quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O luxo no Brasil

Por Sílvio Passarelli


O brasileiro é, indiscutivelmente, um grande consumidor de produtos e serviços de luxo. Havendo renda pessoal disponível, nossos patrícios não encontram nenhuma dificuldade em exercer o poder de adquirir bens que o estoque de moeda lhes confere.

A mulher brasileira está entre as mais elegantes e belas do mundo. Antenadas, acompanham tudo o que se passa, não hesitando até em fazer viagens ao exterior, onde o principal objetivo é comprar bens.

A grande questão que se coloca, no entanto, é a desproporção encontrada no segmento entre empresas nacionais e estrangeiras.

Que os grandes ícones do luxo, principalmente na área de moda e acessórios, estejam presentes e atuantes é absolutamente normal. O que não é normal é que, ao lado destes, as empresas nacionais não estejam ocupando lugar de destaque nesse promissor mercado.

Como já tivemos a oportunidade de afirmar por diversas vezes, o mercado de bens e serviços de luxo é composto por uma série de segmentos econômicos que representam, sempre, parcela minoritária dos negócios.

Os principais segmentos em que encontramos ocorrências de oferta qualificada são: moda e acessórios, alimentos e bebidas, joias, cosméticos e perfumaria, objetos e arte decorativa, mobilidade, estilo de vida (turismo e hotelaria etc.), imóveis e serviços.

Destes, as melhores oportunidades para empresas brasileiras estão, por enquanto, circunscritas aos setores de joias, arte, estilo de vida, imóveis e serviços.
Acreditamos, no entanto, que o vigor desse mercado deverá funcionar como um impulsionador de novos negócios.

Fazer empresas com perspectivas concretas de ganharem um espaço no mercado qualificado não é uma tarefa fácil. Exige criatividade, flexibilidade, sensibilidade e, além de tudo, foco e uma vontade inquebrantável de se superar todos os dias.


Fonte: Gestão do Luxo