segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O tamanho do mercado de luxo no Brasil



Uma pesquisa realizada em parceria com duas empresas brasileiras aponta que o nosso mercado de luxo vislumbra um cenário bastante positivo para 2011. O crescimento para este ano é de 33%. Só em 2010, o setor cravou alta de 28% em relação a 2009.

A pesquisa mensura o tamanho do mercado do luxo brasileiro, avalia o desempenho e as perspectivas do setor e procura conhecer o montante dos investimentos feitos desde 2006. A quinta edição da pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2011, contando com a participação de 79 empresas do segmento de Luxo, de um universo identificado e apontado pela MCF de 230 empresas operantes no Brasil.

O aumento do salário médio de funcionários em 2010, que subiu para R$ 4.080,00 ante os R$ 2.762,00 de 2009, refletiu a necessidade de atrair vendedores mais qualificados a partir do retorno financeiro. No entanto, há ainda uma diferenciação bastante alta entre quem trabalha em empresa brasileira, cuja média salarial é de R$ 3.231,00 e em estrangeira, de R$ 5.083,00.

“O público do Luxo é bastante exigente, quer atendimento personalizado e diferenciado. As últimas pesquisas reforçavam a importância de vendedores qualificados. Os resultados desta edição, então, mostram que as empresas estão valorizando a capacitação e o aperfeiçoamento do seu quadro de funcionários para acabar com esse gargalo”, destaca Paulo Carramenha, Diretor Presidente da GfK Brasil.

Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, o atendimento é um dos principais valores reconhecido pelo consumidor do mercado do Luxo. “Nada mais propício, então, do que as empresas reconhecerem essa necessidade de motivar os vendedores a se ajustarem à capacitação profissional de suas equipes de atendimento para garantir um relacionamento diferenciado com seus clientes”, analisa.

A pesquisa revela também que as empresas têm intenção de expandir suas marcas para fora do eixo Rio-São Paulo. A cidade de Belo Horizonte (MG) é uma das que despontam na rota de investimento das empresas, apontada por 34% em 2010, alta de cinco pontos percentuais em relação a 2009 (29%).

Sem considerar São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte é também classificada como uma das cidades mais promissoras para o mercado do Luxo, embora Brasília (42%) continue liderando o ranking. Em 2009, BH foi indicada por apenas 4% das empresas, número que saltou para 19% no ano passado. Curitiba também aparece na lista das cidades promissoras, pulando de 7% para 13%.

Compõem ainda a lista de cidades mais promissoras para a expansão do mercado do Luxo: Salvador (4%) e Recife (3%). De acordo com os executivos, o aumento de unidades de lojas será pulverizado entre São Paulo (+66%), Rio de Janeiro (+44%), Brasília (+37%) e Belo Horizonte (+34%), além de Curitiba e Porto Alegre (22% cada), que se mostram como nichos providenciais para o mercado do Luxo.

“A maior longevidade do brasileiro e a melhoria de condições financeiras da população mais velha elevam em muito sua capacidade de consumo. Outro público a ser considerado é o de clientes mais jovens, que ainda é pouco explorado pelo setor. A estratégia para atingi-los deve ser baseada em ambiente virtual e a expansão de investimentos em mídias digitais – por exemplo: redes sociais e sites de relacionamento”, analisa Carramenha.

“O mais interessante é que 70% discordam que uma marca só será de Luxo se for exclusiva, de difícil acesso e restrita, confirmando um dilema vivido pelas marcas no sentido de ampliar a sua participação. Atingir a classe média alta seria uma possibilidade enorme de crescimento para as marcas em um curto espaço de tempo”, avalia Carramenha.

Fonte: Blog 2Day
Portal Fator Brasil