quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A evolução dos encartes de games durante os anos

Por POP Games

Nos últimos anos, os manuais de jogos foram diminuindo de livretos para nada mais nada menos do que meras páginas que não explicam muito além dos principais comandos do jogo - como pode ser conferido na galeria de imagens acima. Reconhecendo a mudança nos encartes, o POP Games resolveu responder, cada um com sua opinião, a pergunta que não quer calar: para onde os manuais de jogos estão indo? Confira essa reflexão e não esqueça de comentar sua opinião sobre o assunto!

Dani Rigon: eu, como bicho de livro, adoro manuais e ando sentindo muita falta deles nos últimos jogos que estou comprando (vide “Puppeteer”). Sim, eu entendo que os jogos de hoje possuem fases de tutoriais que explicam tudinho o que precisamos saber sobre os comandos e personagens (até em português!), mas será que isso realmente exclui a necessidade de um manual?

Também entendo que gastar papel não é legal (pobre Meio Ambiente) e que a criação e a impressão de manuais como os antigos, cheios de artworks e informações, não ajuda no preço de um jogo, mas vamos combinar que os preços também não abaixaram muito, não é?

Em nome de colecionadores e viciados em livros: queremos nossos manuais!

Felipe Carmello: a última vez que eu realmente parei para ler um manual de um jogo, se não me engano, foi na época do Nintendo 64 com Super Mario 64, o primeiro que joguei no console. Como, na época, eu estava absurdamente animado para o jogo, queria saber tudo sobre ele.

Hoje em dia não acho que os manuais são tão úteis quanto antigamente, pois grande parte das coisas estão sendo explicadas na experiência em si, com tutoriais e níveis de treino. Mas apesar disso, não acho que eles deveriam acabar, pois sempre alguém vai preferir o bom e velho papel.

Gabriel Manari: antigamente os manuais explicavam boa parte da lógica por trás de cada pixel do jogo. Hoje tudo isso é explicado nas primeiras horas de gameplay. Mesmo assim eu gosto da tradição, do papel, do tangível que o manual te dá.

Sempre que compro um título para PlayStation 3 eu checo o peso da embalagem. Quanto mais pesada (como a de “Metal Gear Solid 4” ou “Catherine”), mais feliz eu serei com minha nova aquisição.

Marco Rigobelli: para mim, os manuais sempre fizeram parte da experiência do jogo. São o primeiro contato que os jogadores têm com o mundo no qual acabarão imersos (ou não) e supostamente é nele que as informações importantes sobre o jogo deveriam estar. Em certos casos, como nos jogos da Rockstar, os manuais são trabalhos minuciosos que tentam emular a atmosfera do jogo. “GTA IV” e “Red Dead Redemption” tem dois dos melhores encartes que já vi nessa geração. Infelizmente, isso aos poucos foi morrendo.

“Gears of War” é uma série que funciona como exemplo disso: O primeiro tem um manual fantástico que dá detalhes das armas e da história do jogo, enquanto o segundo segue o mesmo padrão e o terceiro começa a ignorar todas essas qualidades até chegarmos em “Judgment” que não tem nenhum encarte.