quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E a alimentação?


A alimentação não é a mesma coisa para um consumidor, um agricultor, um grossista ou um investigador. Tratando-se de uma das mais vastas problemáticas onde cabem o material e o imaginário, a agricultura, a segurança, a saúde pública, mas também a psicologia, a antropologia e o próprio ambiente, é compreensível que cada uma destas dimensões, ao serem destacadas, obscureçam as outras.

Os consumidores, por exemplo, aparecem diretamente interessados, no abastecimento alimentar, em que a profusão seja diversidade, qualidade e preço razoável, como igualmente estão interessados no controle e vigilância, na adoção de normas de agricultura prudente e pretendem, a todo o instante, uma informação objetiva e segura. Por outras palavras, pretendem que haja uma prevenção de toxinfeções e outros riscos alimentares, uma dissuasão de pavores e pânicos como sejam as vacas loucas ou a gripe aviária, gostam de produtos tradicionais que lhes evocam o étnico, gostam de produtos globais que satisfazem a curiosidade do exótico e que sejam preferencialmente de baixo custo. E, mais recentemente, associam a alimentação à prevenção de doenças e têm curiosidade em saber o que há de verdadeiro nas alegações de saúde. Tudo isso é muito importante, mas é uma dimensão da sustentabilidade.

Com a sustentabilidade e a busca por uma vida saudável em alta, todos podemos adotar pequenas atitudes que reduzem os impactos ambientais provocados pela alimentação e contribuem para a qualidade do planeta. Afinal, a preservação do meio ambiente perpassa todas as ações do nosso cotidiano, desde o modo como tratamos o lixo e economizamos no consumo de água, até a maneira que selecionamos nossos alimentos.

Thalita Soares, nutricionista da Exal – Excelência em Alimentação, empresa de administração de restaurantes empresariais, destaca que, “de forma geral, o primeiro passo é ter consciência na hora de adquirir qualquer tipo de alimento, verificando se a quantidade que a pessoa vai comprar ou até mesmo se servir não é superior à sua necessidade. Assim, evita-se o desperdício”.

Outro ponto muito importante, segundo a nutricionista, é o consumo moderado de produtos da pecuária, como queijos e carnes vermelhas, pois para a produção destes alimentos tem-se uma alta demanda de água, além da alta quantidade de gases emitidos, responsáveis pelo efeito estufa. “É fundamental também valorizar alimentos produzidos em regiões próximas à moradia. Desta forma, ajuda-se a comunidade e evita-se que o transporte destes alimentos contamine o meio ambiente”, afirma Thalita.

Hoje em dia, com a falta de tempo e a entrada da mulher no mercado de trabalho, aumentou o consumo de produtos embalados e processados, como sucos, bolachas e hambúrgueres. Esses alimentos geram muito lixo e necessitam de bastante energia para sua produção e transporte. Por isso, é melhor optar por pratos caseiros ou uma fruta local.


Fontes: Alimentação e sustentabilidade
Visão Ambiental