terça-feira, 31 de julho de 2012

[Entrevista] João Ubaldo Ribeiro no Roda Viva









O Roda Viva do dia 23 de julho recebeu o escritor João Ubaldo Ribeiro. O tema central do programa foi a trajetória do escritor, um dos nomes mais representativos da literatura brasileira.

O autor de clássicos como Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro é membro da Academia Brasileira de Letras, entidade que ao longo dos anos vem sofrendo críticas por suas eleições. O escritor afirma que é um clube, mas que precisa ser visto com um pouco mais de compreensão, “de uma forma mais abrangente”.

Vencedor do Prêmio Camões de 2008, considerado o maior concurso para escritores de língua portuguesa, diz que escrever é algo muito pessoal e por isso evita opiniões de outras pessoas: “Eu não gosto de pedir auxílio, porque eu considero aquele sujeito um sócio”.

Durante a entrevista, Ubaldo falou sobre o hábito de leitura, algo fundamental na vida de um escritor. Nos últimos quatro anos ele elegeu William Shakespeare. Quando perguntado se gostava das obras de Paulo Coelho, a resposta foi: “li uma vez e não gostei. Mas isso também não quer dizer nada”. Minutos depois, o escritor Paulo Coelho agradeceu, via Twitter, a elegância do colega e declarou ainda: “disse que é apenas uma questão de gosto”.

No programa, João Ubaldo relembrou a parceria que tinha com o cineasta Glauber Rocha. Os dois começaram juntos em um jornal. “Nós inventávamos notícias. Nós éramos garotos com um jornal na mão. Ele reclamava que a Bahia era uma terra atrasada e que não tinha nenhum assassinato”. Seu companheiro escrevia para o caderno policial.

Quando Glauber morreu, para o escritor ficou um vazio na vida pessoal e também na de escritor. “Eu perdi uma parte da minha vida. Eu escrevia para ele. A referência era o Glauber. Se ele não gostasse, eu me desanimava um pouco. Se ele gostasse, a opinião dos outros não importava”.

Na bancada do Roda Viva estiveram Manuel da Costa Pinto, crítico de literatura e colunista da Folha de S. Paulo e do programa Metrópolis, Marcelo Rezende, crítico de arte e literatura da Revista Cult; Humberto Werneck, jornalista, escritor e cronista de O Estado de S. Paulo; Josélia Aguiar, editora do blog Livros Etc, da Folha de S. Paulo; e Oscar Pilagallo, jornalista e escritor. O Roda Viva também contou com a participação do cartunista Paulo Caruso.

Fonte: Roda Viva

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 27 a 29 de julho

CINEMA



Além da liberdade [The Lady, Espanha, 2011], de Luc Besson. (Paris). Gênero: romance. Elenco: Michelle Yeoh, David Thewlis, William Hope. Sinopse: Uma história de amor ambientada na Birmânia, durante o movimento pela democracia. Duração: 132 min.




Aqui é o meu lugar [This Must Be The Place, EUA, 2011], de Paolo Sorrentino (Imagem). Gênero: drama. Elenco: Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch, Eve Hewson. Sinopse: Um astro do rock aposentado decide procurar um criminoso nazista da Segunda Guerra Mundial, executor de seu pai, que está refugiado nos Estados Unidos. Duração: 118 min. Classificação: 12 anos.




Batman: O cavaleiro das trevas ressurge [The Dark Knight Rises, EUA, 2012], de Christopher Nolan (Warner). Gênero: aventura. Elenco: Christian Bale, Joseph Gordon-Levitt, Tom Hardy, Anne Hathaway. Sinopse: Continuação de Batman – O cavaleiro das trevas. Abertura nos EUA: US$ 160,8 milhões (em 20/07/2012). Duração: 146 min. Classificação: 12 anos.


Rio de Janeiro

SHOW

Alceu Valença
27 de julho de 2012



O irreverente pernambucano celebra o centenário de Luiz Gonzaga no “Arraiá do Alceu Valença”. Além de apresentar os sucessos “Coração bobo”, “Tropicana” e outros, ele também faz recriações de clássicos do repertório do rei do baião, como “Sabiá”, “Vem morena”, “Asa branca”, “Pau-de-arara”, “Cintura fina”, “Xote das meninas”, e “Sala de Reboco”, esta em dueto com a acordeonista Lucyane Alves. A banda Orquestra Voadora faz o show de encerramento.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 23h
Preço: R$100 (inteira) R$50 (com 1kg de alimento não perecível)
Classificação: 18 anos.


TEATRO

Besouro Cordão-de-Ouro
até 29 de julho de 2012



O musical conta a história do capoeirista baiano Besouro Cordão-de-Ouro, um dos maiores nomes da modalidade. O trabalho, que marca a estreia de Paulo César Pinheiro como dramaturgo, estreou no Centro Cultural Banco do Brasil em dezembro de 2006 e foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro de melhor direção, música e cenário, vencendo na categoria melhor música em 2008.

Local: Teatro Glauce Rocha
Endereço: Av. Rio Branco, 179 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: qui, sex e sáb às 19:00 | dom às 18:00
Duração: 90 min.
Preço: R$ 20
Classificação: Livre


EXPOSIÇÃO

Maldita 3.0
até 12 de agosto de 2012



Formada por uma programação “rock and roll”, a Rádio Fluminense FM - apelidada pelos seus criadores de “Maldita” - entrou no ar em 1982. Em seus primeiros anos de funcionamento, a Fluminense teve como missão dar voz à geração de 1980.

A Exposição “Maldita 3.0” celebra os 30 anos apresentando painéis com bate-papos entre ex-integrantes, jornalistas e produtores culturais, além de todo o acervo da Rádio, como fotos, objetos, documentos, livros, gravações de entrevistas, prêmios, discos promocionais e filmes. O público vai poder ver a remontagem do primeiro estúdio da Rádio, com equipamentos originais da época, e a exibição do curta-metragem “A Maldita”.

A exposição reúne fotos inéditas, tiradas ao longo dos anos de funcionamento da Rádio, e uma série de fotos da primeira edição do festival Rock in Rio, pertencentes ao acervo do Festival. Entre os objetos expostos estão guitarras de Oasis, Echo and The Bunnymen, da Legião Urbana, da Plebe Rude; a bateria de Foo Fighters; o violão da cantora Cássia Eller e Skate do Beastie Boys autografado pelos seus integrantes, incluindo o falecido MCA.

Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a sábado, das 12h às 19h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cultura Brasileira e a herança de outros povos



Heranças de outros povos na Cultura Brasileira Hábitos que permanecem no dia a dia dos brasileiros. Muitos deles são heranças de um povo que forma o nosso país. Conheça o que herdamos da cultura indígena, portuguesa, africana, alemã, italiana e japonesa. Culinaria, eventos, hábitos, influencias, linguas, música, dialetos. Brasil - Um verdadeiro país de todos, onde diversos povos e culturas se encontram.

Fonte: YouTube

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Festa Junina e sua História



Hoje pouca gente sabe que essas festas cristãs vêm de muito tempo atrás da nossa época. Tudo fazia parte dos rituais agrários das primeiras civilizações européias, festas essas que faziam os Celtas (povo de raça indo-européia).

O dia 24 de junho que hoje é dedicado a São João Batista, era o dia do solstício de verão (época em que o sol passa por sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador). No hemisfério norte, fenômeno astronômico que significava o momento da viagem do sol quando, depois de ir subindo dia a dia cada vez mais alto no céu, ele para e faz o caminho de volta, pois a vida daquela comunidade era regida por fenômeno astronômico.

Eles acreditavam que nesses momentos abriam-se as portas em que se comunicavam o reino da terra com o reino do céu, e assim que as almas dos mortos podiam visitar seus lares para se aquecerem junto à fogueira, e que eles se reconfortariam com as homenagens de seus velhos amigos e parentes. Eles dançavam, cantavam, comia e bebia ao redor da fogueira para todas as almas amigas que acreditavam estarem ao seu redor.

Estas festas tinham uma importância tão grande e tão forte que foi ai então que a igreja cristã dos primeiros séculos resolveu a criar um significado cristão, surgindo assim que a fogueira do dia 24 de junho seria em homenagem ao aniversario de São João Batista, o santo que batizou Jesus. João Batista nasceu no dia 24 de junho, alguns anos antes do seu primo Jesus Cristo, e morreu no dia 29 de agosto do ano 31 depois de Cristo na Palestina. Ele ocupa papel importante nas festas, pois entre os santos de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome, pois assim ficou como festas “Joaninas”.

Existe também uma lenda do surgimento da fogueira de São João, dizem que Santa Izabel quando ficou sabendo que estava grávida de João, foi contar a novidade para Nossa Senhora e contou-lhe que estava grávida, e que dentro algum tempo nasceria seu filho e que se chamaria João Batista.

Nossa Senhora ficou contente e lhe perguntou como poderia saber do seu nascimento. Então Santa Izabel falou que acenderia uma fogueira bem grande, pois assim poderia ver de longe e saberia então que João nasceu. E que também erguer um mastro com uma boneca sobre ele. E assim no dia 24 de junho Santa Izabel cumpriu o que prometeu, assim que Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira foi até la e constatou que João havia nascido.

Fonte: Cultura Nordestina

terça-feira, 24 de julho de 2012

[Entrevista] Boni fala de entretenimento, televisão e jornalismo no Roda Viva

Programa exibido em 19 de dezembro de 2011









Chegou a ser conhecido como o todo poderoso. Participou da criação das telenovelas e da famosa vinheta: ‘plim – plim’. Hoje está a frente da TV Vanguarda, retransmissora da Globo na região de São José dos Campos.

Sobre sua saída da Globo, Boni diz: “com o tempo eu fui pensando melhor e pensei que não precisava ter saído”. Ele afirma ainda que não guarda magoas da emissora e que está muito feliz na TV Vanguarda.

Ficou no conselho da TV Brasil, mas não conseguiu influenciar muita coisa. “Na primeira reunião eu percebi que estava em meio a pessoas sem nenhum conhecimento”.

Ele defende que a TV pública precisa ter cara de televisão. “Só existe uma televisão. Ou é televisão ou não é. Entendo que a TV pública deve competir com a TV comercial no sentido de que ela possa ser vista, senão, é inútil”.

Sobre a qualidade do que é veiculado na mídia: “eu vejo essa falta de qualidade de um modo geral, não apenas na televisão. A televisão é contaminada por isso ai”. Ele acredita na teoria em que a televisão transmite apenas aquilo que a sociedade de um modo geral consome. Falta liderança. “Sem liderança nada acontece”.

Boni não é adepto das redes sociais, mas acredita que o futuro da televisão está nas mãos do “pessoal todo da internet”. Mesmo assim faz críticas. “Se você entrar no facebook você vai levar um susto na baixa qualidade. Eu acho que isso se chama suicídio coletivo. Eu não uso”.

O diretor completa: “todo mundo saiu correndo com medo da internet, agora todos estão revendo isso. A TV disponibiliza o seu conteúdo de graça, não dá para fazer isso”. Boni acredita que há possibilidade de a internet ser lucrativa para a televisão.

Em meio a essa nova era e “tanta falta de qualidade”, o plano de Boni é fazer uma televisão nova.

Fonte: Roda Viva

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cultura Digital e o Ministério da Cultura



A virada do século XX para o XXI representa uma nova era da história da humanidade: a revolução digital. As ferramentas da internet, como blogs e redes sociais, e as novas tecnologias de telefonia celular mudam não apenas os meios de comunicação, mas a própria cultura global, interligada e hipermoderna.

O conceito de cultura digital ainda está em construção e parte da ideia de que a revolução das tecnologias digitais é cultural e capaz de mudar comportamentos. A internet está democratizando o acesso à informação e aumentando a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte.

A cultura digital foi acelerada pelo Ministério da Cultura a partir dos Pontos de Cultura, a partir de 2003. O desenvolvimento de softwares livres (programas de computador com código aberto, disponível para modificação de qualquer desenvolvedor) se tornou prioridade. Foram criados os Pontões de Cultura Digital – reconhecimento de grupos e espaços de cultura que trabalhavam na inclusão e na capacitação de comunidades para o mundo digital.

Em 2009, foi criada a rede culturadigital.br, formada por mais de 800 integrantes que trocam informações, cada um com seu perfil, blog e rede social, o que deu origem aos Fóruns da Cultura Digital Brasileira, com duas edições (em 2009 e 2010), evoluído para Festival CulturaDigital.Br a partir de 2011. Nesses encontros anuais, a rede troca experiências e impressões presenciais sobre políticas públicas para a cultura digital.

Outro debate importante ocorreu no Seminário Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, em 2010. As mesas, palestras e os Grupos de Trabalho discutiram durante dias especificamente a questão das bibliotecas digitais e a necessidade de acesso livre e universal a todo o conhecimento do mundo. Hoje em dia, a partir do acervo da Cinemateca Brasileira e da Biblioteca Brasiliana Guta e José Mindlin-USP (e de muitas outras em construção no Brasil), é possível acessar, por exemplo, toda a vasta obra do poeta Vinícius de Moraes.

De acordo com o coordenador de cultura digital do MinC, José Murilo Jr., “a revolução da abertura (openness), no que se refere ao acesso aos conteúdos digitalizados na rede, trouxe um novo fôlego para processos culturais valiosos e proporciona as ferramentas básicas para este novo estágio da civilização — a cultura p2p”.

Ele se refere às redes de troca entre usuários, conhecidas por peer-to-peer (ponto a ponto). Qualquer usuário na internet hoje pode trocar arquivos por essas redes, o que traz questões muito novas à contemporaneidade, como a pirataria.

Para além das políticas públicas, é possível citar diversas iniciativas da sociedade civil e de governos estaduais que privilegiam a cultura digital, como o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Futebol e o acervo permanente do Itaú Cultural (todos em São Paulo). Nesses casos, o visitante pode lidar com obras digitais e interagir com elas, tendo outra perspectiva sobre o conteúdo apresentado. O mesmo acontece em comunidades virtuais-reais, como a Casa da Cultura Digital, a Fábrica do Futuro e diversas outras iniciativas nacionais que já extrapolam a barreira dos Estados e colocam a cultura digital como mediadora de compartilhamento e de novas experiências de vida.

Fonte: Ministério da Cultura

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 20 a 22 de julho

CINEMA



13 Assassinos [Thirteen Assassins, Japão/Reino Unido], de Takashi Miike (Vinny Filmes). Gênero: ação. Elenco: Kôji Yakusho, Takayuki Yamada, Yûsuke Iseva. Sinopse: Um grupo de assassinos se junta em uma missão suicida para matar um senhor do mal. Duração: 126 min. Classificação: 16 anos.




Chernobyl [Chernobyl Diaries, EUA, 2012], de Bradley Parker (Paris). Gênero: horror. Elenco: Jesse McCartney, Ingrid Bolso Berdal, Jonathan Sadowski. Sinopse: Seis turistas contratam um guia de turismo extremo para levá-los à cidade fantasma de Pripyat, que abrigava os trabalhadores de Chernobyl. Mas, durante o passeio, eles percebem que não estão sozinhos no local. Abertura nos EUA: US$ 7,9 milhões (em 25/05/2012). Dif. (segundo fim de semana): 60,7%. Acumulado nos EUA: US$ 17,6 milhões. Duração: 90 min.




Menos que nada [Brasil, 2012], de Carlos Gerbase (Prana Filmes). Gênero: drama. Elenco: Felipe Kannenberg, Branca Messina, Rosane Mulholland e Maria Manoella Sinopse: Um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico, onde foi esquecido pela família, pelos amigos e pela sociedade. Duração: 105 min. Classificação: 14 anos.




Valente [Brave, EUA, 2012], de Mark Andrews (Disney). Gênero: animação. Vozes: Emma Thompson, Kelly Macdonald, Billy Conelly, Kevin McKidd. Sinopse: Uma princesa escocesa desafia seus pais e põe em risco todo o seu reino. Com exibição em 3D. Abertura nos EUA: US$ 66,3 milhões (em 22/06/2012). Dif. (segundo fim de semana): -48,6%. Acumulado nos EUA: US$ 173,9 milhões. Duração: 90 min. Classificação: livre.


Rio de Janeiro

SHOW

Sururu na Roda
21 de julho de 2012



O grupo liderado pela cavaquinista Nilze Carvalho tem três CDs de samba e choro gravados e mostra também as músicas de “Se você me ouvisse”, uma homenagem a Nelson Cavaquinho.

Local: Centro Cultural Carioca
Endereço: Rua do Teatro, 37 - Praça Tiradentes – Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 23h
Preço: R$ 25.00
Classificação: 18 anos


TEATRO

A peça do casamento
De 20 de julho até 29 de julho de 2012



Com direção de Pedro Brício e atuação de Dudu Sandroni e Guida Vianna, nos papéis de Jack e Gillian, a peça em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim conta a história de um casal que está prestes a se separar. Jack chega mais cedo do trabalho para pedir o divórcio e, espantado com a reação de Gillian, que não se abala com a notícia, sai de cena, repetindo-a mais três vezes.

Local: Teatro Carlos Gomes
Endereço: Praça Tiradentes, 19 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: qui, sex e sáb às 19:30 | dom às 18:00
Duração: 80 min.
Preço: R$ 20
Classificação: 12 anos

EXPOSIÇÃO

Dalí: A Divina Comédia
até 2 de setembro de 2012



A exposição “Dalí: A Divina Comédia” reúne cem gravuras do mestre do surrealismo, Salvador Dalí (1904-1989), inspiradas em uma das maiores obras da literatura mundial, a “Divina Comédia” do poeta Dante Alighieri.

Tal como a obra épica do poeta renascentista, a mostra também será dividida em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Na década de 50 para as comemorações dos sete séculos da “Divina Comédia”, o governo italiano encomendou a Dalí uma série de 100 aquarelas, que traduzissem com imagens uma das maiores obras literárias da história da humanidade.

Mesmo com o rompimento do acordo no meio do processo – os italianos pressionaram, insatisfeitos, por a obra estar nas mãos de um artista espanhol -, Dalí seguiu com os trabalhos e terminou todas as aquarelas por conta própria, ao longo de aproximadamente dez anos.

Dali propôs o método paranóico-crítico como uma forma de apreciar a realidade longe do racional, encontrando ligações entre objetos aparentemente desconexos. Ele o descreveu como um "método espontâneo de conhecimento irracional baseado na objetividade crítica e sistemática das associações e interpretações dos fenômenos delirantes". Várias ilustrações de "A Divina Comédia" surgem desse jeito de ver o cosmos de Dante e reescrever os cantos da vida e da morte.

Local: Centro Cultural Caixa Cultural
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 - Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cultura Híbrida



O termo “Culturas Híbridas” pode ser definido como um rompimento entre as barreiras que separa o que é tradicional e o que é moderno, entre o culto, o popular e o massivo. Em outras palavras, culturas híbridas consiste na miscigenação entre diferentes culturas, ou seja, uma heterogeneidade cultural presente no cotidiano do mundo moderno.

Essa miscigenação une traços distintos de diferentes visões de mundo, formando assim uma nova cultura, que resultará na elaboração de signos de identidades. Esse processo dá origem a uma identidade própria de um povo, uma cultura local.

A modernidade é constituída de culturas híbridas, tal como a globalização. O desenvolvimento dos meios de comunicação de massa facilitou consideravelmente essa hibridação. Por esse motivo pode-se afirmar que há influência entre ambos, a modernidade é marcada pela heterogeneidade, assim como as culturas hibridas dependeram do desenvolvimento tecnológico, e dos conhecimentos científicos desenvolvidos pelo homem moderno.

Em cada traço da sociedade atual é percebido facilmente esse diálogo, um museu de arte erudita que contém cortinas artesanais, por exemplo, promovendo um encontro entre o culto e o popular. Ou quando um astro do rock adiciona elementos de melodias africanas em suas músicas. Até mesmo quando se depara com uma casa estilo colonial em sua fachada e que possui computadores e televisores em seu interior.

Por fim, a hibridação cultural está sempre presente no dia a dia de cada cidadão, e formando sempre novas e variadas identidades. Sendo um marco da sociedade globalizada, dotada de misturas, de variadas cores e estilos, formando a essência do homem moderno e pós moderno, marcando o fim das culturas tradicionais.

Fonte: Sinapse

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Literatura de Cordel



A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.

A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.

Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público.

Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.

Fonte: Sua Pesquisa

Saiba mais: Wikipédia

terça-feira, 17 de julho de 2012

[Entrevista] Walter Carvalho para o Roda Viva

Walter Carvalho é o diretor do documentário Raul, o Início, o Fim e o Meio, que traz uma série de imagens inéditas da infância e do cotidiano do roqueiro Raul Seixas. No centro do Roda Viva, ele fala sobre cinema brasileiro, a concepção do filme e a recriação da imagem de Raul a partir dos relatos de parentes e amigos do músico.









Fonte: Roda Viva

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cultura e Cidadania

Por Augusto César Proença

Existe um conceito de que num país subdesenvolvido, pobre e carente como o Brasil, fazer cultura ou “mexer” com cultura é um luxo, coisa quase impossível, para não dizer secundária. Dizem que cultura não enche barriga de ninguém, não dá moradia, saúde, segurança ... Só aperfeiçoa o espírito, mas não dá lucro nem voto, não resolve os básicos e eternos problemas do povo brasileiro, problemas que há anos se arrastam sem solução e já se transformaram num excelente blá-blá-blá de palanque para encabrestar votos em época de eleição.

Encoberto por esse conceito, tão falso quanto vários outros fabricados pela elite dominante, o tempo vai passando e nada, ou quase nada é feito para reverter esse quadro de inércia e incompreensão cultural a que estamos submetidos, prejudicial a um país que necessita de Educação e de Cultura para se estabelecer com competência dentro do contexto da nova ordem econômica.

Nos tempos atuais, quando se fala muito em “cidadania”, deveríamos dar mais atenção à Cultura como forma de libertação, de desenvolvimento e de progresso social. Povo sem cultura será sempre um povo amordaçado. Sem voz. Sem vez. Que não se conhece como cidadão para poder reivindicar seus direitos civis e políticos. Será sempre um povo sem identidade própria. Fadado a viver como uma Maria-vai-com-as-outras, pau-pra-toda-obra, mão-de-obra barata, encurralado feito gado, dependente da venda de votos para poder ganhar minguadas cestas básicas.

Cultura não se reduz, como muitos pensam, apenas em entretenimento ou passatempo. Ela é, também, um veículo de transformação e renovação de um grupo social. É preciso encará-la como educação. Educação através da música, da poesia, da literatura, das artes plásticas, do teatro, do cinema, do vídeo ... Cultura é educar o povo. É fomentar políticas que promovam o debate, a pesquisa, a inclusão social e a conscientização do dever de preservar o ambiente urbano. É trabalho do dia-a-dia e não apenas do Dia da Cultura. É ensinar o povo a se expressar com clareza para melhor ser ouvido. A ter bons hábitos e costumes, noção de valores que formam a sua identidade, noção de regras de conduta, de higiene, de saúde, de sistemas de crenças. Ensiná-lo a não jogar lixo no chão, a plantar uma árvore e uma flor. A respeitar o Patrimônio Público, a casa onde mora, a rua que pisa, o gramado do jardim, o banco da praça onde se senta ou dorme, por infelicidade do destino.

E, ainda, esclarecer que cada cidadão tem o direito de exigir das autoridades o cumprimento das promessas feitas nos palanques e uma melhor qualidade de vida.Cultura é reciprocidade de interesses e de ideais. É a luz que ilumina o caminho e abre as portas da compreensão mútua e da percepção. Cultura é tudo. Representa um todo integrado, em que cada pessoa se articula com as demais. É exclusividade do ser humano, porque ele é quem faz Cultura para legar às gerações futuras. É memória. É história. É filosofia. É arma contra a violência , contra as drogas e contra a criminalidade.

Cultura é civilização, progresso e desenvolvimento de um grupo que deseja dias melhores. Que deseja viver com dignidade. É através da Cultura que seremos alguém. Que descobriremos o nosso verdadeiro papel dentro da comunidade e conseguiremos sair do poço do subdesenvolvimento agônico e vergonhoso, para alcançarmos a tão esperada e falada “cidadania”, que nada mais é do que a qualidade de cidadão cônscio dos seus direitos e deveres para com a sociedade em que vive.

Fonte: Ecoa

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 13 a 15 de julho

CINEMA

Anima Mundi 2012 — 20º Festival Internacional de Animação do Brasil
No Rio até 22 de julho e em São Paulo de 25 a 29 de julho





Em sua 20 edição, que começa hoje e segue até 22 de julho no Rio de Janeiro e de 25 a 29 de julho em São Paulo, o festival exibe 448 filmes, entre os quais 80 brasileiros, no Centro Cultural Banco do Brasil, na Praça Animada, no Centro Cultural Correios, na Casa França-Brasil, no Odeon Petrobras, no Oi Futuro e no Unibanco Arteplex 1. Os filmes estão divididos em mostras. Classificação livre para as mostras Infantis, Futuro Animador e Longas Infantis. A demais mostras não são recomendadas para menores de 14 anos. Detalhes da programação estão no site oficial do evento.



Na estrada [On The Road, Brasil/França, 2011], de Walter Salles (Playarte). Gênero: aventura. Elenco: Kristen Stewart, Sam Riley, Garrett Hedlund, Kirsten Dunst. Sinopse: Adaptação do clássico homônimo de Jack Kerouac sobre dois amigos que cruzam os Estados Unidos. Duração: 137 min.


Rio de Janeiro

SHOW

Gal Costa
De 13 jul 2012 até 14 jul 2012



No show concebido e dirigido por Caetano Veloso, Gal Costa mostra o repertório de seu último álbum, “Recanto”, o trigésimo de sua carreira. O novo disco traz músicas escritas por Caetano e co-produção de Moreno, filho dele e afilhado da cantora. Além das canções novas, “Madre Deus” e “Mansidão”, destaque para alguns clássicos como “Da maior importância”, “Divino maravilhoso”, “Folhetim”, “Barato total”, “Dom de Iludir”, “Baby”, “Vapor barato”, “Força estranha” e “Meu bem, meu mal”.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$100 a R$240
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


TEATRO

Quase Normal
até 30 de setembro de 2012



Versão brasileira do musical exibido na Broadway conta a história de uma família que pretende levar uma vida normal, mas precisa enfrentar adversidades. Com uma pegada voltada para o público jovem, assuntos como bipolaridade e depressão estão na berlinda, bem como as difíceis relações familiares.

Local: Teatro Clara Nunes
Endereço: R. Marquês de São Vicente 52 – 3º andar - Gávea - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta e Sexta, às 21h | Sábado, às 18 | Domingo, às 19h
Duração: 120 min.
Preço: Os ingressos variam de R$70 a R$90
Classificação: 14 anos


EXPOSIÇÃO

Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers
Até 9 de setembro de 2012



A exposição “Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers” irá exibir cerca de 650 obras entre tiras originais de quadrinhos, pinturas, ilustrações e livros do artista argentino do argentin Liniers.

Local: Centro Cultural Caixa Cultural
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 - Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a Domingo, das 10h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

quinta-feira, 12 de julho de 2012

[Sociedade] O medo da mudança



Os valores sociais de nossa sociedade, se manifestam em guerras inacabáveis, corrupção, leis agressivas, superstições irrelevantes, destruição do meio ambiente e uma classe dominante opressora e socialmente indiferente.

O que nos parece tão comum hoje, como comunicação e transporte teria sido algo inimaginável no passado. Do mesmo modo, o futuro terá tecnologias, realizações e estruturas sociais que sequer imaginamos no presente.

Fomos da alquimia para a química, do Universo geocêntrico para o heliocêntrico, esse desenvolvimento não parece ter fim, e saber disso é o que nos alinha e nos leva no caminho contínuo do crescimento e do progresso. Não existe conhecimento empírico estático. O que existe é a percepção do caráter emergente de todos os sistemas que devemos reconhecer. Isso quer dizer que devemos estar abertos a novas informações o tempo todo. Mesmo que isso ameace nosso sistema atual de crenças, e portanto, nossas identidades.

Infelizmente, a sociedade de hoje falhou em reconhecer isso, e as instituições estabelecidas continuam paralisando o crescimento, preservando estruturas sociais desatualizadas. Ao mesmo tempo a população sofre com o medo da mudança, pois seu condicionamento envolve uma identidade estática, e mudar as crenças de alguém geralmente acaba em insulto e tensão, pois estar errado é incondicionalmente associado ao fracasso.

Quando na verdade, constatar que se está errado é algo a se celebrar, afinal, isso leva alguém a um novo nível de entendimento, de maior consciência.

Fonte: YouTube

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cultura Popular: Círio de Nazaré



Em outubro, o Estado do Pará se mobiliza para a realização dos festejos de Nossa Senhora de Nazaré, que têm seu auge no segundo domingo do mês, quando a principal procissão do Círio arrasta pelas ruas de Belém milhões de paraenses e visitantes de outras regiões do país e do mundo.

Há mais de 200 anos, a festa que homenageia Nossa Senhora de Nazaré se realiza na capital paraense, incorporando, a cada edição, mais fiéis e participantes em geral.

Tradição que se atualiza em um conjunto de rituais e expressões tão diversas quanto as formas de devoção à santa: as duas principais procissões – círio e trasladação –, mas também aquelas realizadas em barcos e motos, na capital e em cidades e ilhas próximas; os pagadores de promessas que puxam a corda atrelada à berlinda da santa; os brinquedos de miriti; o almoço do círio; o arraial; a festa das Filhas da Chiquita; o arrastão do pavulagem.







O miriti (Mauritia flexuosa L.), também conhecido como buriti-do-brejo, é uma palmeira nativa de áreas alagadiças, pertencente à mesma família do buriti (Mauritia vinifera M.). Ambas são facilmente encontradas no Norte brasileiro, onde recebem os mais variados usos, destacando-se por sua importância como matéria-prima de diversos produtos culinários – mingaus, doces e vinhos – e artesanais – cestos, redes, abanos e paneiros, entre outros.









A primeira etapa da confecção dos brinquedos consiste no corte de pedaços da polpa do miriti. Por ser matéria macia e porosa, muitas vezes referida como isopor natural, pouca resistência oferece às facas afiadas dos artesãos, que nela podem talhar as mais diversas formas. Feito “de olho”, geralmente sem auxílio de moldes e riscos, o corte exige bastante atenção e bom domínio da faca.

Fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

terça-feira, 10 de julho de 2012

[Entrevista] “A cultura indígena é bem diversificada”

Por Míriam Trento

O antropólogo e professor Doutor da UFMT, Paulo Isaac, contou durante a entrevista sobre a escolha pela profissão e de como chegou em Rondonópolis. Paulo desde que veio para cidade passou a estudar os índios que vivem na região e devido a isso criou um grande vínculo com os indígenas.

Paulo foi tão bem aceito pelos índios que hoje faz parte do grupo e foi batizado com dois nomes indígenas. Durante todos esses anos de convívio, Paulo, também juntou um grande número de artefatos das mais diversas culturas indígena de Mato Grosso. Parte de seus arquivos e objetos ficam expostos na biblioteca da UFMT Campus de Rondonópolis.



Fonte: Agora MT

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Diversidade Cultural



A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.

Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.

Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

Região Nordeste

Lavagem do Bonfim (BA)


Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a festa de Iemanjá e a lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, arroz-doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros.

Região Norte

Festival de Parintins (AM)


A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis e a festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro.

Região Centro-Oeste

Procissão do Fogaréu (GO)


A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o pintado, pacu, dourado, entre outros.

Região Sudeste

Feijoada (MG)


Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó. A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc.

Região Sul

Oktoberfest (SC)


O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.


Fonte: Mundo Educação

Saiba mais em Recanto das Letras

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dicas Culturais do Fim de Semana - 6 a 8 de julho

CINEMA



Beaufort [Israel, 2007], de Joseph Cedar (Pandora). Gênero: drama. Elenco: Alon Aboutboul, Adi Adouan, Yaakov Ahimeir, Guy Apriat. Sinopse: Sobre uma montanha no sul do Líbano, o Castelo de Beaufort passou de um exército a outro por séculos. Em 2000, após 18 anos de ocupação, as tropas de Israel deixarão o local, e um jovem soldado é eleito o último comandante da base. Duração: 131 min. Classificação: 12 anos.




O espetacular Homem-Aranha [The Amazing Spider-Man, EUA, 2012], de Marc Webb (Sony). Gênero: aventura. Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Sally Field, Martin Sheen. Sinopse: Nova aventura do popular super-herói. Com exibição em 3D. Duração: 104 min. Classificação: 10 anos.




Headhunters [Noruega/Alemanha, 2011], de Morten Tyldum (Vinny Filmes). Gênero: ação. Elenco: Aksel Hennie, Nikolaj Coster-Waldau, Julie R. Ølgaard, Joachim Rafaelsen. Sinopse: Um excelente caçador de talentos arrisca tudo para conseguir uma valiosa pintura que pertence a um ex-mercenário. Abertura nos EUA: US$ 43 mil (em 27/04/2012). Dif. (segundo fim de semana): +86.4%. Acumulado nos EUA: US$ 937 mil. Duração: 100 min. Classificação: 16 anos.




A guerra dos botões [La guerre des boutons, França, 2011], de Yann Samuell (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Eric Elmosnino, Mathilde Seigner, Alain Chabat. Sinopse: Nos anos de 1960, crianças de aldeias rivais travam emocionantes batalhas nos campos do sul da França. Duração: 109 min. Classificação: 12 anos.




Histórias que só existem quando lembradas [Brasil, 2011], de Júlia Murat (Vitrine). Gênero: drama. Elenco: Lisa Fávero, Sonia Guedes, Ricardo Merkin. Sinopse: Jotuomba é um pequeno vilarejo em que ninguém morre há muito tempo e o cemitério está trancado com cadeado. Cada habitante cumpre sua função e assim seguem os dias. É assim até a chegada de Rita, uma jovem da cidade. Duração: 98 min. Classificação: 10 anos.


Rio de Janeiro


SHOW

Toquinho
6 e 7 de julho de 2012



O músico comemora seu aniversário num show em formato voz e violão, no qual é acompanhado por Anna Setton. No repertório, estão músicas de seu novo CD, “Quem viver, verá”, como a faixa-título, “Romeu e Julieta” e “Carinhoso” (Pixinguinha), além das antigas “Tarde em Itapoã”, “Caderno” e “Aquarela”.

Local: Miranda
Endereço: Avenida Borges de Medeiros 1424, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ
Horário: 21h30
Preço: R$ 60,00 (pista); R$ 80.00 (bar Notável); R$ 100.00 (setor Notável); R$ 120.00 (setor Um Tom Acima)


TEATRO

Ao vento
De 6 jul 2012 até 19 ago 2012



O espetáculo, que evoca transgressão, liberdade, invenção de novos mundos — tudo a ver com o circo e com a história da trupe —, deveria ter estreado em 2011, quando a companhia de fato fez 25 anos. A grana não deu. Agora, com força renovada, eles apresentam a coreografia de 75 minutos até 19 de agosto. Nela, alternam força e delicadeza, simulando movimentos do ar e da água, intimamente ligados entre si. E ao Rio.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta a Domingo às 20h
Preço: R$40 (inteira) R$20 (meia)


EXPOSIÇÃO

Chance
até 8 de julho de 2012



Primeira exposição no país do francês Christian Boltanski reúne as obras “A roda da fortuna”, que foi apresentada na 54 Bienal de Veneza, “Últimas notícias dos humanos”, “Ser de novo” e “Entre tempo”. A primeira é uma instalação monumental com armações metálicas, roldanas que movem fotografias, sons e projeção, usadas com a intenção de provocar sensações e impacto no observador. Os trabalhos também envolvem painéis que informam o número de mortes e nascimentos do dia e uma projeção do rosto do artista da infância aos 60 anos.

Local: Casa França-Brasil
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Terça a Domingo, das 10h às 20h
Preço: Gratuito
Classificação: Livre

quinta-feira, 5 de julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Bumba Meu Boi Bumbá



Brincadeiras de boi estão entre as expressões populares mais difundidas no Brasil. De norte a sul do país encontramos festejos envolvendo a figura de um boi em representações musicais e dramáticas exuberantes, cujos nomes e períodos de realização variam de acordo com a localidade.

No Maranhão, o bumba-meu-boi é a principal atração dos festejos juninos, estando fortemente ligado ao ciclo de homenagens aos santos Antônio, João, Pedro e Marçal. Em muitos casos, é realizado como pagamento de promessas feitas a São João, que se torna padroeiro da brincadeira.

Os brincantes – em geral músicos, bailantes, cantadores, cômicos, aos quais podem se juntar outros – se organizam, cantam, dançam e representam tramas em torno de um boi – armação de madeira coberta por tecido bordado sob a qual um “miolo” faz evoluções, dando vida ao personagem.

A brincadeira se prolonga por um extenso ciclo festivo, que pode levar meses na realização de ensaios, batizado, apresentações públicas e a morte do boi. As formas de festejar são várias, associadas a regiões e tradições culturais específicas que resultam na pluralidade de estilos ou sotaques que caracteriza o bumba-meu-boi maranhense, entre os quais os mais conhecidos são os sotaques de matraca, zabumba, baixada, orquestra e costa-de-mão.



Fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

terça-feira, 3 de julho de 2012

[Entrevista] Zezé di Camargo e Luciano no Roda Viva

Dupla sertaneja fala no Roda Viva sobre sua carreira na música e nos negócios.



São 21 anos de carreira, 36 milhões de discos vendidos e média de 100 shows por ano com público de cerca de 40 mil pessoas. Os números superlativos justificam a exceção que o Roda Viva abriu para receber duas pessoas no centro de sua arena: os cantores Zezé di Camargo e Luciano.

Luciano disse que apesar de ser conhecido por todo o país, não se considera uma celebridade. “Eu levo uma vida até que normal. Vou ao shopping, ao cinema, supermercado. O único lugar que eu vou disfarçado é na feira do livro.”

Os irmãos comentaram a briga que tiveram e que quase acabou com a dupla. Luciano admitiu que bebeu e falou coisas que não gostaria de ter dito. “Cantei as duas primeiras músicas pensando como eu ia explicar para o público a falta do Luciano”, disse Zezé.

“A gente paga meio caro por ser linguarudo”, disse Zezé. Ele esclarece que não tem restrições de assuntos quando se trata de sua carreira, mas dar satisfação às pessoas de sua vida pessoal o incomoda. Ele demorou a aprender a lidar com mentiras que aparecem na midia. “Qualquer casa é mansão, qualquer sítio é fazendão, qualquer carro é carrão”, disse Zezé. “E qualquer mulher é mulherão”, completou Luciano, apontando para a esposa na plateia. “No meu caso é verdade”.

Passando a palavra para o outro quando o assunto se torna delicado, ambos admitiram ser amigos de políticos e disseram não ver problemas com isso. “ O problema é usufruir de benefícios. Antes de sermos artistas, somos cidadãos, que votam”, disse Zezé. Eles declararam que não vão mais fazer shows em comícios, mas não deixariam de declarar o voto em entrevistas.

Luciano declarou ser apaixonado por rock brasileiro, porém nunca pensou em mudar de estilo e nem de cantar sozinho. Sobre as críticas que recebe por misturar o sertanejo com rock, diz: “Eu não ligo. O importante é que eu cantei com o Nando Reis. Quem falou mal, não cantou”. Acostumado a compor para a dupla, Zezé disse que tem “o privilégio de entender a alma do povo simples”.

“Para nós, o download de músicas é danoso, mas mesmo assim, comparando com o mercado, nosso público faz questão de ter o CD. Não se compra mais CD pela música. Se compra pela capa, o encarte, as fotos” disse Zezé. Perguntando sobre quanto faturam com a carreira, ele brinca: “sabe que a gente não sabe mesmo quanto a gente tem?”

Para Zezé, a prática do jabá é comum no mercado de música, negociado como espaço comercial na TV. Segundo ele, existem várias maneiras de pagar o jabá, como participar de promoções e shows de rádios. “O jabá que paga para tocar a música também acontece. O mal do jabá é quando o dinheiro fica mais importante que o gosto musical. Mas uma música que não rende pedidos não continua a ser tocada, a rádio desiste”, disse Zezé.

Vegetariano há 17 anos, Luciano cria gado e é apaixonado por cinema. Disse que tem vontade de filmar Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, e que já escolheu a atriz que interpretaria Diadorim: Débora Falabella.

Zezé declara que fez uma lipoaspiração há cerca de dez anos e que já usou botox, mas por recomendação médica. “Tinha mania de franzir a testa para cantar e falar”. O botox o fez perder esse hábito e quando o efeito da injeção passou, ele voltou a movimentar normalmente o rosto – e provou isso com bom humor fazendo expressões para a câmera.

Zezé di Camargo e Luciano encerraram sua participação no Roda Viva declarando que nem a mãe deles os chama mais pelo nome de batismo e revelaram seus maiores medos: o de Luciano é morrer no anonimato, o de Zezé, deixar de fazer sucesso.

Fonte: Roda Viva

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cultura Popular

Há diversas definições para a expressão cultura popular; no entanto, todas falam de alguns elementos-chave, como manifestação cultural e produção do povo, que participa de forma ativa; resultado da interação cultural de pessoas de determinadas regiões; entre outros.

A cultura popular nasce da adaptação do homem ao ambiente onde vive e envolve diversas áreas de conhecimento, como artes, artesanato, crenças, folclore, hábitos, ideias, linguagem, moral, tradições, usos e costumes. Ela surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral.



Fonte: Info Jovem