quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Criando e desenvolvendo personagens

Animadores da Pixar acrescentam robôs ao seu repertório (por Deborah Coleman)

A talentosa equipe de animadores da Pixar superou obstáculos então considerados impossíveis nos filmes que criaram, estabelecendo novos padrões de qualidade na animação em todos eles.
Jim Reardon, diretor de história de WALL-E, observa: "Não queríamos ter no filme robôs desenhados com traços humanos e que falassem como seres humanos. Nós queríamos pegar objetos que em geral não são associados com características humanas e ver o quanto extrairíamos deles através do desenho e da animação."
Um doa maiores desafios enfrentados pelos animadores era a necessidade de comunicar emoções e ações claramente sem contar com diálogos tradiconais.
A vontade de dar vida a algum objeto inanimado é inata nos animadores. Para os animadores de WALL-E, era como soltar suas algemas e deixar que eles corressem livremente. Eles podiam deixar que as imagens contassem a maior parte da história. Também descobriram que é bem mais difícil realizar tudo o que necessitam fazer.

"Foi um grande desafio intelectual para os animadores descobrir como comunicar as mesmas ideias e convencer do ponto de vista narrativo, e mesmo assim passar a sensação de que é uma máquina atuando dentro das suas limitações de projeto e fabricação."

Apesar da relativa simplicidade de seus movimentos, animar WALL-E provou ser um dos maiores desafios que a equipe de animação já enfrentou até hoje. "Ele não é orgânico como um ser humano. A gente teve que reduzir seus movimentos ao mínimo essencial para que funcionassem." diz o supervisor de animação, Barillaro.
"É comum vermos filmes de animação que parecem gravados em algum computador do outro mundo. Nós queríamos que o filme parecesse filmado por cinegrafistas de verdade com câmeras reais que tivessem ido àqueles locais e visto o que nós estávamos vendo. Queríamos utilizar todo o equipamento de filmagem disponível e produzir um longa de animação mais real e imperfeito do que a maioria."
"Quando vi o filme pronto, tive um daqueles momentos em que pensei: 'Eu nunca vi um filme assim antes!'", conclui Morris.

Fonte: Revista Digital Designer - ano 11 - n.97 - 2008. (Para ler a matéria na íntegra solicite o exemplar na Biblioteaca ESPM Rio)