela, onde cresci e fui criada”, conta. “O restaurante na ilha é o laboratório para tornar realidade meu grande projeto de trabalhar só com os produtos de lá, valorizando os ingredientes naturais e orgânicos.” O Marakuthai de Ilhabela tem 18 lugares e funciona na alta temporada, quando fatura R$ 300 mil por mês.



Doce de roupa nova

O hobby de fazer brigadeiros para os amigos se transformou em cinco lojas em apenas um ano

QUEM É > Taciana Kalili, 34 anos, designer, fundadora da Brigaderia
O QUE FAZ > Produz e vende brigadeiros com roupagem gourmet

Recém-casada e morando havia pouco tempo em São Paulo, a mineira Taciana Kalili achou que iria agradar se preparasse os doces para os 400 convidados do marido aniversariante. Acertou. “Eles me perguntavam quem tinha feito os brigadeiros e, nos dias seguintes, começaram a ligar fazendo encomendas”, conta. Quatro meses depois, no Natal de 2009, já gerenciava 20 pessoas trabalhando em sua casa para dar conta das entregas. A sala de estar virou depósito de caixas forradas com tecidos estampados, onde os doces eram embalados. Taciana então juntou R$ 40 mil e abriu a primeira loja, em março de 2010. No fim do ano, já tinha faturado R$ 5 milhões.

Hoje Taciana tem uma fábrica e cinco lojas em shoppings de São Paulo – planeja chegar a Campinas (SP) e Rio de Janeiro. No cardápio, há 35 receitas à base de chocolate belga com ingredientes como cheesecake de goiaba, limão, macadâmia e pistache. As embalagens estampadas são sua marca registrada. Hoje a Brigaderia tem 70 funcionários para atender 22 mil clientes, incluindo empresas que encomendam os doces para seus eventos.

VIDA FINANCEIRA X VIDA PESSOAL
“Hoje, posso dizer que tenho uma vida financeira tranquila. Mas, desde a adolescência, abri mão de minha vida pessoal, enfiada na cozinha dia e noite.” Renata acorda às 10h e passa o dia misturando ingredientes típicos tailandeses a receitas brasileiras. Deixa o restaurante às 2 da manhã. A irmã Luiza, de 19 anos, lida com os fornecedores. A mais recente aposta é um buffet da marca.



Vida recicladas

TemQuemQueira faz moda com matéria-prima que iria para o lixo. A mão de obra, prisional, tem plano de carreira

QUEM É > Adriana Gryner, 50 anos, fundadora
O QUE FAZ > Transforma o lixo gerado na realização de eventos e publicidade em moda e decoração.

Dona de uma agência de eventos corporativos, Adriana Gryner se incomodava com o lixo gerado na desmontagem de fundos de palco, banners e outdoors. Pensava em uma maneira de reaproveitar tudo aquilo. “Não existia reciclagem para esses materiais, então resolvi testar com minha própria máquina de costura o que poderia fazer com eles.”

Foi assim que, em 2008, decidiu investir R$ 30 mil em um projeto que permitiria usar lixo como matéria-prima para a produção de bolsas. “Queria dar oportunidade às pessoas e escolhi o tipo de mão de obra mais marginalizada que poderia encontrar no mercado. Chegamos a um presídio, montamos uma oficina de costura e começamos a capacitar as pessoas”, lembra. “Ao mesmo tempo que os detentos aprendiam a manusear a máquina de costura, reciclando o vinil colorido, tentavam recompor suas vidas.”

Hoje, a TemQuemQueira mantém três oficinas, com 35 funcionários e 5 mil peças produzidas por mês. Das oficinas, saem porta-iPads, material para escritório e artigos de decoração, além das bolsas. A ideia de investir no design deu certo: as coleções são assinadas por estilistas de renome e toda a equipe criativa da agência de eventos de Adriana trabalha voluntariamente na criação das peças. A TemQuemQueira conseguiu o patrocínio de grandes empresas, como Embratel e Bradesco Seguros, que apoiam a reciclagem de lonas e telas que elas mesmas produzem. O próximo passo é transformar as lonas que serão usadas nos Jogos Olímpicos de Londres e do Brasil em artigos úteis para a sociedade.



Assinatura fashion

Estilista carioca batalhou para manter o nome e a identidade da marca que criou em 2003

QUEM É > Isabela Capeto, 41 anos, estilista
O QUE FAZ > Desenvolve moda feminina artesanal e urbana

Quando abril sua empresa, em 2003, Isabela Capeto já tinha passado por grifes como Maria Bonita e Lenny. Investiu R$ 5 mil e sublocou uma sala no escritório de uma amiga. “Dei o nome de Ateliê Ibô. Com o negócio crescendo, meu agente me convenceu a batizar a marca com meu nome. Achei pretensioso, mas deu certo”, conta. Logo ela já atendia a 49 multimarcas. As exportações (para Dubai, França, Estados Unidos e Japão) chegaram a representar 40% da produção.

Isabela fez parcerias e contratos de licenciamento com Melissa, Havaianas, Brastemp, Risqué, Levi’s e Phebo. Em 2008, vendeu 50% do negócio para a InBrands, esperando facilitar a produção e simplificar a gestão financeira. “Não deu certo.” No ano seguinte, quis voltar atrás. “Demorou dois anos para eu conseguir a marca de volta. Tive momentos de pânico.”

Com a recompra, focou na loja do Rio. Tem 12 funcionários, mantém diferentes fornecedores (entre ONGs e projetos sociais) e lançou uma linha de decoração. Conta com o marido, Werner, na área financeira, e com a babá (na família há 42 anos), para tomar conta da filha Francisca, de 12 anos.



Inglês para todos

Ana Pessoa lançou o curso online Meuinglês em 2010. Neste ano, deve faturar R$ 2,5 milhões

QUEM É > Ana Gabriela Pessoa, 30 anos, pedagoga, fundadora da Ezlearn
O QUE FAZ > Lançou curso de inglês para classe C e tem 100 mil alunos

A ideia de criar a Ezlearn e o curso Meuinglês nasceu em 2008, quando Ana Gabriela Pessoa tinha 27 anos, logo depois de concluir o mestrado em Políticas Educacionais na Universidade Harvard. “Voltei para o Brasil e captei US$ 25 mil de investidores anjos. Não havia muita inovação em educação online no Brasil. Os primeiros modelos estavam começando nos EUA. Fiquei alguns meses sozinha e, aos poucos, fui montando a equipe. A ‘sede’ era na casa dos meus pais – às vezes, num restaurante no Rio de Janeiro com wi-fi grátis. Ficávamos horas lá, à base de café é água”, lembra.

A divulgação do negócio foi boca a boca. “Sempre tivemos uma equipe pedagógica de primeira produzindo o melhor conteúdo para aprender inglês online do Brasil. O negócio foi crescendo graças às parcerias e aos clientes que elogiavam nosso trabalho”, diz Ana. “Entramos num nicho crescente. A classe C se preocupa cada vez mais com educação. A oferta de conteúdo de alta qualidade a um preço acessível ainda é pequena no Brasil.” Em 2010, primeiro ano de operação do curso, a empresa faturou R$ 500 mil. Para 2011, a previsão é de R$ 2,5 milhões. “Comecei sozinha em 2008. Hoje somos em 20 e temos mais de 100 mil alunos.”

“Para ser empreendedora tem de querer mudar algo, ver uma oportunidade de mercado, agir rápido e contar com os sócios certos. Tem que saber que muita coisa dará errado e você terá de se levantar e tentar de novo”, ensina Ana, que está criando um grupo de empreendedoras em tecnologia para incentivar outras mulheres a montar seu próprio negócio.



Google para criança

Empreendedora cria site que filtra conteúdos inadequados e torna a pesquisa divertida

QUEM É > Natália Monteiro, 25 anos, administradora
O QUE FAZ > lançou o primeiro site de buscas para crianças

Três anos e várias ideias depois de se lançar como empreendedora, Natália Monteiro achou o que procurava. Agitada, curiosa, fã de tecnologia e apaixonada por crianças, criou, no fim do ano passado, o primeiro buscador da América Latina para crianças, o Zuggi.com. “A função do site é filtrar conteúdos inadequados e ajudar os pequenos a fazer suas pesquisas online de um jeito alegre”, diz.

Antes de chegar ao buscador, Natália teve vários projetos: uma fábrica de brinquedos, uma de produtos para bebês, vender inaladores infantis pela internet, fazer um blog para mães... “Fui flexível para mudar quando percebia que o caminho estava errado”, diz. “Meu investimento inicial veio da minha família e do governo. Recebi R$ 120 mil para iniciar as operações”, conta. O dinheiro serviu para contratar funcionários e consultorias de marketing e gestão. Mas os primeiros clientes vieram pelo boca a boca. “Iniciamos as vendas de uma versão para as escolas, com metodologia de apoio ao professor”, diz Natália. Até então, só havia a versão gratuita do buscador. “Hoje somos duas sócias, quatro funcionários e três investidores anjos.”

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Inovação mais veloz impõe “reinados” mais curtos

Por João Luiz Rosa e Bruna Cortez



Como o Facebook, que protagonizou a maior oferta pública de uma empresa de tecnologia, várias companhias já pareceram insuperáveis em algum momento de sua história. Todas viram surgir rivais que as sucederam como símbolo de inovação global.

A constatação parece óbvia: à medida que os ciclos de inovação ficam mais rápidos, os períodos de domínio tecnológico das grandes companhias ficam mais curtos. A IBM, cujas raízes remontam ao fim do século XIX, só teve uma sucessora à altura em meados da década de 80, quando a Microsoft emergiu, colocando no pedestal o software e o PC, em vez dos grandes computadores empresariais. A companhia de Bill Gates dominou o cenário por pelo menos 20 anos, até que o Google se firmasse como a empresa de internet por excelência. O interesse despertado agora pelo Facebook, criado em 2004, mesmo ano em que o Google foi à bolsa, mostra que há um novo pretendente ao trono. É menos de uma década de diferença.

Todas essas companhias continuam relevantes, mas a pergunta é por que o líder de uma fase tecnológica não consegue manter essa posição na etapa seguinte.

Ao se tornarem referências globais de tecnologia – e o aval de Wall Street é um sinal dessa capacidade –, as empresas passam a ter obrigações legais que causam uma inevitável distração. A preocupação, antes concentrada no laboratório, é dispersada entre diversos públicos – o acionista, o analista de mercado, a imprensa especializada... Não alcançar uma previsão de resultados pode ser tão ou mais destrutivo quanto lançar um produto que funciona mal.

Com milhares de funcionários e milhões de consumidores, as companhias acabam se fixando em produtos já provados no mercado. O Windows e o Office continuam sendo as armas principais da Microsoft, da mesma maneira que o mecanismo de busca é o carro-chefe do Google.

A despeito de equipes gigantescas e orçamentos generosos destinados à pesquisa, essa camisa de força acaba permitindo o surgimento de companhias menores e muito mais ágeis, que captam melhor as necessidades do público.

Não é à toa que Zuckerberg adiou o quanto pode a estreia do Facebook no mercado de capitais.

Parece cedo demais para perguntar, mas a julgar pela história, qual será e quando vai surgir o próximo Facebook?

A decisão da companhia de pagar US$ 1 bilhão pelo Instagram, em pleno período de silêncio pré-oferta, dá uma pista do rumo atual das coisas. O Instagram, um aplicativo de fotografia, tornou-se um fenômeno de popularidade na web. O próprio Zuckerberg negociou o acordo de compra antes de apresentá-lo pronto ao conselho de administração do Facebook.

O americano Kevin Systrom e o brasileiro Michel “Mike” Krieger, cofundadores do Instagram, podiam ter recusado a proposta, mas concordaram em vender o negócio, menos de dois anos depois de tê-lo criado. Outras criações populares como o Skype não resistiram. O serviço de comunicação é hoje controlado pela Microsoft.

Esse tipo de decisão não surpreende. Muitos empresários da novíssima geração – a maioria com 20 e poucos anos de idade – pensam em vender seus negócios a grandes grupos, em vez de amadurecê-los. Essa tendência vem de anos. Em 2004, o Valor perguntou a seis empresas que integravam o ranking das 29 companhias mais inovadoras do mundo, segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), quais eram suas perspectivas. Quatro delas disseram esperar ser compradas.

Zuckerberg tomou uma direção diferente. Em 2006, recusou ofertas bilionárias tanto da Viacom (US$ 1,5 bilhão) como do Yahoo (US$ 1 bilhão) para vender a companhia. E mesmo sob a oferta pública, cuidou de assegurar a si mesmo a maioria das ações com direito a voto, o que lhe dá amplos poderes na direção da empresa.

É verdade que ao rejeitar as propostas de compra, Zuckerberg correu o risco de sumir do mapa. Não fosse essa recusa, porém, o Facebook poderia ser hoje uma divisão meio esquecida nas engrenagens de algum conglomerado de tecnologia ou mídia.

Ironicamente, o surgimento do próximo Facebook pode depender da habilidade de o Facebook real – ou outro gigante tecnológico – perceber o potencial de alguma empresa de garagem, conduzida por um nerd de moletom.

Fonte: Observatório da Imprensa

quarta-feira, 16 de maio de 2012

[Entrevista] Todas as empresas precisam inovar

Por Lorena Vicini

José Claudio Terra, o CEO da consultoria TerraForum, especializada em inovação, respondeu a Pequenas Empresas & Grandes Negócios algumas das dúvidas mais frequentes do empreendedor quando se trata de implementar a inovação no dia a dia da empresa. Confira:

1) "Inovação" já é um termo tão utilizado que virou senso comum. Quase tudo pode ser inovação. Na sua definição, o que é inovação no contexto empresarial?
Inovação no contexto empresarial é a capacidade de uma organização gerar valor econômico a partir de mudanças. As mudanças podem ser de grandes proporções ou mais incrementais. Podem ser totalmente originais ou uma novidade em um mercado específico. Pode ter sido originada internamente ou copiadas de outros mercados.

2) Que tipo de indício pode significar que a empresa necessita de inovação? Quais são os sinais a que o empreendedor deve estar alerta?
Todas as empresas precisam inovar. É difícil imaginar alguma empresa que não precisa estar sempre alerta quanto às oportunidades para inovar.

3) Depois de ter "a ideia inovadora", quais são as etapas para concretizá-la?
Há um ditado que se aplica muito bem a esta pergunta: “O inferno está cheio de boas ideias”. O que quero dizer com isso é que as ideias são apenas um pequeno pedaço do processo de inovação. A grande questão na inovação depois da boa ideia é a mobilização de recursos para concretizá-la. Há uma metodologia clássica chamada “stage-gates”, que nada mais é do que ter marcos bem claros que mostrem como uma ideia pode estar evoluindo, no sentido de se tornar efetivamente uma inovação. Nesses marcos, diferentes tipos de pessoas, perfis e especialistas são chamados para avaliar e, principalmente, apoiar o projeto de inovação. O inovador e empreender são pessoas especiais porque sabem que ao longo do processo de evolução da ideia para o projeto, muitos obstáculos são encontrados e que precisam ser vencidos com persistência.

4) Como incentivar uma cultura de inovação na sua empresa? Quais medidas o empreendedor pode tomar para fomentar uma postura aberta nos funcionários? E os funcionários, como devem dar o feedback em relação a essas medidas?
Criar uma cultura de inovação não é nada fácil. Primeiro porque uma cultura de inovação requer pessoas que genuinamente vibrem com as perspectivas de mudança, criação, autonomia e riscos. Muita gente diz que gosta deste tipo de ambiente, mas na prática isto não é verdade. Dito isto, criar uma cultura de inovação demanda uma liderança, principalmente do número 1 da empresa, que realmente apoia visivelmente e materialmente pessoas que arriscam, que propõe novas ideias, que testam novos conceitos e abordagens. A palavra iniciativa é outra que é muito importante. Muitos falam que as coisas precisam mudar, mas quem efetivamente leva a cabo as mudanças? Nesse sentido, a questão é reconhecer e recompensar aqueles que se envolvem nos projetos de inovação, sejam eles de sucesso ou não.

5) Que tipo de atitude barra a cultura de inovação?
Gente que se posiciona sempre como juiz, como avaliador e como dono da verdade.

6) Quais posturas por parte da empresa transparecem para o cliente uma postura inovadora? O que ela ganha com isso?
Uma empresa que inova está sempre trazendo novidades para seus clientes. Embora a maior parte das inovações sejam copiadas rapidamente, aqueles que constantemente saem na frente são mais lembrados como inovadores. Outra característica da empresa inovadora é a capacidade ouvir profundamente seus clientes. Isto é diferente de pesquisa de opinião. Ouvir o cliente no contexto de inovação é pensar juntos nas soluções e produtos.

7) Inovação necessariamente requer investimento?
Não necessariamente, pois pode envolver coisas tão simples como mudar o jeito de servir, de atender ao telefone ou manter o cliente bem informado. É verdade, no entanto, que inovações mais radicais, que mudam o modelo de negócio, tipicamente exigem investimentos.

Fonte: PEGN

quinta-feira, 15 de março de 2012

A história de luta e sucesso de uma brasileira nos EUA

Por Agência Sebrae

No ano de 2000, Flávia Leal, carioca, então com 19 anos, recebeu um convite para trabalhar nos Estados Unidos. Conseguiu o visto e se mudou, com a pretensão de passar uns dois anos, mas lá ficou. Hoje, casada, e com duas filhas - Jessica, de 11 anos, e Victoria, 4 - ela é proprietária do Flavia Leal Beauty Institute, em Woburn, no estado de Massachusetts.

Flávia conta que em 2008, por orientação da mãe, entrou em uma escola de beleza, desistindo do curso de enfermagem que havia começado. Estudou estética e resolveu ensinar o que sabia mas foi aconselhada a desistir de ser professora em razão do seu inglês carregado de sotaque. No dia seguinte, entretanto, veio a vontade de abrir uma escola prórpia. Nessa época, Flávia assistiu a uma palestra sobre empreendedorismo, promovida pelo Sebrae em Minas Gerais, em Framingham, onde conheceu a analista técnica do Sebrae, Alanni Barbosa.

A brasileira foi orientada pelo Sebrae a fazer o Plano de Negócios.  “O melhor presente que já ganhei”, avalia Flávia. O plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio.

Hoje, além de cuidar da beleza de patrícios e norte-americanos, o trabalho da brasileira inclui a formação de novos profissionais da área em cursos como airbrush, maquiagem, peelings, tratamentos rejuvenescedores, depilação, manicure e pedicure e arte nas unhas. Também comercializa produtos profissionais, uniformes, livros, maquiagem, cera para depilação e outros equipamentos.

A empresária conta ainda que o vendaval econômico que sacudiu o mundo inteiro, há quatro anos, trouxe consequências para a sua vida. “A crise me afetou bastante. Tive que entrar com processo de falência pessoal para não ter minha casa leiloada pelo banco, mas também tive a sorte de contar com o Sebrae na construção da minha empresa”. Flávia acredita que as coisas estão melhorando. “Brasileiros que perderam seus trabalhos secundários durante a crise estão procurando se profissionalizar, o que tem ajudado, e muito, o crescimento do meu business”, comemora.

O Flavia Leal Beaty Institute vai bem. Tanto que sua proprietária já pensa em abrir franquias no Brasil. Mas não tem planos de voltar. “Não desejo morar permanentemente no Brasil, mas quando der início ao meu projeto, irei lá muitas vezes”. De fato, seria complicado o seu retorno. Ao mesmo tempo em que atendia à reportagem, Flávia estava às voltas com a organização de um novo curso de maquiadoras, para preparar 30 profissionais para o terceiro encontro das Brazilians Women in Power (BWP), em Woburn.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crowdfunding ganha força no Brasil

Por Daniela Moreira para Exame


De carona no sucesso de iniciativas estrangeiras, empreendedores brasileiros estão se aventurando no crowdfunding, modelo que permite que indivíduos ou empresas financiem seus projetos através de doações coletivas.

A premissa é relativamente simples: o autor da ideia apresenta sua proposta em uma plataforma online e diz quanto quer captar. Através deste sistema, indivíduos que se interessem em apoiar o projeto fazem doações – cada um dá o que quer ou o que pode. Em troca, o dono do projeto oferece uma recompensa – se o projeto anunciado for um filme, por exemplo, os “investidores” podem receber uma cópia gratuita em primeira mão.

Se o projeto conseguir captar os recursos desejados, os donos da plataforma repassam a verba aos responsáveis pelo projeto, ficando com uma comissão – em geral, 5%. Se a meta de arrecadação não for atingida, o dono da ideia sai sem nada e os investidores recebem o dinheiro investido de volta - em alguns casos, não em espécie, mas em forma de crédito para investir em outros projetos.

Uma das referência mais importantes em crowdfunding, o site americano Kickstarter já permitiu que mais de 380 mil pessoas buscassem recursos para colocar suas ideias em prática – desde filmes independentes até discos produzidos e gravados em casa. Mais de 30 milhões de dólares em recursos foram solicitados por meio da plataforma, sendo que alguns projetos chegaram captar mais de 100 mil dólares.

Os sites Queremos e Vakinha indicam que o crowdfunding tem potencial para dar certo no Brasil. O primeiro permitiu que os fãs dos artistas Mike Snow e Belle & Sebastian unissem forças para trazer seus ídolos ao Brasil. Aqueles que fizeram doações através do Queremos tiveram o dinheiro revertido em ingressos uma vez que as apresentações foram viabilizadas.

Já o Vakinha permite que qualquer internauta cadastre seu objeto de desejo no site e peça doações aos amigos para poder comprá-lo. No ar desde 2009, a plataforma já teve mais de 30 mil “vaquinhas” cadastradas e permitiu que pelo menos 10% dos projetos fossem viabilizados – desde festas de casamento e churrascos até pedidos de ajuda para animais e crianças doentes, passando por operações de implante de silicone e tatuagens.

“Já tivemos um projeto de casamento que arrecadou 60 mil reais”, conta Luiz Felipe Gheller, diretor executivo e um dos fundadores do Vakinha, cujas próprias bodas motivaram o nascimento do site. “Como fomos para fora do país, presentes ou listas de casamento não faziam sentido. Aí veio a ideia de criar uma um site onde as pessoas pudessem fazer doações em dinheiro”, conta.

Mas não são só os projetos pessoais que têm vez na plataforma. Segundo Gheller, muitas bandas usam a ferramenta para financiar seus discos e blogueiros pedem ajuda para manter seus sites no ar – sinal de que o modelo tem potencial para se tornar uma fonte interessante de financiamento para os empreendedores no Brasil.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

[Entrevista] Empreendedorismo na faculdade com Bruno Biscaia

Por Millor Machado para Saia do Lugar

Bruno Biscaia é editor de Empreendedorismo do blog Dinheirama e graduando em Engenharia de Produção Mecânica na Universidade Federal de Itajubá. Atua em seu cotidiano inspirando pessoas a buscar melhores oportunidades em suas vidas. Co-autor do Livro do Blog – Dinheirama (Editora Blogbooks).


Você poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória? Desde o começo da faculdade até fazer parte do Dinheirama, um dos maiores sites de economia e negócios do Brasil?

Quando entrei na faculdade coloquei em minha cabeça que nos cinco anos seguintes eu me esforçaria ao máximo para ser um dos melhores profissionais do mercado. Isso não era apenas uma meta, mas um sentimento profundo de querer ir além das minhas próprias expectativas.

Comecei devagar, fazendo cursos pelo SEBRAE para aprender um pouco mais sobre empreendedorismo e logo depois fui selecionado para entrar na empresa júnior de minha universidade, a Unifei Junior, com um cargo de consultor de eventos, que implicava em minha saída logo após a execução de um evento, isto é, era um cargo temporário.

Nesse momento comecei a estabelecer metas: a primeira foi de que eu deveria me esforçar ao máximo para ser convidado a ser um membro efetivo da empresa, sem precisar passar por novos processos seletivos – eu deveria merecer a vaga.

Dessa forma, passado algum tempo de trabalho, fui convidado a compor uma das funções dentro da Diretoria de Marketing da empresa e também a organizar um novo evento, chamado de A Semana do Empreendedor, foi aí que comecei a me aproximar do Dinheirama.

Objetivo alcançado, mudança de metas: a nova meta agora era conseguir estagiar nas férias de verão em uma grande empresa. Com isso na cabeça continuei trabalhando na empresa júnior e desenvolvendo o evento. Fiz uma pesquisa na região e na internet e como já era um leitor do Dinheirama, achei interessante convidar o Conrado Navarro, sócio-fundador do blog, para palestrar em uma das noites do evento. Foi um sucesso.

Daí para frente foi manter contato: o famoso networking. Com isso veio o convite inesperado para participar do Dinheirama. Logo no começo percebi que tinha que me especializar mais ainda, fui atrás de livros, revistas e experiências novas para contar aos leitores do site.

Para conseguir me dedicar mais a faculdade e ao Dinheirama, escolhi sair da empresa júnior. Pouco tempo depois veio a confirmação de que a vaga de estágio era minha. Mais um objetivo alcançado. Continuei no blog desenvolvendo meu trabalho e estou até hoje buscando passar tudo que aprendo na teoria e na prática para os leitores do site.


Qual foi a importância da Empresa Junior para sua formação profissional?

BB - Como disse acima, ela foi o começo de tudo, dos meus erros e dos meus acertos. Fundamental para o meu crescimento e aprendizado. É na empresa júnior que temos a oportunidade de lidar com pessoas de todos os tipos, antes de entrar no mercado profissional: motivadas, inexperientes, preguiçosas, competentes, egocêntricas etc. Com isso, aprendemos a gerar grandes resultados com todos esses perfis distintos dentro de uma equipe.

É o encontro com a diversidade, com o inesperado e com a força de vontade. Para conseguir bons resultados você tem de aprender a lidar com o melhor da cada pessoa, aprender a trabalhar em equipe.


Está nos seus planos abrir sua própria empresa?

BB - Acredito que não poderia não estar. Essa é mais uma chance de aprendizado e de desenvolvimento e mais um de meus objetivos para o futuro. Vamos aguardar.


O que você acha que é necessário para um jovem empreendedor “sair do lugar”?

BB - A idéia de “sair do lugar” é muito boa por que remete a movimento. Para “sair do lugar” é preciso desligar o piloto automático e sair da inércia. É querer que sua vida tome rumos diferentes do atual e realmente se esforçar para que isso aconteça. É mudar a forma como você se comporta diante das oportunidades que a vida cria para você, ou que você cria para a sua vida.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como desenvolver suas 3 características do empreendedor

Por Saia do lugar

Durante a gravação do segundo episódio do Empreendecast, nós tivemos uma ótima conversa com o Yuri Gitahy (da Aceleradora) sobre as características do Empreendedor.

No geral, vimos que existem 3 categorias principais de características que um empreendedor (ou uma equipe de empreendedores) deve ter:

1. Ser “imparável”
2. Conhecimento técnico
3. Conhecimento gerencial

Os 3 tipos são essenciais, por isso vale o esforço de análise na hora de montar sua equipe de sócios, de contratar pessoas pra sua gestão ou pra se preparar pra virar um empreendedor.

Porém, não existe um kit “Vire um empreendedor em 10 passos e, se comprar agora, leve uma secretária”. É preciso entender como desenvolver cada um desses tipos de características:

1- Ser “imparável”

Ser “imparável” é saber que não importa o que aconteça, você alcançará o sucesso, mesmo que isso envolva uma mudança de planos. Essa é a primeira característica essencial a qualquer empreendedor.

Porém, é uma questão muito mais inata do que “desenvolvível”. Ou seja, se você é do tipo acomodado com a situação atual e simplesmente não se interessa em fazer sempre mais e melhor, recomendo que você encontre alguém “imparável” para empreender com você.

2- Conhecimento técnico

Uma construtora precisa de engenheiros, um hospital de médicos e por aí vai. Alguém precisa ser o cara técnico, pois algo precisa ser produzido e entregue.

Esse é o tipo de conhecimento que precisa de um curso técnico ou uma faculdade para que se adquira o expertise. Além de necessitar de certo tempo entre estudos e prática, a supervisão e auxílio de professores é essencial na maioria das áreas do conhecimento.

3- Conhecimento gerencial

Segundo o Sebrae, a falta de conhecimento em gestão é um dos maiores motivos pelos quais muitas empresas vão à falência.

É muito normal pessoas com os outros dois grupos de características acharem que gestão é simplesmente algo fácil de fazer e que não é preciso se preparar e estudar. Mas imagine uma empresa sem uma pessoa com essas características essenciais para gestão:

a) Liderança

Não apenas influenciar e ser referência, mas principalmente conseguir motivar pessoas a produzirem o melhor possível no melhor ambiente possível.

Conhecimentos em recursos humanos, se bem aplicados, podem fazer grande diferença na produtividade de uma equipe.

b) Finanças e contabilidade

“Manda tudo pro contador?” – isso é o que mais se ouve; mas você navegaria em alto mar sem um gps ou alguém que realmente conhece o que acontece por lá?

Ou seja, ter alguém que consiga não só acompanhar de perto um contador, mas principalmente organizar as finanças da empresa e traçar cenários é simplesmente vital.

c) Vendas e Marketing

Noções de negociação, posicionamento do produto no mercado e habilidades de vendas são um dos principais pilares em qualquer empresa. Todo mundo precisa vender, e ponto.

Subestimar a dificuldade de uma venda é um dos erros clássicos de pequenos e médios empresários, principalmente de startups de tecnologia.

Conclusão

Basicamente, existem duas formas para se desenvolver conhecimentos gerenciais: prática e estudo. Pra aprender na prática não existe segredo, é dar a cara a tapa mesmo.

Se além da prática você preferir estudar para ter uma base de conhecimentos de gestão, a Universidade Anhembi Morumbi acabou de abrir um programa de graduação online (ensino à distância), onde um dos cursos é exatamente o de processos gerenciais. É legal ressaltar que além dessa versão à distância ser com os mesmos professores do curso presencial da Anhembi Morumbi, o diploma tem o mesmo peso e é aceito tanto no Brasil quanto no exterior.

E aí? Quais características ainda faltam pra você se tornar um empreendedor completo?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sucesso na prestação de serviços



Laércio Cosentino, da Totvs e do Instituto Endeavor, mostra como a pequena e a média empresa devem evoluir para contribuir com a construção de um país melhor.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E-Commerce é oportunidade para pequenas empresas

Por Artigos E-Commerce

Com o avanço da tecnologia e a massificação da Internet e da comunicação acelerada cada vez mais fortes, são visíveis as oportunidades trazidas para todos, de leitores e internautas até mega ou pequenos empresários.

Muitas empresas – e podemos incluir grandes corporações – ainda estão fora desse grande mercado de oportunidades. Neste mundo que não para e fica cada vez mais conectado é imprescindível levar sua marca, serviço ou produto onde seu cliente ou possível cliente esteja.

As PMEs estão de olho nesse mercado e entrando cada vez mais forte com serviços e produtos bem segmentados e diferenciados. Temos exemplos como Tecnisa, que não é uma empresa pequena, mas que descobriu com a Internet, especialmente com as redes sociais, uma forma diferenciada de vender imóveis. Não menos interessantes são os sites de compra coletiva e as lojas virtuais de produtos colaborativos, criados com as ideias dos clientes. E acredite, isso é comércio eletrônico feito com criatividade.

As pequenas empresas que apostaram no comércio eletrônico como plataforma de vendas não têm do que se queixar este ano. “O primeiro semestre foi excepcional”, diz a empresária Juliana Messenberg, sócia do site de descontos Superexclusivo, que comercializa produtos de outras lojas.

Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), em parceria com a empresa e-bit, mostra que o comércio eletrônico faturou R$ 7,8 bilhões no Brasil de janeiro a julho deste ano (2010), um crescimento de 41,2% em comparação ao mesmo período do ano passado – e uma grande parcela deste crescimento está nas mãos de pequenas e médias empresas.

Pequeno empresário ou empreendedor que busca um bom mercado para atuar, não tenha medo de apostar no e-commerce brasileiro. Como citei em outro recente artigo, busque criar algo diferenciado para se destacar no mercado; existem oportunidades para todos e, mesmo depois de grandes players neste segmento de mercado, ainda existe espaço – e vai continuar existindo – para boas e criativas ideias.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

[Entrevista] Empreendedorismo e Negócios na Internet

Por Blog Soluciona

Alberto Valle é consultor e instrutor do Curso de E-commerce consultoria especializada em treinamentos nas áreas do comércio eletrônico e marketing digital. Alberto Valle fala sobre o próspero cenário do e-commerce brasileiro e dá dicas de empreendedorismo na Internet. Dentre os diversos assuntos abordados, Valle destaca a necessidade de maior capacitação dos profissionais de e-commerce e a importância do marketing digital para os negócios online. Confira a entrevista!

BS: Por conta do grande sucesso do comércio eletrônico, muitas pessoas estão buscando empreender na internet? É possível observar essa tendência?

AV: Sem dúvida. Como trabalhamos na área de consultoria e treinamento temos um termômetro muito bom para medir a temperatura do mercado. A procura por nossos treinamentos tem batido recordes consecutivos, o que demonstra o crescente interesse por parte dos empreendedores nas oportunidades que se apresentam na Internet, já que o conhecimento sobre o mercado é o primeiro passo para quem deseja ter sucesso nessa área.
A democratização dos negócios online tem contribuído muito para esse interesse crescente. Hoje em dia o acesso à tecnologia está muito mais fácil do que era há três anos e o custo dessa tecnologia também caiu bastante. Isso torna os projetos de pequenos empreendedores economicamente viáveis e dá início ao processo de bola de neve. Uma história de sucesso incentiva outra, e outra história de sucesso acontece, incentivando muitas outras mais.


BS: Podemos observar que um grande número de lojas virtuais e sites de compras coletivas não conseguiram se estabelecer no mercado e acabaram encerrando seus serviços. Como evitar o insucesso no comércio online?

AV: O principal é perceber que no mundo digital o sucesso está intimamente ligado a seriedade com que o projeto é abordado. Soluções amadorísticas como “loja grátis” ou desenvolvida pelo “sobrinho que mexe com Internet” e administrada pela “menina da contabilidade que entende de MSN” são o caminho certo para o fracasso.
O sucesso nos negócios pela Internet passa pelos mesmos caminhos dos negócios no mundo físico, ou seja, planejamento, plano de negócios, análise SWOT e todas as outras etapas que envolvem um bom gerenciamento de projeto. Fugiu disso, o abismo fica logo na próxima curva.


BS: O e-commerce precisa estar alinhado às estratégias de marketing digital, marketing em mídias sociais, técnicas de SEO, web analytics, entre outras? Como fazer essas ferramentas funcionarem juntas de forma eficaz?

AV: Hoje em dia a diferença está toda no marketing digital. Em termos de tecnologia, estamos todos em um patamar muito próximo em função da democratização dos recursos e queda de preços tanto de hardware quanto de software. Por isso, a briga fica mesmo é na área do marketing digital, como estratégias cada vez mais sofisticadas de otimização para ferramentas de busca (SEO), links patrocinados, email marketing, redes sociais e monitoramento de todas essas ações através das ferramentas de web analytics.
Para o pequeno empreendedor, montar uma estrutura dessas, logo no início fica um pouco difícil e por isso em nossos cursos e consultorias sempre recomendamos a terceirização de algumas delas. Acho que SEO e web analytics devem ser “feitos em casa”, pois exigem um pouco mais de conhecimento da cultura da empresa. O resto, pelo menos em um primeiro momento, pode ser feito fora.


BS: Quais são as orientações que você pode dar para quem quer empreender ou já tem um negócio na Internet?

AV: Em primeiro lugar, inovar sempre. O empreendedor digital deve estar o tempo inteiro buscando aperfeiçoar o seu negócio, caso contrário corre o risco de ficar fora do mercado em muito pouco tempo. Estamos assistindo agora a revolução dos dispositivos mobile. Quem não se adaptar estará fora do mercado em menos de dois anos. A constante busca por atualização é uma função básica do empreendedor digital.
Meu segundo conselho é estar sempre atendo às demandas do público que certamente ficará cada vez mais exigente. Ouça as redes sociais e assine as Newsletters de sites e blogs especializados nacionais e internacionais para poder estar sempre a par das mais novas tendências do mercado. Nos negócios pela Internet, a informação é o subsídio mais importante para o sucesso do seu negócio.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Empresários de tecnologia dão 17 dicas para o sucesso

Por Empreendedor Online

Uma das características de um empreendedor é descobrir um sentido profundo em postulados simples e fazer disso uma diretriz para o sucesso. Foi isso que fizeram diversos empreendedores do setor de tecnologia que de uma forma ou de outra mudaram nosso jeito de viver. veja algumas dessas lições de sucesso de 17 empreendedores bem sucedidos no mundo digital.

Steve Jobs
Steve Jobs, ex-CEO e cofundador da Apple – “Estou convencido de que praticamente metade do que separa empreendimentos bem sucedidos dos quem não têm sucesso é pura perseverança”.


Max Levchin, ex-diretor-executivo de tecnologia (CTO) do PayPal – “A 1ª companhia que eu criei fracassou com um grande estrondo. A 2ª teve um fracasso um pouco menor, mas ainda fracassou. A 3ª, sabe como é, falhou de uma forma honesta, mas foi tudo bem. Me recuperei rápido. A 4ª quase não fracassou. Ainda não foi ótimo, mas foi OK. A número cinco foi o PayPal.”


Reid Hoffmann, fundador do LinkedIn – “Você se joga do alto de um penhasco e constrói um avião durante a queda”

Caterina Fake, cofundadora do Flickr – “Frequentemente as pessoas trabalham muito duro na coisa errada. Trabalhar na coisa certa é provavelmente mais importante do que trabalhar duro”
Pete Cashmore, fundador do Mashable – “Estamos competindo na verdade contra nós mesmos. Não temos o menor controle sobre o desempenho de outras pessoas.”

Jason Calacanis, fundador e CEO do Mahalo.com – “Não existe sorte, você trabalha dura e estuda as coisas intencionalmente. Se você fizer isso por bastante tempo e com afinco suficiente, você será bem sucedido”

Evan Williams
Evan Williams, cofundador do Twitter – “Seja um usuário do seu próprio produto. Faça-o melhor baseado em seus próprios desejos. Mas não se engane achando que você representa seu tipo de usuário”

Mark Pincus, fundador da Zynga – “Não ter um objetivo claro leva à morte por causa de milhares de compromissos”

Mike Maples, sócio do Floodgate – “Não é o empresário que falhou. É o empreendimento que fracassou. Na vida, você ganha algumas vezes e perde outras. O segredo é fracassar agressivamente. E não deixar que ninguém leve isso para o lado pessoal. Não deixe ressentimentos no campo de batalha. Nem tudo vai dar certo na vida”

Matt Cutts
Matt Cutts, do Google – “Há alguns me senti como se estivesse preso em uma cabana, então decidi seguir os passos do grande filósofo norte-americano Morgan Spurlock, e tentar algo novo por 30 dias. Na verdade a ideia é bem simples. Pense em algo que você sempre quis ter na vida e tenta chegar lá por 30 dias. No fim, acaba que 30 dias é mais ou menos o tempo necessário para acrescentar ou eliminar um hábito – como assistir o jornal – da sua vida”


Dennis Crowley, cofundador do Foursquare – ‘Se há algo que você quer construir, mas não há tecnologia para isso ainda, então encontre a forma mais próxima possível de chegar lá”

Tony Hsieh, cofundador do Zappos – “Não se ache. Não seja espertinho. Sempre existe alguém melhor do que você”

Fred Wilson, cofundador do Union Square Venture – “Mercados vêm e vão. Bons negócios não”

Paul Graham, cofundador do Y Combinator – “Tocar uma start-up é como levar um soco na cara repetidamente, mas trabalhar numa grande empresa é como passar por um afogamento simulado”

Marc Benioff, cofundador do Salesforce – “O segredo para uma contratação bem sucedida é: procure pelas pessoas que querem mudar o mundo”

Jack Dorsey
Jack Dorsey, cofundador do Twitter e do Square – “‘Espere o inesperado, e sempre que possível seja você o próprio inesperado’. Essas palavras são do livro Cruddy, de Lynda Barry. Eu as trago comigo já há algum tempo. Há muita coisa em minha vida que eu não estava esperando. Uma delas é perceber que eu subi neste púlpito e proferi o discurso na minha própria graduação… 15 anos atrás. Inesperadamente, estou velho.”

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A Grande Ideia



O SBT estreiou no dia 22/01/2012 o programa "A Grande Ideia", com apresentação de Carolina Castelo Branco e direção de Ricardo Munhoz.

A atração vai de encontro ao momento em que o país vive de inovação e empreendedorismo. São quatro reportagens e quadros que vãmostram grandes ideias que se tornaram negócios de sucesso. Dicas, consultorias e educação financeira.

"O programa exibe histórias de pessoas com espírito empreendedor, brasileiros, que com empenho e criatividade realizam grandes ideias e constroem o tão sonhado negócio próprio”, explica Ricardo Munhoz.

Um dos quadros chama-se "Negócio Curioso", o telespectador vai acompanhar histórias inusitadas. “Aquelas que você pensa: ‘como uma invenção dessa pode dar tanto dinheiro?’”, diz Munhoz.

Outra atração é a "Dica do Patrão", onde grandes empresários brasileiros vão direto ao assunto e mostram pontos estratégicos para o telespectador melhorar o seu negócio.

E ainda o quadro "E aí, Qual é a Dúvida?", onde especialistas aconselham empresários de qualquer parte do Brasil a melhorar a imagem de sua empresa.

"A Grande Ideia" vai ao ar aos domingos às 8h no SBT.

Confira o que rolou no programa de estreia:

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

8 Mitos do Empreendedorismo

Por Alex Falararo para Startup Diário



Mito 1: Você pode aprender a ser empreendedor lendo livros, blogs e indo em eventos.

Realidade:
•Nunca os aspectos práticos da vida serão substituíveis pela teoria dos livros, principalmente ao que se refere ao ambiente que você está enfrentando, que não pode ser controlado. "Um dia de trabalho vale mais do que um ano de leitura";
•Na vida real na maioria dos casos não temos informações suficiente para seguir em frente com nossos planos, exigindo coragem, que é algo emocional e não pode ser sentido durante uma ilustração;
•Você só sente na pele, quando precisa abrir mão do seu tempo e de coisas que considera importantes para poder se dedicar a este projeto, entrando num conflito do que é mais valioso para você;
•Faça com que o trabalho seja divertido, mas mantenha o comprometimento, pois perder dinheiro não é brincadeira.


Mito 2: Startups são iniciadas somente por estudantes da área de tecnologia.

Realidade:
•A facilidade que esses caras tem é que eles estão acostumados a prototipar seus projetos, que é uma grande vantagem, mas nada que um um pouco de vontade e prática as pessoas que são formadas em outras áreas não consigam fazer. Posso citar como exemplo o caso de uma startup que foi acelerada pela equipe da Techstars, Everlater, cujos fundadores, quando tiveram a ideia ainda eram profissionais da área financeira e sabiam nada de programação;
•Aliás, as vezes é até melhor que não se tenha formação na área de tecnologia, pois isso pode restringir sua visão inicial sobre negócios, se focando demais na criação do produto, correndo o risco de escalá-lo prematuramente (que é um dos maiores motivos porque as startups falham segundo o Startup Genome Report);
•Se você quer construir uma startup tecnológica ou de qualquer outra área, mas não é especialista em algo extremamente necessário para o tipo de empresa, sugiro que se atente aos ambientes que freqüenta. Algumas das pessoas mais valiosas e especialistas em negócios, investimentos e tecnologia podem estar sentadas ao lado de vocês ou na fila de espera, vocês só precisam conversar e se conhecer. Aprenda a ter a mente aberta para conversas e não ter medo de compartilhar ideias e pedir opinião das pessoas nos eventos, na faculdade, no trabalho, etc.


Mito 3: Encontrar uma solução para o problema é a parte mais difícil.

Realidade:
•Encontrar o problema a ser resolvido é a parte mais difícil. E os fundadores do Instagram fizeram seu brainstorming pensando ”quais os problemas existentes em fotos em aparelhos móveis?” e listaram os cinco principais problemas. Daí foi uma crescente até chegar onde estão hoje;
•É fácil construir soluções para problemas que ninguém tem. Então, tome cuidado com o foco do projeto em que está trabalhando e leve seu produto até os possíveis clientes/usuários o quanto antes, para que eles experimentem e transmitam para você a realidade;
•Não precisamos ter medo de resolver problemas simples e às vezes com soluções simples.


Mito 4: Trabalhe meses construindo um produto robusto em segredo, então lance-o ao mundo.

Realidade:
•Você não consegue feedback rápido o suficiente para saber se está construindo o produto certo;
•Colocar o seu produto em frente às pessoas para validá-lo é uma das experiências que mais abre o olho do empreendedor. Parafraseando Steve Blank, nenhum protótipo sobrevive ao primeiro contato com o cliente/usuário;
•Falhe o mais cedo possível e freqüentemente, mas com um baixo custo.


Mito 5: Comece uma guerra de lances entre os VCs com seu pitch (apresentação).

Realidade:
•Consiga apenas dinheiro suficiente para fazer o negóciodecolar, com certeza é menos do que você espera;
•Otimize seu produto pelas pessoas e não pelo valuation, pois obter investimentos para sua startup não é para ficar rico e ganhar mais dinheiro, mas para desenvolver um bom produto, melhorar a equipe e vender mais. Dinheiro será consequência;
•Foque no protótipo e não na apresentação, ele fala mais do que uma apresentação teórica. O protótipo fala por si o que está sendo oferecido, pois é mais tangível. Enquanto que numa apresentação não há clareza total no funcionamento dos produtos e pode acabar iludindo a platéia, de forma positiva ou negativa.


Mito 6: Começar uma companhia é igual a construir um produto.

Realidade:
•Os esforços na verdade se dividem quase 50% para construir um produto e 50% para outras coisas, ou seja exige muito mais trabalho do que se imagina;
•Construir um time é muito importante para que consiga construir uma companhia. Recrutar, construir e gerenciar uma equipe;
•Conseguir investimentos/ funding pode tomar muito tempo, por isso deixe para depois.
•Gerenciar seu fluxo de caixa, emissão de notas, preencher formulários, pensar em seguro, acessórios do escritório, etc. toma bastante tempo do seu dia, principalmente se ele é igual ao meu, tem apenas 24 horas.


Mito 7: Startups de sucesso surgem de uma única grande idéia

Realidade:
•A primeira idéia normalmente não é a última. E se for pode ter certeza que o negócio não dará certo, pois para sobreviver as empresas precisam recriar seus produtos/serviços constantemente;
•Idéias são fruto de iterações com usuários/clientes, o que ajuda na identificação de problemas a serem solucionados;
•Compartilhar e discutir ajuda a refinar cada uma das idéias. Não no bar, porque lá as pessoas estão interessadas em fazer outras coisas;
•A idéia é apenas um tema que você tem a seguir para todas as próximas inspirações, ela é o problema que você quer resolver, a pergunta que quer responder.


Mito 8: Grandes startups acontecem repentinamente.

Realidade:
•Sucesso do dia para a noite demora alguns anos, assim como o Twitter, demorou uns 5 anos, e a Rovio Entertainment, desenvolvedora de games, que levou quase uma década para emplacar um game de sucesso, o Angry Birds;
•Sucesso é fruto de um caminho construído ao longo do tempo.
•O sucesso parece obvio numa retrospectiva, mas na realidade não foi assim tão simples;
•Pare de pensar no destino e comece a pensar nos próximos passos e no caminho que você tem a passar. Afinal, a jornada tem que ser tão prazerosa quanto o destino.
•Instagram conseguiu milhares de usuários e em menos de 24 horas e apesar disso ser atribuído a umas série de divulgação por grandes usuários de comunidades específicas, não foi uma ação planejada, mas eles acreditam que isso pode acontecer com qualquer um que tenha um produto útil e prático.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Startups enfrentam desafios de mercado em reality show

Por Tatiana Alarcon para Agência Sebrae de Notícias


Empreendedores iniciantes, com um modelo de negócio inovador e prontos para entrar no mercado. Esse é o perfil dos selecionados pelo Sebrae para participar do reality show da instituição na Campus Party. De 8 a 11 de fevereiro, três equipes protagonizam, durante o maior evento tecnológico do país, a experiência de formar uma startup de sucesso.

Parte da estratégia do Sebrae de levar ações ousadas e relevantes para empreendedores digitais, a iniciativa tem como objetivo mostrar ao público os processos vivenciados por potenciais empresários para a formação de startups, um segmento totalmente inovador e com alto potencial de crescimento. Serão apresentados todos os detalhes do processo, desde a validação do projeto junto aos potenciais clientes, até a preparação do “pitch” digital, ou seja, da apresentação do negócio aos investidores.

O reality será apresentado pela dupla do site de humor Jovem Nerd. Durante todo o programa, as equipes, formadas por dois empreendedores, atuarão dentro de um cubo de vidro. Todas as manhãs as equipes participarão de dinâmicas com especialistas renomados no cenário nacional. Ao final da manhã, os participantes receberão tarefas, que deverão ser executadas no período da tarde.

No último dia, as equipes serão julgadas por uma banca, formada pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, e por investidores. A premiação do reality show, que será divulgada durante o evento, tem o apoio das empresas Google, Mercado Livre e Amazon.

A escolha das equipes exigiu um criterioso processo de seleção. Em parceria com a Aceleradora, empresa que apoia startups com gestão e capital semente, o Sebrae fez um levantamento junto a uma base desse segmento e escolheu os três projetos que mais se destacaram nos critérios do jogo. Os selecionados já tinham o modelo de negócio pronto para testar o produto junto aos seus clientes, além de estarem prestes a trabalhar com uma empresa formal, estágio em que o Sebrae mais pode oferecer apoio ao empreendimento.

As atividades serão gravadas e condensadas em programas que serão exibidos pelo hotsite www.sebraenacampus.com.br.