sexta-feira, 30 de março de 2012

Dicas culturais do fim de semana - 30 de março a 1 de abril

CINEMA

Fúria de Titãs 2

Sinopse: Dez anos após derrotar o monstruoso Kraken, Perseu leva uma vida tranquila como pescador ao lado do filho Helius. Entretando, no Monte Olimpo, depois que os humanos perderam a fé, os deuses não conseguem mais conter os Titãs. Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes. Direção: Jonathan Liebesman. Gênero: Aventura. Classificação etária: 12 anos. Duração: 99 min.

Conan, o bárbaro


Sinopse: Uma aventura que começa como vingança pessoal para o destemido guerreiro da Ciméria, torna-se de repente uma batalha épica contra os rivais hulking, monstros terríveis e outras coisas estranhas, enquanto Conan percebe que ele é a única esperança de salvação para as nações de Hibória contra um reino de maldade sobrenatural. Elenco: Jason Momoa, Stephen Lang, Ron Perlman. Direção: Marcus Nispel. Gênero: Ação. Classificação etária: 16 anos. Duração: 90 min. 

O homem do futuro

Sinopse: Zero (Wagner Moura) é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado publicamente na faculdade e perdeu Helena (Alinne Moraes) o grande amor de sua vida. Certo dia, uma experiência acidental com um de seus inventos faz com que ele viaje no tempo, mais precisamente, ao passado. Depois da chance de mudar a sua história, Zero retorna ao presente totalmente modificado e se descobre um tremendo canalha, o que só o afastou ainda mais de Helena. Agora, sua chance é voltar novamente no tempo e impedir que ele mesmo altere o presente. Elenco: Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luísa Mendonça. Direção: Cláudio Torres. Gênero: Comédia. Classificação etária: 12 anos. Duração: 106 min.

SHOW

Nação Zumbi
30 de março

O grupo faz o show de lançamento do CD e DVD “Nação Zumbi ao vivo no Recife”,  gravado no Marco Zero. No roteiro, um passeio musical que remonta ao tempo do cantor Chico Science.  O grupo é formado por Jorge Du Peixe, Pupillo, Lúcio Maia, Dengue, Toca Ogan, Gilmar Bola 8, Da Lua e Marcos Matia.

Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos, s/n, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 23:30
Preço: R$ 40.00 (com 1 kg de alimento não perecível); R$ 80.00
Classificação etária: 18 anos

Paula Fernandes
30 de março a 1 de abril

A cantora apresenta seu mais recente trabalho, o DVD “Paula Fernandes ao vivo”. O repertório é baseado no álbum mais recente da cantora, "Pássaro de Fogo", contando ainda com canções inéditas. Mineira da cidade de Sete Lagoas e criada na região da Serra do Cipó, Paula Fernandes que começou a cantar aos oito anos de idade, teve sua voz conhecida com novelas da TV Globo, desde 2005, na novela América, com a canção "Ave Maria natureza" e posteriormente nas novelas Páginas da Vida, Paraíso, Escrito nas Estrelas e Araguaia. 

Local: Citibank Hall
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3.000 - Via Parque, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e sábado 22:00; Domingo 20:00 Preço: R$ 80.00 (mesas laterais); R$ 100.00 (mesas centrais e poltrona superior); R$ 150.00 (mesas setor especial); R$ 200.00 (mesas setor palco); R$ 280.00 (camarote e mesas setor vip)
Classificação etária: 15 anos

TEATRO

Cabaret
30 março a 10 junho 2012

 
Berlim, 1920, pós-Primeira Guerra Mundial. Em plena ascensão nazista, um cabaré sombrio e povoado de personagens frágeis, o Kit Kat Club, é cenário para dois romances sem final feliz. Uma inglesa, Sally Bowles, apaixona-se por um escritor americano, Cliff Bradshaw; e uma ariana, Fräulein Schneider, envolve-se com um judeu alemão, Herr Schuktz. As histórias de amor desenganado ilustram o musical “Cabaret”, adaptação de Miguel Falabella que estreia no Oi Casa Grande, com Claudia Raia.

Local: Teatro Casa Grande
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta e sexta 21:00; Sábado 18:00 e 21:30; Domingo 19:00
Duração: 150 min.
Preço: Qui e sexta R$ 150.00 (plateia vip, camarote); Quinta e sexta R$ 120.00 (plateia setor 1, setor cabaret); Quinta e sexta R$ 100.00 (balcão setor 2); Quinta e sexta R$ 40.00 (balcão setor 3); Domingo e sábado R$ 180.00 (plateia vip, camarote); Domingo e sábado R$ 150.00 (plateia setor 1, setor cabaret); Domingo e sábado R$ 120.00 (balcão setor 2); Domingo e sábado R$ 60.00 (balcão setor 3)
Classificação etária: 14 anos

EXPOSIÇÃO

Museu das telecomunicações
Até 31 de março

Entre as novas atrações do espaço, há um jogo de luz e som que simula uma viagem ao espaço; um equipamento interativo com informações sobre ainternet e seu impacto no mundo; e uma linha do tempo digital, com material sobre etapas da história das telecomunicações e da sociedade.

Local: Oi futuro - Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e sábado de 11:00 às 17:00
Preço: Entrada Franca
Classificação etária: Livre

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ministério do Turismo notifica sites por associar o Brasil ao turismo sexual

Por Folha.com

O Ministério do Turismo notificou quase 2 mil sites na internet que associam marcas de programas e símbolos do país a apelo sexual e sensual.

Em um ano de trabalho, a equipe técnica encontrou 38.865 sites com marcas do ministério. Do total, 2.169 usam essas marcas de maneira imprópria, sendo que 82% deles (1.770) fazem referência ao país como roteiro sexual. Foi identificada, por exemplo, uma página que apresenta um grupo de mulheres seminuas e, ao fundo, a bandeira brasileira.

A busca englobou sites hospedados no Brasil e em outros países. Porém, o ministério não sabe informar por quem e de que locais eles são administrados. Um site pode ter o provedor em um país e o conteúdo ser administrado por uma pessoa em outra parte do planeta.

Dos mais de 2 mil sites notificados, 1.100 atenderam à solicitação do governo federal, tiveram o conteúdo ajustado ou retirado do ar. O ministério aguarda o posicionamento do restante. Para autuar os sites, o ministério usou como base a lei da Política Nacional de Turismo, de 2008, que define prevenção e combate "às atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos".

As situações com indícios de crimes contra crianças e adolescentes foram encaminhadas para investigação da Polícia Federal, segundo o ministério.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Dilma chega à Índia para uma semana de atividades intensas

Por Revista Época

A presidente Dilma Rousseff chegou nesta terça-feira, dia 27, por volta das 5h30 (13h30 - horário da Índia), a Nova Délhi, na Índia, onde participa da 4ª Cúpula do Brics – grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul. Ela descansa nesta terça-feira e amanhã começa uma agenda lotada, que inclui uma homenagem na Universidade de Nova Délhi, onde receberá o título de doutora honoris causa, e dois jantares. A presidente deve retornar ao Brasil no dia 31.

Dilma desembarcou na Índia acompanhada por cinco ministros - Antonio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Helena Chagas (Comunicação Social), além do governador de Sergipe, Marcelo Déda, e 110 empresários.

Durante a cúpula, cuja principal reunião será na quinta-feira, dia 29, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, apresentará a proposta de criação do banco do desenvolvimento do Brics. A ideia é que a instituição se dedique aos investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento em nações pobres. O processo de criação do banco deve ocorrer a longo prazo.

Além de Dilma e Singh, participarão da cúpula os presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul). Nas discussões, os líderes se esforçarão para mostrar à comunidade internacional que o bloco pode ser referência no cenário econômico e político.

O objetivo do Brics é ampliar as relações comerciais internas e externas, incentivando a expansão dos mercados exportadores e importadores. Para o Brasil, é fundamental indicar que o mercado exportador do país não se limita apenas aos produtos agrícolas. Os empresários que integram a comitiva presidencial participarão do Fórum Empresarial, que reúne representantes dos países que integram o bloco.

A intenção é que os presidentes e o primeiro-ministro da Índia assinem uma declaração que fixa a determinação do Brics de ampliar os acordos bilaterais, por intermédio de suas instituições bancárias de desenvolvimento econômico, utilizando moedas locais.

Os presidentes e o primeiro-ministro também devem discutir propostas para a defesa da paz e da segurança no Oriente Médio e Norte da África. Os destaques deverão ser a Síria, devido à onda de violência que dura mais de um ano, e o Afeganistão, que vive momento de apreensão depois do massacre de civis por um sargento norte-americano.

terça-feira, 27 de março de 2012

Pesquisa aponta Brasil como líder do mercado turístico na América Latina

Por Folha.com

Uma pesquisa divulgada na última sexta-feira (16) pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) durante o Fórum Panrotas revelou que o mercado brasileiro de turismo, que contribuiu com US$ 79 bilhões para o PIB em 2011, deve crescer 7,8% em 2012.

Segundo a pesquisa, essa taxa é significativamente maior do que outros países da região, como Chile e Colômbia (ambos com crescimento de 4,7%), Argentina e Peru, com 3,7% e 3,6%, respectivamente.

Quando os impactos indiretos entram na conta, a contribuição do setor é quase o triplo do original: US$ 213 bilhões, o equivalente a 8,6% do PIB brasileiro.

Se a previsão se confirmar, o turismo gerará US$ 5,5 bilhões para o PIB e 200 mil empregos diretos em 2012 - outros 7,7 milhões de empregos indiretos seriam criados, o que representa 8% dos empregos no Brasil.

E, se o turismo internacional vai bem, obrigado - com uma movimentação de US$ 7 bilhões na economia brasileira em 2011 - o doméstico vai melhor ainda, com um crescimento de 6,5% em 2011, movimentando US$ 130 bilhões.

"A indústria de turismo do Brasil está pronta para grandes anos, e estou certo de que a participação brasileira nos acordos 'open skies' (nos quais não há limites de voos entre os países participantes) contribuíram para esse cenário positivo", disse David Scowsill, presidente e CEO da WTTC, que apresentou a pesquisa no Fórum Panrotas.

Para ele, no entanto, o país ainda tem alguns problemas como a serem resolvidos, principalmente em infra-estrutura; para Scowsill, é necessário que a mesma seja melhorada para que haja um crescimento da indústria turística.

"Os aeroportos operam acima da capacidade, hoje em dia; a inadequada infra-estrutura portuária e a carência de quartos de hotel nas grandes cidades representam as maiores preocupações na preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Embora o governo já tenha iniciado os trabalhos, eles precisam mostrar que aderiram aos prazos e datas.

A pesquisa da WTCC também mostrou que as perspectivas para a América Latina em 2012 são bastante respeitáveis: a região terá um dos maiores crescimentos mundiais em contribuição do turismo para o PIB, com 6,5% - atrás apenas do Nordeste e do Sul da Ásia, com 6,7%.

O motor desse crescimento está em um aumento de 5,2% nos investimentos em viagem e turismo - o maior fora da Ásia - e de 6,1% na movimentação financeira dos turistas.

No entanto, a região terá que trabalhar bastante para manter esse crescimento a longo prazo, já que as atuais previsões para os próximos dez anos colocam a América Latina muito atrás das outras regiões, com a participação do setor no PIB prevista para crescer 4,5%.


                                      Para presidente do WTTC, um dos maiores problemas turísticos do Brasil está nos aeroportos

segunda-feira, 26 de março de 2012

Número de turistas do Brasil na República Dominicana se multiplicou por 4

Por Folha.com


O número de turistas brasileiros que visitaram a República Dominicana se multiplicou por quatro entre 2004 e 2009, passando de cinco mil para 20.536, disse hoje o embaixador dominicano no Brasil, Héctor Dionisio Pérez.

O objetivo é que em 2013 o país caribenho receba entre 45 mil e 50 mil brasileiros ao mês, acrescentou o diplomata, que ressaltou a importância de "afiançar os laços entre os dois países" tal como reflete o acordo de cooperação bilateral entre as duas nações.

Outra das metas do acordo é chegar em 2013 a um volume de intercâmbios comerciais de entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão por ano, assinalou o embaixador.

Representantes dos Governos do Brasil e da República Dominicana passaram em revista um programa de cooperação bilateral que inclui o financiamento e desenvolvimento de projetos nas áreas de agricultura, saúde, meio ambiente e Defesa Civil, informou um comunicado do Ministério da Economia dominicano.

Trata-se da segunda reunião entre as partes desde a assinatura do convênio bilateral em 2006, pelo qual foram assinados sete acordos em matéria de Defesa Civil, agricultura, meio ambiente e saúde em fevereiro.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Dicas culturais do fim de semana - 23 a 25 de março

CINEMA

A dama de ferro

Sinopse: A história da vida de Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido, suas polêmicas e o preço que ela pagou pelo poder. Um retrato da mulher que quebrou as barreiras de gênero e classe para ser ouvida em um mundo dominado pelos homens. Elenco: Meryl Streep, Jim Broadbent, Olivia Colman. Direção: Phyllida Lloyd. Gênero: Drama. Classificação etária: 12 anos. Duração: 105 min.

A música segundo Tom Jobim

Sinopse: Filme conta a história do compositor por meio de sua música. Participação de artistas nacionais e internacionais que entoaram suas canções, como Frank Sinatra, Elis Regina, Gal Costa e Vinicius de Moraes, entre outros. Direção: Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim. Gênero: Documentário. Classificação etária: Livre. Duração: 88 min.

A dançarina e o ladrão

Sinopse: Com a chegada da democracia ao Chile, após a saída do ditador Augusto Pinochet do poder, o jovem Angel e o veterano Vergara são anistiados. Eles, no entanto, seguem caminhos diferentes. Enquanto Angel vai em busca de vingança, Vergara procura recuperar sua família. Seus caminhos se cruzam com o da jovem Victoria. Elenco: Ricardo Darín, Abel Ayala, Miranda Bodenhofer. Direção: Fernando Trueba. Gênero: Drama. Classificação etária: 12 anos. Duração: 127 min.

SHOW

Ana Carolina
23 e 24 março

Ana Carolina retorna ao Rio com a turnê "Ensaio de cores", em que sua música com a apresentação de uma exposição de telas de sua autoria. Além de sucessos e canções inéditas, o repertório conta com canções de outros compositores, todas em um formato acústico, intimista e com o acompanhamento de uma banda formada apenas por mulheres.

- A pintura se instalou fortemente em mim em meados de 2002, pouco antes do lançamento de Estampado, um álbum tão emocionalmente conturbado, que cheguei ao ponto de criar uma tela para cada canção. Para aliviar a sensação aflitiva do registro das canções em estúdio, eu pintava para ver aquelas canções que só ouvia. De lá pra cá não parei mais - conta Ana Carolina no material de divulgação do show.

Local: Citibank Hall
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3.000 - Via Parque, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22:00
Preço: R$ 70.00 (mesas laterais); R$ 80.00 (poltrona superior); R$ 100.00 (mesas centrais); R$ 130.00 (mesas setor especial); R$ 150.00 (mesas setor palco); R$ 180.00 (mesas setor vip ou camarotes)
Classificação: 15 anos

Teresa Cristina
23 e 24 de março

No dia 23 de março (sexta-feira) a cantora celebra os 78 anos do Teatro Rival com uma apresentação em homenagem a sua escola de samba, a Portela. Já no dia 24 (sábado),  a cantora toca ao lado do grupo Os Outros numa homenagem a Roberto Carlos.

Teresa Cristina é apontada como uma das responsáveis pela revitalização e pelo movimento cultural de reinvenção da noite da Lapa, sendo considerada pela crítica e pelo público grande nome da nova geração do samba. Em 10 anos de carreira, ela se apresentou vo Brasil e em países como Japão, Alemanha, França, Índia, México, Equador, Espanha, Holanda, Itália, Bulgária, África do Sul e Rússia.

Local: Teatro Rival
Endereço: Rua Alvaro Alvim, 33 - subsolo, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta 19:30 | Sábado 21:30 
Preço: R$ 60.00
Classificação: 16 anos

TEATRO

Vestido de noiva
24 de março a 6 de maio

Acomodado em tapetes, como os de ioga, e com o apoio de almofadinhas, o público (sentado ou deitado) poderá assistir, a partir desta sábado, a uma montagem de “Vestido de noiva” em plena rotunda do Centro Cultural Banco do Brasil. Com direção de Caco Coelho, estudioso da obra de Nelson Rodrigues — cujo centenário é comemorado este ano —, o texto foi escolhido por se tratar de um marco no teatro nacional.

— “Vestido de noiva” tem uma força reveladora, no sentido coletivo do teatro, porque humaniza o ator. É a primeira vez que o artista brasileiro ganha uma linguagem de autonomia. Nelson Rodrigues é o expoente disso — explica Coelho.

Assim como a trama, o cenário, com supervisão de Daniela Thomas, é dividido em três patamares: alucinação, memória e
realidade. De baixo para cima, a alucinação está em primeiro plano, no nível do chão. No centro, vem a memória. E, do
topo, a seis metros de altura, onde mesas estão penduradas, parte uma escada que chega perto da cúpula, a realidade.

— A contundência do teatro do Nelson está ligada ao Teatro do Absurdo. Ele torna possível o impossível, une as margens. Convidamos o espectador a viajar nesse cenário que parece um caldeirão, um globo da morte, onde tudo emana da alucinação — acrescenta o diretor.

A peça conta a história das irmãs Alaíde e Lúcia, vividas pelas atrizes Renata de Lelis e Sara Antunes, do Circo de Estudos Dramáticos, que se apaixonam pelo mesmo homem, Pedro (Felipe de Paula). O atropelamento da primeira, que a faz
delirar, culmina num encontro com a meretriz Madame Clessi — interpretada por Vivianne Pasmanter —, cujo diário Alaíde já tinha lido. Em meio à disputa, surge o desejo de viver as aventuras da prostituta.

No desenrolar da trama, tudo começa e termina com... samba!

— O que salta à alma do espetáculo é o samba, o suco da língua. No bordel de Madame Clessi, escuta-se samba — completa o diretor. (Carolina Ribeiro)

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Teatro 1
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Domingo, quarta, quinta, sexta e sábado 21:00
Duração: 100 min.
Preço: R$ 6.00
Classificação: 18 anos

EXPOSIÇÃO

José Rufino – DivortiumAquarum, 2012
6 de março a 29 de abril

Norteado pela apropriação e transmutação de memórias locais, socioculturais e políticas, o site specific do artista paraibano recupera memórias relacionadas ao universo dos rios e do mar.
Segunda edição do projeto Sala A Contemporânea, que apresenta exposições individuais e inéditas, de artistas brasileiros contemporâneos, concebidas exclusivamente para o espaço.

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Endereço: Sala A – 2º andar | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Preço: Entrada franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 22 de março de 2012

EUA preparam novas medidas para agilizar passagem de brasileiros pela imigração

Por Folha.com

O governo dos Estados Unidos anunciará na próxima segunda-feira (26) novas medidas para agilizar a passagem de turistas brasileiros pela imigração norte-americana ao entrarem no país. O anúncio será na Amcham (Câmara Americana de Comércio), em São Paulo.

Em comunicado, a representação diplomática dos EUA disse que o programa faz parte dos esforços do governo norte-americano para facilitar a entrada de brasileiros, e que a fase inicial desse novo projeto envolverá 150 pessoas.

Em janeiro, o presidente Barack Obama já havia anunciado a inclusão do Brasil e da China em um programa piloto para processar as solicitações de visto, que inclui a possibilidade de prescindir de entrevistas para os viajantes considerados "de baixo risco", como os que estejam tentando renovar seu visto de não imigrante.

De acordo com as medidas, 80% dos solicitantes de vistos de turista nos dois países devem ser submetidos à entrevista nas três semanas seguintes ao recebimento do pedido.

Na ocasião, Obama também anunciou um aumento dos esforços do Departamento de Estado para incluir o Brasil no Visa Waiver Program (VWP), um programa que permite viagens de turismo e negócios de até 90 dias nos EUA sem a necessidade de visto.

Atualmente, 36 países são beneficiados pelo programa, e Taiwan foi recentemente nomeado para fazer parte do VWP.

O anúncio terá a presença do embaixador Thomas Shannon, do adido de alfândega e proteção de fronteiras Jaime Ramsey e do CEO da Amcham, Gabriel Rico.

                            Obama anuncia facilidades em emissão de vistos para turistas brasileiros, na Walt Disney World, em janeiro

quarta-feira, 21 de março de 2012

Embaixada do Brasil no Iraque voltará a funcionar depois de 21 anos

Por Revista Época

Depois de 21 anos, o Brasil terá representação diplomática em Bagdá, no Iraque. A partir deste mês a Embaixada do Brasil no Iraque passará a funcionar de forma plena, segundo diplomatas que estão nesta missão. O embaixador Anuar Nahes assumiu o posto em janeiro, mas se mudou para o país no começo deste mês. O setor consular já está funcionando na representação em Bagdá.

Ainda não há dados precisos sobre o número de brasileiros no país, mas esse levantamento está sendo feito pelo governo. A reabertura de uma embaixada inclui desde a organização da estrutura física da representação à definição de tarefas dos setores específicos - além das questões burocráticas, há as jurídicas, políticas, econômicas e comerciais.

Uma das primeiras tarefas da embaixada é organizar uma reunião entre os integrantes da Comissão Mista Brasil e Iraque. Desde 2006, os assuntos diplomáticos referentes ao Iraque são conduzidos por um escritório em Amã, na Jordânia.

Nesta semana, funcionários locais e do Ministério das Relações Exteriores concluem a tarefa de preparar documentos e mobílias para a transferência a Bagdá.

A reabertura de uma embaixada no Iraque ocorre no momento em que o país vive sob clima de tensão. Nas últimas horas, vários carros-bomba explodiram em algumas cidades iraquianas provocando mais de 30 mortes e deixando pelo menos 100 feridos. A comunidade internacional tenta apoiar a busca pela estabilização política, econômica e social da região.

Em novembro do ano passado, o Itamaraty confirmou a reabertura da embaixada no Iraque. Em 1991, a representação foi fechada devido aos conflitos que colocavam em risco a permanência dos profissionais no país.

terça-feira, 20 de março de 2012

Croácia organiza festival com dança e música brasileiras

Por Folha.com

Os ritmos brasileiros invadiram o centro de Zagreb, na Croácia, onde um festival trouxe ao público shows de samba, capoeira e percussão, além conferências e exposições sobre a cultura brasileira.

Sob o título "Brasiláctica" o evento, do qual participaram tanto artistas do Brasil como grupos da Croácia, Sérvia, Bósnia-Herzegovina e Eslovênia, aconteceu na praça Ban Jelacic, na capital croata.

"Quisemos apresentar na Croácia parte da alegria, da energia positiva brasileira", declarou à agência Efe a organizadora do festival, a diretora do Centro de Cultura Brasileira na Croácia, Tena Kostanjsek.

Além dos espetáculos, o festival contou com várias oficinas de aprendizagem de danças e música, enquanto o Museu Etnográfico exibiu uma exposição de fotografias, instrumentos e trajes típicos do folclore brasileiro.


Maurício Kanno/Folhapress
Muralha de Dubrovnik, na Croácia; país organizou festival com música e dança brasileiras
Muralha de Dubrovnik, na Croácia; país teve festival brasileiro

segunda-feira, 19 de março de 2012

Reino Unido registra recorde de turistas brasileiros em 2011

Por Folha.com

O governo britânico anunciou nesta quarta-feira (14) que o número de turistas brasileiros no país quebrou um novo recorde. Segundo dados do VisitBritain, órgão oficial de turismo do Reino Unido, cerca de 267 mil turistas brasileiros visitaram a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales em 2011.

O número não só superou o recorde estabelecido em 2008, quando 179 mil brasileiros visitaram o país, como também representou um aumento de 51% em relação ao ano anterior --o maior aumento entre os 25 mercados pesquisados pelo VisitBritain.

Segundo o órgão, o Brasil, fora da Europa, só mandou menos turistas para o Reino Unido do que Estados Unidos, Austrália, Canadá e Índia; em 2010, Japão, Nova Zelândia, África do Sul e Emirados Árabes Unidos também haviam mandando mais turistas.

De acordo com o VisitBritain, a economia britânica movimentou cerca de 320 milhões de dólares em 2011 com os visitantes brasileiros. Segundo o governo britânico, 65% das viagens são de lazer, acima da média geral de 39%.

O anúncio ocorre em meio a uma campanha publicitária para estimular o turismo no Reino Unido, que contou com a visita do príncipe Harry ao Brasil, no início do mês. Segundo o governo, foram publicados anúncios nos principais jornais diários e revistas semanais do Rio de Janeiro e São Paulo, além de espalhar 2 mil painéis e 500 outdoors e criar anúncios publicitários de 30 segundos para 22 salas de cinema nas duas cidades.

O objetivo da campanha, chamada "Great", é mostrar as qualidades do Reino Unido em áreas como cultura, história, música, esportes, gastronomia, etc. Entre os eventos destacados pela campanha, estão o Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II e as Olimpíadas e Paralimpíadas de Londres-2012.

                                   Bridge Tower, em Londres. Segundo governo britânico, 267 mil brasileiros visitaram o Reino Unido em 2011

sexta-feira, 16 de março de 2012

Em Buenos Aires, brasileiros são presença constante

Por Folha.com

Muita gente pelo hemisfério Norte ainda acredita que Buenos Aires é a capital do Brasil. Desinformação à parte, um estrangeiro que reconheça a língua portuguesa pode ter a sensação de que Buenos Aires já integra o círculo cultural do Brasil, tamanha a quantidade de turistas brasileiros que perambulam pela metrópole.

A economia e o Mercosul ajudaram a criar uma intensa zona de aproximação entre os dois países, que, além de turística, é comercial, financeira e industrial.

O Brasil é o principal parceiro econômico argentino e o país de onde chegam mais turistas. A Argentina, por sua vez, é o terceiro principal parceiro econômico brasileiro, atrás dos EUA e da China.

Há também entre os dois países uma história política recente marcada por semelhanças, que vão do populismo de Getúlio Vargas (1882-1954), no Brasil, e de Juan Domingo Perón (1885-1974), na Argentina, ao período ditatorial em cujo auge, nas décadas de 1960 e 1970, os governos militares brasileiro e argentino, e, também, de outros países sul-americanos, parecem ter colaborado mutuamente na perseguição a opositores de esquerda.

Hoje, Buenos Aires pode parecer mais familiar a um viajante do Brasil do que se imagina. Graças ao real forte, ouve-se o português com sotaque brasileiro por toda a parte e, sobretudo, em lojas e shoppings, restaurantes, cafés e museus. Pode-se, eventualmente, ouvir até samba na feira dominical que avança pelo bairro de San Telmo ou no Caminito (colorido reduto no bairro La Boca).

Paris sul-americana?
A capital argentina parece retilínea e tem-se a impressão de que foi meticulosamente planejada, oferecendo ao visitante, de imediato, um convite ao flanar.

Ao descer no aeroporto de Ezeiza (cujos voos provenientes do Brasil são mais baratos do que aqueles que aterrissam no Aeroparque, mais próximo do centro), o viajante deve preparar-se para uma viagem pela espaçada região metropolitana. Se não quiser tomar um táxi ou um ônibus direto ao centro, uma dica é aventurar-se para chegar à cidade via Ezeiza, no ônibus número 8 ( 2 pesos, cerca de R$ 1), que leva ao centro).

Buenos Aires é uma cidade autônoma e, por isso, não integra a província homônima, cuja capital é La Plata, localizada nas proximidades.

O ônibus transporta todos os dias argentinos excluídos do conjunto de benesses. Mas seria Buenos Aires uma "Paris abaixo do Equador"?

Para a socióloga e escritora argentina Beatriz Sarlo, "em princípio, Buenos Aires não se parece com Paris". Em entrevista a esta Folha (caderno "Mais!", 7.jun.2009), ao lançar seu livro "La Ciudad Vista", Sarlo argumentava que a capital argentina "sempre foi uma mescla, uma mistura de cidades", e teve muitos modelos urbanos, entre os quais Paris, Barcelona e Nova York.

"Hoje é globalizada, pode estar olhando para qualquer metrópole globalizada, para São Paulo ou para qualquer outra onde estejam sendo construídos os arranha-céus mais altos do mundo."


quinta-feira, 15 de março de 2012

A história de luta e sucesso de uma brasileira nos EUA

Por Agência Sebrae

No ano de 2000, Flávia Leal, carioca, então com 19 anos, recebeu um convite para trabalhar nos Estados Unidos. Conseguiu o visto e se mudou, com a pretensão de passar uns dois anos, mas lá ficou. Hoje, casada, e com duas filhas - Jessica, de 11 anos, e Victoria, 4 - ela é proprietária do Flavia Leal Beauty Institute, em Woburn, no estado de Massachusetts.

Flávia conta que em 2008, por orientação da mãe, entrou em uma escola de beleza, desistindo do curso de enfermagem que havia começado. Estudou estética e resolveu ensinar o que sabia mas foi aconselhada a desistir de ser professora em razão do seu inglês carregado de sotaque. No dia seguinte, entretanto, veio a vontade de abrir uma escola prórpia. Nessa época, Flávia assistiu a uma palestra sobre empreendedorismo, promovida pelo Sebrae em Minas Gerais, em Framingham, onde conheceu a analista técnica do Sebrae, Alanni Barbosa.

A brasileira foi orientada pelo Sebrae a fazer o Plano de Negócios.  “O melhor presente que já ganhei”, avalia Flávia. O plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio.

Hoje, além de cuidar da beleza de patrícios e norte-americanos, o trabalho da brasileira inclui a formação de novos profissionais da área em cursos como airbrush, maquiagem, peelings, tratamentos rejuvenescedores, depilação, manicure e pedicure e arte nas unhas. Também comercializa produtos profissionais, uniformes, livros, maquiagem, cera para depilação e outros equipamentos.

A empresária conta ainda que o vendaval econômico que sacudiu o mundo inteiro, há quatro anos, trouxe consequências para a sua vida. “A crise me afetou bastante. Tive que entrar com processo de falência pessoal para não ter minha casa leiloada pelo banco, mas também tive a sorte de contar com o Sebrae na construção da minha empresa”. Flávia acredita que as coisas estão melhorando. “Brasileiros que perderam seus trabalhos secundários durante a crise estão procurando se profissionalizar, o que tem ajudado, e muito, o crescimento do meu business”, comemora.

O Flavia Leal Beaty Institute vai bem. Tanto que sua proprietária já pensa em abrir franquias no Brasil. Mas não tem planos de voltar. “Não desejo morar permanentemente no Brasil, mas quando der início ao meu projeto, irei lá muitas vezes”. De fato, seria complicado o seu retorno. Ao mesmo tempo em que atendia à reportagem, Flávia estava às voltas com a organização de um novo curso de maquiadoras, para preparar 30 profissionais para o terceiro encontro das Brazilians Women in Power (BWP), em Woburn.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Arte espanhola ilumina favelas do Brasil

Por Folha.com

Com cinco palavras, cinco cores e a convicção de que a arte pode ser um motor para a mudança, um coletivo de artistas espanhóis dedicados ao grafite e à pintura de muros tomou os becos de um empobrecido distrito da periferia de São Paulo para iluminá-los.

"Boa mistura" é o nome sob o qual atuam os cinco responsáveis por tingir os muros, escadas, portões e encanamentos de algumas vielas da Vila Brasilândia.

Radicados em Madri, onde começaram a pintar quando ainda eram adolescentes, os artistas contaram com a participação dos próprios moradores de Brasilândia para executar o projeto "Luz nas vielas", que se inscreve em um programa de ações do grupo que tem o objetivo de melhorar áreas degradadas através da arte.

Um dos membros do coletivo, Juan Jaume Fernández, explicou à agência Efe que o grupo trabalha de forma unida e "os egos estão diluídos", de modo que o resultado parece o trabalho de uma só pessoa.
Em uma conversa por telefone, o artista explicou que seu coletivo realiza trabalhos remunerados para estúdios de design, arquitetura e museus e usam parte do dinheiro para empreender atividades como o "Luz nas vielas".

"Todos os trabalhos remunerados que fazemos nos enchem o bolso, e os outros projetos nos enchem o coração", declarou Fernández.

Os jovens artistas viveram na Vila Brasilândia durante o mês de janeiro e tiveram contato direto com a comunidade, elemento que contribuiu de forma decisiva para dar forma ao projeto.

O resultado final é tão simples quanto eficaz: as palavras amor, beleza, orgulho, firmeza e doçura foram escritas em branco sobre um fundo de cores vivas, usando a perspectiva para dar às letras profundidade e movimento.


            Intervenção artística do coletivo espanhol BoaMistura nas vielas da favela na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo

Para rematar os trabalhos, os artistas pintaram o muro de uma casa situada na base da favela com a mensagem "Amor ao bairro".

Os cinco amigos, como Fernández define os membros da equipe, conservam de seu início no grafite o uso desses materiais e o trabalho ao ar livre.

"O poder da rua é enorme, não está sujeito a galerias e é um presente que pode ser desfrutado por todos", disse.

Na opinião do artista, viver em um meio degradado faz com que os moradores se cansem desse ambiente. Por isso o grupo busca "usar a arte como um pequeno motor de mudança".

Durante sua estadia em São Paulo, o coletivo foi acolhido pela família de Dimas Gonçalves, brasileiro envolvido em projetos de desenvolvimento, que assegurou que a experiência tem pouco a ver com a ideia de um grupo de estrangeiros que faz filantropia e vai embora.

"Eles saíram daqui enriquecidos e apaixonados", disse Dimas à Efe.

Já Carolina Araújo, da ONG Escritório de Sustentabilidade, dedicada ao desenvolvimento sustentável, descreveu esse tipo de ação como uma "célula iniciadora para a mudança".

Para realizar o projeto, o Boa Mistura contou com apoio econômico e logístico da embaixada da Espanha no Brasil e a colaboração do Centro Cultural Espanhol, em São Paulo.

Após sua intervenção em São Paulo, os jovens visitaram o Rio de Janeiro, onde voltaram a brincar com as cores na favela do Vidigal.

O Boa Mistura já está de volta à Espanha, mas seu vínculo com o Brasil está longe de desaparecer, e seus integrantes estão dando forma a uma nova ação mais ambiciosa, que também terá como cenário a Vila Brasilândia.

O novo projeto prevê a recuperação de um conjunto de casas degradadas, uma tarefa que requer o envolvimento de seus moradores e de fabricantes de materiais de construção.

terça-feira, 13 de março de 2012

A imigração espanhola

Por Passeiweb

A pobreza e o desemprego no campo foram os responsáveis pela imigração espanhola no Brasil que iniciou-se na década de 1880. Na realidade, a presença espanhola em terras brasileiras acontece desde o início da colonização do Brasil. Porém, só se pode falar de uma efetiva imigração de espanhóis para o Brasil a partir do final do século XIX.

O Brasil como novo destino

Em finais do século XIX, com o desenvolvimento da tecnologia naval, milhares de pessoas saíram da Europa em busca de melhores condições de vida nas Américas.

No caso da Espanha, a imensa maioria rumava para suas colônias ou ex-colônias, pelos laços históricos e culturais que mantinham e, por esse fato, os destinos preferidos dos imigrantes espanhóis eram a Argentina, o Uruguai e Cuba. Todavia, alguns desses países hispânicos passaram a enfrentar problemas financeiros e deixaram de ser um destino atrativo para os espanhóis. Ao mesmo tempo, o Brasil estava atraindo imigrantes, afim de abraçar as colheitas de café que se expandiam largamente pelo País. A riqueza gerada pelo café acabou por seduzir milhares de espanhóis, que partiram para o Brasil à procura de uma nova vida.

Na década de 1880, chegaram os primeiros espanhóis no Brasil, sendo 75% com destino às fazendas de café em São Paulo. No final do século XIX, a grande maioria era de galegos, que se abrigaram nos principais centros urbanos brasileiros, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Imigraram em grande número para o Brasil até 1950, período em que entraram cerca de 700.000 espanhóis no país e eram principalmente oriundos da Galícia e Andaluzia.

Os recém-chegados disputavam desde as ofertas de emprego menos qualificado, até os espaços de moradia disponíveis junto aos segmentos mais pobres da população local, sobretudo mestiços e negros que também tomaram o rumo das cidades, após a Abolição da Escravatura.

No início do século 20 muitos espanhóis se dedicaram ao trabalho na indústria em São Paulo, onde grande parte dos operários eram espanhóis.

Os galegos na cidade e os andaluzes no campo

Os primeiros espanhóis chegaram ao Brasil na década de 1880. Até o final do século XIX, a grande maioria era de galegos, que se fixaram principalmente em centros urbanos brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Devido à grande semelhança entre galegos e portugueses, aqueles eram muitas vezes confundidos com estes.

No começo do século XX passaram a predominar os andaluzes. Com a decadência da imigração italiana no Brasil, os espanhóis foram atraídos aos milhares para o Brasil afim de substituir a mão-de-obra italiana no café. Outros grupos importantes foram os catalães, bascos e valencianos.

Formou-se rapidamente uma comunidade espanhola de operários, trabalhando nas nascentes indústrias brasileiras. Cerca de 78% dos espanhóis ficaram concentrados no estado de São Paulo. Estima-se que, entre 1880 e 1960, mais de 750 mil espanhóis imigraram para o Brasil. Apenas os portugueses e italianos chegaram em maior número.

Com a tomada do poder pelo ditador Francisco Franco, a imigração diminuiu. Porém, a Guerra Civil Espanhola formaria um novo fluxo de imigrantes que fugiram para o Brasil. O crescimento da economia espanhola após a guerra fez número de imigrantes caiu e passou a ser pouco significativa.

Os espanhóis concentraram-se sobretudo no estado de São Paulo, que atraiu cerca de 70% dos imigrantes hispânicos e ficou marcada principalmente pela divisão dos espanhóis: os Galegos se fixaram nas cidades, enquanto os Andaluzes se dedicaram à colheita de café em São Paulo, como já visto. Os maus-tratos contra espanhóis nas fazendas de café e o trabalho semi-escravo fez com que a Espanha passasse a restringir a ida de seus cidadãos para o Brasil. A imigração espanhola foi grande até a década de 1930. Estima-se que até então tenham entrado no Brasil mais de 700 mil Espanhóis, ficando atrás apenas dos Italianos e Portugueses. Com a tomada do poder pelo ditador Francisco Franco, a imigração diminuiu. Porém, a Guerra Civil Espanhola formaria um novo fluxo de imigrantes que fugiram para o Brasil. Com o crescimento da economia espanhola após a guerra, o número de imigrantes caiu e passou a ser pouco significativa.

Os espanhóis introduziram a criação de gado, que rapidamente tornou-se a economia predominante no Rio Grande do Sul. A população se concentrava nos pampas, tendo havido uma fusão de costumes espanhóis, portugueses e indígenas, que deram origem ao tipo regional gaúcho. Embora o gaúcho fosse mais português que espanhol, a influência cultural vinda dos países vizinhos tornaram os gaúchos dos pampas bastante hispanizados, a ponto de falarem um dialeto que misturava elementos espanhóis e portugueses.


segunda-feira, 12 de março de 2012

A influência da cultura americana no Brasil

Por Cultura Mix

O Brasil é um país relativamente novo frente àqueles do antigo continente, foi colonizado por escravos, índios e pessoas interessadas a fazer vida nova por aqui. Toda a influência cultural, de idioma, costumes, foi trazida de fora; posteriormente e pouco a pouco fomos construindo nossa identidade verdadeiramente nacional, tanto na literatura, moda, ideias e ideais.


No século XVIII, as maiores manifestações culturais eram vindas da França e assim permaneceu até começo do século XIX, a Bèlle Époque tropical se instalou de vez no país. Os franceses ditavam a moda, a música, tudo que era relacionado a eles era chique e imprescindível.

Mas a hegemonia da influência francesa não perdurou, a partir da década de 50 os Estados Unidos da América passaram a dominar o mundo, com a vitória na Segunda Guerra Mundial e também com o prestígio e glamour do cinema hollywoodiano, tudo culminou para fortalecer o poder americano no mundo e claro, no Brasil.

Os primeiros sintomas desse poderio foram no idioma, várias expressões americanas passaram a ser usadas no Brasil e permanecem até hoje, como hot-dog, cheeseburger, notebook, pendrive, sem contar as inúmeras fábricas de produtos que se instalaram no país e mudaram totalmente os hábitos alimentares do povo brasileiro.


As indústrias de automóveis, com seus modelos excepcionais, cheios de velocidade, os diferentes sabores de refrigerantes e os fast-food, todos viram no povo tupiniquim uma grande chance de ampliar seus negócios e manipular o comércio.

Além da mudança nos costumes alimentares, outras foram introduzidas no decorrer dos anos, principalmente as musicais, influenciadas pelo Rock americano e seus ídolos como Elvis Presley e James Jean que foram espelhos para toda a geração dos anos 60. Inclusive, esse ritmo musical influenciou nossa famosa Bossa Nova.

Os brasileiros assumiram também a moda americana, despojada e confortável, passaram a usar as minissaias, tênis e a mais que famosas calças jeans. O jeans tornou-se peça de uso fundamental de todos; antes eram destinados aos jovens rebeldes e depois vestiam desde as crianças de colo até os idosos, por serem baratos e tremendamente adaptáveis a qualquer situação.

Logo veio a liberação sexual, com a onda do Paz e Amor, os anticoncepcionais, a liberdade feminina, tudo que chegou ao Brasil passou antes pelos Estados Unidos, até parte de nossa constituição foi baseada na deles.


Sem esquecer que o dólar americano era uma das moedas mais fortes do mundo até bem pouco tempo, e nossa economia estava totalmente nas mãos dos EUA e dependíamos deles para tudo. Eles ditavam o que deveríamos ou não comprar, vender e negociar.
Mas o tempo de liberdade chegou e o Brasil finalmente conseguiu construir, impor e até exportar sua cultura, produtos, serviços, costumes e descobertas, conquistando seu espaço dentre as grandes potências mundiais.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Dicas culturais do fim de semana - 9 a 11 de março

CINEMA

W.E. - O romance do século

Sinopse: Em 1936, o rei Eduardo VIII, da Inglaterra, se apaixonou pela americana divorciada Wallis Winthrop. Décadas depois, em 1998, uma mulher casada vive um caso de amor com um segurança russo. Elenco: Abbie Cornish, James D´Arcy, Andrea Riseborough, Oscar Isaac, Annabelle Wallis. Direção: Madonna. Gênero: Drama. Classificação etária: 14 Anos. Duração: 120 min.

Um conto Chinês

Sinopse: Roberto é um veterano da Guerra das Malvinas que vive recluso em sua casa há vinte anos e coleciona manias. Jun é um chinês que apareceu na vida de Roberto depois de ser roubado e arremessado de um taxi em Buenos Aires. Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Apesar das diferenças e dificuldades Roberto e Jun descobrirão o real motivo deste encontro inusitado. Elenco:  Ricardo Darín, Muriel Santa Ana, Huang Sheng Huang. Direção: Sebastián Borensztein. Gênero: Comédia. Classificação etária: 12 Anos. Duração: 93 min.

SHOW

Morrissey
9 de março

O cantor e compositor inglês Steven Patrick Morrissey, que ficou famoso como vocalista da banda inglesa The Smiths, traz ao Brasil - e outros países da América do Sul - a mesma turnê que lotou espaços nos Estados Unidos e no México em novembro e dezembro passados. No repertório, estão sucessos de sua carreira solo, já com oito álbuns de estúdio. O último, "Years of refusal", é de 2009.
A compositora norte-americana Kristeen Young, com seis álbuns em seu currículo, acompanha Morrissey na turnê pela América do Sul.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 23 h e 10 min.
Preço: R$ 180.00 (pista/arquibancada); R$ 420.00 (pista premium)
Classificação: 18 anos


Zélia Duncan
9 e 10 de março

A cantora e compositora de Niterói lança no Rio o DVD “Pelo sabor do gesto”, que gravou ao vivo no Teatro Municipal daquela cidade. No repertório, a faixa-título, “Boas razões”, “Telhados de Paris” (Nei Lisboa) e outras.

Local: Teatro Rival
Endereço: Rua Alvaro Alvim, 33 - subsolo, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 19:30
Preço: R$ 60.00 (setor B); R$ 70.00 (setor A)
Classificação: 16 anos


TEATRO

Alice através do espelho
11 de março a 26 de abril

Com lotação restrita a 60 pessoas, Alice Através do Espelho acontece em meio a uma estrutura mutante, uma grande caixa negra que vai se transformando com o andamento das cenas. Grandes cortinas vão revelando e escondendo novos espaços numa espécie de labirinto móvel. Nesta atmosfera, a partir de um sonho Alice é transportada para um mundo imaginário, onde vai encontrar figuras saídas da imaginação de Lewis Carroll, como o Chapeleiro Maluco, a Rainha, o Gato que Ri, a Lebre no Cio, a Lagarta fumando narguilé.

Local: Fundição Progresso
Endereço:Rua dos Arcos, 24, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, sexta e sábado 20:00 | Domingo 18:00 , 20:00
Duração: 75 min.
Preço: R$ 40,00
Classificação: 18 anos

EXPOSIÇÃO

Simplesmete Doisneau
Até 17 junho de 2012

Uma das muitas imagens que entraram para a história como retratos de Paris é conhecida como “O beijo do Hotel de Ville”. A foto foi feita em 1950 por Robert Doisneau (1912-1994), um dos maiores nomes da história da fotografia, que, em seu centenário de nascimento, ganha exposição com 152 registros e um documentário, em cartaz no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF).

A mostra tem atrações extras como imagens inéditas e tiragens originais. Além de ícones da fotografia de Doisneau, chama a atenção o modo como o fotógrafo retratou os moradores dos subúrbios — o que, para a curadora, Agnès de Gouvion Saint-Cyr, é o grande destaque da exposição:
As fotos vão dos anos 40 ao início dos 60. Também destacaria sequências que ele fez como aquelas de pessoas diante da Mona Lisa, no Louvre.

De Picasso a alunos em sala de aula, Doisneau, influenciado por fotógrafos como Cartier-Bresson, criou retratos que não perdem a força com o passar das décadas — incluindo os que permanecem como cartões-postais de uma das cidades mais cultuadas do mundo, como “O beijo do Hotel de Ville”.

Local: Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)
Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo - 12:00 às 19:00
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre



quinta-feira, 8 de março de 2012

Os 12 autores brasileiros mais lidos no exterior

Por Blog da Estante Virtual





Ao contrário do que muitos podem pensar, nem só de Paulo Coelho vive a literatura brasileira no exterior. Ainda que, de fato, o escritor tenha entrado para o Livro dos Recordes, o Guinness Book, com sua obra O Alquimista – o livro mais traduzido do mundo (69 idiomas) – outros autores também conquistaram os leitores estrangeiros e vêm alcançando reconhecimento também em outros países. Mas conseguir que um livro seja publicado em outra língua está longe de ser um processo simples e exige muito mais do que talento na escrita.


Segundo o escritor Milton Hatoum, em entrevista ao Portal Literal, apenas 3% dos livros lançados todos os anos nos Estados Unidos são traduções de obras estrangeiras. Além das dificuldades com a tradução, as diferenças culturais também costumam fazer com que o enredo de um livro torne-se desinteressante para o público leitor de outro país. Agnes Krup, diretora da agência literária Sanford J. Greenburger Associates, concorda com a afirmação em entrevista à revista Veja e afirma que “mesmo que um editor americano esteja interessado e por dentro de determinada cultura estrangeira, outras pessoas participarão da escolha dos livros, como o diretor de vendas, o de marketing e o de publicidade, gente que provavelmente não fala uma palavra de outro idioma. Eles não vão apoiar um projeto que torne o trabalho deles mais difícil”. Talvez seja por esse motivo, a proximidade da língua, que alguns países europeus, sobretudo a França, são mais receptivos a traduções de obras brasileiras que os norte-americanos.


No entanto, nomes recentes no mercado literário brasileiro têm desafiado essa tendência e mostrado um avanço significativo na valorização de nossos livros no exterior. Dentre eles, podemos citar o escritor Bernardo Carvalho, que lançou o livro Nove Noites em 11 países e a escritora Patrícia Melo que com o livro Elogio da Mentira já está presente em pelo menos 20 países. Eduardo Spohr, escritor do livro A Batalha do Apocalipse, e Daniel Galera, autor de Mãos de Cavalo, também são apostas de sucesso, assim como o jornalista e estreante no universo literário Edney Silvestre. Seu primeiro romance, Se Eu Fechar os Olhos Agora, será publicado em pelo menos seis países. Mais veterano, Milton Hatoum já teve obras traduzidas para 17 idiomas e exibe na página principal de seu site, as capas de seus livros publicados no exterior.


Outra grande oportunidade para a literatura brasileira no exterior é a feira de Frankfurt, na Alemanha, o maior evento internacional de livros do mundo que, em 2013, terá o Brasil como o grande destaque. Provavelmente, diversas editoras estarão à procura de autores brasileiros, repetindo a façanha de 1994, quando nosso país também foi destaque na feira e, depois do evento, o número de traduções de livros nacionais aumentou substancialmente, levando a literatura brasileira ao patamar de livros mais traduzidos na Alemanha (sede do evento). No entanto, no final dos anos 90, a falta de continuidade nos incentivos governamentais fez com que o ritmo da presença brasileira no exterior diminuísse consideravelmente.


Mas esse ano, diante da importância do evento de 2013, o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, apresentou o programa federal de estímulo à internacionalização da literatura brasileira. O Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior prevê o investimento de pelo menos R$ 12 milhões ao longo dos próximos dez anos. Entre as várias iniciativas do programa, destaca-se um substancial aumento nos valores das bolsas de tradução e no apoio à reedição de obras de autores nacionais no exterior.


Para o escritor e jornalista norte-americano Benjamin Moser é preciso que o país divulgue mais sua cultura literária no exterior se quiser reconhecimento internacional. “Acho que o Brasil poderia fazer muito mais para promover a literatura brasileira internacionalmente. As pessoas fora do Brasil têm uma ideia muito vaga do país. Acho que desde Carmen Miranda não tem mudado muito”, afirma Moser que, em 2009, publicou Clarice, biografia de Clarice Lispector.


Mas, afinal, quem são os autores nacionais mais lidos no exterior? Em 2009, o projeto Conexões Itaú Cultural organizou o Mapeamento da Literatura Brasileira no Exterior. Já são mais de 192 autores mapeados e dentre eles, vários gêneros literários. Mas os clássicos parecem continuar sendo preferência internacional. Conheça a galeria dos 12 escritores mais lidos no exterior, com base nesse estudo.


Os 12 autores brasileiros mais lidos no exterior:


                                                                  Carlos Drummond

                                                                     Chico Buarque

                                                                   Clarice Lispector

Graciliano Ramos 


                                                                    Guimarães Rosa

                                                                      Jorge Amado

                                                                   Machado de Assis

                                                                   Mário de Andrade

                                                                     Milton Hatoum

Moacyr Scliar

                                                                  Oswald de Andrade

                                                                     Rubem Fonseca

Além dos 12 listados, o mapeamento ainda conta com nomes como Gilberto Freyre, Roberto Schwarz, João Ubaldo Ribeiro, Lygia Fagundes Telles, Raduan Nassar, Ferreira Gullar e outros.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Brasil, Portugal - Lá e Cá

Por Embaixada de Portugal no Brasil

Mistura de documentário com "talk show", o programa "Lá e Cá" é apresentado pelo jornalista brasileiro Paulo Markun e pelo português Carlos Fino, Conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal em Brasília.

Em conversas informais, eles debatem as semelhanças e as diferenças entre os dois países, fornecem informações para o telespectador compreender melhor os processos de cada país e tratam da evolução e perspectiva das relações entre o Brasil e Portugal.
 
A série aborda assuntos actuais e, quando necessário, resgata informações no passado, procurando sempre manter o olhar voltado para o futuro.Semelhanças e diferenças, curiosidades, subtilezas, resgate histórico e cultural entre dois países tão distantes e, ao mesmo tempo, tão próximos.
 
 

"Lá e Cá" tem como cenários de partida a casa de Paulo Markun, em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, no bairro Santo António de Lisboa, de influência açoriana, e a de Carlos Fino, em Fronteira, no Alto Alentejo Alentejo, em Portugal.
A partir daí, as reportagens abrem para todo o Brasil e todo o Portugal, com temas que vão da Cultura à História, passando pela Economia e a Emigração, num variado leque de assuntos que interessam tanto a portugueses como a brasileiros.
 
Lá e Cá - Programa 1 - Bloco 3
 
 

terça-feira, 6 de março de 2012

Imigrantes no Brasil

Por Info Jovem

A Imigração é considerada um fator importante para a formação do povo brasileiro, com influência direta em aspectos sociais, culturais e econômicos do país. Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.

Nas primeiras décadas do século XX o Brasil recebeu um grande fluxo de imigrantes estrangeiros que tentavam fugir de um contexto de guerra na Europa e na Ásia. Esses imigrantes eram originários principalmente de Portugal, Itália, Alemanha, Japão, Espanha e Polônia.

A seguir, alguns fluxos migratórios que chegaram ao Brasil.

AMERICANOS

A chegada americana no Brasil foi um movimento migratório do final do século XIX e começo do século XX, especialmente nas cidades de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, no estado de São Paulo.
Em 1895 foi fundada a primeira Igreja Presbiteriana no povoado da Estação, em Santa Bárbara d’Oeste.

ALEMÃES

O RJ foi o primeiro estado brasileiro a receber imigrantes alemãs quando rumaram para a colônia suíça de Nova Friburgo. Eles exerceram maior influência na atual cidade de Petrópolis.

No estado de Santa Catarina, encontra-se a presença de imigrantes alemãs principalmente nas cidades de Pomerode, Blumenau (criada por um alemão – Hermann Blumenau), Joinville (antiga colônia alemã Dona Francisca), São Pedro de Alcântara (primeira cidade onde os alemãs aportaram) e Jaraguá do Sul.

Em 1824 chegam os primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul, sendo assentados na atual cidade de São Leopoldo. Em algumas décadas, a região do Vale do Rio dos Sinos estava quase que completamente ocupada por imigrantes alemães.

Os imigrantes alemãos que chegaram ao PR no início do século XX, vindos diretamente da Alemanha, se estabeleceram, sobretudo, nas regiões leste e sul, em cidades como Curitiba, Ponta Grossa, Palmeira, Rio Negro, entre outras.

Foi no ES que os alemãos criaram a primeira igreja luterana da América Latina, na antiga Colônia de Santa Isabel. Tendo os Pomeranos se instalado em cidades como Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins.Há também colônias alemãs no estados de Minas Gerais e São Paulo.

ÁRABES

A grande maioria dos imigrantes árabes, chegados ao Brasil, rumaram para São Paulo. Na capital do estado, os sírio-libaneses rapidamente formaram uma próspera comunidade de comerciantes. Foram os árabes que criaram a Rua 25 de Março, hoje um dos maiores centros de comércio do Brasil.

O estado de Minas foi o segundo estado a receber maior contingente de libaneses. Em muitas cidades, eles dominaram o comércio varejista.

O antigo Distrito Federal ocupou o terceiro lugar, seguido do estado do Rio de Janeiro. A presença do imigrante árabe na Amazônia também foi de fundamental importância.
Em Florianópolis, SC, também se encontra presente a cultura árabes, principalmente libaneses e sírios.

BOLIVIANOS

A partir da década de 1970, vê-se um razoável crescimento na entrada de imigrantes no Brasil. Estes imigrantes, porém, não têm o impacto demográfico que tiveram as outras imigrações mais antigas no Brasil. Assim, destacam-se recentemente os imigrantes bolivianos que são empregados nas pequenas indústrias de roupas de São Paulo, em geral propriedade de imigrantes coreanos.

COREANOS

A Imigração coreana no Brasil começou oficialmente em 23 de fevereiro de 1963. Atualmente, cerca de 90% dos imigrantes coreanos vivem na cidade de São Paulo. Alguns bairros com forte influência de imigrantes coreanos: Brás, Bom Retiro e Aclimação.

ESPANHÓIS

A pobreza e o desemprego no campo foram os responsáveis pela imigração espanhola no Brasil que se iniciou na década de 1880, sendo 75% com destino às fazendas de café em São Paulo, tornando-se o terceiro maior grupo a trabalhar nos cafezais. No final do século XIX, a grande maioria era de galegos, que se abrigaram nos principais centros urbanos brasileiros, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

FINLANDESES

A imigração finlandesa no Brasil deu-se já no século XX, com destino a região do Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. Lá eles criaram um povoado chamado Penedo, próximo ao Parque Nacional do Itatiaia, na cidade de Itatiaia. Eles criaram o Museu da Imigração Finlandesa, aos pés do Parque Nacional de Itatiaia, com objetos antigos, roupas e montagens cenográficas.

ITALIANOS

A imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. O estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil, encontram-se principalmente nas cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves etc.

Em Santa Catarina, encontramos imigrantes italianos principalmente nas cidades de Nova Trento, Orleans, Lauro Muller, Urussanga etc. Embora tenha sido a região Sul a pioneira na imigração italiana, foi a Região Sudeste aquela que recebeu a maioria dos imigrantes. Isto se deve ao processo de expansão das lavouras de café em São Paulo, onde a mão-de-obra italiana foi a mais usada durante o ciclo do café no Brasil, do fim do século XIX ao início do século XX. Grande parcela desses imigrantes foi atraída pelos centros urbanos, em vez do campo, marcando definitivamente a conformação social de cidades como São Paulo. Daí o surgimento de bairros nos quais a presença de estrangeiros era marcante, como Bom Retiro, Brás, Bexiga e Barra Funda.

JAPONESES

A partir de 1908, o governo brasileiro fez um acordo com o governo japonês e passou a aceitar a entrada de imigrantes japoneses no Brasil. Tendo essa data como referencial, nesse ano de 2008 está se comemorando o centenário da imigração japonesa no Brasil.

No Brasil, em 2006 foi criada uma Comissão Nacional, aprovada em 2007, responsável pelas comemorações desse centenário. Foram criadas também algumas comissões estaduais e municipais.
No Japão, em janeiro de 2007, foi fundada a Comissão Organizadora do Ano de Intercâmbio Japão-Brasil.
O Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão, com mais de um milhão de nikkeis (termo usado para denominar os japoneses e seus descendentes).

O bairro paulistano da Liberdade representa um pedaço do Japão com vários pórticos vermelhos de templos xintoístas. Bastos e Pereira Barreto, no interior de São Paulo e Assaí e Uraí, no norte do Paraná, são cidades fundadas por imigrantes japoneses.
Em SC, encontramos a presença de japoneses principalmente na cidade de Frei Rogério.

JUDEUS

O Brasil foi palco para a primeira comunidade judaica estabelecida nas Américas. Com a expulsão dos judeus de Portugal, logo após a sua descoberta, judeus convertidos ao catolicismo (cristãos-novos) já haviam se estabelecido na nova colônia. Mas a maior parte dos primeiros judeus chegaram ao país na época das invasões holandesas do Brasil, em 1636. O Nordeste brasileiro ficou sob o domínio holandês por vinte e quatro anos e, neste período, a comunidade sefardita se estabeleceu no país, principalmente em Recife, onde tornaram-se prósperos comerciantes. Com a expulsão dos holandeses, a maioria dos judeus estabelecidos no Brasil fugiram para os Países Baixos, Antilhas ou para Nova York, onde fundaram a primeira comunidade judaica dos Estados Unidos.

Em 1870, como resultado da vitória da Prússia sobre a França, um grande número de judeus, particularmente alsacianos, vieram para o Rio de Janeiro e São Paulo; eram imigrantes refinados, responsáveis, inclusive, pela introdução da moda francesa no Brasil.
Em 1920, os judeus já compunham uma colônia imigrante significativa, aumentando ainda mais com a ascensão do nazismo na Alemanha no início dos anos 30.

Estima-se em, aproximadamente, 200 mil o número de judeus no Brasil; em São Paulo, concentram-se principalmente nos bairros de Higienópolis e Perdizes e, graças ao nível de educação desses imigrantes, ocupam hoje postos importantes na esfera governamental, empresarial, acadêmica e cultural.

LITUANOS

Os primeiros imigrantes lituanos a se estabelecerem no Brasil, aportaram na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. No PR, a cidade de Castro foi fundada por imigrantes lituanos.

No interior de São Paulo, os lituanos formaram colônias inicialmente em Ribeirão Preto, Araraquara, Colina e Barão de Antonina. Na cidade de São Paulo, o bairro de Vila Zelina é núcleo de uma comunidade de descendentes de lituanos.

NEERLANDESES

Os primeiros neerlandeses, vindos da Província Zelândia, fundaram a Colônia Holanda, no ES, ainda no século XIX. Já no século XX, neerlandeses, vindos da província Holanda do Sul, estabeleceram a colônia Gonçalves Júnior, no Paraná.

Em 1925, fundaram a Sociedade Cooperativa Holandesa de Laticínios Batavo, a primeira cooperativa de laticínios do Brasil, em Carambeí – PR. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos neerlandeses chegaram ao Brasil. Um grupo de aproximadamente 500 imigrantes neerlandeses, oriundos da província Brabante do Norte, imigram para o Brasil e fixam-se na antiga fazenda Ribeirão em São Paulo. Lá os imigrantes neerlandeses fundam em 14 de julho de 1948 a colônia Holambra I e a Cooperativa Agro Pecuária Holambra.

Um grupo de imigrantes neerlandeses fixa-se, em 1949, na fazenda Monte Alegre, no Paraná. Neste mesmo ano, outro grupo desembarca em Não-Me-Toque, no RS. Em 1951, um grupo estabeleceu a Colônia Castrolanda, no PR. Em 1960, um grupo estabeleceu-se em Arapoti, também no PR e neste mesmo ano, outro grupo fundou a Colônia Holambra II em Paranapanema, São Paulo.
Colônias Neerlandesas em MG: Paracatu – 1972 e Brasolândia – 1985.

POLONESES

Os povos eslavos, em sua maioria poloneses, formaram a maior corrente imigratória no estado do Paraná. Entre 1869 e 1920, estima-se que 60.000 poloneses entraram no Brasil, dos quais 95% estabeleceram-se no Paraná, nas colônias de Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati e União da Vitória e na região de Curitiba. Em menor quantidade, rumaram para o interior dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

PORTUGUESES

A presença de imigrantes portugueses é forte nas cidades de Florianópolis, Itajaí, São José, São Francisco do Sul e Governador Celso Ramos, no estado de SC. Um fator importante foi à imigração açoriana para a região sul do país, onde fundaram a vila Porto dos Casais, que em 1810 passou a se chamar Porto Alegre – RS.

No final do século XIX, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo receberam a maioria desses imigrantes de Portugal. O RJ constitui o maior centro urbano concentrador de portugueses e seus descendentes.

SUÍÇOS

Os suíços foram os primeiros imigrantes europeus a se estabelecerem no Brasil, depois dos portugueses. Os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil entre 1819-1820, oriundos do cantão de Friburgo, e batizaram o lugar de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Outro fluxo de suíços foi encaminhado para o Sul do Brasil durante todo o século XIX, com destaque para o grupo de imigrantes chegados a Colônia Dona Francisca (hoje Joinville), em Santa Catarina. Não se sabe ao certo quantos suíços imigraram para o Brasil, pois muitos deles eram contados como sendo alemães, porém, a presença dos imigrantes suíços no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Espírito Santo e no Sul do Brasil é notável.

TCHECOS

Em Santa Catarina, os tchecos ocuparam principalmente as meso-regiões do Vale do Itajaí e Norte Catarinense, incluindo as microrregiões de Joinville, São Bento do Sul e Mafra, entre outras. No Rio Grande do Sul, distribuíram-se principalmente na região da Serra Gaúcha (notavelmente no município de Nova Petrópolis), no Litoral Norte, na região das Missões e na Depressão Central. No Paraná, os tchecos estabeleceram-se principalmente na região norte do estado, nos municípios de Londrina, Rolândia e Cambé, entre outros.

No século XX, muitos tchecos migraram também para a região centro-oeste do Brasil. Esses imigrantes chegaram principalmente nas décadas de 1940 e 1950, liderados por Jan Antonín, que fundou várias cidades no Brasil como Bataiporã, Bataguassu , Batatuba, Anaurilândia e Mariápolis.