quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Estudo analisa impacto de peças publicitárias na mente do consumidor




De Redação Adnews

A criação de uma estratégia de comunicação geralmente é feita a partir de uma visão subjetiva. O profissional que desenvolve a peça publicitária - o emissor - deve ser capaz de compreender as necessidades e desejos do consumidor e, a partir disso, projetar qual seria o impacto de sua mensagem sobre esse receptor. No entanto, o real impacto da comunicação, que determinará seu sucesso ou fracasso, só pode ser avaliado depois que a informação é absorvida pelo próprio receptor.

Pensando nisso, a Forebrain, empresa especializada em neuromarketing, acaba de lançar o maior estudo sobre o tema produzido no Brasil, o BRAIN 500. O produto é resultado de uma pesquisa de dois anos, baseada na neurociência do consumo, que avaliou como os consumidores foram estimulados e reagiram a mais de 500 anúncios. O objetivo do estudo é aproximar marcas e consumidores por meio de estratégias de comunicação eficientes, que só são possíveis quando o receptor da mensagem é influenciado efetivamente. Todos os comerciais analisados ficam disponíveis em uma plataforma online, chamada BRAIN Analytics, que permite a análise e comparação de filmes publicitários e criação de insights de comunicação.

Por meio de técnicas neurocientíficas, foram mensuradas as reações inconscientes de mais de 1200 consumidores. O estudo traz aprendizados sobre o que faz o consumidor prestar mais atenção na mensagem, quais formatos podem aumentar a memorização do comercial, ou mesmo como criar anúncios capazes de provocar uma resposta emocional mais impactante nos consumidores.





Segundo Billy Nascimento, co-CEO da Forebrain, a comunicação é caracterizada em sua maior parte por estratégias de comunicação unilaterais, onde não há uma resposta direta do receptor. Ainda assim, a publicidade apresenta claramente expectativas com relação a um retorno do consumidor ao medir indicadores como intenção de compra, recall, brand awareness e market share.

"Quando analisamos as respostas neurais dos consumidores frente a uma peça publicitária, podemos entender, de fato, como ele decifra os códigos enviados pelo anunciante, sem intermediários", explica Billy..

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Neuromarketing, uma hipnose na publicidade.



Por Bia Vasco para Plugcitários

Ainda não inventaram roupas que deixem a pele mais bonita ou sem imperfeições, mas quando a luz do provador da loja não é tão clara, suas imperfeições não aparecem tanto. ;)

Sabem aqueles programas antigos com charlatões metidos a gurus, videntes e afins, que diziam conhecer formas de doutrinar a mente e condicionar o corpo?

De certa forma é possível sim exercer certo domínio sobre a mente humana, mas isso é feito através de estudos e conhecimentos, não de bolas de cristal e roupões.

O cérebro, assim como outras partes do corpo tem reações involuntárias, baseadas nas reações físicas normais, experiências de vida e muitas vezes na convivência social.

A pessoa que está com sede e precisa de uma ”Coca Cola”, está na verdade, com vontade de tomar o produto, que considera ser eficaz para isso, uma associação. Mas analisando friamente, ela é apenas um ser humano com sede. E se a sede apertar vale beber qualquer coisa.

Uma praça de alimentação em um shopping no último andar, fazendo com que se tenha que passar por outros andares até chegar nela, e muitas vezes escadas rolantes desligadas de um lado do shopping, fazendo você atravessar o shopping pra subir pro próximo andar, seriam problemas de organização? Arquitetura? Culpa do estagiário?

Para já parar com a impressão de teoria da conspiração, seguem alguns dados bem práticos sobre o funcionamento do cérebro humano, que são essenciais para comunicação:

Chamando atenção

É possível chamar 100% a atenção de uma pessoa chamando a pelo “nome dela”, e

50% usando a palavra “você”.

Apostar nas chamadas personalizadas é uma boa opção. Até cartãozinho personalizado vale. Lembram que antigamente usavam? Chegava em casa em datas especiais.

“Bia, feliz aniversário!”

“Carlos você completou 1 ano como nosso cliente e ganhou…”

Falando sobre compras

– 95% das decisões de compra são inconscientes
– 92% consumidores dizem que o visual é o fator mais importante na compra do produto

Não esquecendo que muitas compras são realizadas por impulso!

Mais dados…

MotivosFonte: Harvard Neouroscience Researsh =)

Informações retiradas de estudos feito pela Universidade McGill, em Montreal, no Canadá



Se tratando de sexo…

Cérebro masculino x Cérebro feminino também tem seus pontos de destaque, que servem como caminhos a serem explorados.

Imagenzinha prática


cerebros sexos


Palavras… Da pra tentar ter uma base por exemplo de quem vai gostar mais de ouvir histórias, dicas ou conversar sobre determinado produto ou assunto, e quem vai comprar muitas vezes por uma especificação simples ou informações diretas na embalagem.

Utilizando neuromarketing no digital, é possível encontrar melhores maneiras de estruturar plataformas, criar engajamento, impulsionar conversões, capturar leads, entre outros.

Para finalizar e mostrar na prática como alguns desses estudos são feitos e testados seguem alguns exemplos que tiveram uma ajudinha da tecnologia

Eye-tracking (aparelho capaz de medir movimentos dos olhos baseados em testes assistidos) Capazes de mostrar pontos mais relevantes e trajetória de observação.


Eye_Tracking

Veja um exemplo em vídeo:





Também é possível medir impulsos através de um Eletroencefalograma, que mostra as áreas que estão sendo afetadas no cérebro (regiões com maior corrente elétrica).

Nesse outro exemplo é possível ver a junção de recursos aplicada a um case da Volkswagen, o “The Force”, que mostra os principais itens de importância, a atenção, memória e emoção.


O Emocional engagemnt.




(Campos maior tensão: Vermelho – dilatação da pupila, Amarelo – Onde ela passa os olhos)

Melhor que guru né =)

A finalidade desses exemplos é mostrar que é possível/importante monitorar reações e percepções e assim gerar dados relevantes.
Publicitários, busquem sempre informações baseadas no seu público, objetivos e necessidades, se apropriem de estudos já realizados, e também se atentem a essas tecnologias fantásticas inventadas.
Algo melhor que conhecer reações humanas para condicionar ações humanas?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O que a propaganda espera para o mobile em 2016



Por Mariana Ramos para Adnews

Tente se lembrar de momentos do seu dia em que seu smartphone não esteja presente. Provavelmente eles existem, mas é igualmente provável que sejam raros. E a tendência, para a alegria dos entusiastas da tecnologia, é que se tornem cada vez mais escassos.

A presença de dispositivos móveis é cada vez mais forte em nosso cotidiano, fazendo como esses aparelhos sejam praticamente uma extensão de nossos corpos. Para confirmar a veracidade dessa afirmação, basta fazer um simples exercício: observe ao seu redor, as pessoas nas ruas, no transporte coletivo e até nos particulares (apesar de todo o sabido perigo que o uso de celulares ao volante pode significar). Cabeças curvadas, olhos atentos e dedos ágeis voltados para um pequeno (ou nem tanto) objeto que hoje corresponde, por exemplo, a maior fatia das buscas na maior plataforma de pesquisas do mundo, o Google, ultrapassando o desktop e atingindo a marca de 1,4 bilhões de usuários no final do ano passado.

Para se ter uma ideia do crescimento da importância do mobile no mercado brasileiro nos últimos abis, vale atentar para os números de um estudo realizado pelo eMarketer no segundo semestre de 2015. Segundo o levantamento, houve um crescimento estimado em 120% dos investimentos em publicidade para dispositivos móveis no Brasil no ano passado, com uma cifra que ultrapassou a casa dos US$ 500 milhões. Para este ano, a previsão da plataforma é que o investimento global em publicidade mobile seja de US$ 100 bilhões, o que representa mais de 50% do total que é investido em campanhas digitais.

Olhando para este cenário, em que os dispositivos móveis deixam de ser a "segunda tela" para ocupar lugar de destaque na vida do consumidor, é fácil deduzir que 2016 tem tudo para ser "o ano do mobile". Não é necessário ser nenhum expert no assunto para entender sua dimensão, mas como não há nada melhor que ouvir quem lida com o fenômeno na prática, perguntamos a três executivos de agências o que o mercado publicitário pode esperar para o mobile este ano. Confira o que eles disseram sobre o assunto:


Tiago Lucci, Diretor Criativo da SapientNitro Brazil



"É tentador para as marcas ocupar um espaço de atenção na tela dos consumidores, mas se tornou muito mais difícil alcançar a permissão deles para isso. Os smartphones têm uma característica emocional completamente diferente dos outros devices: eles são íntimos de seus proprietários. Ocupam seus bolsos, suas bolsas. Dormem na mesma cama. Vão junto para o banheiro. Sabem onde você vai e onde está agora. Você o segura com as duas mãos e o traz para perto do rosto. Muitas vezes, até esconde a tela dos olhares alheios.
É por isso que receber uma publicidade no celular se torna muito mais invasivo do que em qualquer outra tela ou papel. Ele faz parte da sua privacidade. E ninguém gosta de ter a privacidade violada. O celular, mais do que qualquer outra mídia, convida a publicidade a fazer algo que ela não está acostumada a fazer: ser interessante para as pessoas. Da mesma forma que você não gosta de pessoas chatas na sua lista do WhatsApp, também não vai querer marcas chatas ocupando a tela do seu smartphone.

Existem muitas formas de ser interessante para o consumidor, mas vou ressaltar apenas dois caminhos pelos quais as marcas podem oferecer mais relevância para as pessoas em 2016: por atividade e por localização. Pensar em formas criativas de interagir com as pessoas durante uma atividade que elas praticam no celular e entregar algum conteúdo relevante considerando o momento e o local onde a pessoa se encontra."



Fabio Simões, Diretor Executivo de Criaçāo da FCB Brasil



"A penetração dos smartphones na classe C e a transformação do celular como principal porta de entrada para o mundo digital vai ter um impacto grande em como você comunica sua marca. Isto acontece não só por ser a plataforma de mídia que mais cresce, mas pelo momento de crise que pede uma comunicação que tenha uma ligação mais direta com a compra. Entre as inúmeras inovações que vão surgir, estas para mim são as que vão influenciar o nosso dia a dia: vídeo vertical, redes sociais viram redes de conteúdo, Instagram Ads e 360 & VR.

Mexa-se para não ficar irrelevante. O celular é o único item que nos acompanha da manhã a noite, do trabalho as férias, do banheiro ao chuveiro, vestidos ou pelados."







Kaue Lara Cury, Diretor de Integração da AlmapBBDO



"Desde alguns anos escutamos falar que é a vez do mobile, que agora sim a publicidade mobile iria voar e tudo mais. O que mais me afligia nesse discurso é que o usuário de mobile ainda não estava conectado e maduro o suficiente para que esse boom acontecesse, e o reflexo desse despreparo foi sentido nas expectativas não alcançadas para o meio.

Ainda existem muitos pontos a serem evoluídos e trabalhados. O número de usuários é alto, mas o hábito bem diferente comparado com o Desktop, principalmente quando falamos de conversão. Muita gente pesquisa pelo celular, pouca gente efetiva a compra. Como sempre defendemos aqui na Almap, entender a função de cada meio e incluí-lo da melhor maneira na jornada de cada um dos nossos targets é a chave para tornar o meio relevante, não apenas uma promessa. Outro ponto é conseguir analisar a audiência do meio. Tem Mobile Site, Tablet Site, APP para iOS, para Android, para Windows. Enfim, ainda teremos um tempo navegando sem muito saber o norte real dos números que alcançarmos, mas os parceiros de pesquisa já estão se mexendo para melhorar isso também."