terça-feira, 30 de julho de 2013

5 erros ao começar na carreira fotográfica

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

1. Faça backup

Os desastres relacionados à falta de backup nunca chegam ao fim: é assalto, incêndio, HD que pifa. Tudo isso já aconteceu com fotógrafos próximos de mim, e recentemente quase perdi muitos arquivos pessoais por causa de um computador que parou de funcionar. O nosso pensamento é: “não vai acontecer comigo justo agora. Seria muito azar”. Pois acredite: alguma dessas tragédias vai acontecer com você. Pode ser daqui 10 anos, pode ser daqui uma hora. Mas vai acontecer. Não arrisque.

E fica uma dica extra: a gente toma muito cuidado com os arquivos de clientes e esquece que nossas fotos pessoais também são insubstituíveis. Eu quase perdi fotos de viagens que eram muito importantes para mim e desde então tenho um esquema de backup completo tanto para fotos de clientes quanto para todos os meus arquivos pessoais.

2. Seja legal

Formalizar sua profissão traz muitas vantagens, e é sempre bom saber que você está fazendo a sua parte. Já escrevi aqui como se tornar empreendedor individual e assim se formalizar sem muita complicação ou altos impostos: perfeito para fotógrafos autônomos.

Além disso faça o possível para pagar pelos aplicativos que você usa. A Adobe agora possui planos que podem ser pagos mensalmente, o que é muito bom para quem não pode gastar quase mil reais por aplicativo, de uma vez. O Photoshop fica cerca de R$ 80 por mês, assim como Lightroom. A galera que está lá programando esses aplicativos para que eles facilitem a nossa vida merece um bom salário ;-)

3. Sempre trabalhe com contrato

O contrato serve muito mais para te proteger do que para proteger o cliente (claro, a não ser que você seja picareta, mas não estou considerando essa possibilidade.)

É essencial que no contrato você defina:

a. As suas obrigações: como os prazos que você seguirá para entrega de fotos e produtos, por quanto tempo irá garantir o arquivamento das fotos, etc.

b. As obrigações do cliente: principalmente no que se refere a pagamentos e multas.

c. Detalhes e informações sobre o serviço prestado: como tempo contratado, natureza do serviço oferecido, etc.

Para retratos, você pode usar uma autorização de uso de imagem avulsa ou pode incluir um item com esta autorização no contrato geral. De qualquer forma, quando se trata de bebês e crianças, é sempre essencial você pedir uma autorização explícita dos pais para que possa usar qualquer foto dos filhos deles.

Por fim, envie o contrato assim que fechar com o cliente. Eu cobro um valor para reserva de data (próximo item) e envio o contrato anexado junto aos dados bancários, avisando que o pagamento do valor combinado é confirmação de aceite do contrato. Emails são considerados judicialmente e tanto você quanto seu cliente podem usá-los em uma ação, então tente deixar tudo bem claro neles.

Para fazer um contrato fale com um advogado e conte todas as particularidades do seu trabalho, para que ele possa montar algo perfeito para você.

4. Receba pra reservar seu tempo

Fotógrafo é igual puta: tem que cobrar adiantado! Clientes vão te deixar na mão (e sim, já fizeram isso comigo) facilmente se você não cobrar um valor de reserva do seu tempo. Tudo que você puder cobrar adiantado, melhor. O valor exato depende do seu público-alvo, é claro, por isso tente definir este valor e o meio de pagamento de acordo com o seu modelo de negócios. No meu caso, metade do valor do ensaio é pago para reservar a data, e a outra metade pode ser paga no dia combinado.

5. Tenha uma câmera extra

Aconteceu quando estava começando: lá estava eu em um trabalho quando a câmera falhou. Não sei o que houve, mas só escapei porque depois de desligar e ligar várias vezes a danada voltou a funcionar. O desespero é enorme e não desejo isso para ninguém. Por isso, se você está vendendo fotografia, sempre tenha um corpo de backup e sempre leve-o contigo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Projeto fotográfico mostra pessoas expondo suas maiores inseguranças

Por Jaque Barbosa para Hypeness

Muito tem se falado sobre bullying nessa geração, mas o fato é que todos nós sofremos um pouco com provocações alheias quando crianças ou mesmo adultos, em maior ou menor grau. Algumas pessoas, aliás, carregam pela vida estereótipos criados pelas pessoas que as cercam. Para gerar segurança através da insegurança das pessoas, o fotógrafo Steve Rosenfield criou o projeto fotográfico “What I Be Project“, no qual ele faz retratos de pessoas exibindo no corpo suas maiores inseguranças com as quais tiveram que lidar durante a vida.

Para tirar as fotos, o fotógrafo pediu que cada pessoa participante respondesse a pergunta: “Eu não sou meu(minha…)”. As respostas obtidas foram as mais variadas, desde “eu não sou meu aborto“, até “eu não sou minha raça” – resposta “dada” por um pitbull que automaticamente sofre bullying por ser de uma raça considerada agressiva. No corpo, cada pessoa escreveu algum tipo de julgamento que estava acostumada a ouvir de outras pessoas.


“Eu não sou meus seios pequenos” - Katie Munson (na pele escrito: “picadas de mosquito”)


“Eu não sou minha aparência exterior” Roberto Comochingas (na pele escrito: “Mau”)


“Eu não sou o meu turbante” Makhan Virk (na pele escrito: “Terrorista”)


“Eu não sou o meu aborto” Michelle Camp (na pele escrito: “Assassina”)


“Eu não sou minha adoção” Michael Franti (na pele escrito “A criança que ninguém quis”)


“Eu não sou minha invasão” Lesley M-i (na pele escrito “Violentada”)


“Eu não sou o meu corpo” Margaret Harris (na pele escrito “não atraente.”)


“Eu não sou a minha raça”


“Eu não sou o meu distúrbio alimentar” Alexandre Candide (na pele escrito: “A criança gorda”)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Como se Formalizar como Empreendedor Individual

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

O que é o Empreendedor Individual?

Um MEI (Micro Empreendedor Individual) é um pouquinho mais que um Autônomo e um pouquinho menos que uma Micro Empresa. Serve muito bem para nós, fotógrafos, pois nos permite a formalização sem muita complicação. Para ser MEI é preciso ter um faturamento máximo de R$ 60.000 por ano (R$ 5.000 por mês.)

Junto com fotógrafos outras áreas também se beneficiam desta opção de formalização (como artesãos e cabeleireiros). Você pode ver a lista completa de profissões permitidas no MEI aqui. Vantagens

A maior vantagem é a facilidade para se formalizar. Não é preciso contador e você mesmo pode fazer tudo por conta. As outras vantagens todas têm ligação direta com a formalização: direito à aposentadoria, auxílio maternidade, emissão de Nota Fiscal e possibilidade de ter um funcionário registrado. Além disso teoricamente você tem direitos como qualquer outra empresa: como facilitação de empréstimos e abertura de conta como Pessoa Jurídica.

Outra vantagem é a financeira: como fotógrafo (ou seja: prestador de serviços) você paga somente R$ 36,10 por mês de INSS e ISS. É um valor fixo e não muda independente do faturamento.

Desvantagens

Nem tudo é um paraíso! Quando pesquisei sobre ser MEI descobri que muitas das vantagens (que acima citei como “teoricamente”) não existem na prática. Muitas pessoas tentaram abrir crédito, pedir empréstimo ou mesmo abrir conta como Pessoa Jurídica e não conseguiram. Por isso se esses forem seus motivos para se formalizar talvez seja melhor tomar o caminho mais complicado e abrir uma Micro Empresa em contato com seu contador.

Fechar sua “empresa” como MEI também é tão complicado quanto fechar qualquer outra empresa. Por isso lembre-se de guardar todos os documentos pertinentes e realizar os relatórios mensais e anuais para que depois não seja necessária dor de cabeça.

Serve para mim?

Acredito que se tudo que você quer é trabalhar formalizado e podendo emitir nota fiscal este é o melhor caminho. Para fotógrafos independentes de Eventos, Casamentos, Ensaios ou que possuem um pequeno estúdio com apenas um funcionário essa opção se encaixa muito bem.

Saiba mais.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Monumentos famosos de uma forma inovadora

Por Jaque Barbosa para Hypeness

Incrível e minucioso, o trabalho do fotógrafo alemão Thomas Kellner. Habituado a fotografar arquitetura, ele se interessou pela capacidade do olho humano captar detalhes e combiná-los em visões panorâmicas. Por isso criou a série de fotos em que desconstrói monumentos icônicos, com centenas de pequeninos quadros dispostos na posição correta, mas desalinhados.

O olho humano tem tendência a se focar na monumentalidade deste tipo de edifícios, como o Coliseu em Roma, Itália, a Sagrada Família, em Barcelona, Espanha, ou a Catedral Metropolitana em Brasília. Kellner oferece aos cenários um ar cubista, sendo que em alguns casos foi preciso clicar e usar mais de 600 frames. A dificuldade aumenta quando pensamos que Kellner tem de ser rápido a fotografar, porque a luz precisa ser igual em cada frame.

Vale lembrar que este trabalho abdica das novas ferramentas da tecnologia – Kellner põe de lado o Photoshop e tudo o que são retoques digitais. Utiliza uma câmera analógica e estuda minuciosamente cada edifício, desenhando e calculando linhas imaginárias. Veja alguns de seus trabalhos:


Tower Bridge, Londres, Inglaterra


Plaza Mayor, Madrid, Espanha


Times Square, Nova York, Estados Unidos


Castelo de Neuschwanstein, Baviera, Alemanha


Palácio de Bellas Artes, Cidade do México, México, e Prayer of Good Harvest Hall, Beijing, China


Puerta Europa, Madrid, Espanha


Golden Gate Bridge, San Francisco, Estados Unidos, e La Sagrada Familia, Barcelona, Espanha


Coliseu de Roma, Itália, e Ponte de Brooklyn, Nova York, Estados Unidos


Grande Muralha da China


Catedral Metropolitana, Brasília, Brasil e Marina Towers, Chicago, Estados Unidos

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 19 a 21 de junho de 2013

CINEMA

O concurso
O concurso [Brasil, 2013]. Gênero: Comédia. Elenco: Danton Mello, Fábio Porchat, Rodrigo Pandolfo. Sinopse: Quatro finalistas para uma vaga de juiz federal se conhecem no credenciamento e ficam amigos. Mas no fim de semana antes da prova, situações hilárias e inimagináveis acontecem. Duração: 87 min.

Dossiê Jango

Dossiê Jango [Brasil, 2012]. Gênero: Documentário. Elenco: Flávio Tavares, Zelito Viana, Luiz Carlos Barreto. Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil. Duração: 102 min.


                                      
Faroeste Caboclo [Brasil, 2013]. Gênero: Drama. Elenco: Fabrício Boliveira, Isis Valverde, Felipe Abib. Sinopse: Baseado na música 'Faroeste Caboclo', escrita por Renato Russo, e em um dos maiores sucessos da Legião Urbana. O longa acompanha a história de João do Santo Cristo (Fabrício Boliveira), que deixa sua cidade natal e se muda para a Brasília em busca de uma vida melhor. Lá, ele encontra a miséria e o crime, mas também descobre o amor nos braços de Maria Lúcia (Ísis Valverde). Duração: 105 minutos.


Rio de Janeiro

SHOW

Ed Motta
19 e 20 de julho
Há alguns anos intercalando trabalhos mais populares com outros introspectivos, o cantor, compositor e instrumentista Ed Motta parece ter encontrado a fórmula para unir as vertentes. No CD “AOR”, que lança hoje e amanhã, na Miranda, ele mostra nove canções inéditas, tão envolventes quanto seus sucessos mais populares, mas com a produção ainda mais caprichada.

Local: Miranda
Endereço: Avenida Borges de Medeiros 1424, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam entre R$120,00 a R$240,00
Classificação: 16 anos.


TEATRO

Um dia qualquer 
Até 28 julho de 2013.



Executivo, professora de inglês, ator e enfermeira encontram-se num banco de praça no Centro do Rio, em meio à correria do dia a dia, e expõem suas angústias.

Local: Espaço Sesc
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, sexta e sábado 20:30 / Domingo 18:30
Preço: R$20,00
Classificação: 12 anos


EXPOSIÇÃO

A Arte da Tapeçaria
Até 18 de agosto de 2013
Integrada à programação oficial do Ano de Portugal no Brasil, a mostra apresenta o resultado de uma "perícia" das desenhistas que ampliam as imagens e as transpõem para o desenho técnico. A mestria das tecelãs que executam com detalhe e rigor a obra final são alguns dos destaques de obras assinadas por nomes que vão de Vik Muniz a Le Corbusier.

Endereço: Praça Marechal Âncora, s/n° - Centro Rio de Janeiro
Horário: Ter, qua, qui e sex - 10:00 às17:30 / Sáb e dom 14:00 até 18:00
Preço: Entrada franca
Classificação: Livre

quarta-feira, 17 de julho de 2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

5 Dicas de Empreendedorismo para Fotógrafos

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

1. Amar o que se faz é o básico

Sim, é clichê. Mas mesmo sendo bem básico tem gente que não pega essa dica. Fotografe o que te dá prazer e satisfação. Já vi fotógrafo de Casamento que entrou na área porque está na moda mas acha o romantismo brega e bobo. Como alguém que não acredita no romantismo vai conseguir captar um momento de puro romantismo? Pra quê quem não gosta do ambiente da Publicidade vai querer entrar para essa área? E quem não se dá bem com crianças, porque vai inventar de fotografá-las?

A fotografia oferece muitas opções e áreas para explorar: decida em qual vai entrar por afinição, não por dinheiro ou moda. Dá pra fazer dinheiro em qualquer área, desde que você trabalhe com amor :)

2. Aquilo que você decidir fazer, faça com dedicação

Existe um ditado que eu simplesmente amo:

“A perfeição não consiste em fazer coisas extraordinárias, e sim em fazer coisas ordinárias extraordinariamente bem.”

O que isso quer dizer? Ao invés de ficar procurando por uma “sacada genial” para adicionar ao seu trabalho, simplesmente foque naquilo que é essencial e faça isso super bem. A sua assinatura de email tem seu telefone? As informações no seu orçamento estão bem dispostas e organizadas? Seu site está bonito e funcional? Siga o exemplo do Valdir, que dá muita atenção à higienização do seu carrinho de pipocas: ao invés de tentar inventar moda veja se você não pode fazer melhor o que já está sendo feito “nas coxas” pelos outros. Faz mais diferença do que oferecer milhões de sacadas mal acabadas.

3. Escolha um Nicho

O Valdir disse que seus concorrentes vendem, além da pipoca, salgadinhos, produtos industrializados e outros itens. Ele resolveu focar na pipoca e fazê-la super bem. Isso é uma dica essencial em qualquer guia de empreendedorismo, mas ainda é ignorada por muitos fotógrafos que insistem em fazer de tudo um pouco, sabendo somente um pouco de tudo. Ninguém é obrigado a fotografar somente um assunto (se você gosta de fotografar outras coisas e a oportunidade aparece, vá em frente) – mas tente focar o seu nome em uma área específica, canalizando os esforços em ser o melhor daquela área. Alguém consegue lembrar o nome de um fotógrafo famoso por fotografar tudo? É claro que não! Henri Cartier-Bresson é famoso pelo seu fotojornalismo, Vinícius Matos por sua fotografia de Casamentos e o Renato Miranda por seu uso do Flash Remoto. Quanto mais específico, melhor.

4. Cliente não. Freguês

Não tem nada pior do que ser tratado como um número. É só lembrar como somos tratados pelas companhias telefônicas para confirmar que ser mais um cliente em meio a milhões não é nada divertido. Cuide do seu cliente (seja empresa ou pessoa física) com carinho e pelo nome e verá que ele deixará de ser um “Cliente” para virar um “Freguês.”

5. Invista no seu Negócio

Quanto você investe no seu trabalho? Se sua fotografia já te traz algum dinheiro (ou se ela é sua ocupação principal) quanto desse dinheiro você investe de volta? Não estou falando simplesmente em equipamentos mas sim em tudo que possa melhorar a vida do seu cliente. Um curso ou workshop, um site ou blog bem feito, a decoração do seu estúdio ou até a qualidade do café que você oferece ao seu cliente durante a sessão. Separe uma parte do que você ganha para investir e, aos poucos, vá deixando o que já está bom ainda melhor :)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O cão que mais passeou pelas ruas de SP

Por Jaque Barbosa para Hypeness

Em épocas onde a capital paulista, assim como diversas outras cidades, estão passando por um delicado movimento de revolução, faz bem demonstrarmos o nosso amor pela cidade das mais diversas formas.
Por isso, a série fotográfica criada por Gustavo Oliveira, de 32 anos, vem bem a calhar com o momento: ele fotografa sua simpática Golden Retriever, chamada de Pagu, em diversos pontos da cidade.
Desde 2012, os passeios diários com Pagu já renderam mais de 200 fotos, que podem ser vistas no perfil pessoal de Gustavo no Instagram.





















quinta-feira, 11 de julho de 2013

A escravidão que fingimos não ver

Por Ju Almstadter para JuAlms Fotografia

"Lisa Kristine pôs o dedo na ferida de forma extraordinária: documentando a escravidão moderna, aquela que fingimos não saber que existe. A ativista está há 28 anos retratando culturas indígenas ao redor do mundo, mas foi em 2009 que ‘acordou’ para o problema da escravidão dos nossos dias. A estimativa de que existem mais de 27 milhões de pessoas escravizadas e a sua falta de conhecimento sobre o tema a envergonhavam. Assim começou sua jornada, que acabou em Modern Day Slavery, uma série cativante e ao mesmo tempo dolorosa. Seja um mineiro no Congo ou um trabalhador de olaria no Nepal, a escravidão existe e tem rostos. Lisa foi conhecê-los."





















terça-feira, 9 de julho de 2013

Câmeras melhores fazem fotos melhores?

Por Claudia Regina para Dicas de Fotografia

Muitos ficam indignados quando digo uma coisa dessas, afirmando que a câmera tem sim influência na qualidade de uma foto. Não posso discordar: uma câmera de celular vai te dar menos controle e menor qualidade final comparada a um equipamento especializado.

Porém, quando estamos começando, ainda não sabemos tudo que uma câmera profissional faz. Por um bom tempo é inevitável subutilizar todo o potencial da bichinha.

Gosto de comparar a fotografia com a profissão de cozinheiro: quem é cozinheiro profissional consegue fazer um bom prato mesmo em um fogão caseiro, mas para trabalhar com isso e montar um restaurante será necessário ter um fogão que permita total controle sobre o resultado, além dele precisar ser mais robusto e forte para aguentar o uso constante e pesado.

A pessoa que está aprendendo a cozinhar pode até comprar um fogão incrível: mas isso não vai ajudá-la em nada, já que no começo ela estará aprendendo como cortar uma cebola brunoise. As 50 combinações de temperatura, umidade e ventilação do forno não farão diferença alguma nessa fase inicial. Compre o fogão que cabe no seu bolso

Se você está começando a fotografar não vai fazer diferença a câmera que está usando. Por um bom tempo o objetivo vai ser aprender o básico: picar cebola! Ou, voltando pra fotografia: fotometria, foco e composição. E isso dá para fazer com qualquer câmera que tenha controles manuais.

Eu sempre indico comprar uma reflex de entrada (hoje, 2013, diria a Canon T4i) e uma lente 50mm, pois é um kit que permite o aprendizado deste básico e não dói tanto no bolso. Mas a verdade é que você pode comprar qualquer outra, inclusive as mais caras. É só entender que comprar uma de R$ 1000 ou de R$ 5000 não vai fazer diferença prática no seu aprendizado.

Se você tem dinheiro sobrando dá pra comprar sim o fogão mais caro logo de saída: o que não dá é achar que ele vai te ajudar a picar cebola. A vantagem de começar com uma só objetiva

Além de aprender o básico um dos principais pontos de quando estamos começando é aprender o que gostamos de fotografar e como gostamos de fotografar. O jeito mais fácil de fazer isso? Comece fotografando com uma só lente.

Depois de alguns meses fotografando vão aparecendo as necessidades. Se depois de um tempo você perceber que as fotos que você gostaria de fazer precisam de mais abertura, mais ângulo ou mais aproximação do que a sua lente permite, você saberá na hora qual é a próxima compra.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fotógrafa retrata alguns dos empregos mais bizarros do mundo

Por Jaque Barbosa para Hypeness

Já pensou que no exato momento em que se está queixando do seu emprego, porque ele é chato ou porque ocupa muitas horas, há pessoas que fazem as coisas mais bizarras pra sobreviver? E se algumas o farão por gosto, outras talvez nem tanto. Veja a série criada pela fotógrafa Nancy Rica Schiff, com alguns dos empregos mais inimagináveis do mundo.

Tudo começou por acidente, como é costume, com a fotógrafa cruzando com uma personagem estranha que era temporizador de corrida na Califórnia. Então Schiff pensou: quantas mais pessoas terão empregos incomuns? Percorreu a América atrás deles e encontrou verdadeiros achados, dando origem a série “Odd Jobs, Portrait of Unusual Occupations”.

Os critérios de escolha das profissões variavam: “talvez pudesse haver uma inversão de gênero, por exemplo, um homem que desenha sutiãs ou um jovem rapaz que testa tampões. Ou talvez o emprego lidasse com a morte ou com um objeto esquecido mas divertido – ou talvez o trabalho fosse executado por apenas uma pessoa no mundo”.

Veja alguns trabalhos verdadeiramente bizarros:



Perita de odor





Assistente de atirador de facas





Terapeuta de colônica





Provadora de comida de cão





Música de tanatologia (esta é uma área específica dos cuidados paliativos, que une a música e a medicina para um final de vida melhor; utiliza harpa e voz à beira do leito para servir amorosamente as necessidades físicas, emocionais e espirituais dos moribundos)





Verificador de tampões





Fabricante de galinhas de borracha





Preenchedor de fendas





Espanador de dinossauro





Designer de roupa interior masculina

“Odd Jobs, Portrait of Unusual Occupations” (“Empregos Estranhos, Retrato de Ocupações Incomuns”) é o nome do primeiro livro lançado por Schiff em 2002 – depois de ter sido rejeitado várias vezes – que, graças ao sucesso, deu origem ao segundo: “Odder Jobs” (“Empregos Mais Estranhos”). Tanto o primeiro como o segundo livro da série estão disponíveis no site da Amazon.