sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dicas culturais do fim de semana

CINEMA



Água para elefantes [Water for Elephants, EUA, 2011], de Francis Lawrence (Fox). Gênero: drama. Elenco: Reese Witherspoon, Robert Pattinson, Christoph Waltz. Sinopse: Em uma casa de repouso, Jacob Jankowski, de 90 anos, recorda o que viveu em sua juventude. Durante a Depressão, ele trabalhou em um circo, onde viu a brutalidade com a qual as pessoas e os animais eram tratados e se apaixonou pela esposa de um bruto treinador. Duração: 122 min.



Bollywood Dream – O sonho bollywoodiano [Brasil/Índia, 2010]¸de Beatriz Seigner (Espaço Filmes). Gênero: drama. Elenco: Paula Braun, Luna Reis, Sofia Campos. Sinopse: Três atrizes brasileiras decidem tentar a sorte em Bollywood, indústria cinematográfica da Índia. Duração: 90 min. Classificação: livre.



Como você sabe [How Do You Know, EUA, 2011], de James L. Brooks (Imagem). Gênero: comédia romântica. Elenco: Owen Wilson, Reese Witherspoon, Jack Nicholson. Sinopse: Homem de negócios e um jogador profissional de beisebol se apaixonam pela mesma mulher. Duração: 120 min. Classificação: 10 anos.



Marcha da vida [Brasil/EUA, 2009], de Jessica Sanders (Europa). Gênero: documentário. Sinopse: Documentário que acompanha a jornada anual realizada por milhares de jovens judeus de todo o mundo pelo mesmo caminho que milhões de judeus atravessaram no passado, mantendo acesa a memória das vítimas do Holocausto. Duração: 81 min. Classificação: livre.



Natimorto [Brasil, 2009], de Paulo Machline (Espaço Filmes). Gênero: drama. Elenco: Simone Spoladore, Betty Gofman, Lourenço Mutarelli. Sinopse: Um caça talentos que traz uma jovem cantora a São Paulo a fim de apresentá-la a um renomado maestro. Enquanto esperam o dia da audição, permanecem num quarto de hotel onde ele lê o futuro da cantora nas advertências dos maços de cigarro. Duração: 92 min. Classificação: a definir. Rio de Janeiro e São Paulo



Thor [EUA, 2010], de Kenneth Branagh (Paramount). Gênero: aventura. Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Anthony Hopkins. Sinopse: Adaptação para o cinema dos quadrinhos protagonizados pelo personagem Thor, da Marvel Comics. Com exibição em 3D. Duração: 114 min.


Rio de Janeiro

TEATRO

Minhas Sinceras Desculpas - Eduardo Sterblitch
30 de abril



Eduardo Sterblitch, sucesso como César Polvilho no programa Pânico na TV, apresenta ao público carioca o monólogo de sua autoria Minhas Sinceras Desculpas, dia 30 de abril, às 21h30, no VIVO RIO. A peça entrou em cartaz em São Paulo, em setembro de 2010. É uma cômica-tragédia moderna que envolve dramaturgia, cinema e músicos de altíssima qualidade como o mestre das guitarras Marcinho Eiras, Dom Paulinho Lima, dono de uma voz extinta no Brasil, e Luiz Claudio Faria, possuidor de um invejável currículo, e que teve o privilégio de se apresentar ao lado de Elis Regina.

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 21h30
Preço: Os ingressos variam de R$20 a R$100
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


Lente de Aumento - Leandro Hassum
5 de fevereiro a 29 de maio



Lente de Aumento lança um olhar curioso sobre as pequenas coisas da vida que estão à nossa volta e que nunca tivemos oportunidade ou paciência para analisar. A identificação do público com as situações do dia-a-dia é a matéria prima para que Leandro Hassum cative o público e chegue ao seu produto final: Risadas!

Local: Teatro das Artes
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 52 - Gávea - Rio de Janeiro – RJ
Horário: Sextas e Sábados às 21h e Domingos às 20h30
Duração: 70 min.
Preço: R$70 (inteira) Comprar

Classificação: 14 anos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Qual a importância da Língua Portuguesa para sua carreira profissional?



Por Ana Cláudia Madaleno

Dominar a norma culta da língua portuguesa está se tornando cada vez mais importante para o sucesso de profissionais de todas as áreas. No passado, quando diretores, superintendentes e gerentes podiam contar com uma secretária, a falta de domínio da língua portuguesa não era tão notada, afinal, quem precisava escrever corretamente era ela. Hoje isso mudou. Com as empresas cada vez mais "enxutas", muitas vezes os executivos ou não possuem ou precisam dividir a mesma assistente. Assim, obrigatoriamente tiveram que começar a escrever relatórios, preparar documentos e enviar e-mails.

Qual o motivo de tanta dificuldade para elaborar um bom texto? Resumidamente, o português é um idioma muito complexo e uma das principais dificuldades é que a norma culta é bastante diferente da língua normalmente falada. E a falta de domínio do idioma pode comprometer profundamente a imagem do profissional, colocando em dúvida a qualidade de seu trabalho. A imagem negativa projetada pela má comunicação dos funcionários é muito mal recebida tanto pelo público interno como o externo (clientes e concorrentes). Nesse contexto, falar corretamente é fundamental para o sucesso de uma organização, e os empregadores valorizam cada vez mais os funcionários que sabem se expressar com fluência e corretamente.

O avanço da comunicação digital tem aumentado a necessidade de o profissional escrever. O número de mensagens que circulam nas empresas aumenta exponencialmente ano a ano. Nunca se escreveu tanto, embora não esteja aí qualquer indício de qualidade dos textos produzidos. Há inclusive o componente da velocidade que transporta pela rede uma implícita indulgência pelos maus-tratos à língua, antes mesmo de a mensagem ser enviada.

Leia o artigo na íntegra no Portal aprender.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

[Entrevista] Ética é fundamental para uma boa imagem

O mercado para as instituições de ensino superior no Brasil é cada vez mais disputado em função da grande oferta de escolas. A necessidade de manter a competitividade e conquistar novos alunos não significa que as universidades possam usar de todas as estratégias disponíveis para alcançar seus objetivos. Para o professor Francisco Gracioso, conselheiro associado da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), a competição deve ter parâmetros.

Em entrevista consedida ao Portal Aprender ele defende a criação de um código de ética pelas próprias escolas.

@prender: Há uma oferta muito grande de instituições de ensino superior no Brasil. Qual o cenário desse setor?

Francisco Gracioso: As matrículas em faculdades particulares cresceram bastante nos últimos dez anos. Hoje cerca de dois terços dos alunos de cursos superiores estão em escolas privadas, contra apenas um terço nas universidades federais e estaduais. De fato, há excesso de vagas no sistema privado e isto reflete um otimismo exagerado dos empresários, que confiaram na manutenção dos índices de desenvolvimento registrados na década passada. A rigor, o sistema de ensino superior brasileiro não está superdimensionado, principalmente quando comparamos com outros países em estágios semelhantes de desenvolvimento. Se a economia retomar o seu crescimento, como parece provável, haverá uma verdadeira explosão de matrículas, nas faculdades orientadas para as classes C e D.

@prender: Como as IES podem construir uma imagem pública favorável?

Francisco Gracioso: Segundo meus estudos, a imagem pública das IES particulares é melhor do que a de outras instituições prestadoras de serviços, como as linhas aéreas ou os planos de saúde. Mas é possível melhorar a imagem se juntarmos forças e realizarmos esforços coletivos. Órgãos como o Semesp [Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo], por exemplo, já pensam no assunto.

@prender: A competição entre as IES particulares brasileiras vez por outra extrapola a ética. De que maneira essa disputa acontece?

Francisco Gracioso: Há uma regra não escrita, segundo a qual as escolas não devem fazer concorrência agressiva entre elas. Mas é evidente que muitas instituições de grande porte, com economias de escala, têm condições de oferecer preços mais baixos. Isso é natural. Devemos nos acostumar com esse tipo de competição. Por outro lado, quando a concorrência é feita com base em promessas enganadoras, entramos no terreno da fraude. Acredito ser urgente a criação de um código de ética pelas próprias escolas, antes que o poder público decida intervir com mão de ferro.

@prender: Como as escolas superiores devem se organizar para implantar a auto-regulação? Quais critérios devem ser considerados?

A autoregulação, ou a autoregulamentação, é urgente. Para dar certo, a medida exige duas premissas: o código propriamente dito e a criação de um organismo com força para aplicá-lo e impor sanções a quem não o respeita. Quanto aos critérios a serem utilizados neste código, penso essencialmente em duas coisas: respeito à ética nas relações entre as escolas e aos direitos dos alunos. A propaganda enganosa, por exemplo, deverá ser considerada uma falta grave. Por outro lado, o código deverá estabelecer critérios mínimos de qualidade a serem seguidos por todas as escolas, independentemente do perfil do público a que servem.

Leia a entrevista na íntegra.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Terminei a faculdade, e agora?

A Veja.com elaborou uma série de reportagens que orientam os recém formados em suas trajetórias rumo ao mercado de trabalho e especializações.









segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um olhar sobre as ferramentas do marketing educacional

Por Daniel Pedrino

É fato que o mercado de educação está passando por uma fase de transformação e profissionalização, com a expansão de grandes instituições de ensino superior (IES ) e aglomeração de outras em holdings educacionais. Embora estas transformações sejam evolutivas, as estratégias de marketing em muitas IES ainda são muito conservadoras.

A grande concentração de investimentos em mídia no início e meio de cada ano revela um cenário de períodos, em que as IES buscam em suas estratégias de comunicação resultados imediatos, apostando seus esforços em mídias tradicionais, com uma comunicação muitas vezes varejista para atrair candidatos em seus processos seletivos.

É um "vício" pensar em publicidade como ferramenta prioritária (muitas vezes única) para captação de novos alunos. A escolha por uma IES passa por um processo de avaliação no qual o candidato considera diversos atributos do curso e da instituição antes de, efetivamente, decidir-se por ela. Estes atributos, independentes de serem qualitativos (marca da IES , conceituação, etc.) ou convenientes (localização, preço, etc.), demandam um tempo de avaliação superior ao de uma campanha de vestibular. Logo, todo o investimento em publicidade acaba sendo ineficaz para o que se propõe, uma vez que a maioria dos novos alunos já se decidiu pela instituição de ensino que pretende cursar.

Neste contexto, o mais correto seria a mudança de hábito, priorizando a publicidade não como varejo, mas sim, como construção ou manutenção da marca. Isto significa em não concentrar os investimentos em alguns meses do ano e diluí-los em estratégias aliadas ao relacionamento com atuais alunos, ex-alunos, professores, imprensa e formadores de opinião. O trabalho com este público é fundamental, mas ainda pouco explorado como ferramenta de marketing educacional.

Leia na íntegra no Portal Aprender

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Dicas Culturais do Feriadão

CINEMA



Bróder [Brasil, 2009], de Jeferson De (Sony). Gênero: drama. Elenco: Caio Blat, Jonathan Haagensen, Silvio Guindane. Sinopse: A história de três amigos da periferia de São Paulo e suas diferentes escolhas de vida. Duração: 93 min. Classificação: a definir.



A garota da capa vermelha [Red Riding Hood, EUA, 2011], de Catherine Hardwicke (Warner). Gênero: horrror. Elenco: Amanda Seyfried, Michael Hogan, Shiloh Fernandez. Sinopse: Versão sombria da história de Chapeuzinho Vermelho, conto publicado no século 19 pelos irmãos Grimm. Abertura nos EUA: US$ 14,1 milhões (em 11/3/2011) Acumulado nos EUA: US$ 14,1 milhões. Duração: 100 min. Classificação: a definir.



Hop – Rebeldes sem Páscoa [EUA, 2011], de Tim Hill (Universal). Gênero: animação. Vozes: Russell Brand, James Marsden, Elizabeth Perkins. Sinopse: O coelho da páscoa é acidentalmente atopelado por um carro, cabendo então ao motorista salvar a Páscoa. Abertura nos EUA: US$ 37 mihões (em 1/4/2011) Dif. (segundo fim de semana): -42% Acumulado nos EUA: US$ 68 milhões Duração: 95 min. Classificação: a definir.



A minha versão do amor [Barney’s Version, Canadá/Itália, 2010], de Richard J. Lewis (Califórnia). Gênero: comédia romântica. Elenco: Paul Giamatti, Minnie Driver, Dustin Hoffman. Sinopse: Homem tem a vida pontuada por relacionamentos que não deram certo, inimizades e possivelmente assassinatos. Duração: 132 min. Classificação: a definir.



Nana Caymmi em Rio Sonata [Rio Sonata, Suíça/França, 2010], de Georges Gachot (Imovision). Gênero: documentário. Sinopse: Documentário sobre Nana Caymmi, personagem-chave da história da música brasileira dos últimos cinquenta anos. Duração: 85 min. Classificação: a definir.



Sobrenatural [Insidious, EUA, 2010], de James Wan (PlayArte). Gênero: horror. Elenco: Barbara Hershey, Rose Byrne, Patrick Wilson. Sinopse: Uma família tenta impedir que maus espíritos aprisionados em seu filho em coma dominem sua mente. Abertura nos EUA: US$ 13 mihões (em 1/4/2011) Dif. (segundo fim de semana): -27% Acumulado nos EUA: US$ 27 milhões Duração: 103 min. Classificação: a definir.

Rio de Janeiro

SHOWS

Festival Cultura Carioca - Lulu Santos e Blitz
21 de abril

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 23h
Preço: Os ingressos variam de R$100 a R$200. Imprima a filipeta e ganhe 50% de desconto.
Classificação: 18 anos.


Fundição Rio
21 de abril


Para quem curte Funk e Sertanejo, a boa do feriado é a Fundição Rio que vem com Mc Marcinho, Mc Sapão e João Gabriel.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$20 a R$80
Classificação: 18 anos.




Festival Cultura Carioca - Bailão do Ruivão com Nando Reis, Claudio Zoli e DJ´s
23 de abril

Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 23h30
Preço: Os ingressos variam de R$100 a R$160. Imprima a filipeta e ganhe 50% de desconto.
Classificação: 18 anos.


Baile de Aleluia
23 de abril

Tradição retomada pelos cariocas no ano passado, o Baile de Aleluia da Fundição Progresso será no sábado, dia 23 de abril, ao som de CASUARINA, vencedor do Prêmio da música brasileira 2010 na categoria melhor grupo de samba, e BANGALAFUMENGA, o também premiado bloco/banda comandado por Rodrigo Maranhão. A noite terá ainda o ritual tradicional da malhação de Judas, que será feita pelo público até pouco antes da meia-noite.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: R$50 (inteira) R$25 (meia) Comprar
Classificação: 18 anos.


EXPOSIÇÕES

“I in U / Eu em Tu” – Laurie Anderson
29 de março a 26 de junho


Mostra retrospectiva elaborada exclusivamente para o CCBB e que apresentará um conjunto instigante de obras originais de Laurie Anderson, composta de instalações, fotografias, desenhos, vídeos, músicas e documentações de performances, criações produzidas desde os anos 1970 aos dias atuais. Pela primeira vez no Brasil, obras desta artista multidisciplinar que, a partir do conhecimento da música tradicional, pesquisou novos meios como o uso da tecnologia, do corpo e da linguagem como forma de expressão.

Curadoria: Marcello Dantas.

Local: Foyer e 2º andar | CCBB RJ
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre


"PALAVRA & IMAGEM"
14 de abril a 22 de maio


É possível imaginar o resultado de um livro em que Vinicius de Moraes e Carlos Leão são os autores?
E manuscritos de Paulo Coelho ilustrados por sua mulher, Cristina Oiticica?
Todos esses belos exemplos e mais sete encontros imperdíveis estão na mostra “Palavra e Imagem”, que o Centro Cultural Correios apresenta a partir de 13 de abril. Os manuscritos pertencem ao acervo da Lithos Edições de Arte e foram produzidos ao longo dos últimos 35 anos. São serigrafias, numeradas e assinadas, com imagens e textos de nomes como, Carlos Drummond de Andrade e Enrico Bianco, Marly de Oliveira e Carlos Scliar. Essas junções não obedeceram ao tradicional trabalho de ilustração sobre uma obra literária, com exceção de Carybé e Jorge Amado no álbum “O compadre de Ogun”. Prevaleceu a inspiração sobre um tema no caso de Armando Freitas filho e as seis gravuras de Anna Letycia.

A exposição apresenta obras para todos os gostos, como o curioso Cahier d’ Artiste, único caso da mostra em que texto e litografias são da mesma pessoa, o consagrado Rubens Gerchman, egresso da chamada geração 80. Ainda como curiosidades, a reunião de ditos populares, reunidos por Álvaro Vale e casados aos desenhos de Romanelli. Esse álbum, em especial, apresenta uma característica única: os textos foram vertidos para o japonês e a série de apenas sete exemplares, foi oferecida ao então Imperador Hiroito, em sua passagem pelo Brasil.

O público vai contar, ainda, com a representativa obra “Dez Visões Rupestres”, recriação que Siron Franco produziu junto ao texto de Ferreira Gullar. O artista se inspirou em inscrições pré-históricas gravadas em rocha no Brasil central.

Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo, das 12h às 19h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre

terça-feira, 19 de abril de 2011

[Vídeos] Ensino Superior a distância





Saiba mais em:
SATHLER, Luciano. Referenciais de qualidade para a Educação superior a distância: desafios de uma caminhada regulatória. Jul. 2008.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação à distância no Brasil: diretrizes políticas, fundamentos e práticas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aplicativos que auxiliam suas pesquisas

Nós, da Biblioteca ESPM Rio, estamos sempre trabalhando para facilitar a vida de nossos alunos. Por isso oferecemos os mais variados serviços de informação que acreditamos contribuir para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional.

Hoje, listarei aqui alguns recursos gratuitos que, talvez, muitos ainda não conheçam e que fazem a maior diferença na hora da pesquisa.

Google Docs: Ferramenta para construção de conhecimento em conjuto. Ideal para trabalhos em grupos. Documentos como editor de textos, planilhas, apresentações entre outros podem ser acessados e editados simultaneamente pelos membros do grupo a qualquer hora e de qualquer computador.

Google Agenda: Aqui você pode compartilhar seus compromissos com seus colegas, marcar reuniões de grupo e se organizar quanto aos prazos de entrega dos trabalhos. Você também pode cadastrar seu celular e receber lembretes de seus compromissos por SMS.

Skydrive: Seu Pendrive virtual. Todos que possuem uma conta hotmail já podem utilizar esse serviço da Windows Live. Além de guardar seus arquivos você ainda pode compartilhá-los com seus amigos. Assim não dá mais pra dar a velha desculpa de que esqueceu o Pendrive em casa, né?

Google Acadêmico: Quem disse que não podemos fazer pesquisa científica no Google? No Google Acadêmico sua pesquisa é feita somente em meterial com relevância científica.

BDTD: Você sabia que existe uma Biblioteca online onde você pode encontar teses e dissertações? Pois é, o Ibict coordena esse projeto que, além de fornecer informação, incentiva a publicação de teses e dissertações em meio eletrônico. Taí mais uma fonte de informação para sua pesquisa.

Videoteca Endeavor: Aqui você encontra vídeos com entrevistas, workshops, palestras e eventos que falam sobre marketing, gestão, estratégia, empreendedorismo, inovação, motivação, finanças entre outros. Ótimo para quem deseja aumentar seus conhecimentos sobre esses assuntos.

Gapminder: Para quem está cansado de gráficos monótonos, essa ferramenta permite a criação de gráficos dinâmicos sobre questões sociais e demográficas, apresentando a evolução dos países ao longo do tempo. Possibilita a elaboração de mapas a partir dos temas: riqueza e saúde das nações, as emissões de CO2 desde 1820, economia, educação, tecnologia, pobreza e tendências globais. Apresenta as tendências mais importantes do mundo.

Jornais no mundo: Quer se manter atualizado com o que acontece no mundo? Esse site mostra todo o dia a primeira página dos jornais no mundo inteiro.

Qwiki: Uma enciclopédia onde o conhecimento é construído através de vídeos e imagens referentes ao termo pesquisado.

Timer Ticker: Mostra o tempo preciso para cidades e países com todos os fusos horários, enquanto o horário de verão é ajustado automaticamente. É hora de ajustar seu relógio.

Worldmapper: Se você precisa de algum mapa para seu trabalho essa é a ferramenta. Aqui você encontra desde os mapas mais tradicionais como também mapas animados para dar aquela quedrada na monotonia.

Prezi: Quer dar mais dinamismo para suas apresentações? Essa ferramenta te ajuda a construir. Simples de usar e você ainda pode causar aquele impacto com o professor.

PrimoPDF: Ferramenta que permite a você a criação de arquivos PDFs. Faz a conversão gratuita de qualquer documento.

Diigo: Essa ferramenta permite que você faça anotações nos resultados de sua pesquisa, destaque as partes mais relevantes e qualquer pessoa pode ter acesso a elas. Também existe o aplicativo para iPhones e iPads.

BibMe: Essa ferramenta foi feita para elaboçarão de referências. Você pode escolher o formato do material, colocar as informações que ele gera a referência corretinha para você colocar no seu trabalho. Uma mão na roda.

Delicious: Funciona como seu favoritos, só que você ainda pode separá-lo por palavras-chave, compartilhá-los com outras pessoas e acessá-los de qualquer computador.

Além desses existe inúmeros aplicativos criados para facilitar sua vida de estudante. Caso queira conhecer mais alguns acesse:

Universia
Portal ESPM

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dicas Culturais do Fim de Semana

CINEMA



Amor? [Brasil, 2010], de João Jardim (Copacabana). Gênero: drama. Elenco: Lilia Cabral, Eduardo Moskovis, Letícia Collin. Sinopse: Uma mistura de documentário e ficção em que atores e atrizes interpretam o depoimento de pessoas reais. Duração: 99 minutos. Classificação: 14 anos.



Bebês [Bébé(s), França, 2010], de Thomas Balmès (Europa). Gênero: documentário. Sinopse: Documentário que segue quatro bebês do mundo desde o nascimento até o primeiro ano de vida. O começo da vida das crianças é capturado em seus países e culturas de origem: Mongólia, Namibia, Estados Unidos e Japão. Duração: 79 min. Classificação: livre.



Eu sou o número quatro [I Am Number 4, EUA, 2011], de D.J. Caruso (Disney). Gênero: ficção científica. Elenco: Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Alex Pettyfer. Sinopse: Um ser misterioso está assassinando adolescentes e cabe ao jovem John tentar escapar. Abertura nos EUA: US$ 19,5 mihões (em 18/2/2011) Acumulado nos EUA: US$ 34 milhões. Duração: 109 min. Classificação: 12 anos.



Homens e deuses [Des hommes et des dieux, França, 2010], de Xavier Beauvois (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Lambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Rabourdin. Sinopse: Oito monges franceses vivem em harmonia com a população muçulmana em uma vila, mas quando um grupo de trabalhadores estrangeiros é massacrado, o pânico assola a região. Duração: 122 min Classificação: 12 anos.



Pânico 4 [Scream 4, EUA, 2011], de Wes Craven (Imagem). Gênero: horror. Elenco: David Arquette, Neve Campbell, Courteney Cox. Sinopse: Dez anos depois, o assassino mascarado volta a infernizar a vida de Sidney e seus amigos. Duração: 110. Classificação: 16 anos.


Rio de Janeiro

SHOWS
Maria Gadú - Show do DVD " Multishow ao Vivo"
15 de abril



Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$30 a R$160
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


Daniel
15 de abril



Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$30 a R$170
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


Groundation
15 de abril



Em comemoração aos 30 anos de morte de Bob Marley, a Fundição Progresso promove a festa Tribos de Marley com a presença de duas atrações internacionais do Reggae: Groundation e Rebelution. A história de Bob será lembrada por fotos, vídeos e muito som.

Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: R$60 (inteira) R$30 (meia) Comprar


Natalie Cole - “An evening with Natalie Cole”
16 de abril



Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$47,50 a R$350
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


Roxette
16 de abril



Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$75 a R$270
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


TEATRO

Maria do Caritó
De 16 de setembro de 2010 a 1º de maio de 2011



A comédia revela valores, costumes e crendices que permeiam o imaginário do povo brasileiro. Maria do Caritó é solteirona, chegando aos 50 anos, que está decidida a se casar, ainda que, para isso, precise enfrentar a fúria do pai e de toda a cidade, que acreditam que ela é santa. “É cômico para quem vê e trágico para quem vive”, brinca Lilia. “A Maria do Caritó é uma personagem que sente uma frustração imensa por não ter se realizado como mulher. O que mais me encantou neste texto é que ele fala sobre fé. A Maria do Caritó não deixa de acreditar”, continua. “Maria do Caritó é uma heroína que se equilibra no duplo feminino, sacra e profana, virgem e mundana, santa e palhaça, arquétipo-brincalhão de um feminino desdobrado”, completa Newton. Na cultura popular nordestina, Caritó é a pequena prateleira no alto da parede, ou nicho nas casas de taipa, onde as mulheres escondem, fora do alcance das crianças, o carretel de linha, o pente, o pedaço de fumo, o cachimbo. E assim, a moça que ficou no caritó é aquela que ficou na prateleira, sem uso, esquecida, guardada intacta.

Local: Teatro dos Quatro
Endereço: R. Marquês de São Vicente, 52 - Shopping da Gávea - Gávea - Rio de Janeiro - RJ
Horário: Quinta, sexta e sábado 21h30 e Domingo 20h
Duração: 1h30m
Preço: Quinta R$60 (inteira), Sexta R$70 (inteira), Sábado e Domingo R$80 (inteira) Comprar
Bilheteria: de terça a domingo a partir de 15h
Informações: (21) 2274-9895
Classificação: 12 anos


Conversando com mamãe
De 18 de março a 15 de maio

Conflitos familiares como a ausência do filho, que se faz presente por telefonemas mas quase nunca aparece, a mãe que até hoje cozinha para o filho cinquentão que saiu de casa há mais de 25 anos, o embate sogra x nora e sogra x sogra, são apenas algumas das questões abordadas no texto de Santiago Carlos Oves, cineasta e roteirista argentino, em versão teatral do catalão Jordi Galcerán e tradução de Pedro Freire, com direção de Susana Garcia.

Local: Teatro Fashion Mall
Endereço: Estrada da Gávea, 899 - LJ. 213 - São Conrado - Rio de Janeiro – RJ
Horário: Sextas e sábados às 21h, e domingos às 19h
Duração: 80 min.
Preço: Sexta R$60 Inteira), Sábado e Domingo R$70 (inteira) Comprar
Bilheteria: a partir das 15hs (quinta a domingo)
Classificação: 14 anos


As centenárias
De 25 de março a 24 de abril

A peça mostra duas amigas carpideiras que passam a vida percorrendo velórios, chorando os mortos, ouvindo e contando histórias. A peça se desenvolve cercada por personagens e ‘causos’ que muitas vezes beiram o irreal.
Marieta Severo interpreta Socorro e Andréa Beltrão Zaninha. Elas iniciam ainda jovens uma forte amizade. A mais nova se encanta quando vê a carpideira Socorro rezando e cantando em um velório e sonha seguir seus passos. A condição para isso era a maternidade que, segundo Socorro, lhe daria o medo da perda e, conseqüentemente, o devido respeito à morte. Após a exigência cumprida, elas partem para sua jornada e encontram personagens como o mítico cangaceiro Lampião, um coronel traído e uma viúva inconsolável, até o inevitável confronto com a morte, que quer levar o filho de Zaninha. O espetáculo conquistou os principais prêmios do país: Shell de melhor autor (Newton Moreno), melhor atriz (Andrea Beltrão) e melhor cenário (Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque); Contigo de melhor atriz (Andréa Beltrão), melhor espetáculo de comédia (júri oficial e voto popular) e melhor autor (Newton Moreno); Prêmio Qualidade Brasil de melhor espetáculo comédia, melhor atriz de comédia (Marieta Severo) e melhor diretor de comédia (Aderbal Freire-Filho); e APTR de melhor atriz (Andrea Beltrão).

Local: Teatro João Caetano
Endereço: Praça Tiradentes, s/n- Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta e sábado, 21h e domingo, 19h
Duração: 1h25m
Preço: R$40 (inteira) R$20 (meia) Comprar
Classificação: 10 anos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A ideia é fazer a diferença



Para 2011, o Sebrae prepara mais um desafio para você que está em uma instituição de ensino superior: é o Desafio Sebrae 2011, considerado maior jogo virtual do mundo (somente no ano passado foram perto de 160 mil participantes).

O Desafio Sebrae é um estímulo ao empreendedorismo. Durante o jogo, as fases (são três jogadas via internet e as últimas duas presenciais) vão se tornando cada vez mais difíceis, o que exige muita garra e conhecimento das equipes participantes. A recompensa para todo este empenho é muito boa. Além do conhecimento de administrar uma empresa virtual de forma real, a equipe vencedora ganha uma viagem de dez dias para um país europeu, onde vai conhecer centros de empreendedorismo e a cultural local.

O tema do Desafio Sebrae para este ano é sobre veículos sustentáveis (ecologicamente corretos). As inscrições já começaram e vão até 11 de maio. A novidade é que o tempo de espera para o jogo será mínimo. Deve começar ainda em maio.



Não perca tempo! Faça já sua inscrição e acompanhe o Desafio também através das redes sociais: Facebook e Twitter

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um pouco de história com Cristina Helena Almeida de Carvalho

A professora Cristina Helena Almeida de Carvalho estudou a fundo os impactos da Reforma Universitária, durante regime militar que governou o país, na expansão do ensino universitário em instituições privadas no Brasil. Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre em economia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e doutoranda em economia pela própria instituição do interior paulista, é pesquisadora em financiamento e políticas públicas com ênfase em educação superior. Na sua tese de mestrado, faz um passeio pela história e elenca os mecanismos de incentivo à expansão da educação superior privada e contrapõe essas idéias ao que ocorre na atual conjuntura educacional.

Em entrevista ao Portal Aprender, ela conta o que ocorreu com nossa educação nas últimas quatro décadas.

@prender - Qual era o contexto histórico do período antecedente à Reforma Universitária de 1968? Quais eram as condições políticas, econômicas e educacionais vigentes na época?

Nos anos 1960 havia um debate teórico no Brasil e nos demais países da América Latina sobre os rumos do processo de industrialização e seus resultados para o desenvolvimento econômico e social. O projeto de desenvolvimento envolvia, entre outras questões, a discussão a respeito do papel desempenhado pelo sistema educacional neste processo. O início da década foi marcado por conflitos políticos e militares e a reorganização e bipolarização do poder mundial. O quadro de incerteza e questionamento sobre o futuro do capitalismo conduziu a radicalizações ideológicas e a sensíveis alterações na política externa americana. O contexto geopolítico mundial caracterizava-se pela Guerra Fria, ou seja, o constante confronto político e econômico das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética, e a busca incessante de aliados e conquistas territoriais por ambos os lados.

No bojo do novo padrão de relações internacionais, o principal veículo dos fundos e de execução da Aliança para o Progresso foi a AID (Agency for International Development). A USAID, como ficou conhecida a agência americana, tornou-se o principal financiador do Brasil, fornecendo 80% do capital líquido de longo prazo que entrou, entre 1964 e 1967 [Cf. SKIDMORE, 1988]. Esta agência passou a prestar assistência técnica e cooperação financeira em prol da reorganização do sistema educacional brasileiro, por meio de uma série de acordos com o MEC [Ministério da Educação].

Na economia, a nova ordem para os países latinos americanos era a busca do crescimento econômico a qualquer preço. No campo político, o apoio irrestrito e incondicional ao modo de produção e ao estilo de vida capitalista americano. No plano social, a educação tornou-se o fator propulsor indicado para a arrancada rumo ao desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais. O Brasil sofreu as conseqüências do reordenamento político, por meio da absorção de novas diretrizes nos campos econômico, político e social.

Neste período, duas opções pareciam bem claras para a política externa brasileira: a primeira pressupunha reafirmar os laços de cooperação e interdependência com os Estados Unidos, atrelando a política interna a compromissos externos. Como membro da Aliança para o Progresso, estava colocado ao país o modelo de desenvolvimento econômico em etapas e a Teoria do Capital Humano. Os benefícios internos do desenvolvimento associado seriam a abundante entrada de capitais e a garantia da conservação das elites no poder.

A via alternativa consistia no rompimento com o padrão de desenvolvimento dependente e em buscar a autonomia com participação popular. Esta atitude era vista como uma ameaça ao capitalismo e certamente sofreria retaliações por parte do governo americano quanto ao ingresso de capital estrangeiro. Este dilema era próprio de um país dependente em busca do desenvolvimento econômico. O contexto geopolítico da guerra fria, as novas relações econômicas e políticas com os Estados Unidos estabelecidas pela Aliança para o Progresso e a necessidade crescente de capital estrangeiro, determinaram a escolha política.

Este período foi marcado por uma intensa e prolongada crise econômica e política. Quanto ao caráter econômico da crise, com o fim do plano de expansão da capacidade produtiva do governo de Juscelino Kubitschek, o país viveu uma fase de recessão e de taxas elevadas de inflação. Quanto ao aspecto político, crises político-institucionais e partidárias assolaram o país. As manifestações mobilizaram as classes populares e as camadas médias, fortalecendo o movimento operário e os trabalhadores rurais, contra a expansão econômica concentradora de renda e a baixa capacidade de emprego e remuneração.

O golpe de estado em 1964 foi corporificado na conservação das elites no poder, especialmente, aquela associada aos interesses do capital multinacional, cujos interesses políticos e econômicos estavam voltados para a reafirmação dos laços de dependência em relação aos Estados Unidos. O primeiro governo militar explicitava o alinhamento ideológico com a "Aliança para o Progresso" e confirmava o compromisso com o discurso anticomunista em nome da segurança nacional.

@prender - De acordo com seu trabalho sobre o processo de expansão do ensino superior privado a partir de 1968, quais foram os principais fatores de estímulo e de sustentação para a Reforma Universitária?


Na educação superior havia crescente assimetria entre a demanda e a oferta de vagas, tornando-se um sério entrave a construção da "grande potência". Os crescimentos demográficos e da população urbana foram fatores de pressão da demanda potencial, enquanto, a pressão por vagas pelos concluintes do ensino de segundo grau, ampliou o contingente de demanda efetiva. Apesar de inúmeras medidas jurídicas e administrativas que alteraram a oferta de vagas no ensino superior ao longo da década de 1960, estas foram insuficientes para a resolução da "crise dos excedentes". Diante da insatisfação da classe média, aliada do governo militar à época do golpe, que vislumbrava a escolaridade formal como veículo de ascensão social, das manifestações públicas do movimento estudantil, adversário ferrenho da política de exceção, e da pressão externa por meio das "recomendações" explícitas da USAID, o governo federal foi impelido a promover a Reforma Universitária.

@prender - Quais eram os principais objetivos da Reforma Universitária?

A Reforma Universitária de 1968 foi impulsionada por dois objetivos explícitos. O primeiro era ampliar, em termos quantitativos, a parcela da população com grau superior de escolarização, principalmente nas áreas técnicas e tecnológicas, de modo a produzir o "capital humano" necessário para alavancar o desenvolvimento econômico. Desta forma, a reforma educacional deveria ser direcionada, principalmente, para as carreiras funcionais ao mercado de trabalho industrial. O segundo era resolver a pressão da classe média que buscava o acesso ao sistema de ensino superior. A classe média foi a aliada política do regime militar desde a consolidação do golpe. A manifestação de descontentamento, por parte desta camada social, provocou instabilidade e a aproximou de camadas da oposição política. As manifestações públicas foram se avolumando em torno dos resultados dos vestibulares que, cada vez mais, produziam um contingente de pleiteantes eliminados combinados a vagas não preenchidas. Concomitantemente, os corpos docente e discente exigiram modificações no sistema de vestibular, bem como a reformulação e a adequação do ensino superior à demanda por trabalho qualificado.

Interessou?
Leia a entrevista completa no Portal Aprender.
Leia também os artigos "Estudo avalia expansão do ensino superior privado" de Álvaro Kassab e "Ruptura e continuidade no ensino superior" de Isabel Gardenal no Jornal da Unicamp

Veja alguns trabalhos e artigos publicados de Cristina Helena Almeida de Carvalho:
O Prouni no governo Lula e o jogo político em torno do acesso ao ensino superior
Política para o ensino superior no Brasil (1995-2006)
Agenda neoliberal e a política pública para o Ensino Superior nos anos 90

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mulheres no Ensino Superior



O Censo da Educação Superior 2009 traz, pela primeira vez, informações individualizadas dos alunos do ensino superior do país. Os dados foram divulgados no dia 13/01/2011 pelo Ministerio da Educação. Até 2008, havia dados apenas sobre as matrículas.

Os novos dados mostram que o predomínio é de alunos do sexo feminino de 21 anos. A forma de ingresso mais comum é o vestibular aos 19 anos. A idade mais frequente para a conclusão ocorre aos 23 anos. A maioria estuda em escola privada e faz bacharelado. Nos cursos a distância, a maioria é do sexo feminino, tem 28 anos e faz licenciatura.

De acordo com o Censo 2009, as 2.314 instituições de ensino superior do país registraram 5,95 milhões de matrículas em 28.671 cursos de graduação, presenciais e a distância. No total, houve 6,9 milhões de inscrições para esses cursos e um total de 2,06 milhões de ingressos. Os concluintes foram 959 mil.

“A evolução dos números educação brasileira tem sido satisfatórios. Nós estamos formando quase 1 milhão de brasileiros ao ano na educação superior, o que é o dobro do que era em 2002. Tem havido uma evolução. E o mais importante disso é que a evolução está sendo feita com qualidade. Nós queremos que a expansão continue, mas continue parametrizada pelos indicadores de qualidade", disse o ministro Fernando Haddad.

Das 2.314 instituições de ensino superior no país, 710 usaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como uma das formas de ingresso. Desse total, 541 adotaram o exame como forma de seleção para mais da metade dos ingressos.

Na graduação presencial, das instituições públicas, 36.294 estudantes entraram por programa de reserva de vagas, 69% por terem estudado em escola pública e 25% por identidade “étnica”. Os portadores de deficiência são apenas 0,34% do total, 20.019 estudantes.

De cada dez matriculados nas instituições privadas, três têm bolsa de estudo. Do total de bolsistas, 82,5% são de programas reembolsáveis, como o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e 17,5% não reembolsáveis, como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

A Região Sudeste teve o maior aumento no número de instituições de ensino superior de 2008 para 2009, mostra o Censo. O crescimento foi de 21 escolas, passando de 1.069 para 1.090. O Sudeste teve a maior perda de 2007 para 2008, com 26 escolas a menos.

No geral, o Brasil registrou aumento de 2,68% no total de instituições, indo de 2.252 para 2.314. As instituições privadas passaram de 2.106 para 2.069 e as públicas foram de 236 para 245. Nordeste e Sul seguem o Sudeste no registro de maiores incrementos no número de escolas, com 16 novas instituições cada. O Sul tinha 370 e foi para 386. O Nordeste tinha 432 e passou para 448. O Norte registrou oito novas escolas, passando de 139 para 147. A Região Centro-Oeste registrou apenas uma nova escola, incremento de 0,41%, ficando com 243.

De 2007 para 2008, o país havia registrado queda de 1,27% no número de instituições, passando de 2.281 para 2.252. O Norte havia registrado perda de uma instituição. O Nordeste já havia registrado incremento de 2,37%, com dez novas instituições. Sul havia registrado queda de 1,33%, perdendo cinco escolas. No mesmo período, o Centro-Oeste registrou perda de sete instituições.

Fonte: G1

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quanto vale o seu diploma?

Para alcançar objetivos profissionais, ex-alunos aceitam até ganhar menos no começo de carreira para depois conquistar melhores postos nas empresas.

O nome de uma instituição tradicional no currículo pode até ajudar, mas, na prática, as vagas para jovens profissionais ficam nas mãos de quem demonstra mais habilidade para o cargo e, principalmente, de quem possui experiência na área. E o mercado está repleto de exemplos desse tipo.

Foi o conhecimento da área de trabalho, obtido em um emprego anterior, que proporcionou uma vaga de estágio a Karina Souza, 27 anos, graduada em comércio exterior pela Uninove e atual funcionária da multinacional do setor químico Basf. "Estava muito difícil encontrar alguém com experiência. Já tinham feito seleção, dinâmica, e ninguém se enquadrou. Como eu tinha meu currículo cadastrado e esse conhecimento, fui chamada para a entrevista e fiquei com a vaga. Antes, na primeira fase, eu não entrei", lembra.

Karina ingressou na empresa em 2004, antes de se formar, e desde então foi promovida duas vezes em seleções internas.

A gerente de importação da Basf, Érika Pinheiro, 37 anos, também se formou em comércio exterior pela Uninove, mas em uma das primeiras turmas, no final da década de 1990. Antes de entrar na Basf, já trabalhava na indústria química e direcionou sua carreira para chegar à empresa, investindo em especializações e abrindo mão de um cargo maior no emprego anterior. "Dei um passo atrás para poder dar dois para a frente", diz. Na entrevista de emprego, ela conta que não foi questionada a respeito da instituição em que se formou. "Não houve preconceito algum com o nome no diploma. A entrevista foi sobre questões técnicas e voltada às competências em gestão de pessoas e comunicação", diz.

Graduado pela Unip, Fábio conta que desde que ingressou na empresa, ainda no primeiro ano da graduação, nunca foi questionado a respeito de sua formação. Para ele, o fato de cursar análise de sistemas, algo incomum para quem deseja trabalhar com gestão de pessoas, causou mais estranhamento, mas mesmo assim foi de grande utilidade. "No fim, isso foi um ponto positivo, porque nessa área é difícil encontrar quem se dá bem com tecnologia", diz.

É justamente essa capacidade de fazer algo além do que a gradua­ção oferece que chama a atenção dos contratantes. "Muitas vezes falta ao candidato o inglês ou outra habilidade para a vaga, mas hoje em dia é preciso se esforçar sempre, fazer cursos extras, e isso não depende da faculdade", conclui o analista, que continua em busca de melhorar seu currículo e crescer na empresa. (G.J.)


Fonte: Reportagem retirada da Revista Ensino Superior edição 137 disponível no Portal.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Dicas Culturais do Fim de Semana

Rio de Janeiro

SHOWS

Vanessa da Mata
8 de abril



Local: Citybank Hall RJ
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$20 a R$120
Classificação: Menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal, maiores de 15 anos desacompanhados.


Diogo Nogueira – “Sou eu”
8 de abril



Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$20 a R$140
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


Steel Pulse e Ponto de Equilíbrio
8 de abril



Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - RJ
Horário: 22h
Preço: R$70 (inteira) R$35 (meia) ComprarClassificação: 18 anos


Chitãozinho e Xororó – 40 anos
9 de abril



Local: Vivo Rio
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro – RJ
Horário: 22h
Preço: Os ingressos variam de R$30 a R$200
Classificação: 16 anos. Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal.


TEATRO

Merci
De 8 de abril a 8 de maio



O monólogo, do aclamado autor contemporâneo francês Daniel Pennac, estreia no palco do CCJF pelas mãos do não menos consagrado diretor Moacir Chaves. Através do humor e de tiradas inteligentes, Pennac desenha uma figura neurótica e complexa, porém cômica, interpretada por Ana Barroso.

Local: Centro Cultural Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro - Rio de Janeiro – RJ
Horário: Sexta a domingo, 19h
Duração: 60 min.
Preço: R$30 (inteira) R$15 (meia)
Classificação: 10 anos


Os Catecismos Segundo Carlos Zéfiro
De 11 de março a 10 de abril

Peça da companhia paranaense Vigor Mortis, com dramaturgia desenvolvida a partir de pesquisas sobre a vida do artista gráfico Carlos Zéfiro e em entrevistas de seus familiares concedidas ao jornalista Juca Kfouri.

Local: Teatro II | CCBB RJ
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Quinta a domingo, às 19h30
Duração: 80 min.
Preço: R$10 (inteira) R$5 (meia)
Classificação: 18 anos


A dona do fusca laranja
De 8 de abril a 29 de maio

Performance-instalação que acontece dentro de um fusca, onde o público é convidado a passear com a personagem central da história, que circula motorizada pelas ruas do Rio. Inspirada em fatos reais, ocorridos com a atriz Camila Rhodi, a partir do roubo do seu fusca, a encenação dialoga com diversas formas de artes, inclusive recursos digitais e acontece em três momentos.

Mais informações

Local: Oi Futuro Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo – Rio de Janeiro - RJ
Horário: Sexta, sábado e domingo, às 19h30
Preço: Entrada Franca
Classificação: 18 anos


Chuva de Arroz
De 1º de abril a 15 de maio



Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de quinta a domingo, às 19h
Duração: 80 min.
Preço: R$20 (inteira) R$10 (meia)
Classificação: 14 anos


EXPOSIÇÕES

Fernando Pessoa, plural como o universo
De 25 de março a 22 de maio

Exposição no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro mostra as facetas do poeta português, que foi capaz de inventar e se reinventar por meio de diversos personagens fictícios ao longo de seus 47 anos de vida.

Local: Centro Cultural Correios
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo, das 12h às 19h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre


Artes Visuais - Estética Central
De 22 de março a 24 de abril

A mostra exibe na Vitrine Social e no Info Vídeo os melhores momentos do Festival Estética Central, uma ideia de ex-alunos da Oi Kabum! - Escola de Arte e Tecnologia. Em 2010, uma Kombi, equipada com ilhas de edição e celulares, percorreu diversas regiões da cidade, permitindo que os passantes lançassem um olhar sobre o cotidiano, flertassem com o audiovisual através da imaginação e produzissem seus vídeos.

Local: Oi Futuro Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo – Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo, das 11h às 20h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre


O universo gráfico de Glauco Rodrigues
15 de março a 8 de maio

A mostra reúne mais de 100 obras originais entre litografias, serigrafias e linoneogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística.

Local: Caixa Cultural RJ - Galeria 3
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre


Memórias da Cidade
De 6 de abril a 22 de maio

A Agência O Globo apresenta uma coleção de imagens especiais do acervo do jornal homônimo. São fotografias clássicas, em preto e branco, que mostram o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro, nos anos 50  e 60. A edição final é fruto de uma pesquisa que envolveu mais de 3 mil imagens, selecionadas no acervo do jornal, o qual reúne cerca de 15 milhões de fotogramas. O resultado é a exposição de 34 fotos impressas a partir de negativos no formato 120mm, considerado um clássico da fotografia analógica.

Local: Centrol Cultural Justiça Federal - Galerias do 1º andar
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro - Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo,das 12h às 19h
Preço: Entrada Franca
Classificação: Livre


CINEMA



Contracorrente [Peru/França/Colômbia, 2009], de Javier Fuentes-León (Festival Filmes). Gênero: drama. Elenco: Tatiana Astengo, Manolo Cardona, Cristian Mercado. Sinopse: Um pescador de uma pequena cidade peruana tenta conciliar uma nova paixão com o casamento, sem poder levantar maiores suspeitas. Duração: 100 min. Classificação: 14 anos.




Rio [EUA, 2011], de Carlos Saldanha (Fox). Gênero: animação. Vozes: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Rodrigo Santoro. Sinopse: Um papagaio tenta viajar dos EUA para o Brasil. Com exibição em 3D. Duração: 105 min. Classificação: livre.




Que mais posso querer [Cosa Voglio di Più, Itália/Suiça, 2010], de Silvio Soldini (Petrini Filmes). Gênero: drama. Elenco: Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Giuseppe Battiston. Sinopse: Um homem e uma mulher começam uma relação extra-conjugal, sem perceber que tudo está saindo do controle. Duração: 121 min. Classificação: a definir.




Turnê [Tournée, França, 2010], de Mathieu Amalric (Imovision). Gênero: drama. Elenco: Mathieu Amalric, Julie Ferrier, Anne Benoît. Sinopse: Ex-produtor de televisão retorna à França, liderando uma trupe burlesca para shows de despedida pelo país. Duração: 111 min. Classificação: 14 anos.



Fontes: Filme B; Citybank Hall; Vivo Rio; Fundição Progresso; CCJF; CCBB; Oi Futuro; CCC; Caixa Cultural

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O quarto poder e as instituições de ensino

Por Iracema Guisoni e Leila Gasparindo*

O que Bernardinho, Antonio Ermírio de Moraes, Fernando Henrique Cardoso e Drauzio Varella têm em comum? Além de serem personalidades de destaque, todos são excelentes comunicadores. Dominam a técnica da oratória e conhecem muito bem as áreas em que atuam. Conquistam permanente espaço nos meios de comunicação não apenas pelos cargos ocupados, mas por serem excelentes fontes de informação. Sabem potencializar seu sucesso, transformando a imprensa em aliada.

Outros encaram o quarto poder como inimigo ou preferem ignorá-lo como se pudessem controlar a repercussão das notícias que hoje circulam em tempo real. Tente lembrar das desastrosas entrevistas concedidas por Severino Cavalcanti. Sua falta de habilidade e desenvoltura, postura contraditória e discurso inócuo, certamente, aceleraram o desfecho de sua derrocada política.

Despreparo é o termo mais adequado para definir a forma pela qual os noticiáveis de diversas áreas enfrentam a imprensa. O mensalão, por exemplo, trouxe aos holofotes de todo o Brasil um desfile de empresários sem preparo. Convocados como colaboradores nas comissões parlamentares, vários deles saíram em situação pior do que entraram. Muitos, por seu mau desempenho, migraram da posição de testemunha para a de réu.

Mas subestimar o poder da comunicação e da informação é um erro até mesmo para quem está no Olimpo. Falta de habilidade em lidar com a imprensa pode abalar até a imagem de lideranças carismáticas de inquestionável reputação. Esse foi o caso do craque Ronaldinho que, nesse último ano, quase viu sua carreira desabar como chantilly por pequenas contradições e excesso de exposição de sua vida pessoal.

A equação é simples: para se diferenciar é preciso estabelecer uma comunicação contínua e eficaz com a opinião pública a partir do bom relacionamento com a imprensa. Vivemos uma era em que a mídia se consolida como a maior interface entre as organizações e o grande público. Para garantir uma boa imagem e manterem-se no mercado, as instituições e seus representantes não podem ser analfabetos funcionais em comunicação. O gestor moderno precisa antes de tudo ser um excelente comunicador.

O verdadeiro líder necessita entender seu poder enquanto fonte de informação e ter em mente que uma boa entrevista pode mudar a imagem da instituição de ensino, atrair investidores, facilitar parcerias e modificar planos de captação de novos alunos. Seu desafi o como porta-voz é saber usar a imprensa como aliada e transformar informações em valor estraégico, gerando resultados e crescimento.

E, nesse contexto, o treinamento é essencial.

O porta-voz bem preparado para falar é mais persuasivo, tem maior poder de convencimento e, conseqüentemente, obtém melhor desempenho nas entrevistas. Além disso, evita desgastes desnecessários.

Nos dias atuais, além do gestor, muitas instituições já perceberam a importância de investir no treinamento de suas lideranças para torná-las fontes capacitadas de informação. A estratégia é valorizar também o corpo docente da instituição de ensino e, com treinamento, melhorar seu relacionamento com os jornalistas. Assim, tiram
o melhor proveito desse poderoso instrumento que todos têm à disposição, mas que poucos usam com o devido cuidado que demanda.

*são sócias-fundadoras da Trama Comunicação. Artigo publicado no Portal Aprender

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O ensino que encurta distâncias

Hoje postaremos uma entrevista realizada pelo portal @prender ao então deputado federal Alex Canziani (PTB-PR) que foi presidente da Frente Parlamentar de Educação Profissional, Tecnológica, Educação a Distância e Novas Tecnologias Educacionais.


Paranaense de Londrina, Canziani, que também é titular da Comissão Permanente de Educação e Cultura da Câmara, acredita que a educação a distância tem papel fundamental em um país do tamanho do Brasil. "Temos condições de realizar os dois ensinos, presencial e a distância, e ambos com boa qualidade. Basta aplicarmos os instrumentos apropriados para isso", diz.




@prender: Quais foram os reflexos do Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamentou a educação a distância nas escolas de educação básica e superior e nas instituições de pesquisa científica e tecnológica?

 
Alex Canziani: O decreto em si foi importante porque regulamentou a educação a distância. O documento deu diretrizes a um setor que vem crescendo muito no Brasil. Hoje já são mais de 200 mil alunos ingressos nesses cursos, o que não é pouco. Então, evidentemente, era preciso dar um ordenamento. Vejo isso não como um reflexo, mas como uma necessidade.

@prender: O ensino presencial e a distância são equivalentes?

Alex Canziani: Num país continental como o nosso, onde temos uma carência muito grande de educação, vejo que o ensino a distância tem um papel fundamental, até na redução de custos. Hoje, pegamos um professor com mestrado ou doutorado para dar aula a 40 alunos, por exemplo, o custo é muito alto numa escola convencional, ao passo que se pudermos reduzir esses gastos conseguiremos fazer com que mais alunos dos vários rincões do país possam ter acesso ao ensino. O Brasil e o mundo têm condições de realizar os dois ensinos, presencial e a distância, e ambos com boa qualidade. Basta aplicarmos os instrumentos apropriados para isso.
@prender: Quais cuidados alguém que está interessado em fazer um curso a distância deve tomar para não perder tempo nem dinheiro?

Alex Canziani: Deve procurar uma instituição que seja séria e reconhecida. Ver se os cursos nos quais está interessado foram aprovados pelo MEC e outras ações deste gênero. É bom salientar que existem publicações e instituições que fazem o acompanhamento dessa qualidade. A pessoa precisa certificar-se bem para que não venha a perder tempo e dinheiro. Antes de ter ensino, tem de procurar informação.

@prender: O e-learning, combinação de ensino com auxílio da tecnologia e educação a distância via web, trouxe novos significados para o treinamento e multiplicou as possibilidades para difusão do conhecimento. Qual a situação da educação pela internet no Brasil?

Alex Canziani: Ainda está engatinhando, mas com certeza vai crescer muito. No mundo de hoje, com a correria do dia-a-dia, muitos não têm como realizar cursos se ficarem apenas em um lugar, fisicamente falando. Então, por meio da internet, eles terão a oportunidade de realizá-los. Acho isso bastante positivo.

@prender: A internet tomou a dianteira quando o assunto é educação a distância, mas podem ser utilizados também correio, rádio, televisão e vídeo. Essas outras mídias, mais limitadas, ainda têm espaço?

Alex Canziani: Acho que sim. Nem todo mundo hoje tem acesso à internet e ainda existe um caminho grande que pode ser preenchido por esses meios. É um leque de ofertas que está sempre aberto.

Fontes: Portal Aprender

terça-feira, 5 de abril de 2011

Universidades Públicas


Reportagem da TV Justiça sobre indicadores sociais do Ensino Superior no Brasil com comentários sobre o processo de privatização interna das universidades públicas do Prof. Erasto Fortes da UnB

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Educação superior e mobilidade social

Houve, ao longo do século XX, dois momentos em que o Brasil expôs claramente a ocorrência do fenômeno da mobilidade social ascendente. O primeiro se deu nas décadas de 30 e 40, sob Getúlio Vargas, quando da ocorrência da industrialização de base do país. Já o segundo ocorreu na década de 70, especificamente sob Emílio G. Médici, com o advento do que ficou conhecido como "milagre econômico".

Ambos os movimentos, bastante vigorosos e explícitos no tecido social, refletiram basicamente transformações estruturais da macroeconomia e das relações de trabalho. A industrialização, no primeiro momento, e a forte presença do Estado como investidor, no segundo, modificaram o perfil da massa populacional produtiva, fazendo com que houvesse, em decorrência, movimentos semelhantes a ondas coletivas de mobilidade estrutural ascendente.

A década de 80, por sua vez, caracterizou-se pela estagnação econômica e pela piora de praticamente todos os índices socioeconômicos. A de 90, muito embora tenha sido pródiga na reversão das tendências descendentes dos indicadores e na melhoria de muitos índices importantes (escolaridade, saneamento básico, mortalidade infantil, estabilização econômica etc.), não demonstrou, até em função de uma tendência mundial, o mesmo vigor nos quesitos desenvolvimento e redução das desigualdades.

Tem-se, dessa forma, que nos últimos 25 anos a sociedade brasileira não mais tem exibido índices importantes de mobilidade social, mesmo que, no mesmo período, as taxas de escolarização só tenham melhorado. Esse aparente paradoxo, se não analisado com propriedade, pode resultar nos mais variados equívocos, tanto de diagnóstico quanto de direcionamento de políticas públicas de educação. Ora, se educação gera desenvolvimento e este, por sua vez, gera melhoria nas condições de vida da população, por que não houve uma explosão dos índices de mobilidade ascendente paralelamente à melhoria das taxas de educação da população?

Um recente estudo sobre esse tema, na forma de tese de doutorado em Ciências Sociais, foi concluído na PUC-SP no mês de junho de 2006. Dentre outros assuntos abordados, o trabalho do pesquisador e doutor Fábio Ferreira Figueiredo analisou as diferentes formas de mobilidade, os fatores desencadeadores, a importância da educação, principalmente a superior, bem como a percepção subjetiva de mobilidade social sob o ponto de vista dos egressos da educação superior particular. A tese também trouxe subsídios relativos à comprovação da qualidade da rede privada de educação e sugestões propositivas de políticas educacionais.

De referido trabalho podem-se expor, resumidamente e dentre outras, as seguintes conclusões;

Sociedade do conhecimento: o conhecimento foi e continua sendo ativo econômico cada vez mais importante. Sociedades não avançam sem que existam bases sólidas de educação;

Educação formal: a escolarização é condição para a formação do conhecimento como ativo. Cada nível de educação tem a sua importância específica, sendo a superior particularmente importante sob o ponto de vista do desenvolvimento tecnológico e na formação das elites dirigentes;

Educação superior e mobilidade social: embora o Brasil, na década de 90, tenha erradicado o analfabetismo infantil, universalizado a educação fundamental, elevado significativamente as taxas de escolarização média e superior, não foi possível constatar índices significativos de mobilidade social ascendente. A explicação é que as taxas de mobilidade registradas nas décadas de 30, 40 e 70 eram decorrentes de transformações estruturais (industrialização e urbanização), o que ocasionava índices coletivos de grandes proporções e significância. É possível dizer que o Brasil, hoje, se mantém na condição de país onde existe mobilidade social. Evidentemente os índices não são os mesmos dos outros períodos mencionados (as condições estruturais são outras), mas ainda são importantes. Registre-se, a favor da escolarização, que os índices de desemprego diminuem na medida em que se avança no nível de formação do trabalhador e que cada ano de estudo resulta em aumento do seu salário médio;

Qualidade da rede privada: dados comparativos do Exame Nacional de Cursos - Provão - 2003, entre as redes pública e privada de educação superior, demonstram cabalmente a maior satisfação dos egressos desta em relação àquela. As escolas privadas têm melhor infra-estrutura, corpo docente mais engajado e atualizado, bibliotecas e laboratórios mais bem equipados, melhores projetos pedagógicos, melhores serviços de um modo geral, e pesquisa e extensão aplicadas à graduação, consideradas equivalentes às da rede pública. Ou seja, ao contrário do que a forma de divulgação dos resultados do Provão pretendeu demonstrar, a qualidade da graduação da rede privada de educação superior é, de um modo geral, bastante melhor que a da rede pública;

Mobilidade e cidadania: o estudo qualitativo, realizado junto a 60 egressos da educação superior da região metropolitana de São Paulo cujos pais não possuem esse nível de escolaridade, apontou uma clara evolução nas condições gerais de vida dos entrevistados. Não só relacionada à evolução profissional e/ou econômica, a ascensão social dos egressos é flagrante e extremamente perceptível por eles próprios.Os entrevistados, de um modo geral, reconhecem no nível superior de educação a causa de suas evoluções como cidadãos, no sentido de que adquirem consciência crítica e aprimoram sua capacidade de participação social;

Área profissional: embora ponto específico da pesquisa, não foi registrada maior ou menor satisfação profissional do egresso em função deste atuar ou não na sua área de formação superior;

Percepção de qualidade da rede pública: os participantes do estudo "percebem" as IES públicas como de melhor qualidade em relação às particulares, todavia essa percepção se dá quase exclusivamente em função de imagem e marca das instituições públicas, sendo raros os casos em que são apontados requisitos objetivos de superioridade. Uma parcela dos egressos aponta uma provável reversão dessa percepção de mercado em função da velocidade do avanço dos indicadores acadêmicos da rede privada.

Esses são apenas alguns pontos da tese trazidos a este artigo, justamente com o intuito de estimular o debate sobre as políticas públicas para a educação no país. É premissa para este debate, no entanto, o fato de a rede privada de educação superior responder por mais de 70% das matrículas do país, sem com isso comprometer o orçamento público, o qual deveria ser direcionado, prioritariamente, para a educação básica. Qualquer movimento em outro sentido é um retrocesso e uma demonstração de absoluto desapego à realidade mundial contemporânea. É também premissa o fato de a educação superior privada ser de boa qualidade, o que deve afastar, de plano, diagnósticos e soluções que passam pelo argumento contrário, este freqüentemente eivado de preconceitos e/ou ideologias que hoje não mais têm lugar fora dos livros de história.

Fontes: Revista Ensino Superior
; Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - BDTD