terça-feira, 18 de maio de 2010

E como ficam os intervalos comerciais?

A tecnologia abriu diversas portas para a publicidade. Novas plataformas surgiram, e mídias como a Internet, que sequer existiam há algumas décadas, se tornaram parte importante do faturamento do setor. O mercado anunciante já experimentou esse gostinho de novas possibilidades várias vezes, com a televisão, o cinema, o rádio...

Mas se as grandes mudanças tecnológicas da mídia agregaram valor ao mercado publicitário, as pequenas, muitas vezes, fizeram exatamente o oposto. Se a televisão é hoje, em todo o mundo, o carro-chefe da publicidade, o controle-remoto é seu maior inimigo. Ele é a arma que, nas mãos de um zapeador, gera um espectador infiel, que muda de canal inconsistentemente - e sempre evitando os intervalos comerciais.

Esse é um problema antigo, ainda da era analógica. O velho vídeo-cassete, por exemplo, foi largamente usado para a gravação de programas de TV, e quase invariavelmente os intervalos comerciais eram eliminados. Mas é na era digital que o problema ganha contornos mais dramáticos. Uma rápida visita ao site purplegoods.com, especializada em gadgets de mídia digital, é o suficiente para encontrarmos uma infinidade de produtos que potencialmente podem fazer estragos na recepção de mensagens publicitárias.

O velho controle-remoto agora tem versões que custam quase mil dólares, com tela de LCD e funções capazes de controlar todos os muitos equipamentos de mídia que hoje existem nas casas mais abastadas. Os videos-cassetes contemporâneo são pequenas caixinhas BitTorrent como a EZDownloader, capazes de baixar e reproduzir filmes e séries via Internet, seu o uso de computadores - e na maioria das vezes, com os intervalos comerciais já previamente deletados. E a TV Digital traz consigo poderosos set top boxes capazes de gravar centenas de horas de programação e de eliminar comerciais com apenas um clique.

Gadgets digitais como esses são um novo desafio para o mercado publicitário. Os diversos produtos oferecidos por sites como o purplegoods.com podem ser um vasto mostruário de armas prontas a assassinar a publicidade que conhecemos. Mas a capacidade de regeneração da publicidade é fantástica, quase tão espantosa quanto a própria força de reconstrução do capitalismo. E é, em grande medida, exatamente o que estamos vendo agora: uma notável revolução na linguagem publicitária e nos suportes que ela utiliza.

Fonte: Museu pa Propaganda