quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Neuromarketing, uma hipnose na publicidade.



Por Bia Vasco para Plugcitários

Ainda não inventaram roupas que deixem a pele mais bonita ou sem imperfeições, mas quando a luz do provador da loja não é tão clara, suas imperfeições não aparecem tanto. ;)

Sabem aqueles programas antigos com charlatões metidos a gurus, videntes e afins, que diziam conhecer formas de doutrinar a mente e condicionar o corpo?

De certa forma é possível sim exercer certo domínio sobre a mente humana, mas isso é feito através de estudos e conhecimentos, não de bolas de cristal e roupões.

O cérebro, assim como outras partes do corpo tem reações involuntárias, baseadas nas reações físicas normais, experiências de vida e muitas vezes na convivência social.

A pessoa que está com sede e precisa de uma ”Coca Cola”, está na verdade, com vontade de tomar o produto, que considera ser eficaz para isso, uma associação. Mas analisando friamente, ela é apenas um ser humano com sede. E se a sede apertar vale beber qualquer coisa.

Uma praça de alimentação em um shopping no último andar, fazendo com que se tenha que passar por outros andares até chegar nela, e muitas vezes escadas rolantes desligadas de um lado do shopping, fazendo você atravessar o shopping pra subir pro próximo andar, seriam problemas de organização? Arquitetura? Culpa do estagiário?

Para já parar com a impressão de teoria da conspiração, seguem alguns dados bem práticos sobre o funcionamento do cérebro humano, que são essenciais para comunicação:

Chamando atenção

É possível chamar 100% a atenção de uma pessoa chamando a pelo “nome dela”, e

50% usando a palavra “você”.

Apostar nas chamadas personalizadas é uma boa opção. Até cartãozinho personalizado vale. Lembram que antigamente usavam? Chegava em casa em datas especiais.

“Bia, feliz aniversário!”

“Carlos você completou 1 ano como nosso cliente e ganhou…”

Falando sobre compras

– 95% das decisões de compra são inconscientes
– 92% consumidores dizem que o visual é o fator mais importante na compra do produto

Não esquecendo que muitas compras são realizadas por impulso!

Mais dados…

MotivosFonte: Harvard Neouroscience Researsh =)

Informações retiradas de estudos feito pela Universidade McGill, em Montreal, no Canadá



Se tratando de sexo…

Cérebro masculino x Cérebro feminino também tem seus pontos de destaque, que servem como caminhos a serem explorados.

Imagenzinha prática


cerebros sexos


Palavras… Da pra tentar ter uma base por exemplo de quem vai gostar mais de ouvir histórias, dicas ou conversar sobre determinado produto ou assunto, e quem vai comprar muitas vezes por uma especificação simples ou informações diretas na embalagem.

Utilizando neuromarketing no digital, é possível encontrar melhores maneiras de estruturar plataformas, criar engajamento, impulsionar conversões, capturar leads, entre outros.

Para finalizar e mostrar na prática como alguns desses estudos são feitos e testados seguem alguns exemplos que tiveram uma ajudinha da tecnologia

Eye-tracking (aparelho capaz de medir movimentos dos olhos baseados em testes assistidos) Capazes de mostrar pontos mais relevantes e trajetória de observação.


Eye_Tracking

Veja um exemplo em vídeo:





Também é possível medir impulsos através de um Eletroencefalograma, que mostra as áreas que estão sendo afetadas no cérebro (regiões com maior corrente elétrica).

Nesse outro exemplo é possível ver a junção de recursos aplicada a um case da Volkswagen, o “The Force”, que mostra os principais itens de importância, a atenção, memória e emoção.


O Emocional engagemnt.




(Campos maior tensão: Vermelho – dilatação da pupila, Amarelo – Onde ela passa os olhos)

Melhor que guru né =)

A finalidade desses exemplos é mostrar que é possível/importante monitorar reações e percepções e assim gerar dados relevantes.
Publicitários, busquem sempre informações baseadas no seu público, objetivos e necessidades, se apropriem de estudos já realizados, e também se atentem a essas tecnologias fantásticas inventadas.
Algo melhor que conhecer reações humanas para condicionar ações humanas?