quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Stand up comedy, gênero em alta no humor brasileiro


Quem é que não gosta de se acabar de rir, de soltar as amarras, livrar-se um pouco da chatice do trabalho e das responsabilidades? Pois é exatamente isso que os humoristas que desenvolvem o estilo Stand-Up Comedy proporcionam a quem os assiste. O termo vem do inglês, e literalmente traduzindo, significa comédia em pé.

Criado na Inglaterra e difundido entre os anos 50 e 60, nos EUA, o stand up comedy é baseado em textos que tratam sobre reflexões cotidianas e neuroses urbanas.

Esse tipo de humor privilegia o comediante de "cara limpa", ou seja, apenas um pedestal com microfone. O humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem muitos acessórios de cenários, caracterização do público ou outros recursos teatrais. Muitos consideram o stand-up comedy um dos gêneros artísticos mais difíceis de serem executados e dominados, por conta da enorme dependência que o humorista cria com a audiência imediata, afinal, o stand-up comedian tem de saber adequar seu repertório de acordo com o humor e gosto de uma platéia específica.

O boom do stand up comedy no Brasil começou em 2004, quando foi fundado em São Paulo o Clube da Comédia por Marcelo Mansfield, Rafinha Bastos e outros humoristas. Logo em seguida, em 2005, surgiu o grupo carioca Comédia em Pé, criado pelos atores e diretores Claudio Torres Gonzaga, Fernando Caruso, Paulo Carvalho e Fábio Porchat.

Para Angela Dip, escalada para 1ª Mostra Paulista do gênero, a dificuldade de financiar produções com grande elenco e produção elaborada (em contraponto à praticidade do stand-up) contribuiu para a disseminação do formato:

"No stand-up, você chega cinco minutos antes e pronto. E ganha muita grana. Dá raiva em quem trabalha com teatro e tem de chegar pelo menos uma hora antes, dar uma aquecida, botar figurino e maquiagem, ensaiar, para às vezes ter dez gatos pingados na plateia. O pessoal só quer comédia. O que lota é bobagem".

Um dos precursores do stand-up no circuito paulistano, Rafinha Bastos diz que "esse tipo de arte tem a cara dos novos tempos, não tem muita frescura" e fala diretamente ao público: "Shakespeare não gera uma identificação tão instantânea quanto o stand-up".

Fontes: Diálogos Universitários; JB Online; Folha Online

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Clube da Comédia
Wikipedia
Revista Época