quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A evolução dos encartes de games durante os anos

Por POP Games

Nos últimos anos, os manuais de jogos foram diminuindo de livretos para nada mais nada menos do que meras páginas que não explicam muito além dos principais comandos do jogo - como pode ser conferido na galeria de imagens acima. Reconhecendo a mudança nos encartes, o POP Games resolveu responder, cada um com sua opinião, a pergunta que não quer calar: para onde os manuais de jogos estão indo? Confira essa reflexão e não esqueça de comentar sua opinião sobre o assunto!

Dani Rigon: eu, como bicho de livro, adoro manuais e ando sentindo muita falta deles nos últimos jogos que estou comprando (vide “Puppeteer”). Sim, eu entendo que os jogos de hoje possuem fases de tutoriais que explicam tudinho o que precisamos saber sobre os comandos e personagens (até em português!), mas será que isso realmente exclui a necessidade de um manual?

Também entendo que gastar papel não é legal (pobre Meio Ambiente) e que a criação e a impressão de manuais como os antigos, cheios de artworks e informações, não ajuda no preço de um jogo, mas vamos combinar que os preços também não abaixaram muito, não é?

Em nome de colecionadores e viciados em livros: queremos nossos manuais!

Felipe Carmello: a última vez que eu realmente parei para ler um manual de um jogo, se não me engano, foi na época do Nintendo 64 com Super Mario 64, o primeiro que joguei no console. Como, na época, eu estava absurdamente animado para o jogo, queria saber tudo sobre ele.

Hoje em dia não acho que os manuais são tão úteis quanto antigamente, pois grande parte das coisas estão sendo explicadas na experiência em si, com tutoriais e níveis de treino. Mas apesar disso, não acho que eles deveriam acabar, pois sempre alguém vai preferir o bom e velho papel.

Gabriel Manari: antigamente os manuais explicavam boa parte da lógica por trás de cada pixel do jogo. Hoje tudo isso é explicado nas primeiras horas de gameplay. Mesmo assim eu gosto da tradição, do papel, do tangível que o manual te dá.

Sempre que compro um título para PlayStation 3 eu checo o peso da embalagem. Quanto mais pesada (como a de “Metal Gear Solid 4” ou “Catherine”), mais feliz eu serei com minha nova aquisição.

Marco Rigobelli: para mim, os manuais sempre fizeram parte da experiência do jogo. São o primeiro contato que os jogadores têm com o mundo no qual acabarão imersos (ou não) e supostamente é nele que as informações importantes sobre o jogo deveriam estar. Em certos casos, como nos jogos da Rockstar, os manuais são trabalhos minuciosos que tentam emular a atmosfera do jogo. “GTA IV” e “Red Dead Redemption” tem dois dos melhores encartes que já vi nessa geração. Infelizmente, isso aos poucos foi morrendo.

“Gears of War” é uma série que funciona como exemplo disso: O primeiro tem um manual fantástico que dá detalhes das armas e da história do jogo, enquanto o segundo segue o mesmo padrão e o terceiro começa a ignorar todas essas qualidades até chegarmos em “Judgment” que não tem nenhum encarte.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 25 a 27 de outubro

CINEMA



Um castelo na Itália [Un château en Italie, França, 2012], de Valeria Bruni Tedeschi (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Valeria Bruni Tedeschi, Louis Garrel, Filippo Timi, Xavier Beauvois. Sinopse: No meio de uma grande família burguesa italiana, uma mulher vive um período de transformações. Enquanto seu irmão está doente e os conflitos com a mãe aumentam, ela conhece um rapaz e se apaixona. Duração: 104 min. Classificação: 14 anos.




O conselheiro do crime [The Counselor, EUA/Reino Unido, 2013], de Ridley Scott (Fox). Gênero: suspense. Elenco: Brad Pitt, Michael Fassbender, Javier Bardem, Cameron Diaz, Penelope Cruz. Sinopse: Advogado envolve-se com tráfico de drogas. Duração: 117 min.




Juan e Evita, uma história de amor [Juan y Evita, Argentina, 2011], de Paula de Luque (Tucumán/Mercado Cultural). Gênero: drama. Elenco: Osmar Núñez, Julieta Diaz, Alberto Ajaka, Pompeyo Audivert, Sergio Boris. Sinopse: A história de amor entre Juan Domingo Perón e Eva Duarte, origem de um movimento político que mudou a história de um país. Duração: 104 min. Classificação: 12 anos.




Meu passado me condena [Brasil, 2013], de Julia Rezende (Downtown/Paris). Gênero: comédia. Elenco: Fábio Porchat, Miá Mello. Sinopse: Com apenas um mês de namoro, Fábio e Miá resolvem se casar e passar a lua de mel em um cruzeiro até a Europa. O problema é que na viagem eles encontram seus respectivos ex-namorados, Julia e Tiago, agora casados e também em lua de mel. Duração: 100 min. Classificação: 12 anos.




Serra pelada – A lenda da montanha de ouro [Brasil, 2013], de Victor Lopes (TvZero). Gênero: documentário. Sinopse: Na década de 80, no coração da floresta amazônica, 115 mil homens extraíram 100 toneladas de ouro, carregando nas costas uma montanha de 150 metros de altura. Hoje, Serra Pelada se transformou num lago, cercado por miséria, disputas e lendas. Duração: 94 min. Classificação: 14 anos.




O verão da minha vida [Tha Way Way Back, EUA, 2013], de Nat Faxon e Jim Rash (Diamond Films). Gênero: comédia. Elenco: Steve Carrell, Toni Colette, Allison Janney. Sinopse: Durante as férias, passadas com sua mãe, seu padrasto e a filha dele, o adolescente Duncan faz amizade com Owen, um divertido gerente de um parque aquático. Duração: 103 min.



Rio de Janeiro

SHOW

Arnaldo Antunes
26 de outubro de 2013



Após excursionar por um ano e meio com seu “Acústico MTV”, o artista lança amanhã, no Circo Voador, “Disco”, seu 15º álbum solo. Entre canções pop, baladas e rocks pesados e inéditos, surgem releituras como “Medo”, de sua época no Titãs, e antigas, como “A casa é sua”. Edgard Scandurra (guitarra) e Curumin (bateria) o acompanham na empreitada. O show de abertura é do paraense Felipe Cordeiro (com quem Arnaldo compôs “Tarja preta”), que mostra as faixas de seu novo CD, “Se apaixone pela loucura do seu amor”.

Circo Voador
26 out 2013
23:00
R$ 100.00 (meia-entrada com 1kg de alimento)



TEATRO

Sonhos de um sedutor
de 25 de outubro a 15 de dezembro de 2013



A montagem brasileira da peça de Woody Allen, escrita em 1969, traz George Sauma na pele de Allan Feliz, crítico de cinema que leva um pé na bunda da namorada (Georgiana Góes). Para animá-lo, o casal Dick (Heitor Martinez) e Linda (Luana Piovanni) faz de tudo para lhe arranjar uma nova garota. Enquanto isso, ele também recebe "conselhos" de Humphrey Bogart, seu ídolo.

Teatro Ipanema
De 25 out 2013 até 15 dez 2013
qui, sex e sáb 21:00 | dom 20:00
R$ 50.00



EXPOSIÇÃO

Virei viral
até 6 de janeiro de 2014



Vídeoinstalações, obras digitais e suportes multiplataformas apresentam um recorte do compartilhamento de conteúdos nos trabalhos de artistas como o americano Jonathan Harris, o francês Sacha goldberger e os brasileiros Lucas Bambozzi e Alexandre Mury. Com curadoria da M’ Baraká Experiências, a mostra é acompanhada de palestras e shows.

Centro Cultural Banco do Brasil
Até 6 jan 2014
dom, seg, qua, qui, sex e sáb 09:00 até 21:00
Grátis

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Indústria de efeitos visuais vê futuro nos games

Por Leonardo Avila para o TechTudo



O diretor criativo da Digital Domain, Neil Huxley, conversou com o TechTudo durante o The Union, evento para estudantes e entusiastas da arte digital organizado pelas escolas Saga e Gnomon. Huxley fala sobre a nova importância dos videogames e da televisão, critica a indústria do cinema e comenta Ender’s Game, primeiro longa-metragem de grande porte a ser co-produzido por uma empresa de efeitos visuais, que chega aos cinemas no fim do ano.

Não é segredo algum que a indústria dos videogames tem investido pesado em advertisement nos últimos anos, resultando em campanhas publicitárias gigantescas, lançamentos faraônicos e propagandas no horário nobre das televisões americanas. Até espaço publicitário no famossísimo campeonato de futebol americano Super Bowl (cujo custo por 30 segundos de transmissão chegou a US$ 4 milhões no ano passado) também tem sido invadido por games.

O LA Times aponta que, este ano, grandes empresas do ramo dedicam algo entre de US$ 250 mil a US$ 500 mil por comercial, na busca de chamar a atenção de um público cada vez mais exigente e bombardeado por um crescente universo de opções.

Para tanto, EA, Activision, Ubisoft e outras gigantes do ramo apostam em know-how importado de Hollywood. É o caso, por exemplo, da californiana Digital Domain, co-fundada por James Cameron e envolvida nos efeitos especiais de produções de grande porte, como Titanic e a adaptação para os cinemas de O Senhor dos Anéis. A empresa foi responsável, entre outros, pelo trailer do game Mad Max na E3 deste ano e o comercial de Destiny (vídeo abaixo, dirigido por Jon Favreau – Homem de Ferro -, protagonizado por Giancarlo Esposito – Breaking Bad), e vê no ramo dos videogames uma alternativa para o dificultoso cenário enfrentado por estúdios de cinema, que vêm cortando gastos e enfrentam competição ferrenha de novos modelos de negócios.



Confira entrevista com Neil Huxley. Entre seus trabalhos estão diversos trailers e comerciais para promoções de jogos, como Dead Space 3, Mad Max e NBA 2K13, e filmes como Avatar.

Techtudo: 2013, talvez mais exatamente esses últimos meses, tem sido marcado por baixos ganhos em bilheterias. Círculo de Fogo e Elysium foram super produções, arcaram com riscos tremendos e, infelizmente, não vingaram. Por outro lado, você vê surgindo fenômenos avassaladores tanto nos games como na televisão, protagonizados por novos símbolos da cultura pop, como GTA 5 e Breaking Bad. Como isso afeta seu trabalho?

Neil Huxley: bem, nós trabalhamos um pouco de tudo – filmes, games, TV. Mas, para nós, é um efeito natural da indústria neste momento. Filmes estão ficando mais caros para produzir, os estúdios, claro, querem fazê-los por menos, e a maneira que eles encontraram para tal é levar equipes para o Canadá, por exemplo, onde existem incentivos governamentais; então, como isso nos afeta é que agora temos que expandir operações para países em que haja alívios tributários se quisermos manter as portas abertas. É uma pena que produções estejam migrando de Los Angeles; é parte culpa dos estúdios e parte do governo da cidade. É o que me deixa perplexo. Hollywood tem um dos piores incentivos fiscais do mundo. Você pensaria que eles iriam querer mais é manter gente trabalhando lá, mas não é o que acontece.
Vai haver um bocado de efeitos colaterais. Há também o fato de que muitos desses filmes são exageradamente inflados; sabe como é, Círculo de Fogo, Elysium – eu gostei de Círculo de Fogo, entretanto; mas no fim do ano você tem Os 47 Ronins, que custou US$ 250 milhões. Não tem como eles conseguirem essa grana toda de volta. É um filme de samurai! (risos) Você deveria estar fazendo longas desses por 10 ou 20 milhões. Por outro lado, você tem Elysium. Eu fiquei tão desapontado com o filme. Eu acho que ele era visualmente legal, mas, em termos de história, creio que eles ficaram sem saída, o script não era tão bom. E eu sei que muitas pessoas se sentiram assim.



TT: E o pessoal de Distrito 9 estava encabeçando o filme também?

NH: É, Distrito 9 foi um baita filme, Acho que o público estava esperando a mesma coisa de Elysium, e, infelizmente, a trama não chega a alcançar exatamente o mesmo nível. Uma pena, queria que o filme tivesse sido incrível.
Mas então pessoas passam a procurar entretenimento em outros lugares, televisão e videogames, por exemplo. A TV, por sinal, está virando a nova Hollywood. Astros famosos, famosos mesmo, estão correndo para pegar papéis em televisão. Produções como The Walking Dead, Game of Thrones e Breaking Bad provam que você pode realmente ter bom conteúdo na programação.



TT: E quanto a sua experiência trabalhando com videogames?

NH: Nós estamos agora co-produzindo filmes e criando comerciais para empresas de videogames, mas estamos mais envolvidos com jogos nestes últimos anos. Isso graças ao meu chefe, Rich Flier (atual presidente do setor comercial e de games da Digital Domain), que tem um vasto conhecimento da área. Desde que ele chegou, nós estivemos mudando o jeito que trabalhamos no setor de comerciais – na minha opinião, foi pra melhor. Hoje em dia não estamos mais dependendo de propaganda de carro (risos). Era tudo o que a gente fazia, mas agora estamos criando estes modelos de personagens inteiramente em computação gráfica e é tudo parte de uma mudança de ares que levou pouco mais de dois anos. É bem legal.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Conheça os 10 melhores MMORPGs de 2013

Por Rodrigo Gurgel para TechTudo



Dungeons & Dragons: Neverwinter

Neverwinter foi lançado oficialmente no dia 20 de junho, com a promessa de ser uma versão nova, melhorada e repaginada do antigo – e ainda ativo – Dungeons & Dragons Online. A promessa, infelizmente, não foi comprida.

O jogo não é ruim, mas também não é incrível. A impressão é que a equipe de desenvolvimento da Cryptic Studios apoiou-se completamente no efeito “você estará jogando na cidade de Neverwinter, em Forgotten Realms, no ambiente do RPG que você tanto gosta” e se esqueceu de realmente inovar no game.

Os gráficos são bonitos e o jogo realmente coloca o jogador no ambiente típico e familiar de uma campanha de D&D, com zumbis e missões por todos os lados. Neverwinter oferece ainda onze raças – sendo três delas (Menzoberranzan Renegade, Moon Elf e Sun Elf) disponíveis apenas quem comprar os pacotes especiais – e cinco classes: Control Wizard, Devoted Cleric, Guardian Fighter, Great Weapon Fighter e Trickster Rogue.

Uma particularidade excepcional, entretanto, é a chamada Foundry. Através desta ferramenta, qualquer jogador de nível quinze ou mais pode criar dungeons e quests que, após terminadas, são liberadas para o resto do público. Com poucas novidades para o gênero, Neverwinter não se destaca, mas é válido para fãs de D&D.





Dragon's Prophet

Dragon's Prophet, dos mesmos criadores de Runes of Magic, se passa no mundo Auratia, povoado por dragões dos mais variados tipos e formas. O jogador pode escolher dentre quatro classes – Guardians, Rangers, Oracles e Sorcerers – e capturar mais de trezentos dragões, que podem ser usados como montaria e parceiros de combate, e irão definir o “Dragon Destiny” de seu personagem, moldando o rumo que sua história tomará.

Os gráficos são bonitos, mas trazem nada de realmente novo. O combate mistura o sistema de combos e ação de outros jogos com a clássica mira-automática da maioria dos MMOs, permitindo que o jogador tenha uma experiência de combate mais realista e ao mesmo tempo simples.

Dragon's Prophet conta também um sistema interessante de guildas e de construção: líderes de Guildas podem criar pequenos reinos, com civis e milícias. Jogadores, entretanto, não precisam ser parte ou líderes de uma guilda para construírem casas, tendo total liberdade para criar e decorar as estruturas como bem entenderem.





Path of Exile

Path of Exile é um MMORPG de ação baseado em um universo medieval de fantasia sombria. Foi desenvolvido por uma equipe independente da Nova Zelândia, e é em muito parecido com Diablo: tanto no estilo gráfico – o clássico 2.5 D, como em ambientação e na câmera fixa. O jogo possui seis classes que são, infelizmente, gender-locked – significando que você não pode escolher o sexo do seu personagem.

A história de Path of Exile é interessante, colocando o personagem como um exilado de sua terra natal, enviado para Wraeclast, um continente reservado para as párias sociais que o resto do mundo simplesmente não quer.

Um destaque do jogo é seu sistema de habilidades, divididas em dois tipos: passivas e ativas. Habilidades ativas são desenvolvidas livremente por todas as classes, tendo que ser encontradas dentro do jogo na forma de Gems que devem ser alocadas em armas ou armaduras. Todas as classes têm acesso a mesma arvore de 1,350 habilidades passivas, podendo alocar pontos nela quando passam de nível.





Ragnarok Online 2

O jogo foi lançado oficialmente em maio de 2013 e conta com uma série de diferenças em relação ao primeiro Ragnarok – jogadores que esperam encontrar apenas uma versão tridimensional do jogo original serão severamente desapontados. Para começo de conversa, Alquimista e Ferreiro não são mais classes – eles foram movidos para a coluna de ‘Jobs’ na criação de personagem, que também conta com Chef e Artisan. As classes, fora isso, continuam as mesmas: Swordman, Magician, Archer, Thief e Acolyte – cada uma delas com dois tipos de evolução. Há também uma raça nova, chamada Noel, que possui classes específicas.

Os sistemas de cartas e de pets também mudaram. Cartas agora são equipadas diretamente no seu personagem, e podem ser conseguidas tanto de monstros quanto mesclando cartas diferentes em um NPC para conseguir uma versão mais forte. Além disso, para conquistar um monstro como Pet, agora é necessário coletar seu DNA.





Salem

Salem é um jogo diferente, quase que completamente baseado em sistemas de crafting. Nele, você toma o papel de um peregrino recém-chegado em uma versão gótica e estranha do Novo Mundo. Estilo sandbox, o jogo te dá muitas opções com relação ao que fazer, quando fazer, e porque fazer. A única cidade originalmente desenvolvida dentro do jogo é Boston, e todas além dela foram criadas por jogadores.

Outro aspecto interessante de Salem é o conceito de permadeath – se você morrer, você morre de vez. Sem segundas chances, sem revives, sem nada. Apesar de ser um detalhe controverso, o consenso geral é que funciona bem dentro do universo do game, obrigando os jogadores a encontrarem a força nos números, viajando em suas jornadas de descoberta sempre em companhia de outros.

O jogo é leve, com gráficos bastante únicos, revelando um design pitoresco que pode até afastar alguns jogadores. Entretanto, a pouca diversidade visual é compensada pela grande liberdade que o jogo proporciona. O sistema de criação de itens e cenários incentiva o trabalho em grupo e a exploração do mundo em contínua expansão. Uma alternativa bastante diferente da usual e uma boa opção para quem quer experimentar um MMO diferente do que normalmente se encontra por aí.





Marvel Heroes

Pense no melhor que o gameplay de Diablo tem a oferecer. Agora troque o cenário sombrio por uma série de fases coloridas , típicas do que se esperaria de um jogo de super-heróis e as classes que você conhece por heróis igualmente conhecidos…. E aí está. Marvel Heroes em três linhas.

O jogo foi oficialmente lançado em junho, e contava com poucos heróis – mas muitos outros já foram acrescentados e os desenvolvedores prometer mais e mais deles. O combate é ágil e extremamente simples, sem complicações desnecessárias. As dublagens foram muito bem feitas e a história é agradável, sendo apresentada através de mensagens que aparecem na tela – a maioria delas narrada por agentes da S.H.I.E.L.D, como se você as estivesse escutando em seu comunicador.

Marvel Heroes atende ao propósito a que veio, criando um jogo que é mais fonte de relaxamento do que desafio e apelando a todos os fãs de super-heróis. Um detalhe importante – e bom – é que você pode também alterar os uniformes de seus personagens. Prefere o Wolverine em seu uniforme preto da Força X? É só conquistar a roupa no jogo e trocar.





Rift

Rift tornou-se gratuito no dia 12 de junho e, com isso, conquistou rapidamente uma base de jogadores ainda maior do que tinha antes. O jogo chama a atenção por sua abordagem low-fantasy, que difere bastante do que é esperado em jogos do gênero.

Em Rift os jogadores podem escolher entre duas facções: Guardians ou Defiants e ainda que a criação e customização de personagens seja bastante limitada – você tem apenas três raças por facção, Rift compensa com o sistema de classes, chamadas de Souls. Durante o tutorial – simples, fácil, rápido e informativo – o jogador é levado a escolher três. O tutorial sugere algumas que possuem sinergia entre si, mas a escolha é livre. Cada Soul representa uma árvore de talentos responsável por habilidades e características. Seguindo esse sistema, Rift permite de forma funcional que os jogadores criem seus personagens da forma que preferirem.

Com a enorme quantidade de combinações possíveis, não há limites. Entretanto, para os jogadores iniciantes e que não se sentem confortáveis escolhendo as próprias habilidades antes de estarem confiantes, o jogo oferece a possibilidade de seus pontos serem distribuídos automaticamente.





Age of Wushu

Age of Wushu é facilmente definido por uma palavra: inovação. O jogo, um action MMORPG desenvolvido na China, foi oficialmente lançado 18 de julho e já conta com uma grande base de jogadores.

Em Age of Wushu o jogador é colocado no papel de um artista marcial iniciante e é livre para fazer o que quiser. A ideia de liberdade na evolução do personagem é levada a sério. Não existem níveis nem classes e se você quiser ignorar completamente o aspecto marcial e focar-se na simples vida de um ferreiro, a escolha é total e completamente sua. Baseado em uma China histórica, o jogo tem grande foco em roleplay, história e interpretação, mas não deixa de lado aspectos clássicos do gênero como PVP e quests.

O jogo é cheio de pequenos e grandes detalhes que o transformam em algo completamente novo na cena de MMOs, mas os destaques são seu sistema de progressão off-line, no qual seu personagem se torna um NPC enquanto você não estiver jogando, e um sistema de encontros randômicos, que faz com que nenhuma quest se repita.





Wizardry Online

Wizardry Online é um daqueles jogos que te assusta antes mesmo de logar. A primeira coisa que se vê quando se abre o site é o aviso: “Wizardry Online é o MMO de fantasia mais hardcore já criado. O nível de dificuldade é insano”. O jogo é gratuito e extremamente bem feito em seus detalhes. Porém a perspectiva de morte permanente é assustadora – principalmente em um mundo como o de Wizardry, em que o PvP é aberto para todos, o tempo todo. Mas não é tão simples assim.

Quando você morre, você assume a “forma de alma” e precisa vagar até as Guardians Statues para reviver. O problema é que pelo caminho você encontrará monstros, que a cada golpe acertado em seu personagem, diminuem sua chance de reviver em 10%. Então, o conselho é simples: se você morreu, corra até a Guardian Statue mais próxima o mais rápido possível e evite os fantasmas.

Outro detalhe que evita que todos os jogadores saiam se matando pelo mundo é o sistema de crimes. Matar jogadores ou roubar pertences de seus corpos pode levá-lo para a cadeia ou pior. Existe também a chance de jogadores tornarem-se alvos de mercenários ao terem prêmios oferecidos por suas cabeças. E os mercenários são outros jogadores, que irão caçá-lo pela recompensa.

O jogo conta com cinco raças: Anões, Elfos, Gnomos, Humanos e Porkul. Cada uma delas possui atributos diferentes e o próprio jogo se encarrega de avisar se uma combinação de raça/classe é uma boa ideia. As classes são Fighter, Thief, Priest e Mage. Nada de muito excepcional nesse ponto. Infelizmente o jogo ainda não está disponível para o Brasil.





TERA

TERA (The Exiled Realm of Arborea) foi chegou ao mercado em maio de 2012, mas teve seu lançamento oficial como jogo grátis em fevereiro de 2013. O jogo chama a atenção por seu design inovador e bonito, sendo facilmente um dos MMOs mais bem feitos até hoje. As sete raças disponíveis são diferentes do padrão e trazem a sensação de estar jogando algo novo, e não só mais um game genérico de fantasia medieval.

Outro aspecto importante de TERA é o sistema de combate, no qual jogadores precisam não só mirar manualmente seus golpes, como também encaixar combos nos momentos exatos e mover-se para esquivar, aparar ou bloquear golpes em tempo real. Em TERA, você pode ser obrigado a matar quinze de um mesmo monstro para concluir sua quest – mas cada um dos confrontos é percebido como diferente, obrigando o jogador a prestar atenção e estar sempre disposto a improvisar.

As classes – Archer, Berserker, Lancer, Slayer, Mystic, Priest, Warrior e Sorcerer – possuem níveis de dificuldade diferentes indicados em sua seleção e não caem na mesmice típica do jogos do gênero, mantendo estilos de combate bastante diferenciados em todas elas: jogar com um Berseker e um Slayer são experiências distintas, apesar de ambas serem classes de dano corpo a corpo.

TERA também permite que o jogador teste uma classe antes de escolhê-la definitivamentre. Neste momento, chamado de “prólogo”, o jogador controla um personagem de nível 20 e com habilidades e equipamentos apropriados. Quanto o prólogo termina, ele é direcionado para a área inicial com um personagem comum de nível um.

Apesar do pagamento não ser obrigatório, jogadores que não pagam a mensalidade e/ou não compraram o jogo tem algumas penalidades severas, como espaço do inventário drasticamente reduzido, menos experiência, menos prêmios ao terminar dungeons, menos dungeons liberadas, entre outras coisas.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Feriadão - 11 a 15 de outubro de 2013

CINEMA



Os belos dias [Le beaux jours, França, 2013], de Marion Vernoux (Imovision). Gênero: comédia. Elenco: Fanny Ardant, Laurent Lafitte, Patrick Chesnais. Sinopse: Caroline, recentemente aposentada, pensa no que fazer com seu tempo livre. Na sua busca por coisas para preencher este tempo, ela irá descobrir que o vazio existente é muito maior do que ela imaginava e uma reviravolta irá mudar o seu destino. Duração: 95 min. Classificação: 14 anos.




Corda bamba [Brasil, 2011], de Eduardo Goldenstein (Copacabana). Gênero: drama. Elenco: Gustavo Falcão, Georgiana Góes, Stela Freitas, Augusto Madeira. Sinopse: Menina criada no circo vai morar com a avó. Essa mudança a faz lembrar o que a trouxe do circo e marca a despedida da infância para o mundo adulto. Baseado no livro de Lígia Bojunga Nunes. Duração: 80 min. Classificação: livre.




É o fim [This is the End, EUA, 2013], de Evan Goldberg e Seth Rogen (Sony). Gênero: comédia. Elenco: Emma Watson, Jonah Hill, James Franco, Jason Segel, Seth Rogen. Sinopse: Durante uma festa na casa de James Franco, Seth Rogen, Jay Baruchel e outras celebridades enfrentam o apocalipse. Abertura nos EUA: US$ 13,2 milhões (em 14/06/2013). Dif. (segundo fim de semana): -35,9%. Acumulado nos EUA: US$ 85,6 milhões. Duração: 107 min. Classificação: 16 anos.




Gravidade [Gravity, EUA, 2012], de Alfonso Cuarón (Warner). Gênero: ficção científica. Elenco: Sandra Bullock, George Clooney. Sinopse: A única sobrevivente de uma missão espacial para consertar um satélite tenta desesperadamente voltar para a Terra e reencontrar a filha. Com exibição em 3D. Duração: 90 min. Classificação: 12 anos.




O inventor de sonhos [Brasil, 2012], de Ricardo Nauenberg (Europa). Gênero: drama. Elenco: Ícaro Silva, Miguel Thiré, Stênio Garcia, Ricardo Blat, Sheron Menezes. Sinopse: O Rio de Janeiro de 1808 na visão de dois garotos: um brasileiro negro, filho de uma escrava, e um jovem aventureiro europeu em busca de seu verdadeiro pai. Duração: 105 min. Classificação: 12 anos.




Riddick 3 [EUA, 2013], de David Twohy (Imagem). Gênero: ação. Elenco: Vin Diesel, Karl Urban, Dave Bautista, Katee Sackhoff. Sinopse: Deixado para morrer em um planeta distante, Riddick consegue sobreviver, mas tem que lutar contra uma raça de predadores alienígenas. Abertura nos EUA: US$ 19 milhões. Dif. (segundo fim de semana): -64%. Acumulado nos EUA: US$ 37,1 milhões. Duração: 100 min. Classificação: 16 anos.




Rota de fuga [Escape plan, EUA, 2013], de Mikael Håfström (Paris). Gênero: ação. Elenco: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, 50 Cent, Vincent D’Onofrio. Sinopse: Um arquiteto especializado em prisões de segurança máxima é condenado por um crime que não cometeu, e acaba preso em uma cadeia que ele mesmo projetou. Duração: 107 min. Classificação: 14 anos.




Salvo [Salvo, Itália/França, 2013], de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza (H2O Films). Gênero: drama. Elenco: Saleh Bakri, Luigi Lo Cascio, Sara Serraiocco. Sinopse: Assassino frio e cruel se infiltra na casa de um mafioso rival para matá-lo. Quando está prestes a cometer o crime, o assassino encontra a irmã de seu alvo no local e a sequestra. Os dois passam a ter uma relação que o criminoso deve esconder do chefe da máfia. Duração: 105 min.




Silent Hill - Revelação 3D [Silent Hill - Revelation 3D, EUA/França/Canadá, 2012], de Michael J. Basset (Playarte). Gênero: horror. Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harrington, Carrie-Anne Moss, Sean Bean, Malcolm McDowell. Sinopse: Após o desaparecimento de seu pai, Heather Mason descobre uma terrível realidade alternativa, relacionada aos pesadelos que a torturam desde a infância. Duração: 90 min. Classificação: 16 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Marisa Monte
até 13 de outubro de 2013



A turnê “Verdade uma ilusão”, do CD “O que você quer saber de verdade”, se despede dos cariocas com uma temporada no Vivo Rio. O repertório tem 21 canções, entre as quais “Ainda bem” e “Depois”, do último trabalho, e as antigas “Amor I love you”, “Gentileza”, “Diariamente”, “Beija eu” e “Velha infância”.

Vivo Rio
Até 13 out 2013
dom 20:00 | sex e sáb 22:00
R$ 110.00 (camarote C); R$ 170.00 (frisa); R$ 190.00 (setor 4); R$ 230.00 (setor 3); R$ 250.00 (setor 2); R$ 270.00 (setor 1 e camarote B); R$ 310.00 (setor vip e camarote A)



TEATRO

Quem tem medo de Virginia Woolf?
de 11 de outubro a 1º de dezembro de 2013



Após uma festa da universidade, Jorge, um professor de História, e a mulher Marta, que é filha do reitor, decidem receber em sua casa um jovem casal para tomar um drinque. O encontro se transforma numa lavação de roupa suja, cheia de jogos perversos e manipulações.

Teatro dos Quatro
De 11 out 2013 até 1 dez 2013
sex e sáb 21:00 | dom 20:00
R$ 70.00 (sex); R$ 80.00 (dom); R$ 90.00 (sáb)



EXPOSIÇÃO

Le Parc Lumière
de 12 de outubro de 2013 a 23 de fevereiro de 2014



Trinta instalações luminosas e quatro maquetes compõem a mostra “Le Parc Lumière - Obras cinéticas de Julio Le Parc", que inaugura na Casa Daros, em Botafogo. O curador Hans-Michael Herzog define o trabalho do artista como uma “grande sinfoniade luz em movimento”. Para ambientar a mostra, as paredes da instituição foram pintadas na cor preta, causando a sensação de perda da noção de tempo e espaço.

Casa Daros
De 12 out 2013 até 23 fev 2014
dom 11:00 até 18:00 | qua, qui, sex e sáb 11:00 até 19:00
Grátis

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 4 a 6 de outubro

CINEMA



Aposta máxima [Runner, Runner, EUA, 2013], de Brad Furman (Fox). Gênero: suspense. Elenco: Ben Affleck, Gemma Arterton, Justin Timberlake. Sinopse: Empresário fica preso no universo dos jogos online em alto mar. Duração: 93 min. Classificação: 14 anos.




O capital [Le capital, França, 2012], de Costa-Gavras (Paris). Gênero: drama. Elenco: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier, Celine Sallette, Lya Kebede. Sinopse: O dono de uma gigante do mercado financeiro europeu tenta desesperadamente manter o seu poder, enquanto uma companhia americana tenta comprar a empresa. Duração: 113 min.




Mato sem cachorro [Brasil, 2013], de Pedro Amorim (Imagem). Gênero: comédia. Elenco: Leandra Leal, Bruno Gagliasso, Danilo Gentili. Sinopse: As alegrias e sofrimentos de um casal amadurecendo. Duração: 122 min. Classificação: 12 anos.




Obsessão [The Paperboy, EUA, 2012], de Lee Daniels (Europa). Gênero: suspense. Elenco: Nicole Kidman, John Cusack, Matthew McConaughey, Zac Efron. Sinopse: Repórter retorna à sua cidade natal para investigar caso envolvendo um prisioneiro condenado à morte. Duração: 107 min.




Tá chovendo hambúrguer 2 [Cloudy with a Chance of Meatballs 2, EUA, 2013], de Cody Cameron e Kris Pearn (Sony). Gênero: animação. Vozes: Andy Samberg, Neil Patrick Harris, Anna Faris e James Caan. Sinopse: Continuação da animação de 2009. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 34 milhões (em 27/09/2013). Duração: 100 min. Classificação: livre.



Rio de Janeiro

SHOW

O Rappa
4 e 5 de outubro de 2013



A banda carioca sobe ao palco do Citibank Hall para o show de estreia do CD “Nunca tem fim...”, gravado este ano. Sucesso no Youtube, as músicas "Anjos (para quem tem fé)" e "Auto-reverse" puxam o set list, que, além de outras músicas novas - como "O horizonte é logo ali", "Boa noite, xangô", “Doutor, sim senhor!”, “Sequência terminal” e “Vida rasteja” - inclui, é claro, sucessos dos 20 anos de estrada do grupo de Falcão & cia.

Citibank Hall
De 4 out 2013 até 5 out 2013
sex e sáb 22:30
R$ 100.00 (pista, sexta); R$ 150.00 (poltrona); R$ 200.00 (camarote); R$ 120.00 (pista, sábado)



TEATRO

Cazuza - Pro dia nascer feliz, o Musical
de 4 de outubro a 22 de dezembro de 2013



A história do poeta, cantor e compositor é contada através de mais de 20 músicas no espetáculo de autoria de Aloísio de Abreu, com direção de João Fonseca.

Teatro Net Rio
De 4 out 2013 até 22 dez 2013
qui e sex 21:00 | dom 20:00 | sáb 18:00 , 21:30
R$ 100.00 (balcão); R$ 150.00 (frisas e plateia)



EXPOSIÇÃO

Anna Zeligowski
até 28 de outubro de 2013



Artista plástica, ilustradora e médica, a polonesa Anna Zeligowski apresenta vinte desenhos com parte de sua visão sobre multifacetado universo feminino e do mundo de animais e plantas.
Em seus desenhos, Zeligowski observa detalhes, escolhendo uma miríade de minúsculas formas. Através dessas escolhas, sua obra fala de sobre coisas simples, sobre o espaço que devemos dar a elas, sobre a dignidade da vida cotidiana. Por outro lado, a artista representa de um modo atraente, bem-humorado mas, ao mesmo tempo, preciso, as ideias complexas da genética, epigenética, neurobiologia e filosofia da mente.

Midrash Centro Cultural
Até 28 out 2013
seg, ter, qua e qui 14:00 até 22:00 | dom e sáb 16:00 até 20:00
Grátis

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

[Entrevista] Katsuhiro Harada, o produtor de Tekken

Por Fernando Mucioli para Kotaku

Ele é Katsuhiro Harada, produtor da série Tekken que trabalha na franquia desde que ela nasceu, em 1997, no PlayStation original. Ele esteve no Brasil pela primeira vez, como convidado da BGS 2012, e reservou um tempinho para conversar com o Kotaku por email sobre esse intenso mundo das lutinhas.

Até 2008, a cena de jogos de luta estava em baixa e enfrentando uma seca, mas a série Tekken parece nunca ter sido afetada por isso. Por que você acha que a franquia conseguiu se manter forte? Você acredita que houve um “renascimento” dos jogos de luta depois do lançamento de Street Fighter IV?

O Kotaku é bem analítico, para ser sincero, então talvez o pessoal do Kotaku Brasil entenda bastante de jogos de luta. Como mencionado, especialmente na segunda metade dos anos 90, analisando as unidades vendidas de consoles entre 1997 até o lançamento de Tekken 6 em 2009, ou nos arcades, entre 2004 e 2010, [a série] Tekken bateu um novo recorde como primeiro lugar entre os jogos de luta. Tekken sempre teve muito apoio, enquanto outros jogos de luta se ausentaram, desistiram dos arcades ou não lançaram sequências para os consoles.

Uma das razões para isso é como o jogo é visto entre os próprios jogadores de Tekken. Alguns o vêm como um jogo de torneio, enquanto outros o enxergam mais como um game de ação no qual podem controlar o corpo dos personagens livremente até ver as CGs dos finais. Não importa o caso, sempre criamos o jogo depois de coletar as opiniões dos fãs em vários países do mundo. Acho que os jogos continuaram por tanto tempo por causa disso.

Quanto ao “revival” de Street Fighter, acredito que ele teve um bom impacto nos games de luta. Ele foi bem recebido não só pelos jogadores que costumavam gostar da série, mas também por jogadores mais jovens. Entretanto, gostaria de ver jogos de luta sendo feitos por uma produtora fora do Japão. Não vemos esse tipo de movimento ultimamente, apesar de existirem alguns jogos de luta 2D bem limitados. Não há jogos no gênero da luta 3D. Isso é uma pena.



O quão importante é trazer novos jogadores não só para Tekken, mas para os jogos de luta como um todo? Qual você acha que é a melhor maneira de fazer isso: simplificando as mecânicas ou explicando melhor as que já existem?

Esse é um problema difícil. Eu acredito que jogos com mecânicas simplificadas também sejam necessários. Porém, só ter as mecânicas mais simples resulta em jogos que ficam chatos com facilidade. A teoria ideal é um fluxo no qual o os novos jogos de luta vão substituindo os atuais mas, na realidade, as coisas não são tão fáceis assim.

Então começa-se a discutir se os tutoriais vão dar conta, mas há muitos tutoriais tão chatos quanto aulas no colégio. Por isso adicionamos um novo modo chamado “Fight Lab” em Tekken Tag Tournament 2. Ele é estruturado em cima de uma história única e, ao completar vários minigames, os jogadores podem ir aprendendo os controles e estratégias básicas naturalmente.

Esse modo foi bem recebido e estou pensando em expandi-lo no futuro. Entretanto, o número de novos jogadores não vai necessariamente crescer muito se pararmos aí. Acho que existe um jeito melhor.

Em termos práticos, é mais importante desenvolver uma comunidade ou eventos que combinem com cada país ou território mais do que ter lutas “sérias”, como as de um torneio profissional. Para esse tipo de jogo, no qual é divertido alcançar um nível alto de técnica, é mais importante que ele tenha um bom apoio e faça muito barulho. Não dá para resolver o problema só com uma estrutura digital.



Você e sua equipe já estão trabalhando no próximo projeto, seja lá o que vier depois de Tekken Tag Tournament 2? Por quanto tempo vocês planejam dar suporte a esse jogo, oferecendo novo conteúdo?

Por enquanto estou me esforçando para dar suporte e manter Tekken Tag Tournament 2 atualizado. Mas na minha cabeça, já vou pensando no próximo projeto enquanto olho o feedback e recepção de Tekken Tag Tournament 2. Na verdade, eu não cuido só de Tekken, então estamos pensando em um novo tipo de jogo, um pouco diferente.



Como você vê o estado atual da cena de jogos de luta? Existe algo que precise mudar? Você acha que serviços como o World Tekken Federation é um passo em direção a esse futuro?

O World Tekken Federation é um passo, mas é um passo para os jogadores “hardcore”. Na minha concepção, eu acredito que devamos evoluir os jogos de luta tradicionais na direção para onde eles estão indo atualmente, ao mesmo tempo em que criamos outro caminho para o gênero. Além de seguir o legado, acredito que é necessário dar um acesso aos jogdores da nova geração.



O Yoshinori Ono, da Capcom, mencionou várias vezes como o trabalho de produtor pode ser estressante. Como você lida com esse aspecto no trabalho?

É verdade, o Ono-san menciona bastante para a mídia “como o trabalho de produtor é difícil”. Ele foi até parar no hospital logo quando voltou pra casa depois de uma viagem de trabalho comigo.

Mas deixa eu contar um dos segredos deles. Mentalmente, ele é um ser humano forte. Forte de uma maneira em que você nem consegue imaginar usando o senso comum. Ele parece que age emocionalmente, mas não é assim; ele é uma pessoa que calcula tudo de uma maneira bem calma, mesmo que as coisas estejam meio difíceis na empresa, ou que ele esteja sendo xingado por várias pessoas na internet. O Ono-san não se comove.

Falta de educação, fofocas e intrigas de trabalho não funcionam com ele. Para te dizer a verdade, a quantidade de stress que vem do trabalho é a menor. Mesmo que ele diga que está estressado, o que ele chama de stress no trabalho não é um milésimo do stress de um humano normal. Mas quando ficam sabendo disso na empresa, dizem pra ele trabalhar mais, certo? É por isso que ele fica fingindo que está estressado! Ser resistente assim ao stress é algo muito raro na nossa indústria.

Yoshinori Ono, Hiroshi Matsuyama (CyberConnect 2) e Tomonobu Itagaki (Valhalla Games, ex-Team Ninja) – para essas três pessoas, não existe stress no trabalho! Esses caras ficam falando: “O Harada é louco! O Harada é louco!” para a mídia e os fãs, mas na verdade é o contrário. Esses três são loucos MESMO. Eles não se importam com nada além do trabalho. Eles vão falar só de trabalho até os últimos minutos antes de o mundo ser destruído por um meteorito caído do espaço. Eles são muito doidos. Mesmo se alienígenas ou o Exterminador invadir o mundo, não importa para eles. É quando eles não trabalham que eles ficam estressados. Esse é um fato que só eu sei: eles são loucos varridos!

Falar desse tipo de coisa com as pessoas é o melhor jeito de me libertar do stress. Ah, é muito divertido falar com as pessoas. Enquanto houver uma garrafa de tequila e um bom jogo de luta, eu nunca vou me estressar.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Brasil Game Show

A Brasil Game Show (BGS), a Maior Feira de Jogos Eletrônicos da América Latina, conta com a presença das maiores empresas de games do mundo. Com mais de 150 empresas, a BGS tornou-se um dos principais eventos do segmento. O local foi escolhido pelos desenvolvedores, produtoras e distribuidoras para apresentar ao público os principais jogos e lançamentos do ano, incluindo a realização de coletivas e campeonatos. Em 2013, a 6ª edição do evento será realizada entre os dias 25 e 29 de outubro, no Expo Center Norte – São Paulo, e pretende reunir mais de 150 mil visitantes.