sexta-feira, 22 de março de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 22 a 24 de março

CINEMA



Os Croods [The Croods, EUA, 2013], de Chris Sanders (Fox). Gênero: animação. Vozes: Emma Stone, Nicolas Cage. Sinopse: Homem das cavernas precisa atravessar uma paisagem pré-histórica para encontrar um novo lar para a sua família. Com exibição em 3D. Duração: 98 min. Classificação: livre.




Fora do figurino – As medidas do jeitinho brasileiro [Brasil, 2011], de Paulo Pélico (Raiz Filmes). Gênero: documentário. Sinopse: A população brasileira não sabe as medidas do seu corpo. A indústria brasileira de roupa adota medidas internacionais que não são adequadas ao padrão nacional, o que gera um grande prejuízo econômico e de saúde pública. Duração: 73 min. Classificação: 10 anos.




Parker [EUA, 2012], de Taylor Hackford (Paris). Gênero: suspense. Elenco: Jason Statham, Jennifer Lopez, Nick Nolte, Michael Chiklis. Sinopse: Parker é um ladrão com código de honra, que nunca rouba de quem não tem dinheiro. Abertura nos EUA: US$ 7 milhões (em 25/01/2013). Dif. (segundo fim de semana): -52,9%. Acumulado nos EUA: US$ 17 milhões. Duração: 118 min. Classificação: 14 anos.




Vai que dá certo [Brasil, 2012], de Maurício Farias (Imagem). Gênero: comédia. Elenco: Lucio Mauro Filho, Danton Melo, Bruno Mazzeo, Fábio Porchat. Sinopse: Cinco amigos de adolescência se reencontram e percebem que não alcançaram o sucesso planejado. Decide, então, assaltar uma transportadora de valores. Duração: 100 min. Classificação: 12 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Caetano Veloso
até 24 de março de 2013



A turnê do CD “Abraçaço”, lançado em 2012, estreia no Circo Voador com ingressos esgotados. O trabalho encerra a trilogia de Caetano com a Banda Cê, inciada com o CD “Cê” (2006) e aprimorada com “Zii e zie” (2009). O novo trabalho tem canções como a faixa-título, “A bossa nova é foda” e “Funk melódico”. No show, o artista também vai resgatar sucessos antigos ao lado de Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias (baixo) e Marcelo Callado (bateria). A pista é comandada pelos DJs Lencinho (dias 21 e 24/3), Tuta, da festa Vinil é Arte (22/4) e Janot (23/4).

A renda da apresentação desta quinta-feira será doada para a Sociedade Viva Cazuza.

Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos, S/N - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e Sábado às 23h | Domingo às 21h
Preço: R$120 (inteira) R$60 (meia)
Classificação: 18 anos.


TEATRO

Céu sobre chuva ou botequim
até 5 de maio de 2013



Personagens que buscam abrigo para uma grande tempestade vão parar em um bar onde acabam enchendo a cara e revelando seus dramas pessoais. É a primeira vez que o espetáculo, montado uma única vez, em 1973, ganha uma nova adaptação.

Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de quinta a domingo às 19h
Duração: 90 min.
Preço: R$20
Classificação: 18 anos


EXPOSIÇÃO

Cantos cuentos colombianos
de 23 de março até 8 de setembro de 2013



Uma casa, não apenas um museu. “Um lugar acolhedor”, caracteriza (em bom português) o suíço Hans-Michael Herzog, curador da exposição “Cantos cuentos colombianos”, que inaugura a Casa Daros.

No casarão de 11 mil metros quadrados, em Botafogo, a mostra está distribuída em 11 salas, com 75 obras de dez importantes artistas colombianos. María Fernanda Cardoso e Juan Manuel Echavarría, por exemplo, fazem sua estreia no Brasil. Outros nomes, como Doris Salcedo (a mais badalada do grupo), Fernando Arias, José Alejandro Restrepo e Miguel Ángel Rojas, que já passaram por mostras e bienais por aqui, apresentam instalações, vídeos, fotografias, objetos, performances e obras acústicas. A presença de questões sociais e políticas para falar da vida em seu país é o ponto de encontro desses artistas.

— O conjunto da obra é capaz de falar, narrar e produzir algo na cabeça do visitante. É uma exposição para ficar na memória — explica Herzog, acrescentando os temas mais comuns dentre os trabalhos: — Quase todos falam sobre morte e guerra.

Para ilustrar, “Musa paradisíaca”, de Restrepo, ocupa uma sala inteira com cachos de bananas pendurados no teto e espelhos no chão, onde são projetadas imagens de massacres em bananais. Também é impactante a série de fotos “David”, de Rojas, que revela um soldado mutilado e “imita” a escultura de Michelangelo. As obras pertencem à coleção Daros Latinamerica, que está sediada, desde 2000, em Zurique.

Dão ainda mais charme à Casa Daros o restaurante Mira!, dos mesmos donos de Miam Miam e Oui Oui, uma biblioteca e uma lojinha com livros e itens de design. (Carolina Ribeiro)

Local: Casa Daros
Endereço: Rua General Severiano, 159 – Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
Horário: quarta a sábado das 12h às 20h | domingo das 12h às 18h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 21 de março de 2013

Documentário Histórico Religioso do Oriente Médio

Um pouco sobre a história das três religiões monoteístas presentes no Oriente Médio.
Vídeos em espanhol.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7

quarta-feira, 20 de março de 2013

Do Oriente Médio ao Extremo Oriente

Por Marcelo Ninio

“Você deixa o Oriente Médio, mas o Oriente Médio não deixa você”, me disse um amigo na faixa de Gaza, com um sorriso sarcástico, ao saber que eu estava de partida, depois de três anos e pouco como correspondente da Folha na região. O sarcasmo, envolto na fumaça espessa do narguilé, estava na ambivalência da frase, mistura de benção e maldição. Na guerra e em outras situações extremas, revela-se o pior e o melhor do ser humano.

Quando cheguei, no fim de 2009, se alguém dissesse que o mundo árabe seria sacudido por uma onda de revoluções, e que elas levariam ao fim de ditaduras que pareciam petrificadas no poder para sempre, provavelmente seria taxado de louco. Já foi o tempo em que profetas faziam sucesso por essas bandas. A Primavera Árabe pegou a todos de surpresa, a começar por sua origem, a Tunísia, até então um país mais conhecido pelas praias e o cuscus, o prato nacional, que pela relevância politica.

Os ventos da revolução logo chegariam ao Egito, este sim, reconhecidamente o país mais importante do mundo árabe, lançador de tendências em todas as áreas, berço cultural e ideológico. Depois, a Líbia de Muamar Gaddafi e a Síria, de Bashar Assad, onde as revoluções se transformaram em sangrentas guerras civis. Uma vez que o medo foi superado, não havia mais volta. Me espremi no meio da multidão na praça Tahrir, epicentro dos protestos do Egito, comi poeira no deserto líbio acompanhando o avanço errático dos rebeldes, fui à linha de frente da guerra síria em Aleppo, uma joia do Oriente Médio destroçada pela violência, tomei café com a família do ambulante cujo suicídio deflagrou a revolução na Tunísia.

Desde o início, já fermentava a tensão entre o ideal de liberdade e democracia, que desencadeou os protestos, e ambição de radicais de aproveitar a chance para instalar Estados islâmicos. Apesar dos retrocessos ocorridos no Egito e na Tunísia, do caos da Líbia e da carnificina diária na Síria, é prematuro classificar a Primavera Árabe de fracasso. O êxito dos movimentos populares que derrubaram ditaduras sanguinárias é inegável. A instabilidade permanecerá por muito tempo, mas o processo está só no começo. Mantenho-me otimista, apesar de tudo, de que essa tensão acabará acabará criando sociedades mais justas, livres e igualitárias do que as que havia antes das revoluções.

Da minha base, em Jerusalém, acompanhei as revoluções espocarem em volta, enquanto israelenses e palestinos permaneciam num beco sem saída, distantes de uma solução para o conflito. Infelizmente, não há nenhum motivo para achar que isso está prestes a mudar.

Despeço-me do Oriente Médio para encarar um desafio gigantesco: a China. Em breve faço minha estréia como correspondente da Folha em Pequim, uma mudança drástica de ares, um mergulho num outro tipo de revolução. “Coloquem seus filhos para aprender mandarim”, disse o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn, numa conferência em Jerusalém há alguns anos, ao ser solicitado a dar um conselho para as próximas décadas. A frase me marcou. Agora, terei a chance de viver e relatar, em primeira mão, esse futuro “Made in China”.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 19 de março de 2013

Civilização Árabe - A história dos Árabes

A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da península possui terras aproveitáveis para a agricultura.

Até o século VI, os árabes viviam em tribos, sem que houvesse um Estado centralizado. No interior da península havia tribos nômades de beduínos, que viviam basicamente do pastoreio e do comercio. Às vezes entravam em luta pela posse de um oásis ou pela liderança de uma rota comercial. Também era comum o ataque a caravanas que levavam artigos do Oriente para serem comercializados no Mar mediterrâneo ou no Mar Vermelho.

Apesar de dispersos num grande território os árabes edificaram algumas cidades, entre as quais as mais importantes localizavam-se a oeste, na parte montanhosa da Península Arábica. Eram elas: latribe, Taife e Meca, todas na confluência das rotas das caravanas que atingiram o Mar Vermelho. A cidade de Meca era, sem dúvida, a mais destacada, pois, como centro religioso de todos os árabes, ali se reuniam milhares de crentes, o que tornava seu comércio ainda mais intenso.

Embora fossem politeístas e adorassem diversas divindades, os ídolos de todas as tribos estavam reunidas num templo, chamado Caaba, situado no centro de Meca. A construção, que existe até hoje, assemelha-se a um cubo e, assim como a administração da cidade, ficava sob os cuidados da tribo dos coraixitas.



Maomé, o Profeta

Maomé, que iria causar enormes transformações em seu povo e no mundo, nasceu por volta de 570, na poderosa tribo dos coraixitas.

Tendo sido por muito tempo guia de caravanas, Maomé percorreu o Egito, a Palestina e a Pérsia, conhecendo novas religiões, como o judaísmo e o cristianismo. A grande transformação de sua vida teve lugar quando, já bem estabelecido economicamente, divulgou que tivera uma visão do anjo Gabriel - entidade da religião cristã - em que este lhe revelara a existência de um deus único. A palavra deus, em árabe, se diz Alá.

Começou então a pregar o islamismo, ou seja, a submissão total a Alá, com a conseqüente eliminação de todos os outros ídolos. Os crentes na nova religião eram chamados muçulmanos ou maometanos.

A revelação feita a maomé e todas as suas pregações estão reunidas no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos e primeiro texto escrito em árabe. Além da submissão total a Alá, o Corão registra as seguintes regras fundamentais para os muçulmanos: orar cinco vezes por dia com o rosto voltado para Meca; jejuar regularmente; dar esmolas; peregrinar ao menos uma vez na vida para Meca. Com os ensinamentos de Maomé se instalaram também outras regras de comportamento individual e social, como a proibição de consumir carne de porco, de praticar jogos de azar e de reproduzir a figura humana, além da defesa da autoridade do pai na família e da permissão da poligamia masculina.

Os habitantes de Meca, temerosos de perder o comércio as caravanas de fiéis que se dirigiam à Caaba, passaram a perseguir Maomé, e a maioria da população árabe da cidade não aderiu ao seu monoteísmo. Maomé foi obrigado, então, a fugir para latribe, que passou a chamar-se Medina, nome que significa a "cidade do profeta". Essa fuga, que ocorreu em 622, é chamada de héregia e indica o início do calendário muçulmano, tendo, para esse povo, o mesmo significado que o nascimento de Cristo tem para os cristãos.

Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado nessa força, Maomé começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a expansão do islamismo, através da força, a todos os povos "infiéis". O grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam recompensados com o paraíso, caso meressem em luta, ou com a partilha do saque das cidades consquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra Santa serviu para unificar as tribos árabes e tornou-se um dos principais fatores e permitir a expansão posterior do islamismo.



A Expansão Muçulmana

Após a morte, Maomé foi substituído pelo califas - os "sucessores do profeta" - que eram chefes religiosos e políticos. Com os califas iniciou-se a expansão da civilização muçulmana, motivada principalmente pela necessidade de terra férteis que o aumento populacional da Península Arábica após a unificação das tribos exigia.

Os guerreiros islâmicos, impulsionados pela crença no paraíso após a morte e pelas recompensas terrenas, avançaram rapidamente, aproveitando-se dafraqueza de seus vizinhos persas e bizantinos. Caracterizando-se, em geral, pelo respeito aos costumes dos povos vencidos, os muçulmanos dominaram toda a Península Arábica. Expandindo-se para leste, alcançaram a Índia e, estendendo-se em direção ao Mar Mediterrâneo, conquistaram o norte da África e parte da Península Ibérica.

Apesar do avanço muçulmano na Europa ter sido freado na Batalha de Poitiers, em 732, pelo franco Carlos Martel, os árabes ainda conseguiran consquistar as ilhas Baleares, a Sicília, a Córsega e a Sardenha. A extensão dos domínios muçulmanos pelo Mediterrâneo prejudicou o comércio da Europa Ocidental com o Oriente. Este foi um dos fatores que contribuíram para o isolamento dos reinos bárbaros cristãos que voltaram mais ainda para uma economia agrícola e rural, o que contribuiu para a formação do feudalismo.

A tolerância dos muçulmanos para com os povos conquistados permitiu-lhes atingir grande progresso econômico e cultural, pois, utilizando elementos próprios e de outras culturas, desenvolveram conhecimentos e técnicas valiosas até hoje. Foi o caso do uso da bússola e da fabricação do papel e da pólvora, aprendidos com os chineses e introduzidos no Ocidente. Em virtude da enorme extensão de seu império, os árabes defundiram o cultivo de produtos agrícolas, como a cana-se-açucar, o algodão, o arroz, a laranja e o limão. No campo das ciências desenvolveram a Matemática, com muitas contribuições à Álgebra, Geometria, Trigonometria e Astronomia. Os algarismos que usamos atualmente são uma herança indiana transformada e transmitida aos ocidentais pelos árabes, daí serem chamados arábicos. Até mesmo a palavra algarismo deriva da lingua árabe. A Medicina que desenvolveram baseou-se nos conhecimentos dos gregos.

Séculos mais tarde, os turcos, originários da Ásia Central e seguidores dos islamismo, conquistaram grande parte dos domínios muçulmanos. Eles formaram no século XIV o Império Turco, que englobou esses domínios e acabou, depois de várias tentativas, conquistando o Império Bizantino, com a tomada de Constantinopla em 1453.

Fonte: História do Mundo

sexta-feira, 15 de março de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 15 a 17 de março

CINEMA



Anna Karenina [Reino Unido, 2012], de Joe Wright (Universal). Gênero: drama. Elenco: Keira Knightley, Jude Law, Aaron Johnson, Kelly Macdonald. Sinopse: Baseado no romance de Leon Tolstói. Anna, uma jovem presa em um casamento sem amor, mantém um relacionamento com o Conde Vronsky. Abertura nos EUA: US$ 320,6 mil (em 16/11/2012). Dif. (segundo fim de semana): +180%. Acumulado nos EUA: US$ 11,5 milhões. Duração: 95 min. Classificação: 14 anos.




A busca [Brasil, 2011], de Luciano Moura (Downtown/Paris/RioFilme). Gênero: drama. Elenco: Wagner Moura, Lima Duarte, Mariana Lima, Brás Antunes. Sinopse: Médico, filho de um pai ausente, pega a estrada para procurar o filho que desapareceu. Duração: 96 min. Classificação: 12 anos.




Francisco Brennand [Brasil, 2012], de Mariana Fortes (Video Filmes/Espaço Filmes). Gênero: documentário. Sinopse: O filme mostra o universo particular do pintor, escultor e ceramista pernambucano Francisco Brennand, que aos 80 anos decidiu romper o silêncio para revelar os segredos de sua arte e sua vida dentro da Oficina Cerâmica. Duração: 75 min.




A fuga [Deadfall, EUA, 2012], de Stefan Ruzowitzky (Playarte). Gênero: drama. Elenco: Olivia Wilde, Eric Bana, Charlie Hunnam, Kate Mara. Sinopse: Dois irmãos fugitivos se encontram com um problemático ex-boxeador. Abertura nos EUA: US$ 19,3 milhões (em 7/12/2012). Duração: 95 min. Classificação: 16 anos.




Linha de ação [Broken City, EUA, 2012], de Allen Hughes (Imagem). Gênero: drama. Elenco: Mark Wahlberg, Russel Crowe, Catherine Zeta-Jones, Kyle Chandler. Sinopse: Ao seguir a mulher do prefeito de Nova York, ex-policial se envolve em um grande escândalo. Abertura nos EUA: US$ 8,2 milhões (em 18/01/2013). Dif. (segundo fim de semana): -51%. Acumulado nos EUA: 15,2 milhões. Duração: 109 min. Classificação: 14 anos.




Pieta [Pietà, Coreia do Sul, 2012], de Kim Ki-duk (California). Gênero: drama. Elenco: Jo Min-soo, Kang Eunjin, Kim Jae-rok. Sinopse: Agiota é forçado a reconsiderar seu violento estilo de vida depois da chegada de uma misteriosa mulher que diz ser sua mãe. Duração: 104 min.




Super Nada [Brasil/México, 2012], de Rubens Rewald e Rossana Foglia (Lume). Gênero: comédia. Elenco: Marat Descartes, Jair Rodrigues, Clarissa Kiste, Denise Weinberg. Sinopse: Guto é um ator que sonha em ficar famoso. Quando seu caminho se cruza com o de seu grande ídolo, o comediante decadente Zeca, parece que a sorte de Guto irá mudar. Duração: 94 min. Classificação: 16 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

Barão Vermelho
15 de março de 2013



A turnê “+1 dose”, que celebra os 30 anos de lançamento do primeiro álbum da banda, intitulado “Barão Vermelho”, chega ao Circo Voador com Guto Goffi (bateria), Roberto Frejat (guitarra e voz), Peninha (percussão), Rodrigo Santos (baixo), Fernando Magalhães (guitarra) e Maurício Barros (teclado), numa participação especial. O repertório tem sucessos antigos, como “Música de amor”, “Você sabe”, “Fale mal de mim” e “A 300 km por hora” estão no roteiro. Hoje, a pista é comandada pelo DJ Edu Rio.

Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos, S/N - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 23h59
Preço: R$120 (inteira) R$60 (meia)
Classificação: 18 anos.


TEATRO

A arte e a maneira de abordar seu chefe para pedir um aumento
15 e 16 de março de 2013



Um homem apresenta um organograma, complexo e irônico, sobre as possibilidades de sucesso e fracasso na angustiante missão de pedir um aumento salarial.

Local: Galpão Gamboa
Endereço: Rua da Gamboa, 279 - Gamboa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e Sábado às 21h
Duração: 60 min.
Preço: R$ 20
Classificação: 12 anos


EXPOSIÇÃO

Polaridades - Coleções MAM
de 16 de março a 12 de maio de 2013



Um bolo (de atividades) terá sua primeira fatia servida na inauguração da exposição “Polaridades — Coleções MAM”, que marca o início das comemorações pelos 65 anos do museu — que, à época de sua fundação, era sediado no edifício do antigo Banco Boa Vista, na Praça Pio X.

Distribuída em duas salas, a mostra organizada por Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre conta com uma saborosa seleção de artistas nacionais e estrangeiros. São 27 obras produzidas entre 1950 e 1974, pertencentes às coleções MAM-Rio e Gilberto Chateaubriand/MAM-Rio.

— A exposição percorre dois caminhos: parte do conjunto de obras segue a linha geométrica, e a outra assume uma característica gestual, informal — comenta Osorio.

Ilustram o elenco brasileiro Ivan Serpa (1923-1973), Willys de Castro (1926-1988), Lygia Clark (1920-1988) e outros. Na lista internacional, figuram Jackson Pollock (1912-1956), Gerhard Richter e Josef Albers (1888-1976), entre outros.

— A Lygia Clark (representada por cinco “Obras-moles”, de 1964 a 1987) é o elo da mostra, pois articula as duas linhas. Também destacaria o trabalho de Pollock (pintura “N 16”, de 1950, doada por Nelson Rockfeller) — diz o curador.

Para o ano, estão previstas uma conversa sobre o legado de Serpa, um estudo sobre a mítica Sala Experimental, que agitou o meio das artes visuais nos anos 70, e outras ações. (Carolina Ribeiro)

Local: Museu de Arte Moderna - MAM
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Flamengo - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a Sexta, das 12h às 18h | Sábado e Domingo, das 12h às 19h
Preço: Gratuito
Classificação: Livre

quinta-feira, 14 de março de 2013

Primavera árabe: ‘Há que se passar pela experiência do islamismo no poder’

por Renata Nogueira

Nesta entrevista ao ‘Le Monde’, o destacado analista libanês Gilbert Achcar comenta as dificuldades dos governos islâmicos que subiram ao poder no mundo árabe. Além disso, diz que a Turquia não é uma referência para esses países, pois lá o AKP turco se reconciliou com o laicismo, tornando-se a versão islâmica da democracia cristã europeia.

Christophe Ayad – Le Monde*

Personagem desta entrevista, Gilbert Achcar é professor na School of Oriental and African Studies (SOAS) de Londres e um dos mais respeitados analistas do mundo árabe contemporâneo. Nasceu em 1951 e deixou o Líbano em 1983.

Ensinou na Universidade de París VIII e no Centro Marc-Bloch de Berlim. O seu compromisso com as esquerdas e movimento pró-palestina nunca o impediu de dirigir um olhar severo sobre as ditaduras nacionalistas árabes. É autor de “Le peuple veut une exploration radicale du soulèvement arabe”, editora Actes Sud.

Como qualificar o que aconteceu no mundo árabe, desde 2011?
Escolhi a palavra “levante” como título para o meu livro. Mas, na introdução falo de um processo revolucionário a longo prazo. O que estava claro desde o princípio é que estávamos muito no início de uma explosão, e o que se pode prever com certeza é que será de longa duração.

Emmanuel Todd deu uma explicação demográfica do fenômeno. Você inclina-se mais para uma explicação marxista.
A fase durante a qual o mundo árabe se distinguia por uma demografia galopante acabou há vinte anos. Comecei com a análise da situação em vésperas da explosão, em 2010. Constata-se um bloqueio do desenvolvimento que contrasta com o resto do mundo; inclusivamente com a África subsariana. A expressão mais espetacular desse bloqueio é uma taxa de desemprego recorde, particularmente entre os jovens. Além disso, há uma modalidade específica do capitalismo na região: em diferentes níveis, todos os Estados são rentistas. A outra caraterística é um patrimonialismo no qual o clã dominante se apropria do Estado até ao ponto de o transmitir de forma hereditária.

As revoluções árabes traduziram-se em liberalizações políticas, mas não em grandes mudanças sociais. Por quê?
No Egito e na Tunísia, só foi quebrada a ponta do icebergue; quer dizer, os déspotas e o seu grupo próximo. Por outro lado, nesses dois países, o “Estado profundo”, a administração, os aparelhos de segurança, não mudaram. Neste momento, só na revolução Líbia se deu uma mudança radical: hoje, já não há Estado; já não há exército. Nesse país, o descalabro social foi mais profundo, porque o reduzido espaço privado que existia era ocupado pela família Gadafi.

No Ocidente estranhou-se o triunfo dos islamitas nas eleições, quando não foram eles a lançar essas revoluções…
As expectativas do Ocidente, esse romanticismo em volta da “primavera” e o “jasmim”, todo esse vocabulário orientalista, baseavam-se num desconhecimento da situação. Era evidente que os integristas iam apanhar as castanhas do fogo porque, desde finais dos anos 70, impuseram-se como uma força hegemónica no protesto popular. Encheram o vazio deixado pelo fracasso do nacionalismo árabe. Por outro lado, a principal razão pela qual os governos ocidentais apoiavam os despotismos árabes era o receio dos integristas. Crer que essa situação iria ser varrida pelos acontecimentos, era tomar os desejos por realidades. Com o apoio financeiro do Golfo e o apoio televisivo da Al Jazeera, não se podia esperar outra coisa que vitórias eleitorais integristas. O que é chamativo é que essas vitórias não tenham sido esmagadoras. No Eipto, desde as legislativas ao referendo sobre a Constituição, passando pelas presidenciais, estamos a ver a velocidade a que se desmorona o voto integrista. Na Tunísia, Ennahda consegue 40% numas eleições em que participaram metade das pessoas inscritas. E, na Líbia, a Irmandade Mulçumana local foi derrotada.

Surpeendem-lhe as atuais dificuldades dos islamistas no poder?
Em primeiro lugar, há que dizer que o regresso aos despotismos não é algo exequível. Há que passar pela experiência do islamismo no poder. As correntes integristas construíram-se como forças de oposição com um slogan simplista: o islão é a solução. É algo completamente oco, mas funcionava num contexto de miséria e de injustiça no qual se podia vender essa ilusão. Os islamistas são traficantes do ópio do povo. Desde o momento em que estão no poder, isso já não é possível. São incapazes de resolver os problemas das pessoas. Chegaram aos postos de comando em condições que ninguém inveja e não têm nenhum programa econômico.

Pode-se confiar neles no momento de organizar escrutínios que os poderão expulsar do poder?
Esse é o argumento clássico: uma pessoa, um voto, mas uma só vez. Salvo que cheguem ao poder em posição de força. O povo aprendeu a “querer” sair à rua. Jamais um dirigente, na história do Egito, foi tratado com tanto desprezo pelo seu povo como atualmente Morsi…

Pode-se copiar o modelo turco para o mundo árabe?
Não, na Turquia não é a Irmandade Mulçumana que dirige o país, mas uma cisão modernista que se reconciliou com o princípio do laicismo. O AKP turco é a versão islâmica da democracia cristã europeia. A Irmandade Mulçumana não é isso. É uma organização integrista que milita pela Sharia e para quem a palavra laicismo é uma injúria. No terreno econômico, não tem nada a ver: o AKP encarna um capitalismo de pequenos industriais, enquanto a Irmandade Mulçumana participa numa economia rentista, fundada no lucro a curto prazo.

Pode descrever a influência do Qatar nestas revoluções?
É um enigma. Alguns dirigentes colecionam carros ou armas; o Emir do Qatar, por seu lado, joga na política externa. Apresentou-se como comprador da Irmandade Mulçumana da mesma forma que compraria uma equipe de futebol. Um homem que jogou um papel fundamental nesta nova aliança (que faz recordar a que houve entre Mohamed ben Abdel Wahab e a dinastia dos Saud no século XVIII) é o sheik Qaradhawi, chefe espiritual dos Irmandade Mulçumana, instalado desde há muito no Qatar, e que tem grande influência na Al Jazeera. Tudo isso acontece num país em que o Emir não tolera qualquer oposição.

Como explicar a complacência dos Estados Unidos para com a Irmandade Mulçumana?
É algo que começou sob a administração Bush. Para os neoconservadores, o despotismo nacionalista produziu o terrorismo e, portanto, havia que derrubar déspotas como Saddam Hussein para poder estender a democracia. Condoleezza Rice quis retomar a aliança com a Irmandade Mulçumana, que se deu nos anos 50 e 60. Mas a vitória do Hamas nas eleições palestinianas bloqueou o processo. A administração Obama, que herdou uma situação catastrófica no Médio Oriente, mostrou uma atitude indecisa e prudente. Quando tudo estalou, optou por tentar dar a impressão de acompanhar o movimento. A obsessão de Washington na região é a estabilidade e o petróleo. E a tradução desta obsessão, é a procura de aliados que disponham de uma base popular.

Por que é que a intervenção da OTAN foi possível na Líbia e não na Síria?
A Síria encontra-se perante um risco de caos tipo Líbia, mas num contexto regional bastante mais perigoso. Está também o apoio da Rússia e do Irão. Desde o começo, a OTAN disse que não queria intervir. A questão não é “porque é que o Ocidente não intervém na Síria?”, mas “porque é que impede a entrega de armas à rebelião?”. A razão profunda é o medo do movimento popular na Síria. E o resultado é que a situação está a apodrecer. O regime sírio acabará por cair, mas a que preço? A miopia dos governos ocidentais é alucinante: com o pretexto de não reproduzir os erros cometidos no Iraque, quer dizer, o desmantelamento do estado baasista, fazem algo pior. Hoje, os sírios estão persuadidos de que o Ocidente deixa que o seu país se auto-destrua para proteger Israel.

A esquerda anti-imperialista vê um complô americano nestas revoluções…
Se, por oportunismo, as insurreições populares são apoiadas por potências imperialistas, não justifica que apoiemos as ditaduras. A teoria do complô americano é grotesca. Basta ver o aperto de Washington. É claro que, depois de quarenta anos de totalitarismo, o que chega é o caos, mas, como diria Locke, prefiro o caos ao despotismo, porque no caos tenho uma opção.

Fonte: Carta Maior

quarta-feira, 13 de março de 2013

Uma visão árabe sobre o mundo árabe

por Rodrigo Bodstein

As notícias que chegam do Oriente Médio retratam uma região tomada pelo conflito e deixam esquecida uma história rica, que começa 10.000 anos antes de Cristo e que presenciou grandes impérios e culturas. A visão Ocidental sobre a região – o termo Oriente Médio foi cunhado por Alfred Mahan, um geoestrategista americano – acaba ficando marcada pela violência, por discussões sobre petróleo e por questões relacionadas a radicais islâmicos.

Na última semana, por exemplo, pelo menos cinco aviões da Força Aérea de Israel invadiram o espaço aéreo libanês, violando uma resolução da ONU, e houve relatos de maus tratos a menores palestinos detidos em prisões israelenses. Quase ao mesmo tempo, um carro bomba explodiu no Iêmen e matou 12 integrantes de uma milícia pró-governo – renovando a disputa por poder depois da queda de Abdullah Saleh -. Um pouco mais ao Sul, uma corte decidiu que as eleições de abril no Egito seriam suspensas e o país está cada vez mais dividido entre islamistas e secularistas, cisão que já custou a vida de 70 pessoas só no último mês. No Iraque, 40 soldados de Bashar al-Assad foram assassinados, após fugirem de um ataque da oposição. Pouco tempo depois, insurgentes sírios capturaram 20 soldados da ONU nas colinas de Golan, o que aumentou a preocupação de o conflito estar se espalhando para além das fronteiras do país.

Se a violência não tomou conta de outras nações, com certeza o custo humano da guerra civil, sim. Segundo a Organização das Nações Unidas, o número de refugiados atingiu a marca de 1 milhão na última quarta-feira, com a chegada de uma mulher de 19 anos chamada Bushra e seus dois filhos ao Líbano. Para Rami Khouri, entrevistado do Milênio desta segunda, “o conflito sírio é a maior guerra por procuração desde o Vietnã.”, mas ressalta que nenhum país no entorno – Turquia, Jordânia ou mesmo o Líbano – vai permitir que o conflito ultrapasse essas fronteiras.

O Líbano ainda se recupera de recente história de luta sectária e de guerra civil brutal, que tomou conta do país entre 1975 e 1990, com intervenção de Israel, Síria e Nações Unidas. O Chefe da Câmara de Comércio de Beirute, Mohammad Choukeir, disse ao jornal libanês Daily Star, na última quarta-feira, que a economia está na pior fase desde a assinatura dos acordos de paz. A afirmação foi feita no contexto de uma greve que afeta diversos setores, como o turismo, mas pesquisas recentes apontam para a descoberta de reservas de gás maiores do que as da Síria e de Chipre, o que pode dar novo fôlego ao país.

O repórter Silio Boccanera viajou ao Líbano para conversar com diretor do Instituto Issam Fares de Políticas Públicas e Relações Internacionais na Universidade Americana de Beirute, o jornalista e cientista político Rami Khouri. Vencedor do prêmio Eliav Sartawi, em 2004, por jornalismo no Oriente Médio e um dos premiados com o Pax Christi International Peace, por seus esforços pela paz e reconciliação, ele possui mais de quatro décadas de experiência de trabalho e pesquisa na região.

Assista a entrevista de Rami Khouri para o programa Milênio

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 8 a 10 de março

CINEMA



Amigos inseparáveis [Stand Up Guys, EUA, 2012], de Fisher Stevens (Paris). Gênero: comédia. Sinopse: Dois velhos golpistas tentam juntar seus antigos comparsas para um último encontro. Elenco: Al Pacino, Christopher Walken, Alan Arkin, Julianna Margulies. Abertura nos EUA: US$ 1,4 milhão (em 1/02/2013). Duração: 95 min. Classificação: 14 anos.




Amor é tudo o que você precisa [Den skaldede frisør, Dinamarca/Suécia/Itália/França/Alemanha, 2012], de Susanne Bier (H2O Films/ArtFilms/Serendip). Gênero: comédia romântica. Elenco: Pierce Brosnan, Trine Dyrholm, Kim Bodnia, Paprika Steen. Sinopse: Uma cabeleireira, que perdeu os cabelos por causa de um câncer, descobre que o marido está tendo um caso. Ao viajar para Itália para assistir o casamento da filha, conhece um viúvo que ainda culpa o mundo pela morte de sua esposa. Duração: 116 min. Classificação: 12 anos.




Killer Joe – Matador de aluguel [Killer Joe, EUA, 2011], de William Friedkin (California). Gênero: policial. Elenco: Mathew McConaughey, Emile Hirsch, Gina Gershon, Thomas Haden Church. Sinopse: Traficante de drogas resolve contratar um matador de aluguel para assasinar a própria mãe. Duração: 102 min. Classificação: 18 anos.




Oz, mágico e poderoso [Oz, The Great and Powerful, EUA, 2013], de Sam Raimi (Disney). Gênero: fantasia. Elenco: James Franco, Mila Kunis, Rachel Weisz, Michelle Williams. Sinopse: Prelúdio de O mágico de Oz, contado do ponto de vista do mágico e explicando como ele chegou em Oz. Com exibição em 3D. Duração: 130 min. Classificação: livre.




A parte dos anjos [The Angel’s Share, Reino Unido/França/Bélgica/Itália, 2012], de Ken Loach (Imovision). Gênero: comédia. Elenco: Paul Brannigan, Josh Henshaw, Gary Maitland, William Ruane. Sinopse: Com o nascimento de seu filho, Robbie decide mudar de vida e nunca mais cometer crimes. Entretanto, ele e os amigos não conseguem emprego por causa de seus passados criminosos. Uma bebida e uma grande ideia vão mudar suas vidas. Duração: 101 minutos. Classificação: 14 anos.




O quarteto [Quartet, Reino Unido, 2012], de Dustin Hoffman (Diamond Brasil). Gênero: comédia. Elenco: Maggie Smith, Tom Courtenay, Bill Connolly, Pauline Collins. Sinopse: Em uma mansão que abriga cantores de ópera aposentados, uma excêntrica diva, recém-chegada, volta a brilhar com seus antigos parceiros. Abertura nos EUA: US$ 47,1 mil (em 11/01/2013). Dif. (segundo fim de semana): +546%. Acumulado nos EUA: US$ 11,1 milhão. Duração: 98 min. Classificação: 12 anos.


Rio de Janeiro

SHOW

Maria Rita
8 e 9 de março



A Miranda celebra seu primeiro aniversário recebendo a filha de Elis Regina, que apresenta um show exclusivo, em formato piano e voz, com grandes sucessos. A artista é acompanhada pelo músico Thiago Costa. No repertório, estão “Agora só falta você” (Rita Lee/Luiz Sérgio), “Encontros e despedidas” (Milton Nascimento/Fernando Brant) e “Águas de março” (Tom Jobim), entre outras.

Local: Miranda
Endereço: Avenida Borges de Medeiros 1424, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: R$ 100.00 (setor Sustenido); R$ 220.00 (setor e bar Notável, com jantar incluído); R$ 250.00 (setor Um Tom Acima, com jantar incluído); Grátis (valores válidos com cadastro no site)
Classificação: 18 anos.


TEATRO

Como vencer na vida sem fazer força
De 8 de março a 16 de junho de 2013



Para ter sucesso e subir na vida, é preciso seguir três mandamentos: mentir, bajular os poderosos e puxar o tapete de quem está na frente. Esta é a linha de pensamento que norteia as ações de J. Pierrepont Finch (Gregório Duvivier), o esperto protagonista que manipula o chefão J. B. Biggley, personagem de Luiz Fernando Guimarães, na comédia musical.

Local: Oi Casa Grande
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta a sábado, 21h e domingo, 19h
Duração: 150 min.
Preço: Os ingressos variam de R$30 a R$190
Classificação: 12 anos


EXPOSIÇÃO

Museu de Arte do Rio - MAR
até 31 de março de 2013



É quase automático, ao se falar na revitalização da Zona Portuária do Rio, vir a imagem do Museu de Arte do Rio (MAR) à cabeça. Instalado em dois edifícios, com oito salas de exibição divididas em quatro andares, o museu — que abre para o público nesta terça-feira, dia 5 de março — dispõe de auditório, escola, biblioteca, uma filial do restaurante Emporium Pax, mirante, praça suspensa, café e lojinha.

Para a inauguração, quatro exposições ocupam o Palacete Dom João VI, distribuídas de cima para baixo. São elas “Rio de imagens: Uma paisagem em construção” (3º andar), “O colecionador: Arte brasileira e internacional na coleção Boghici” (2º), “Vontade construtiva na coleção Fadel” (1º) e “O abrigo e o terreno — Arte de sociedade no Brasil I” (térreo).

“Rio de imagens: Uma paisagem em construção”: Com curadoria de Rafael Cardoso e Carlos Martins, a mostra aborda a evolução da cidade, ao longo de quatro séculos, a partir de 400 peças. Nela estão quadros de Tarsila do Amaral, gravuras de Lasar Segall e aquarelas de Ismael Nery, por exemplo.

“O colecionador: Arte brasileira e internacional na coleção Boghici”: Luciano Migliaccio e Leonel Kaz assinam a curadoria da exposição com cenografia de Daniela Thomas, que contém 140 peças, entre pinturas e esculturas, da coleção particular do marchand Jean Boghici. O recorte inicia com a Missão Francesa de 1816 e se estende aos dias de hoje.

“Vontade construtiva na coleção Fadel”: Com cerca de 230 peças, a mostra exibe um conjunto da coleção Fadel, todas produzidas por artistas plásticos brasileiros dos movimentos concreto e neoconcreto, que surgiram e se desenvolveram durante as décadas de 1950 e 1960. Curadoria de Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru.

“O abrigo e o terreno — Arte de sociedade no Brasil I”: Com obras de Antonio Dias, Bispo do Rosário, Helio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Raul Mourão, Waltercio Caldas e o coletivo Opavivará, entre outros, a mostra tem curadoria de Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff.

Local: Museu de Arte do Rio - MAR
Endereço: Praça Mauá s/no. – Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a domingo das 10h às 17h
Preço: R$ 8
Classificação: Livre

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Turquia Está Deixando o Ocidente?

por Daniel Pipes para The Washington Times

As recentes medidas tomadas pelo governo turco indicam sua disposição em livrar-se do clube das democracias da OTAN em favor da gangue de estados autoritários russo e chinês.

Eis porque:

Começando em 2007, Ancara solicitou três vezes, sem sucesso, participar como Membro Visitante da Organização para a Cooperação de Xangai (ou SCO, informalmente conhecida como Xangai Cinco). Fundada em 1996 pelos governos russo e chinês, juntamente com três países da Ásia Central Soviética (com a afiliação de mais um em 2001), a SCO recebeu pouquíssima atenção no Ocidente, embora tenha espetaculares ambições sobre segurança entre outras, incluindo a possível criação de um cartel de gás. Além disso, oferece uma alternativa ao modelo Ocidental, desde a OTAN, passando pela democracia, indo até a substituição do dólar americano como moeda de reserva. Após as três rejeições, Ancara solicitou o status de "Parceiro de Diálogo" em 2011. Em junho de 2012, obteve a aprovação.

Passado um mês, o primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdoğan referiu-se a respeito da sua conversa com o Presidente da Russia Vladimir Putin da seguinte maneira, "Vamos, aceite-nos no Xangai Cinco [como membro pleno] e nós iremos reconsiderar a União Européia". Erdoğan reiterou a intenção em 25 de janeiro, realçando o impasse nos esforços turcos em se filiar à União Européia (UE): "na qualidade de primeiro ministro de 75 milhões de pessoas", explicou, "começa-se a procurar alternativas. Por esta razão eu disse ao Sr. Putin um dia desses, "Aceite-nos no Xangai Cinco, vamos lá, e diremos adeus a UE". Por que protelar"? Adiante acrescentou que a SCO "é muito melhor, muito mais poderosa [que a UE] e compartilhamos os mesmos valores dos demais membros".

Em 31 de janeiro, o ministério das relações exteriores anunciou planos para a promoção para "Estado Observador" na SCO. Em 3 de fevereiro Erdoğan reiterou a sua afirmação anterior, dizendo "Iremos procurar alternativas", tecendo elogios ao "processo de democratização" do grupo de Xangai, ao mesmo tempo menosprezando a "islamofobia" européia. Em 4 de fevereiro, o Presidente Abdullah Gül contra-atacou, declarando que "a SCO não é uma alternativa à UE. ... A Turquia deseja adotar e implementar os critérios da UE".

Como interpretar tudo isso?

O faz de conta da SCO enfrenta obstáculos significativos: Se por um lado Ancara lidera os esforços para derrubar Bashar al-Assad, a SCO apóia com firmeza o líder sitiado da Síria. As tropas da OTAN acabaram de chegar à Turquia a fim de operarem as baterias de mísseis Patriot com o objetivo de proteger o país dos mísseis sírios fabricados na Rússia. Mais importante ainda, todos os seis membros da SCO opõem-se veementemente ao islamismo abraçado por Erdoğan. Quem sabe, por isso mesmo, Erdoğan tenha mencionado a filiação à SCO somente com o intuito de pressionar a UE ou para mostrar uma retórica simbólica aos seus partidários.

Ambas as possibilidades são válidas. Mas eu considero os seis meses de flerte com seriedade por três razões. Primeira, Erdoğan já comprovou que é direto, levando o respeitado colunista, Sedat Ergin, a chamar a declaração de 25 de janeiro sua "mais importante" proclamação de política externa até hoje.

Segunda, conforme destaca o colunista turco Kadri Gürsel, "Os critérios da UE exigem democracia, direitos humanos, direitos sindicais, direitos das minorias, igualdade entre os sexos, distribuição equitativa de renda, participação e pluralismo da Turquia. A SCO como uma união de países governados por ditadores e autocratas não poderá exigir nenhum dos critérios acima para a afiliação". Diferentemente da União Européia, os membros da Xangai não irão pressionar Erdoğan a liberalizar seu país e sim incentivar suas tendências ditatoriais que já amedrontam tantos turcos.

Terceiro, a SCO se encaixa no impulso islamista de desafiar o Ocidente e sonhar com uma alternativa. A SCO, tendo como idiomas oficiais o russo e o chinês, abriga o DNA anti-ocidental e em suas reuniões transbordam sentimentos anti-ocidentais. Por exemplo, quando o Presidente do Irã Mahmoud Ahmedinejad proferiu um discurso ao grupo em 2011, ninguém repeliu sua teoria conspiratória em relação ao 11 de setembro ter sido uma trama interna do governo dos EUA usada "como justificativa para invadir o Afeganistão e o Iraque ferindo mais de um milhão de pessoas". Vários defensores ecoam o analista egípcio Galal Nassar na esperança que em última instância a SCO "terá a oportunidade de resolver a disputa internacional a seu favor". Por outro lado, conforme observou uma autoridade japonesa, "A SCO está se tornando um bloco rival da aliança dos EUA. Ela não compartilha nossos valores".

As medidas turcas a favor da filiação ao grupo de Xangai, realça a já ambivalente filiação de Ancara à Organização do Tratado do Atlântico Norte, incisivamente simbolizada pelas inéditas manobras conjuntas turco-chinesas de 2010. Dada esta realidade, a Turquia de Erdoğan não é mais um parceiro confiável do Ocidente e sim informante em seu refúgio sagrado. Senão expulso, deveria ao menos ser suspenso da OTAN.

terça-feira, 5 de março de 2013

O Oriente Médio



A região que compreende o Oriente Médio está localizada na porção oeste do continente asiático, conhecida como Ásia ocidental. Possui extensão territorial de mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, com população estimada de 260 milhões de habitantes. É composta por 15 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrain, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.

Clima:
O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido), ou de estepes e pradarias (nas áreas de clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas.

Atividades Econômicas:
O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do Oriente Médio. Nessa região está localizada a maior concentração mundial dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleo mundial). Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a formação, em 1960, de um dos mais importantes cartéis do mundo atual, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária. Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, essa atividade incorpora cerca de 40% da população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos e semiáridos na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade econômica.

A atividade industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o alimentício.

O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para alguns países do Oriente Médio, a exemplo de Israel e Turquia (que recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).

Religiões:
No Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de 92% da população) são muçulmanas. A maioria pertence às seitas sunita e xiita (sugeridas logo após a morte do profeta Maomé, em 632 d.C.). Há grupos menores de mulçumanos, como os drusos e os alauitas.

A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhões de judeus, quase todos em Israel. A migração desses deu-se em ondas, originárias primeiro da Europa e, depois, de todo o mundo. Por isso, no Estado judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, tradições, orientações políticas e práticas religiosas variam muito e são livremente expressas.

Conflitos:
A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para isso, entre eles: a sua própria história; origem dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos; a posição geográfica, no contato entre três continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados é dependente de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo; posição no contexto geopolítico mundial.

As fronteiras das novas nações, definidas de acordo com interesses europeus, não consideraram a história e as tradições locais, consequentemente vários conflitos ocorreram e continuam ocorrendo no Oriente Médio. Os novos Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria, Líbano, Jordânia – brigaram por recursos naturais e território. O conflito mais grave ocorreu na Palestina, para onde, até o fim da Segunda Guerra, havia migrado meio milhão de judeus. Quando foi criado o Estado de Israel, cinco países árabes atacaram, na primeira das seis guerras entre árabes e israelenses.

Jerusalém:
Os cartógrafos medievais situavam Jerusalém no centro do mundo e, para muita gente, a Cidade Velha continua a ser assim considerada. Para os Judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos. Acima dele está o Domo da Rocha, o terceiro local mais importante no islamismo, de onde Maomé subiu aos céus. A poucos quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus. Israel reivindica a cidade como sua capital eterna; já os palestinos a querem como capital de seu Estado.

Fonte: Brasil Escola

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dicas Culturais do Fim de Semana - 1º a 3 de março

CINEMA



Amanhecer violento [Red Dawn, EUA, 2010], de Dan Bradley (Imagem). Gênero: ação. Elenco: Chris Hemsworth, Adrianne Palicki, Josh Peck. Sinopse: Um grupo de jovens tenta salvar a cidade da invasão de soldados chineses e russos. Refilmagem do filme de 1984, que contou com Patrick Swayze e Charlie Sheen no elenco. Duração: 93 min. Classificação: 14 anos.




Cesar deve morrer [Cesare deve morire, Itália, 2012], de Paolo Tavianni, Vittorio Tavianni (Europa/Mares Filmes). Gênero: drama. Elenco: Cosimo Rega, Salvatore Striano, Giovanni Arcuri, Antonio Frasca e Vincenzo Gallo. Sinopse: Internos de uma prisão de segurança máxima preparam uma montagem da peça Júlio César, de Shakespeare. Duração: 76 min. Classificação: livre.




Colegas [Brasil, 2012], de Marcelo Galvão (Europa Filmes). Gênero: aventura. Elenco: Lima Duarte, Leonardo Miggiorin, Juliana Didone, Ariel Goldenberg, Rita Pokk, Breno Viola. Sinopse: Três jovens com síndrome de down, inspirados no filme Thelma & Louise, resolvem fugir com o carro de um velho jardineiro em busca de seus sonhos. Mas acabam se envolvendo em muitas aventuras e confusões. Duração: 103 min. Classificação: 10 anos.




Dezesseis luas [Beautiful Creatures, EUA, 2013], de Richard LaGravenese (Paris). Gênero: drama. Elenco: Emma Thompson, Emmy Rossum, Jeremy Irons, Viola Davis. Sinopse: Ethan sempre quis deixar sua pequena cidade do interior, mas quando ele conhece a misteriosa Lena juntos eles desvendam diversos segredos sobre suas famílias e sobre a cidade. Abertura nos EUA: US$ 11,4 milhões (em 14/02/2013). Duração: 128 min. Classificação: 12 anos.




Hitchcock [EUA, 2012], de Sacha Gervasi (Fox). Gênero: drama. Elenco: Anthony Hopkins, Scarlett Johandson, Jessica Biel, James D’Arcy e Helen Mirren. Sinopse: A história de amor entre Alfred Hitchcock e sua esposa, Alma Reville, em meio aos bastidores da filmagem de Psicose, em 1959. Abertura nos EUA: US$ 287,7 mil (em 23/11/2012). Dif. (segundo fim de semana): +42%. Acumulado nos EUA: US$ 4,9 milhões. Duração: 120 min. Classificação: 12 anos.



Rio de Janeiro

SHOW

João Bosco
2 de março



Pelo projeto "Sesi In Jazz Festival", o músico faz um show gratuito, com sucessos de sua carreira, como “O bêbado e a equilibrista” (com Adir Blanc), “Papel machê” (com Capinam) e “Holofotes” (com Waly Salomão e Antônio Cícero).

Largo do Machado
2 mar 2013
sáb 18:00
Grátis


TEATRO

À beira do abismo me cresceram asas
de 1º de março a 3 de março de 2013



Valdina (Maitê), de 80 anos, parece levar o dia a dia com otimismo, sem nostalgias, mas não se engane, ela carrega um grande segredo. Terezinha (Clarisse), de 86, é de temperamento carrancudo ainda que bem resolvido. Em comum, elas têm a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida já que não há tempo para complicá-la. E têm a grande e indispensável amizade que se desenvolveu pelos anos de convívio. Adaptação de histórias colhidas em asilos por Fernando Duarte.

Local: Teatro do Leblon
Endereço: Rua Conde Bernadote, 26 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e Sábado - 21h | Domingo - 20h
Duração: 75 min.
Preço: R$ 30
Classificação: 12 anos


EXPOSIÇÃO

Movie-se: No tempo da animação
até 7 de abril de 2013



O momento é perfeito para esbarrar com personagens divertidos, até mesmo onde o clima não é de carnaval. No CCBB, a mostra “Movie-se” mapeia a história da animação com imagens de Mickey, Simpsons, Betty Boop, “Toy Story” e outros. Organizada pelo Barbican Centre de Londres, a exposição é dividida em seis seções temáticas: "Aparições", "Fábulas e fragmentos", "Personagens", "Superhumanos", "Estruturas" e "Visões".

Local: CCBB-RJ
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre