quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cultura Popular: Círio de Nazaré



Em outubro, o Estado do Pará se mobiliza para a realização dos festejos de Nossa Senhora de Nazaré, que têm seu auge no segundo domingo do mês, quando a principal procissão do Círio arrasta pelas ruas de Belém milhões de paraenses e visitantes de outras regiões do país e do mundo.

Há mais de 200 anos, a festa que homenageia Nossa Senhora de Nazaré se realiza na capital paraense, incorporando, a cada edição, mais fiéis e participantes em geral.

Tradição que se atualiza em um conjunto de rituais e expressões tão diversas quanto as formas de devoção à santa: as duas principais procissões – círio e trasladação –, mas também aquelas realizadas em barcos e motos, na capital e em cidades e ilhas próximas; os pagadores de promessas que puxam a corda atrelada à berlinda da santa; os brinquedos de miriti; o almoço do círio; o arraial; a festa das Filhas da Chiquita; o arrastão do pavulagem.







O miriti (Mauritia flexuosa L.), também conhecido como buriti-do-brejo, é uma palmeira nativa de áreas alagadiças, pertencente à mesma família do buriti (Mauritia vinifera M.). Ambas são facilmente encontradas no Norte brasileiro, onde recebem os mais variados usos, destacando-se por sua importância como matéria-prima de diversos produtos culinários – mingaus, doces e vinhos – e artesanais – cestos, redes, abanos e paneiros, entre outros.









A primeira etapa da confecção dos brinquedos consiste no corte de pedaços da polpa do miriti. Por ser matéria macia e porosa, muitas vezes referida como isopor natural, pouca resistência oferece às facas afiadas dos artesãos, que nela podem talhar as mais diversas formas. Feito “de olho”, geralmente sem auxílio de moldes e riscos, o corte exige bastante atenção e bom domínio da faca.

Fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular